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Superestrutura para a
inra-estrutura,
marxista. Vejamos CoMo o autor explicaapontada pela teoria
A esse fenômeno.
sobrevivncia umna formação social depende da pro
dução e da
de
reprodução das condições dessa prOduçãa Em
briagados pelas
da prática evidências do ponto de vista da produção e
produtiva preserntes em nosso cotidiano, não con
seguimos alcançar o ponto de vista da reproduçãg, qual seja
a reprodução das forças
produtivas e a reprodução das rela
Ções de produção existentes.
Ao lado da
reprodução dos meios de produção, ou seja.
das condições materiais da produção, como matéria- prima,
instalações e maquinaria, énecessáriaa reprodução da força
de trabalha ou "forças produtivas". Ela é garantida pelo salá
rio que assegura a subsistência do trabalhador e de sua fa
mília, e pelo sistema escolar que além de cuidar da formação
técnica dos futuros trabalhadores, garante a reprodução de
Sua submissão às normas da ordem vigente (regras do bonm
COmportamento, de moral e de consciência cívica e profissio
nal), ou seja, àideologia dominante
Jáa reprodução das relações de produção é entendida
Como a manutenção do status quO da formação social, em
relação às posições que cada classe social ocupa na divisão
do trabalho, ou seja, a reproduçãodas relações de exploração
capitalistas. Elaéassegurada pelo aparelhorepressivo do Es
tado, que contribui para a sua própria reprodução (ide as
dinastias políticas, militares etc) e garante as condições polí
ticas da atuação dos AIE. Estes, por sua vez, garantem a re
produção das relações de produção através da ideologia da
classe dominante
Althusser faz a seguinte distinção em relação àideolo
gja: as ideologias particulares, que expressam posições de clas
se têm uma história, determinada pela luta de classes, que
se encontra fora delas, enquanto a ideologia em geral não tem
história. Ela éautônoma em relação à história e funciona
como um sistema independente, e é eternaporque éimutável
enquanto sistema.
376 RESENHA
Para
entender essa noção de sistema,
ler da
oposição podemos nos va
Saussure chama saussuriana entre
de sincronia (eiXO sincronia e
diacronia.
que uma
determinada língua tenha sincrônico) o estágio a
nado momento de sua
história,
chegado em um determi
vista
diacronia (eixo diacrônico) as mudanças como sistema, e de
passa ao longo do tempa Daí pelas quais a língua
poder- se dizer que a
em geral situa-se
apenas no eixo sincrônica, eternaideologia
em seu
funcionamentO enquanto
têm aspectos sincrônicos sistema,
e as ideologias
individuais
e diacrônicos.
Neste momento ele rompe com Marx, que
logia como pura ilusão sonho, "idéia'" concebe a ideo
os diurnos" da realidade (formada pelos "resídu
concreta dos
de Freud a noção de que o incons cienteindivíduos),
e empresta
éeterno, para afirmar
que "a ideologia tem uma estrutura e um
funcionamento tais
que fazem dela uma realidade nãohistórica".
Se a estrutura e ofuncionamento da ideologia são os
mesmos, assumem a mesma forma em toda história, a ideo
logia assume um caráter eterng, no sentido de sua onipresença
e imutabilidade em sua forma. Duas outras formulações que
Althusser faz acerca da ideologia são essenciais para a comn
preensão doque ele chama de sua "tese central".
A primeira éa de que "a ideologia é uma repres enta
çãoda relaçãoimaginária dos indivíduos com suas condi
Ções reais de existência", ou seja, a ideologia não represen
ta o sistema das relações reais que governam a existência
dos homens, e sim a relação (sempre) imaginária deles com
as relações reais sob as quais eles viven, ou seja, com as
relações de produçãoe de classe. Essa representação ima
ginária éum reflexo imperfeito da realidade, uma relação
deformada que o homem tem com suas condições de exis
tência, ésempre imaginária porque éinfluenciada pela in
terpelação ideológica.
A segunda diz respeitoà materialidade da
sente na maneira como o indivíduo que vive naideologia, pre
ideologia se
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RESENHA
ler da
Para entender essa
oposição noção de sistema,
Saussure chama saussuriana
de podemos
entre sincronia e
n0S va
que uma
determinada sincronia (eixo
sincrônico) odiacronia.
língua tenha chegado em um estágio a
nado momento de sua
diacronia (eixo história. vista determi
Como sistema, e de
passa ao longo diacrônico) as
do tempa Daímudanças pelas quais a lingua
em geral poder- se dizer que a
situa-se apenas no eixo ideologia
funcionamentO sincrônico, eterna em seu
têm aspectos enquanto sistema, e as ideologias individuais
sincrônicos e
Neste momento ele rompe diacrônicOs.
com Marx, que
logia como pura ilusão
Os diurnos" da sonho "idéia" (formadaconcebe a ideo
pelos "resídu
de Freud a noçãorealidade concreta dos indivíduos), e empresta
de que oincons
que "a ideologia tem uma ciente é eterno, para afirmar
que fazem dela uma estrutura e um
funcionamento tais
realidade
Se a estrutura e o
não histórica".
mesmos, asSUmem a mesma funcionamento
forma em
da ideologia sãO OS
logia assume um caráter toda história, a ideo
e eterng, nosentido de sua onipresernça
imutabilidade em sua forma. Duas
Althusser faz acerca da ideologia são outras formulações que
preensão do que ele chama de sua "tese essenciais para a com
A primeira é a de central".
que "a ideologia éuma
ção da relação imaginária dos representa
Cões reais de existência", ou indivíduos com suas condi
ta o sistema das seja, a ideologia não repres en
dos homens, e simrelações reais que governam a
a relação (sempre) existência
as relações reais sob as imaginária deles
quais eles vivem, ou seja, comcom
relações de produção e de classe. Essa as
gináriaéum reflexo imnperfeito da realidade, representação ima
deformada que ohomem tem com suas uma relação
tência, ésempre imaginária porque é condições de exis
terpelaço ideológica. influenciada pela in
Asegunda diz respeito à
sente na maneira como o materialidade da ideologia, pre
indivíduo que vive na ideologia se
mLa e Literatura, n. 27, p. 371-380, 2001-03.
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