Você está na página 1de 44

UNIVERSIDADE UNICESUMAR

MEDICINA VETERINÁRIA

BRUNNA LOURENÇO DE LARA, LARISSA DE ANDRADE TEIXEIRA, SUELEN


CAROLINA OLIVEIRA, YASMIN COSTA SOLA

PROTÓTIPO AMA DE LEITE: VISANDO O BEM-ESTAR DE LEITÕES ORFÃOS


OU REJEITADOS

CURITIBA
2022
BRUNNA LOURENÇO DE LARA, LARISSA DE ANDRADE TEIXEIRA, SUELEN
CAROLINA OLIVEIRA, YASMIN COSTA SOLA

PROTÓTIPO AMA DE LEITE: VISANDO O BEM-ESTAR DE LEITÕES ORFÃOS


OU REJEITADOS

Projeto desenvolvido para AEP 2022


do segundo semestre, por alunas do
3° ano do curso de medicina
veterinária.

Orientado pelas professoras Lilian


Pâmela e Daniela Martin.

CURITIBA
2022
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Secagem de leitão com lenço .................................................................. 14


FIGURA 2 - Amarração do umbigo .............................................................................. 14
FIGURA 3 - Corte do umbigo ....................................................................................... 14
FIGURA 4 - Desinfecção do umbigo ............................................................................ 15
FIGURA 5 - Influenciando a mamada de colostro ........................................................ 15
FIGURA 6 - Identificação pela ordem de nascimento .................................................. 15
FIGURA 7 - Marcação australiana ............................................................................... 16
FIGURA 8 - Desgaste dos dentes ................................................................................ 16
FIGURA 9 – Escamoteador.......................................................................................... 16
FIGURA 10 - Placa de isopor ....................................................................................... 24
FIGURA 11 - Papel de camurça marrom ..................................................................... 24
FIGURA 12 - Palitos de sorvete ................................................................................... 25
FIGURA 13 - Palito de churrasco ................................................................................. 25
FIGURA 14 - Cola de EVA ........................................................................................... 25
FIGURA 15 - Gesso em pó .......................................................................................... 26
FIGURA 16 – Lâmpada ................................................................................................ 26
FIGURA 17 - Bico de mamadeira................................................................................. 26
FIGURA 18 - Cola quente ............................................................................................ 26
FIGURA 19 – Gaze ...................................................................................................... 27
FIGURA 20 - Tinta de tecido ........................................................................................ 27
FIGURA 21 - Garrafa plástica ...................................................................................... 27
FIGURA 22 – Ventilador .............................................................................................. 28
FIGURA 23 - Sistema elétrico ...................................................................................... 28
FIGURA 24 – Vareta .................................................................................................... 28
FIGURA 25 – Serragem ............................................................................................... 29
FIGURA 26 – Balão ..................................................................................................... 29
FIGURA 27 - Cola branca ............................................................................................ 29
FIGURA 28 - Arame galvanizado ................................................................................. 30
FIGURA 29 - Manta térmica com termostato ............................................................... 30
FIGURA 30 – Mamadeira ............................................................................................. 30
FIGURA 31 - Molde do porco (protótipo) em gesso e gaze ......................................... 32
FIGURA 32 - Materiais utilizados para a montagem na maquete ................................ 32
FIGURA 33 - Confecção da maquete .......................................................................... 32
FIGURA 34 - Sistema de ventilação e iluminação ....................................................... 33
FIGURA 35 - Composição do protótipo ........................................................................ 33
FIGURA 36 - Juntando as duas metades .................................................................... 34
FIGURA 37 - Fixação do protótipo na maquete ........................................................... 34
FIGURA 38 - Maquete finalizada ................................................................................. 35
FIGURA 39 - Logo da empresa.................................................................................... 36
FIGURA 40 - Página no instagram............................................................................... 36
FIGURA 41 - Post sobre aleitamento artificial .............................................................. 37
FIGURA 42 - Post sobre maternidade na suinocultura 1 ............................................. 37
FIGURA 43 - Post sobre maternidade na suinocultura 2 ............................................. 38
FIGURA 44 - Post sobre maternidade na suinocultura 3 ............................................. 38
FIGURA 45 – Panfleto ................................................................................................. 39
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Vacinação em leitões............................................................................... 17


TABELA 2 - Custo dos materiais ................................................................................. 30
RESUMO

Segundo dados da Embrapa suínos e aves, em 2021 o Brasil ocupou o 4°


lugar no ranking mundial com 4,701 milhões de toneladas de carne suína
produzidas, com um aumento significativo de 5,97% na produção nacional e 11,03%
de aumento na exportação em relação a 2020. Embora os números sejam positivos,
ainda há muito a ser melhorado e pensado para evitar ao máximo que haja perdas
no processo de criação. A fase de aleitamento está relacionada ao período em que
há as maiores perdas econômicas, por conta de uma elevada taxa de mortalidade
dos leitões. A primeira proteção dos leitões contra patógenos está presente no
colostro, que deve ser ingerido ainda nas primeiras horas de vida, porém não é
sempre que isso é possível. Sendo assim alternativas tecnológicas que facilitem o
manejo além de trazer benefícios para o desempenho do leitão se fazem cada vez
mais necessárias. A espécie suína foi então escolhida como modelo para criação de
um protótipo de enriquecimento ambiental, que atenda às e necessidade do sistema
produtivo e os cinco pilares do bem-estar animal. Nosso projeto constitui uma porca
em tamanho real, que funciona como um escamoteador mantendo a temperatura
ideal para os leitões os mantendo aquecidos, e possuindo mamadeiras acopladas
permitindo a alimentação artificial dos leitões. A Permanência próximo a porca
artificial deve minimizar a sensação de abandono dos filhotes, diminuir a disputa
pelos tetos, facilitar o manejo e auxiliar na uniformidade do lote.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
1.2 OBJETIVO.......................................................................................................... 8
1.3 JUSTIFICATIVA DA ESPÉCIE........................................................................... 8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 8
2.1 MORTALIDADE DE MATRIZES E LEITÕES ..................................................... 8
2.2 IMPORTÂNCIA DA MATRIZ SUÍNA PARA O LEITÃO .................................... 11
2.3 EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS E AMBIENTAIS DO NEONATO .......................... 12
2.4 EXIGÊNCIA NUTRICIONAL E COLOSTRAGEM ............................................ 17
2.5 OCORRÊNCIA DE ÓRFÃOS E SEPARAÇÃO ................................................ 18
2.6 ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL ........................................................................... 20
3. METODOLOGIA ..................................................................................................... 21
3.1 O PROTÓTIPO ................................................................................................ 22
3.2 MATERIAIS ...................................................................................................... 23
3.3 CUSTO DOS MATERIAIS................................................................................ 30
3.4 MONTAGEM DO PROTÓTIPO........................................................................ 31
4. MARKETING ........................................................................................................... 35
4.1 MEIO DE DIVULGAÇÃO E ARTES PARA O MARKETING ............................ 36
4.2 LINK DO VIDEO............................................................................................... 39
5. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 40
7

