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Técnicas de pescaria

1. - Tampão
2. - Desenroscamento
3. - Assentamento de packer
4. - Tubo em U
5. - Lavagem
6. - Agarramento
7. - Restauração de revestimento
8. - Percussão
9. - Abertura de janela
10. - Destruição
11. - Trabalhando coluna
12. - Recuperação de peixe não tubular
13. -Eliminação de chavetas
14. - Recuperação de cabos/hastes de bombeio
15. - Recuperação de perfil
16. - Recuperação de coiled tubing
17. - Corte de colunas
18. - Recuperação de packers

Tampão

O tratamento dos tampões foi desenvolvido através do estudo do mecanismo da prisão por diferencial de pressão e pela prática de campo, para combater especificamente
este tipo de prisão.
Havendo indicios de diferencial de pressão deve ser o primeiro tratamento utilizado.

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A probabilidade de liberação da coluna presa por diferencial de pressão é inversamente proporcional ao tempo transcorrido entre a prisão e o posicionamento do tampão
frente ao ponto de prisão.
Os tampões mais usados são :
Tampão de lignosulfonato
Tampão tenso-ativo
Tampão de ácido

obs: O tampão de lignosulfonato está proibido seu uso devido agredir ao meio ambiente
Tampão de lignosulfonato é um dispersante/afinante que atua no reboco (tornando as partículas de argila menos reativas e reduzindo sua densidade) fazendo-o menos
resistente e facilitando a sua remoção.
Tampão tensoativo :
Elaborados com produtos especificamente desenvolvidos para liberar colunas presas por diferencial de pressão. São misturados a óleo diesel, querosene, óleo cru
selecionado, lama base óleo ou de emulsão inversa a fim de obter-se um tampão.
Os tampões tenso-ativo agem ressecando o reboco, provocando rachaduras, e alterando a área de contato que prende a coluna ao reboco, reduzindo ou, até, anulando o
diferencial de pressão.
A liberação se dá pela penetração do produto tenso-ativo entre o reboco e a parede dos comandos, sem que tenha havido uma equalização de pressão da lama com a da
formação.

DICAS :
1. Verifique se o preço não está alargado, para calcular o volume e o correto posicionamento do tampão
2. Usar o tampão adequado em função do peso da lama
3. Injetar um colchão de óleo diesel, a frente e atrás do tampão para limpeza, diminuição da contaminação e retardar a migração
4. Deixar volume suficiente na coluna para deslocamento, durante todo o tempo de atuação do tampão
5. Trabalhar a coluna, todo o tempo de atuação
6. Para tampão leve aguardar uma hora e, após, injetar 1 bbl a cada meia-hora
7. Para tampão pesado aguardar duas horas e, após, injetar 1 bbl a cada hora
8. O tempo de atuação é de pelo menos 24 horas até não mais que 40 horas, quando as chances de liberar diminuem consideràvelmente

Tampão de ácido :

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É o mais eficiente, desde que existam as condições para o uso, uma vez que o manuseio requer cuidados especificos e são exigidas condições ao uso seguro.
Atuam reagindo quimicamente com a formação corroendo e provocando alterações do contato coluna/formação.
Tipos de prisão em que pode ser usado :
· Diferencial de pressão
· Desmoronamento, desde que seja um desmoronamento leve, ou de blocos de formação, que nos permita circulação.
· Inchamento de formação, desde que esta reaja com ácido

DICAS :
1. Pode ser usado com qualquer tipo de lama
2. Tempo de atuação de até 8 horas
3. Não deve ser usado em poços com intervalos portadores de gás com alta pressão
4. Não deve ser usado em poços com zonas de perdas, abaixo do ponto de prisão
5. Não deve ser usado em poços com intervalos porosos, abaixo do ponto de prisão
6. Não deve ser usado em poços com formações salinas
7. Para formações de granulometria grosseira (base carbonática) tais como calcáreo, calcarenito, dolomita etc. usar tampão de ácido clorídrico
8. Para formações de granulometria fina (arenito, folhelho, marga etc.) usar tampão de “mud acid” ( normalmente 12 % de HCL com 3% de HF)
9. Pode ser usado com rebocador e sem rebocador
10. Alertar para os cuidados que devem ser tomados com as pessoas(ver manual eletrônico de tampão)

Desenroscamento

Quando uma coluna encontra-se aprisionada em um poço, sendo impossivel sua recuperação integral, necessário se faz desenrosca-la . Os métodos usados para tal operação
dependem, normalmente do poço, dos equipamentos ali contidos e da situação atual.
Os mais usados são:
Com o uso de string shot
Mecânico ou “cego”

· melhor método de desenroscamento será aquele que permita reenroscar ou agarrar o peixe da melhor maneira (sabendo-se que a conexão poderá ser utilizada para
reenroscamento), usando a ferramenta que efetue a conexão ao mais forte e possa ser executada no menor tempo, com o menor risco.