1. INTRODUÇÃO

Segundo dados da Embrapa suínos e aves, em 2021 o Brasil ocupou o 4° lugar


no ranking mundial com 4,701 milhões de toneladas de carne suína produzidas, com
um aumento significativo de 5,97% na produção nacional e 11,03% de aumento na
exportação em relação a 2020. Esses números mostram que a suinocultura no Brasil
está em constante crescimento, graças a práticas de melhoramento genético que
visam aumentar o desempenho zootécnico dos animais, além, é claro, de boas
práticas de manejo e bem-estar (Secco, P. M., Moya, C. F. 2021).

Embora os números sejam positivos, ainda há muito a ser melhorado e pensado


para evitar ao máximo que haja perdas no processo de criação. Segundo Moraes et
al, a fase de aleitamento está relacionada ao período em que há as maiores perdas
econômicas, por conta de uma elevada taxa de mortalidade dos leitões (apud,
Teixeira M. 2014)

Com isso vale ressaltar que leitões recém-nascidos até o fim da fase de
aleitamento, são mais fracos e susceptíveis a doenças que podem levá-los ao óbito,
sendo assim, os cuidados nessa fase devem ser reforçados (Souza, R. 2020)

A primeira proteção dos leitões contra patógenos está presente no colostro, que
deve ser ingerido ainda nas primeiras horas de vida, porém não é sempre que isso é
possível como em casos em que a matriz vem a óbito durante ou logo após o parto,
quando a porca dá à luz a mais leitões do que sua quantidade de tetos ou ainda
quando nascem leitões abaixo do peso esperado e este por competição com a
leitegada não consegue acesso aos tetos da mãe. Nesses casos a intervenção
humana é necessária para que o leitão tenha chance de sobreviver (Teixeira, M,
2014)

Para que as perdas sejam amenizadas há algumas alternativas, como a


transferência de leitões para outras matrizes ou o aleitamento artificial. Porém a
transferência de leitões pode ser ineficaz se a matriz rejeitar o animal, já o
aleitamento artificial através de tecnologias já é realidade em alguns sistemas de
produção e pode trazer bons resultados (Teixeira, M, 2014).
8

1.2 OBJETIVO

Nosso projeto o desenvolvimento de uma porca em tamanho real, que funciona


como um escamoteador mantendo a temperatura ideal para os leitões (32 a 34 °C)
os mantendo aquecidos, e possuindo mamadeiras acopladas para permitir a
alimentação dos leitões. Busca atender as necessidades do produtor, respeitando as
cinco liberdades do bem-estar animal.

Tem como objetivo minimizar a sensação de abandono dos filhotes, diminuir a


disputa pelos tetos por todos terem a mesma quantidade de leite sendo ofertada,
facilitar o manejo e ajudar na uniformização dos lotes.

1.3 JUSTIFICATIVA DA ESPÉCIE

A espécie escolhida para a realização deste trabalho é a suína, diante do tema


proposto, observa-se problemas de mortalidade associados a suinocultura quando o
assunto são leitões e matrizes, onde ocorre uma grande porcentagem de perda dos
leitões no período pré-desmame, sejam por doenças que acometam a leitegada
como até mesmo o esmagamento ocasionado pela mãe e a perda de matrizes
durante o parto que acaba resultando em leitões órfãos na granja.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 MORTALIDADE DE MATRIZES E LEITÕES

Atualmente segundo dados do Embrapa (2003), o sistema de produção de


suínos é composto pelas seguintes fases: cobertura e gestação, maternidade,
creche, crescimento e terminação. Cada fase possui suas particularidades em
relação as suas instalações, sendo na ala de maternidade o local que ocorre o parto
e a lactação dos leitões, observa-se que nesta fase qualquer erro de construção
possa ocasionar problemas, como a presença de umidade ocasionando uma má
condição sanitária diante do empoçamento de fezes e urina, o esmagamento de
leitões devido a um espaço muito restrito para a matriz e filhotes e o calor ou frio em
excesso resultando em uma alta mortalidade de leitões sendo essencial a presença
de dois ambientes distintos, um para as porcas e outro para os leitões devido a
9

diferença de conforto térmico nas diferentes fases da vida, sendo necessário a


presença de um escamoteador para os leitões.

Cada vez mais a genética tem sido aplicada na suinocultura com a intenção
de obter maior produtividade de leitões o que por fim originou-se fêmeas mais
prolíferas, porém o ponto negativo disso é que há uma geração de maior número de
leitões, ocasionando uma redução no peso ao nascer, elevando assim a
desuniformidade da leitegada, a maior concorrência pelos tetos da fêmea e a
mortalidade dos mesmos (CARVALHO, 2017 apud MORES et al., 2014 ), tornando-
se assim um desafio para os produtores para fazer com que o maior número de
leitões sobrevivam a uma determinada leitegada, reduzindo assim as perdas
(CYPRIANO, 2008).

Com a alta variação de peso ao nascimento, leitões menores apresentam


maiores dificuldades para mamarem pois não alcançam os tetos e por haver uma
competição entre os recém-nascidos para se alimentarem, dificultando assim a
sobrevivência dos menos desenvolvidos, podemos observar que os leitões que
nascem com menos de 800g possuem uma taxa de sobrevivência de 32%
comparado com uma taxa de 97% de leitões que nascem com 2000g ou mais
(CYPRIANO, 2008 apud GARDNER et al., 1989). Outra característica observada
com o uso do melhoramento genético é diante do tamanho da leitegada que pode
ultrapassar o número dos tetos funcionais da matriz, ou em casos de problemas em
algum teto podendo ocasionar a morte da reprodutora recém parida e dos leitões
também (CARVALHO 2017 apud BIERHALS, 2010).

É no período de pré-desmame que ocorrem as maiores perdas onde a causa


da mortalidade dos leitões se dá normalmente nas primeiras 36 horas após o
nascimento, podendo ser observada também em até os primeiros sete dias de vida,
é nesta fase que o produtor deve ter um maior cuidado e atenção pois “os índices de
mortalidade dos leitões variam de 4 a 10% durante o parto, e 20 a 30% antes do
desmame” de acordo com Abrahão (2004). A causa das perdas são diversificadas,
as quais podem estar relacionadas com a alimentação materna durante a gestação,
espaço da cela parideira, aquecimento e manejo, higiene, capacitação e atenção do
pessoal, além de agentes patogênicos infecciosos ou não, o grau de imunidade
passiva transmitida pelo colostro para os leitões e o efeito genético das porcas
10

também tem influência nas perdas nas granjas (CARVALHO, 2017 apud ABRAHÃO
et al.,2004), é também relatado que a ordem de parição pode influenciar a
ocorrência de mortalidade dos leitões, onde alguns trabalhos indicaram que esse
fator pode afetar o desempenho reprodutivo da matriz, ou até mesmo a imunidade
dos leitões (CARAVALHO, 2017 apud BORGES, 2008).

Podemos considerar que “durante o aleitamento o total de perdas de leitões,


em relação ao total de nascidos vivos, varia entre 12 e 30 %, sendo as principais
causas de mortalidade relacionadas com o esmagamento (45,8 %), leitões inviáveis
(39,4 %) ou debilitados (8,0 %). Defeitos congênitos, por sua vez, correspondem a
6,8 % das mortes até o desmame. Cerca de 50 a 60 % das mortes ocorrem entre os
sete primeiros dias, devido, principalmente, ao esmagamento pela porca e diarreia
neonatal.” (ABRANHÃO et al., 2004).

A ocorrência de morte por infecções pode ser causada pelos agentes


infecciosos ou não infecciosos sendo observadas durante a gestação apresentando
um potencial para afetar o desenvolvimento do feto. Quando a infecção ocorre antes
dos 35 dias de gestação pode ocorrer a morte embrionária ou fetal, resultando em
reabsorção, maceração ou em aborto normalmente está relacionada a
microrganismos como: Streptococcus sp., Staphylococcus sp., Escherichia coli,
Klebsiella sp., Pseudomonas sp., Erysipelothrix rhusiopathiae, Parvovírus,
Enterovírus, Brucella suis, Leptospira sp., Peste Suína Clássica e Toxoplasmose. Já
as mortes visualizadas após os 90 dias de gestação são consideradas como
natimortos tendo como principais causas infecciosas o Parvovírus, Leptospira spp.,
Doença de Aujeszky e Enterovírus, “devido á alta tecnificação da suinocultura no
Brasil, uma alta densidade animal é encontrada nas granjas, o que leva aos vírus
serem os principais agentes de transtornos reprodutivos” (ANTUNES, J.M.A.P. et al.,
2012).

Já nos leitões a síndrome diarreica é uma das causas de morte de maior


frequência causada principalmente, segundo o Embrapa (2003) pela coccidiose e
colibacilose neonatal, essas enfermidades muitas vezes estão relacionadas com o
manejo de cura do umbigo e com a desinfecção das instalações. Além da diarreia é
mencionado também a ocorrência de enfermidades bacterianas e virais que
possuem uma menor ocorrência diante de causas como inanição, fraqueza e baixo
11

desenvolvimento de leitões e mortes relacionadas com artrite, hérnia e castração


(CARVALHO, 2017).

A imunidade transferida para os leitões através do colostro tem grande


importância na sua saúde, sendo assim, deve se investir nos cuidados na granja
diminuindo os casos de doenças ou de leitões fracos.

Segundo SANZ et al (2007) no caso das matrizes nota-se como principais


causas de perda as mortes súbitas, esperadas ou por eutanásia devido a um
prognóstico desfavorável e por questões de bem-estar. As mortes podem ser por
motivos variados podendo ser observado uma maior incidência de distúrbios
gastrintestinais, infecção do trato urinário, distúrbios cardiovasculares, problemas do
parto e distúrbios no puerpério, sendo a eutanásia realizada de maneira mais
frequente quando a porca apresenta problemas locomotores como fraturas, artrites,
abcessos, entre outras alterações. Já Palomo (2006) observa a partir de seu estudo
e o descreve a partir de porcentagens, indicando as principais causas envolvidas na
morte de porcas sendo elas: “morte súbita (17,5%), problemas locomotores (15,7%),
infecção urinária (9,6%), parto distóxico (8,8%) e úlcera gástrica, representando 58%
do total; porém, em 33,2% das porcas mortas, as causas não foram identificadas”
(MORÉS, 2007.

2.2 IMPORTÂNCIA DA MATRIZ SUÍNA PARA O LEITÃO

A fêmea suína é uma espécie denominada poliéstrica anual e possui ciclos que
duram em média 21 dias, o primeiro cio fértil deve ocorrer entre 5 e 9 meses de
idade. As fêmeas ideais devem iniciar a reprodução mais cedo, já que porcas que
tem puberdade tardia podem ser menos férteis e possuírem maiores taxas de
descarte (Secco, P. M., Moya, C. F. 2021).

O papel da matriz suína nas granjas tem uma grande importância, além de ser
capaz de produzir grande número de leitões e ter a capacidade de alimentar todos
eles pelo período estipulado por cada sistema, também deve logo após o desmame
estar apta a reproduzir novamente. Dessa forma são necessários vários cuidados
durante a gestação, destacando cuidados com a nutrição e conforto térmico das
mesmas, porcas em estresse térmico por exemplo tendem a ter uma queda nos
12

índices de fertilidade e aumento nos índices e aborto (Secco, P. M., Moya, C. F.


2021).

As necessidades energéticas da matriz para a produção de leite nas 3 primeiras


semanas são diretamente influenciadas pelo tamanho da leitegada, por conta disso
é necessário que o consumo de alimentos durante essa fase seja superior ao
fornecido durante a gestação, garantindo que a fêmea produza leite para todos os
leitões e mantenha suas atividades metabólicas essenciais, sendo assim é de
extrema importância manter as necessidades nutricionais da fêmeas perto do ideal
para que o desempenho lactacional seja positivo para os leitões (Mellagi, A.P.G. et
al. 2010)

Além de proporcionar uma nutrição adequada para a fêmea, outro fator muito
importante é o estresse do parto, que influencia diretamente os leitões, podendo até
mesmo causar a morte dos mesmos. É necessário que o momento do parto seja
calmo, com menos intervenções humanas possíveis, assim como em todo o período
que antecede o parto, a interação dos manejadores com os animais também possui
influência nesse fator. As fêmeas em situações de estresse podem acabar rejeitando
os leitões, impedindo que eles mamem em seus tetos, ou até mesmo causando
ferimentos e canibalismo (Souza, R. 2020).

Com uma fêmea mais tranquila e com manejo nutricional adequado a produção
de colostro tende a ser de boa qualidade. O colostro é a primeira secreção da
glândula mamária da matriz suína após o parto e é responsável por garantir
imunidade aos leitões, já que ele é caracterizado por boas concentrações de
imunoglobulinas e nutrientes essenciais a vida do animal, é imprescindível que ele
seja ingerido logo após o nascimento e limpeza dos animais, já que passa a ser
substituído pelo leite normal da mãe entre 12 e 24 horas após o parto. Caso por
algum inconveniente o leitão não consiga fazer a ingestão do colostro no tempo
correto, este deve ser realizado de forma artificial ou com intervenção humana
(Magalhães, A. P. F. D. S. 2021).

2.3 EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS E AMBIENTAIS DO NEONATO

Atualmente o valor da mortalidade maternal na suinocultura brasileira está entre


3 % e 10 %. A variação depende de fatores como diferenças na qualidade das
13

instalações e equipamentos, adequabilidade ambiental (principalmente a ausência


de umidade e o fornecimento de um ambiente suficientemente quente para os
leitões), tamanho da prole, qualidade da lactação, ocorrência de doenças e
adequabilidade de programas preventivos medicamentos e vacinas aplicados para o
grupo (E. BARCELLOS et al., 2013, p. 85-86). Sabendo disso deve-se destacar que
os primeiros momentos da vida de um leitão são extremamente importantes e devem
nascer em ambiente limpo, esterilizado, seco e aquecido (30 A 34°C).

Segundo DANIEL (2021), após o nascimento dos leitões alguns manejos


importantes devem ser adotados, dentre eles:

 Buscando facilitar a respiração após o nascimento, é necessário limpar


as narinas e boca com lenço para desobstruir as vias respiratórias.
 Secar os leitões utilizando lenço ou pó secante para evitar a hipotermia
(Figura 1).
 Amarrar o umbigo, para evitar a anemia (Figura 2).
 Realizar a cura do umbigo, cortar (Figura 3) e desinfetar (Figura 4) com
iodo para evitar a onfaloflebite.
 Influenciar a mamada do colostro em quantidade adequada e em
tempo hábil intensificando a absorção das imunoglobulinas (Figura 5).
 Numerar os leitões conforme a ordem de nascimento para melhor
identificação (Figura 6)
 Fazer a marcação australiana dos leitões de acordo com a identificação
específica da granja (Figura 7).
 Realizar o desgaste dos dentes, para evitar lesões nos tetos da matriz
(Figura 8)
 Apresentar o escamoteador (temperatura de 38ºC) aos leitões para que
possam se aquecer buscando evitar o esmagamento pela mãe e uma
hipotermia pelo frio (Figura 9)
14

Figura 1 - Secagem de leitão com lenço

Fonte: Garden, [20--]

Figura 2 - Amarração do umbigo

Fonte: Informativo técnico, 2022

Figura 3 - Corte do umbigo

Fonte: Encontro técnico suinocultura, 2018


15

Figura 4 - Desinfecção do umbigo

Fonte: Encontro técnico suinocultura, 2018

Figura 5 - Influenciando a mamada de colostro

Fonte: Consultec, 2011

Figura 6 - Identificação pela ordem de nascimento

Fonte: Vet profissional, [20--]


16

Figura 7 - Marcação australiana

Fonte: Zootecnia Brasil, [20--]


Figura 8 - Desgaste dos dentes

Fonte: Musa o Mundo, [20--]


Figura 9 – Escamoteador

Fonte: Comprerural, 2021


Seguindo esses manejos, é necessário vacinar os leitões, pois esta é a base
do controle sanitário, pois visa aumentar a imunidade dos animais para que seus
organismos possam combater os principais patógenos causadores de doenças
17

importantes para esta espécie (FINCO, 2021). Assim podemos destacar as


principais doenças e vacinas (Tabela 1) importantes nesta fase:

Tabela 1 - Vacinação em leitões

VACINA PRINCIPAIS SINTOMAS LEITÕES

Tosse, espirros e perda de 1° Dose – 7° dia de vida


Pneumonia por micoplasma
peso Reforço aos 28 dias

Espirros, destruição dos 1° Dose – 7° dia de vida


Rinite atrófica
cornetos e perda de peso Reforço aos 28 dias

1° Dose - 4 a 5 semanas de
Pleuro-pneumonia Perda de peso e mortalidade vida
Reforço 3 semanas após

1° Dose – no desmame
Leptospirose Nascimento de leitões fracos
Reforço após 3 semanas

Tremores, perda da
coordenação motora, 1° Dose – no desmame
Doença de Aujesky
hipotermia, alta mortalidade Reforço após 3 semanas
em leitões

Lesões cutâneas, morte 1° Dose – no desmame


Erisipela
sunita e artrite Reforço após 3 semanas

Fonte: Adrofarmabrasil, 2020

2.4 EXIGÊNCIA NUTRICIONAL E COLOSTRAGEM

O fator nutrição do leitão desde seu nascimento até o desmame e de grande


importância para o desempenho e crescimento do animal. A nutrição balanceada
permite aos produtores, porcos saudáveis de crescimento rápido a cada dia e que
produzam produtos que atendam aos padrões de qualidade exigidos (RODRIGUES,
2021, p. 6). As necessidades nutricionais durante a fase de creche variam com base
em fatores como idade, sexo, peso, potencial genético, fase de produção, nível de
sanidade e temperatura ambiente (MIYADA, 1996 apud RODRIGUES, 2021). O
primeiro contato com um alimento é a ingestão do colostro (39°C), secreção
18

produzida pela glândula mamária que garante imunidade ao leitão uma vez que por
conta da placenta do tipo epitélio-corial difusa o filhote não recebe imunidade da
mãe durante a gestação.

A colostragem é estritamente necessária ao leitão, além da alta porcentagem de


imunoglobulinas presentes, também tem a função de prover energia e nutrientes
necessários para maturação do epitélio intestinal. A quantidade de colostro ingerido
não é clara entre os autores, Fraser e rushen pontuam que seja cerca de 113g nas
primeiras 2 horas, Varley fala em cerca de 200 a 450 g nas primeiras 24 horas
(apud, Cypriano, C.R., 2008).

Aliem disso, o colostro e o leite da porca contêm fatores de crescimento


importantes para o desenvolvimento do animal, como fator de crescimento epidermal
e transformador nervoso. A falta de colostro ou o fornecimento de colostro de baixa
qualidade leva à inanição dos leitões, hipotermia, redução do peso de abate, além
de maior suscetibilidade a infecções e, portanto, aumento da mortalidade (II...,
2017, p. 68).

A técnica conhecida como creep feeding, que nada mais é que a suplementação
na dieta de animais jovens, considerada complexa, que pode ser implementada já
nos primeiros dias de vida do animal, tem o objetivo de complementar nutrientes
necessários para melhorar a taxa de crescimento, peso ao desmame, além de
promover desenvolvimento intestinal adequado que auxiliará após o desmame na
digestão de carboidratos e proteínas mais complexas. Ademais, o creep feeding
diminui as diarreias que são comuns nesses animais após o desmame, por conta da
troca na alimentação. Há indicativos que o uso dessas dietas complexas auxilia na
uniformidade da leitegada, e aumento no consumo (Ferrin, M.L., 2015).

Cerca de 12 a 24 após o parto, a composição da secreção da glândula mamária


das porcas passa por uma mudança, do colostro para o leite comum. Estima-se que
um leitão deve ingerir cerca de 3,8 kg de leite para cada kg de ganho de peso
(Mellagi, A.P.G., et al., 2010).

2.5 OCORRÊNCIA DE ÓRFÃOS E SEPARAÇÃO

Os sistemas de produção de suínos trabalham com números expressivos de


matrizes, que tem leitegadas numerosas. Não é incomum haver a morte das porcas
19

em partos distócicos, problemas de saúde, eutanásias ou estresse gerado pela dor,


entre outros fatores que podem ocasionar a perca da matriz. Deixando assim leitões
órfãos, ou ainda nascerem mais leitões que o número de tetos funcionais nas
porcas. (Schwertz. UFRGS. 2018)

As glândulas mamarias das porcas são formadas por duas linhas paralelas de
tetos, que se localizam ventralmente ao longo do abdômen e tórax, e o número de
tetos em cada linha varia de seis a nove dependendo da porca. Nas primeiras horas
após o parto, leitões de leitegadas numerosas disputam os tetos de maior produção
de leite, os tetos superiores, essa disputa pode resultar em brigas entre os leitões.
(EMBRAPA 2013)

Sendo assim, é necessário encaminhar esses leitões, tanto os órfãos como os de


leitegadas numerosas para outra matriz, chamada mãe de leite. Essa transferência
cruzada como é conhecida, onde uma porca recebe os leitões de outra porca, em
alguns casos pode não ser bem-sucedida, as porcas reconhecem o filhote pelo
cheiro e podem rejeitar os novos filhotes. Medidas pelos produtores são usadas para
tentar fazer com que ela aceite os filhotes, como passar a placenta da porca
receptora nos novos filhotes ou aplicar uma dose de Azaperone, mas ainda assim o
processo pode não ser efetivo, a rejeição leva a porca a morder os leitões, podendo
até matá-los (FAIT. n.2, 2021).

Outro ponto importante no que se refere a transferência de leitões entre as


matrizes é que essa prática deve ocorrer entre as 12 primeiras horas após o parto,
até no máximo 36 horas do nascimento, para evitar a formação de hierarquia pela
leitegada, visto que essa hierarquia é a que determina em qual teto cada leitão ficará
até o final da lactação. Sendo assim os filhotes devem ser transferidos todos de uma
única vez, transferência feitas após esse período tem grandes chances de dar
errado, pelas brigas entre os filhotes, aumento das chances de contaminação por
patógenos e a produção de leite da porca por estranhar os filhotes novos (Mapa
2018).

Não encontramos dados gerais para mensurar ao certo quantos porcos nascem
atualmente no Brasil. Visto que esses dados são influenciados por muitos fatores,
como o tipo de sistema de produção, o tamanho da granja, o número de matrizes no
plantel, genética dos animais, tempo de intervalo entre partos, se foi monta natural
20

ou inseminação, número de natimortos, se é uma matriz primípara entre outros


fatores. Cada granja apresenta dados zootécnicos diferentes, e o mesmo se aplica
ao número de leitões rejeitados pelas matrizes tendo de ser aleitados de forma
artificial. Já sobre o número de matrizes alojadas, de acordo com dados de 2021
divulgados pela EMBRAPA, temos cerca de 2.015.000.

Na atualidade o melhoramento genético tenta buscar, o melhor desempenho


genético das matrizes, respeitando o bem-estar dos animais. Busca-se leitegadas
numerosas, maior número de leitões nascidos vivos. A seleção genética possibilitou
que as matrizes cheguem a números maiores de leitões por parto, busca-se até 40
leitões desmamados por matriz ao ano, dando um ganho genético de 0,1 a 0,3
leitões adicionais por parto. Mas com essa alta produção respostas invejadas vem
junto como: maior número de leitões que os tetos da porca, maior incidência de
natimortos, morte na maternidade, baixo ganho de peso e uma série de
características indesejadas no sistema produtivo gerando prejuízos ao produtor.
(FCAV/Unesp 2017).

2.6 ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL

Vários sistemas de produção já fazem o uso de tecnologias de aleitamento


artificial, seja para facilitar a mão de obra na maternidade ou para minimizar as
perdas decorrentes da mortalidade de matrizes e até mesmo para melhorar o
desempenho de leitões que nascem abaixo do peso ideal (Teixeira, M., 2014).

Mesmo nos melhores sistemas de produção faz-se necessário a intervenção


humana quando nascem leitegadas numerosas para garantir que todos ingiram
corretamente o colostro. Em alguns casos alguns leitões são alojados em uma
espécie de escamoteador móvel logo que nascem e são alimentados
individualmente através de mamadeiras até que consigam se alimentar sozinhos nos
tetos da matriz, porém esse manejo requer mão de obra especializada, além de ser
muito trabalhoso para os colaboradores (Ferrin, M. O.,2015). Sendo assim
alternativas tecnológicas que facilitem o manejo além de trazer benefícios para o
desempenho do leitão se fazem cada vez mais necessárias.
21

3. METODOLOGIA

Levando em consideração as dificuldades dos produtores no que se refere aos


órfãos e aos filhotes que nascem a mais nas leitegadas e que precisam ser
remanejados para outras matrizes, a rejeição que muitas vezes esses filhotes sofrem
pelas amas de leite, suas necessidades nutricionais quanto neonatos e na creche,
nós escolhemos a espécie como modelo para criação de um protótipo de
enriquecimento ambiental, que atenda às e necessidade do sistema produtivo de
suínos.

Nosso projeto busca atender as necessidades do produtor, mas também


respeitar as cinco liberdades do bem-estar animal, ou seja, livre de fome e sede,
livre de desconforto, livres de dor ferimentos e doenças, liberdade de expressar seu
comportamento normal, livre de medo e angústia.

Nosso projeto constitui uma porca em tamanho real, que funciona como um
escamoteador mantendo a temperatura ideal para os leitões (32 a 34 °C) os
mantendo aquecidos, e possuindo mamadeiras acopladas que permite a
alimentação artificial dos leitões. Os leitões poderão se alimentar e se aquecer no
protótipo, que terá um controle de temperatura evitando acidentes com os animais.

A permanência próxima a porca artificial deve minimizar a sensação de


abandono dos filhotes, diminuir a disputa pelos tetos por todos terem a mesma
quantidade de leite sendo ofertada, facilitar o manejo, pois não precisaria ficar
levando-os leitões de um lado para outro como é feito atualmente (do escamoteador
para matriz e da matriz para o escamoteador), manteria a uniformidade do lote, não
precisando remanejar para outra matriz diminuindo o estresse dos filhotes e da
matriz receptora.

As mamadeiras são moveis permitindo a retirada para higienização após cada


alimentação dos neonatos.

Como a confecção do projeto em tamanho natural se torna difícil para


apresentação em sala de aula, nosso projeto será apresentado em forma de
maquete que mostrara todas as partes dele, elétrica e de alimentação dos neonatos,
mas em um tamanho reduzido, e com materiais que conseguimos ilustrar a ideia
central do projeto levando em consideração o tamanho do protótipo. Mas alterações
22

serão necessárias para adaptação do projeto em tamanho real no sistema de


produção visto que o protótipo é maior e demanda de matérias mais resistentes e
com maior capacidade de armazenamento de leite, controle e distribuição de
temperatura, ou seja, um protótipo desenvolvido pela indústria por uma empresa
especializada.

3.1 O PROTÓTIPO

O protótipo apresentado em sala de aula deve ser confeccionado de forma a


conseguir transmitir a ideia elaborada pelo grupo, mas de forma menor e prática com
materiais acessíveis. No entanto para o sistema de produção esse protótipo deve ser
do tamanho natural de uma porca para atender ao tamanho da leitegada, ter espaço
para caber todos os pares de tetos e as mamadeiras dentro, todo sistema elétrico e
ser resistente e seguro.

Sendo assim, pensamos em formas do protótipo ser confeccionado em tamanho


real. Para estrutura em forma da porca seria utilizado arame galvanizado, ele é
amplamente utilizado na indústria para sustentação de estruturas, confecção de
cercas e até alças de baldes por ser um material super-resistente, o efeito
galvanizado do arame dá a ele maior durabilidade dando uma maior vida útil ao
material, ele não empena e nem sofre corrosão facilmente, e tem um ótimo custo-
benefício.

Após a confecção da estrutura ela seria revestida com uma manta térmica, hoje o
mercado conta com vários modelos marcas e tamanhos diferentes testados pelo
IMETRO de mantas que são ligadas a tomada, algumas possuem um sistema como
um termostato que ao atingir a temperatura ideal desliga. A ideia seria utilizar uma
manta plastificada que resiste a temperatura, além de permitir a higienização de
forma fácil, feita sobre medida com espaço para colocar os tetos (mamadeiras),
proporcionando o aquecimento em uma temperatura ideal para os filhotes de forma
segura.

Dentro da porca seriam acopladas mamadeiras levemente inclinadas para facilitar


a descida do leite, essas mamadeiras são removíveis para higienização e o leite
colocado de forma manual pelo colaborador na temperatura ideal para o leitão.
23

A ideia por trás da elaboração da porca artificial é permitir o contato do leitão com o
protótipo de modo que possa se alimentar e se aquecer, seria uma ferramenta de
enriquecimento ambiental para os filhotes que teriam a sensação de acolhimento e
bem-estar, atendendo suas necessidades nutricionais.

Para o produtor seria uma ferramenta de auxílio, visto que poderia utilizar para os
órfãos e para os leitões nascidos em maior número nas leitegadas ou filhotes
menores, manteria a uniformidade dos lotes e diminuiria o estresse tanto dos filhotes
quanto de matrizes receptoras em momentos de tentativa de realocar esses filhotes
em transferências cruzadas dentro das granjas.

Para ser apresentado em sala será confeccionado uma maquete em uma


placa de isopor, que representará como o produto deve funcionar na prática, será
feito uma baia onde ficará o protótipo, feito de gesso a partir de um molde de porco
de balão de festa com a cobertura de três camadas de gaze, onde suas orelhas e
nariz serão feitas com caixa de ovo, para representar o aquecimento em temperatura
ideal da porca para os leitões será usado um sistema elétrico, no molde de gesso
será colado bicos de mamadeiras para presentação dos tetos, dentro do molde
será aplicado uma vareta para suporte de garrafas plásticas que serão acopladas
aos bicos. A baia será feita de uma placa de isopor que será forrada por um papel
de camurça na cor marrom, que representará o chão e encima desta
representação será colocado serragem para representar a cama dos leitões.

3.2 MATERIAIS

Materiais para confecção da maquete de apresentação em sala:

 Placa de isopor (Figura 10)


 Papel camurça marrom (Figura 11)
 Palitos de sorvete (Figura 12)
 Palitos de churrasco (Figura 13)
 Cola de EVA (Figura 14)
 Gesso em pó (Figura 15)
 Lâmpada (Figura 16)
 Bico de mamadeira (Figura 17)
 Cola quente (Figura 18)
24

 Gaze (Figura 19)


 Tinta de tecido (Figura 20)
 Garrafinha plástica (Figura 21)
 Ventilador (Figura 22)
 Sistema elétrico (Figura 23)
 Vareta (Figura 24)
 Serragem (Figura 25)
 Balão (Figura 26)
 Cola (Figura 27)

Materiais a serem utilizados na adaptação para granja:

 Arame galvanizado (Figura 28)


 Manta térmica com termostato (Figura 29)
 Mamadeiras (Figura 30)

Figura 10 - Placa de isopor

Fonte: Copafer, [20--]

Figura 11 - Papel de camurça marrom

Fonte: Tebel, [20--]


25

Figura 12 - Palitos de sorvete

Fonte: Kalunga, [20--]

Figura 13 - Palito de churrasco

Fonte: Kalunga, [20--]

Figura 14 - Cola de EVA

Fonte: Bubishop papelaria, [20--]


26

Figura 15 - Gesso em pó

Fonte: DG distribuidora de gesso, [20--]

Figura 16 – Lâmpada

Fonte: Tachibra store, [20--]

Figura 17 - Bico de mamadeira

Fonte: Shopee, [20--]

Figura 18 - Cola quente

Fonte: Dubai Magazine, [20--]


27

Figura 19 – Gaze

Fonte: Nissei, [20--]

Figura 20 - Tinta de tecido

Fonte: Crisart, [20--]

Figura 21 - Garrafa plástica

Fonte: EmbalaCerto, [20--]


28

Figura 22 – Ventilador

Fonte: Eletronica Castro, [20--]

Figura 23 - Sistema elétrico

Fonte: figura do autor

Figura 24 – Vareta

Fonte: Shopee, [20--]


29

Figura 25 – Serragem

Fonte: Horizonte Pet Store, [20--]

Figura 26 – Balão

Fonte: Shopee, [20--]

Figura 27 - Cola branca

Fonte: Amazon, [20--]


30

Figura 28 - Arame galvanizado

Fonte: Leroy Merlin, [20--]

Figura 29 - Manta térmica com termostato

Fonte: BCMED, [20--]

Figura 30 – Mamadeira

Fonte: Vetsul, [20--]

3.3 CUSTO DOS MATERIAIS

Tabela 2 - Custo dos materiais

MATERIAL LOCAL DE COMPRA VALOR (UN)

Placa de isopor Copafer R$ 2,35


Papel de camurça
Tebel R$ 6,20
marrom
Serragem prensada 800g Horizonte Pet Store R$ 6,00
31

Reaproveitamento
Sistema elétrico R$ 0,00
(reciclagem)
Tinta de tecido Crisart R$ 4,45

Gesso em pó (1kg) Leroy merlin R$ 3,89

Garrafa plástica EmbalaCerto R$ 1,30

Bico de mamadeira Shopee R$ 15,79

Cola quente Dubai Magazine R$ 0,50

Palito de sorvete Kalunga R$ 6,90

Palito de churrasco Kalunga R$ 7,40


Cola de EVA Bubishop papelaria R$ 6,90
Gaze Nissei R$ 3,50

Lâmpada Tachibra store R$ 6,20


Vareta Shopee R$ 0,10
Reaproveitamento
Ventilador R$ 0,00
(reciclagem)
Balão Shopee R$ 7,90

Cola branca Amazon R$ 6,90


Arame galvanizado
18x50m Leroy Merlin R$ 44,90
Manta térmica com
termostato BCMED R$ 644,01
Mamadeira VetSui R$ 76,15

3.4 MONTAGEM DO PROTÓTIPO

Para a montagem do protótipo foi utilizado um balão inflado, ele foi coberto por
três camadas de papel com cola e após completamente seco foi revestido por
camadas de gesso intercaladas com gaze para melhor sustentação. Quando seco foi
lixado e pintado com tinta de tecido buscando melhor acabamento (Figura 31).
32

Figura 31 - Molde do porco (protótipo) em gesso e gaze

Fonte: figura doa autor

Para a confecção da maquete foi utilizado uma chapa de isopor que foi
revestida pela metade com papel camurça marrom coberto por serragem buscando-
se representar a parte onde a porca ficaria deitada. Após isso foram montadas com
palitos de sorvete uma cerca visando a contenção dos animais (Figura 33).

Figura 32 - Materiais utilizados para a montagem na maquete

Fonte: figura do autor

Figura 33 - Confecção da maquete

Fonte: figura do autor


33

Após a base pronta foi adicionada a maquete um ventilador e confeccionado


um poste de luz utilizando uma lâmpada fixada com palito de churrasco, desta forma
representamos um sistema de iluminação e ventilação para o recinto.

Figura 34 - Sistema de ventilação e iluminação

Fonte: figura do autor

Na porca foram colocadas 5 garrafinhas em um lado do seu interior para


simular as mamadeiras. Elas foram conectadas por uma mangueira aos seis bicos
de mamadeira que foram posicionadas do lado externo na porca na porção ventral
simulando os tetos. Já na outra metade do protótipo foi fixado um sistema elétrico
representando o aquecimento do leite e do corpo do protótipo (Figura 35).

Figura 35 - Composição do protótipo

Fonte: figura do autor


34

Figura 36 - Juntando as duas metades

Fonte: figura do autor


Após finalizada, a porca foi posicionada no meio do recinto sendo fixada com
auxílio de dois xaxins para dar a altura necessária para que os tetos não
encostassem no chão, além de varetas de metal para que ela não caísse para os
lados. (Figura 37).

Figura 37 - Fixação do protótipo na maquete

Fonte: figura do autor


35

Figura 38 - Maquete finalizada

Fonte: figura do autor

4. MARKETING

O plano de marketing pensado para o nosso produto se dá primeiramente por


meio de visitas que serão realizadas nas propriedades com o intuito de levar aos
produtores a apresentação do produto e ideias de implementação do protótipo na
granja, explicando seus benefícios como uma ferramenta de enriquecimento
ambiental e também como manejo da leitegada.

Outra maneira de divulgação seria através da implementação de stands em feiras


de agropecuária com vídeos explicativos, panfletos e uma demonstração do produto,
onde posteriormente poderia ser pensado em realizar parcerias com marcas dos
produtos utilizados, como das mantas térmicas ou empresas de aço; isso traria uma
divulgação maior de ambos os lados, tanto do nosso produto quanto da empresa
parceira ou patrocinadora fortalecendo assim nosso projeto.

As duas formas acima citadas são bastante relevantes levando em consideração


o fato de que dependendo da localização das granjas não há a presença de internet
ou são limitadas em tecnologia; o modo de divulgação pela internet é o outro método
pensado para divulgação.

O apoio das mídias sociais abrangem uma divulgação mais potencializada visto
que a internet tem o poder de se conectar com diferentes públicos, de diferentes
estados do Brasil e também com outros países tendo assim uma ampla divulgação,
podendo ser compartilhada entre as pessoas também!

O projeto pode ser adaptado para atender o produtor desde aquele que tem o
maior poder aquisitivo até aquele produtor menor, onde pode-se pensar em meios
para troca de materiais a serem utilizados na confecção da porca
36

4.1 MEIO DE DIVULGAÇÃO E ARTES PARA O MARKETING

Figura 39 - Logo da empresa

Fonte: figura do autor

Figura 40 - Página no instagram

Fonte: figura do autor


37

Figura 41 - Post sobre aleitamento artificial

Fonte: figura do autor

Figura 42 - Post sobre maternidade na suinocultura 1

Fonte: figura do autor


38

Figura 43 - Post sobre maternidade na suinocultura 2

Fonte: figura do autor

Figura 44 - Post sobre maternidade na suinocultura 3

Fonte: figura do autor


39

Figura 45 – Panfleto

Fonte: figura do autor

4.2 LINK DO VIDEO

https://www.instagram.com/reel/ClG97HHvjyj/?igshid=Nzg3NjI1NGI=
40

5. REFERÊNCIAS

1. II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO E SANIDADE DE


SUÍNOS.Jaboticabal: FCAV/Unesp, 2017. Disponível em: https://www.crmv-
pr.org.br/uploads/noticia/arquivos/20170606143019.pdf#page=74.

2. A IMPORTÂNCIA DO COLOSTRO. 10 jan. 2011. Disponível


em: https://docs.ufpr.br/~freitasjaf/artigos/Aimportanciadocolostro.pdf.

3. ABRAHÃO, A. A. F., VIANNA, W. L., CARVALHO, L. F. O. S., et al. Causas


de mortalidade de leitões neonatos em sistema intensivo de produção de
suínos. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 41,
p.86-91, 2004.

4. Agrofarmabrasil - Principais vacinas para os suínos [...]. Santarém, PA,


28dez. 2020. Facebook: @dramissagro. Disponível em:
<https://www.facebook.com/dramissagro/photos/a.145104760702371/151773
183368862/?type=3>. Acesso em: 13 de setembro. 2022.

5. ANTUNES, J.M.A.P. et al. Mortalidade embrionária/fetal e abortos em


suínosdo Brasil. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 27, Ed. 214, Art. 1423, 2012.

6. CAPACCI, V.C, et al. Avaliação do Aleitamento Artificial no


Desenvolvimentode Leitões Refugos. Ensaios e Ciência C Biológicas
Agrárias e da Saúde, 2021

7. CARVALHO, M. R. Principais causas de mortalidade de leitões pós-


nascimento de acordo com a ordem de parição da fêmea suína.
2017.

8. COELHO, C.F Causas de mortalidade em leitões lactentes na


maternidade.Florianópolis, 2015.

9. Comunicado técnico 511.EMBRAPA. Versão Eletrônica maio, Concórdia,


SC,2013.

10. CYPRIANO, C. R.: Alternativas de manejo em leitões neonatos para


melhoraro desempenho na fase lactacional. Porto Alegre, 2008

11. DANIEL, K. Relatório de estágio curricular obrigatório na área de


fomento esanidade de suínos. 2021. 37 p. TCC — Universidade Federal
de Santa Catarina, SC, 2021.

12. E. BARCELLOS, D. et al. Impacto dos problemas sanitários sobre o


crescimento dos leitões na maternidade. in: viii sinsui - simpósio
internacionalde suinocultura, 2013, RS. VIII SINSUI - Simpósio
Internacional de Suinocultura. RS: UFRGS, 2013.
41

13. FCAV/Unesp. II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO E


SANIDADEDE SUÍNOS 05 a 07 de abril de 2017.

14. FERRIN, M. L. Efeito da dieta líquida sobre o desempenho de


leitões neonatos e seus reflexos na matriz suína. Universidade de
São Paulo.Pirassununga, 2015.

15. FINCO, J. Zoetis fala sobre vacinação em suínos: principais doenças e


boaspráticas. Acsursus, 2021 Disponível
em: https://acsurs.com.br/noticia/vacinacao-em-suinos-principais-doencas-
e-boas-praticas/. Acesso em: 13 set. 2022.

16. KUNZ, A., GIROTOO, A.F., MONTICELLI, C. J., et al. Produção


suínos.Embrapa Suínos e aves, 2003.

17. MAGALHÃES, A. P. F. D. S. Período de desmame de leitões e seu


impactono bem-estar animal, 2021.

18. MAPA. Cartilha de maternidade suína. V2. Brasília 2018

19. MELLAGI, A.P.G.; ARGENTI, L.E.; FACCIN, J.E.G. et al. Aspectos


nutricionais de matrizes suínas durante a lactação e o impacto na
fertilidade.Acta Scientiae Veterinariae. v.38, 2010.

20. MORÉS, N. Mortes de matrizes em granjas de suínos. Acta


ScientiaeVeterinariae, 2007.

21. Revista científica eletrônica de ciências aplicadas da fait. n. 2. novembro,


2021

22. RODRIGUES, S. Desempenho de suínos nas fases de crescimento e


terminação submetidos à alimentação com ração seca e úmida. 2021. 25
p. TCC — UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, Minas Gerais,
2021.
Disponível em:
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/33063/2/DesempenhoDeSu
ínos.pdf.

23. SECCO, P. M., MOYA, C. F. Anatomia e fisiologia reprodutiva da


fêmeasuína: uma revisão. Suinocultura e Avicultura do básico a
zootecnia de precisão. 2021.

24. SOUZA, R. Principais causas de mortalidade de leitões na fase de


maternidade em sistema de produção de suínos em ciclo completo. Instituto
federal de educação, 2020.

25. SCHWERTZ, C. I. Causas de morte de matrizes suínas em granjas


brasileiras. 2018.
42

26. TEIXEIRA, K.A. Sistema intensivo de produção de suínos -


maternidade.Goiânia, 2013.

27. TEIXEIRA, M. Comparação do desempenho de leitões refugos criados em


aleitamento natural e em equipamento “ama de leite”. Universidade federal
deSanta Catarina, 2014
43

Você também pode gostar