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DICAS : PARA DESENROSCAMENTO MECANICO
1. Determine o ponto livre com a ferramenta de Free Point Indicator ou pelo método analítico
2. Reaperte a coluna com distribuição de torque a direita com valor 30% superior ao que vai ser aplicado para desenroscar
3. Trabalhe a coluna várias vezes para melhor distribuir o torque
4. Após liberar todo o torque, destrave o gancho para assegurar a remoção de todo o torque
5. Mantenha todas as juntas, acima do ponto onde quer desenroscar, em tensão, quando for trabalhar para desenroscar
6. Cerca de 25% das voltas a esquerda deverão ser aplicadas lentamente e a coluna ser trabalhada pôr cerca de 15 minutos, ou mais se o poço for tortuoso ou desviado
7. O torque adicional será aplicado lentamente enquanto prossegue-se o trabalho com a coluna
8. Se o torque não aparentar ter descido, indicado pêlos instrumentos disponíveis ou visualmente pela tensão do cabo da chave, a coluna deverá ser trabalhada pôr período
maior antes de ser aplicado torque adicional
9. Mantenha sempre a coluna em overpull, quando adicionando troque a esquerda.

Assentamento de packer

Esta técnica utiliza uma coluna de teste de formação modificada, baseando-se no principio de teste de formação, ou seja a redução de pressão hidrostática, abaixo do
packer na zona de prisão.
Isto é possível assentando um packer (open hole) para isolar a zona de prisão e a abertura de uma válvula testadora (HS ou similar) a qual tem a função de colocar a zona
em questão em contato com apressão atmosférica, ou outra press ao maior, mas que seja inferior à pressão da formação, e que estabeleça um diferencial de pressão
aceitável.
A coluna acima da válvula pode ser descida totalmente vazia ou com um colchão amortecedor, para evitar colapso da mesma ou quando o diferencial de pressão no packer
for superior ao permitido (5000 psi com borracha duro 90 ).

DICAS :
1- Checar o topo do peixe
2- Anotar o peso da coluna pescadora com packer
3- Verificar a medida exata da coluna de teste com pino ou overshot
4- No momento de assentamento do packer ficar atento para o anular
5- Se o anular cair, desassente o packer e faça circulação reversa
6- Efetue a compensação de peso para a abertura da válvula testadora(HS)

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7- Fique atento para o exato instante da abertura da válvula, para o fluxo, quando será observado um impacto, seguido de um registro preciso de acréscimo de peso,
indicando a liberação do peixe
8- No momento da liberação, trabalhe a coluna de imediato, para cima e para baixo utilizando o máximo deslocamento vertical possível permitido pela sonda(nunca gire a
coluna)
9- Evite parar a coluna, no ponto de prisão, após a liberação
10- Quando o peixe estiver apoiado no fundo do poço é esperado que não haja impacto ou acréscimo de peso
11- A abertura da válvula testadora não deve ultrapassar 15 segundos
12- Esteja atento ao anular. Em situação crítica de vazamento do packer, tracionar a coluna(fechando a HS) e complete o anular
13- Após o anular está cheio pode-se fazer nova tentativa de assentamento, adicionando-se mais 40% do peso aplicado anteriormente, a fim de assegurar-se que se tenha
utilizado o curso total do mandril do packer
14- Em poço com perda de circulação, esta técnica não deve ser utilizada
15- É necessário conhecer o caliper do poço, utilizando perfil ou informação da geologia
16- Os packers assentados pôr peso expandem até 30% a mais do diâmetro da borracha
17- Deve-se assentar o packer preferencialmente em arenito
18- É obrigatório fazer circulação reversa após a operação, com ou sem sucesso

Tubo em U

A técnica do tubo em U consiste na redução da pressão hidrostática do fluido de perfuração, pôr meio de deslocamento de um fluido leve para o poço, pôr circulação direta
ou inversa, de forma a permitir um refluxo ( reequilibrio das pressões envolvidas ) para uma posição de equilíbrio tal que ocorra a liberação da coluna presa pôr diferencial
de pressão poço-formação.
· O fluido leve pode ser óleo diesel, água, gás ou qualquer outro fluido com densidade apropriada.
Como o rebaixamento do nível do fluido no poço se faz pela introdução na coluna, ou no anular, de um fluido mais leve, cria-se um desequilíbrio de pressão entre o
interior da coluna e o anular, dando origem a um refluxo, tal como ocorre em um tubo em U.
Vantagens : - solução eficiente e econômica, uma vez que a coluna presa é liberada em poucas horas, a partir do momento em que se inicia o bombeio do fluido mais
leve.
· possibilidade de continuar a perfuração após liberação da coluna e acondicionamento do poço
· a pressão hidrostática pode ser reduzida gradativamente e permite o trabalho da coluna ou com percussão, se disponível. A redução em estágios progressivos permite
evitar uma situação potencialmente perigosa

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· Flexibilidade operacional com inúmeras variações e modos de aplicação face as características dos equipamentos da sonda, do poço e do tipo de fluido a ser
injetado

DICAS:

1 - A pressão hidrostática pode ser reduzida gradativamente e permite o trabalho da coluna com percussão, se disponível. A redução em estágios progressivos evita uma
situação potencialmente perigosa
2 - Possibilidade de se efetuar o tubo em U em combinação com tampão tensoativo em uma única operação
3 - Só deve ser aplicado por pessoal experiente no assunto, tendo em vista o risco de ter zonas de alta pressão exposta no poço
4- Não deve ser aplicado em poços com paredes /formações instáveis(desmoronáveis)
5- Não pode ser aplicado em poços com coluna com obstrução ou com float valve, motor de fundo, flap valve etc,
6- Não pode ser aplicado em poços com perda de circulação
7- Verifique previamente a presença de intervalos portadores de hidrocarbonetos
8- Testar o funcionamento do ESCP
9- Testar o funcionamento dos manômetros
10- Proceda a limpeza do poço para garantir o não entupimento dos jatos
11- Limpar um tanque de lama para colocação do diesel
12- Determinar a capacidade do tanque onde haverá o retorno
13- Injetar um tampão viscoso com mesmo peso do fluido do poço, de forma que ocupe de 200 a 300m de anular
14- Em poços de grandes anulares ou risers ou se a queda desejada for muito grande reduzir o máximo o peso do fluido do poço
15- Estabelecer a redução de pressão desejada
16- Assegurar no final do refluxo um mínimo de 120 psi no tubo bengala
17- Mantenha 120 psi em todos os estágios da operação
18- Calcular a altura de queda no anular após o refluxo, mantendo-se um mínimo de 40 a 60 psi de diferencial positivo em relação a formação
19- Calcular o volume correspondente a altura de queda do anular (volume de retorno total)
20- Calcular as alturas dos fluidos no interior da coluna ao final do refluxo
21- Calcular a altura de óleo diesel no anular ao final do refluxo
22- Calcular o volume de óleo diesel no anular ao final do refluxo
23- Calcular a máxima pressão no tubo bengala durante o deslocamento
24- Calcular o peso equivalente do ponto de prisão e a pressão no tubo bengala ao final do deslocamento
25- Preparar uma tabela correlacionando os volumes de retorno com o peso equivalente no ponto de prisão e com a pressão no tubo bengala
26- Descriminar os volumes a injetar
27- Reunir a equipe da sonda para planejamento das operações
28- Manter em mãos o seguinte resumo :

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· Altura de queda do anular
· Volume de retorno total
· Volume de óleo diesel no anular
· Volume total de diesel a injetar
· Volume de água doce a injetar
· Pressão no tubo bengala no final da injeção
· Pressão no tubo bengala no final do refluxo
· Máxima pressão na cabeça do poço durante o deslocamento
27- Injetar o volume de fluido viscoso, em vazão normal de perfuração, a frente do óleo diesel
28- Injetar o volume de óleo diesel calculado, em vazão normal, até que o total calculado tenha sido bombeado. Observar a contra pressão no manometro do tubo
bengala
29- Efetuar manobra no manifold para injetar a água e injetar com vazão normal o volume calculado
30- Manter a coluna tracionada e deixar retornar por refluxo o volume calculado, com a maior vazão possível pelo choke e monitorar o volume retornado
31- Interromper o refluxo periodicamente e observar o anular
32- Trabalhar a coluna com tração, torque e percussão(se disponível)
33- Após liberar a coluna completar o poço pelo anular
34- Homogeneizar o fluido antes de retirar a coluna
35- Caso não libere abasteça o poço e faça circulação reversa

Lavagem

Operação de limpeza através de tubulação especial do espaço anular ou interior da coluna, visando remover ou destruir alguma
obstrução ou objeto, que esteja prendendo ou dificultando a recuperação da coluna e/ou o acesso até a extremidade da mesma.
Vantagens:
a- Garantia de liberação do peixe para recuperação posterior
b- Pode ser utilizada em todos os tipos de prisão
c- Última opção para recuperação do peixe, antes de decidir pelo abandono
d- Não interfere nas características geológicas do poço
e- Não agride o meio ambiente

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DICAS :
1- Não se deve girar a coluna de lavagem para a conexão e desconexão do BHA e DP
2- Em unidades flutuantes utilizar o compensador para passar a extremidade da coluna pelo BOP e pelo topo do liner (se tiver), além do encamisamento do peixe e
durante todo o trabalho de lavagem.
3- Para evitar entupimento do peixe devido formação que esteja no interior da coluna de lavagem é necessário efetuar circulações intermediárias, tantas vezes quanto
forem necessárias.
4- Solicitar atenção do sondador para evitar acunhamento da coluna de lavagem e explicar os atos imediatos em caso de ameaça de prisão.
5- Efetuar circulação a 5 metros do topo do peixe para evitar entupimento do mesmo em razão de provável formação que esteja no interior da coluna de lavagem.
6- Para o encamisamento do peixe usar vazão compatível ao trabalho a ser realizado, valor semelhante ao utilizado para a perfuração daquela fase do poço.
7- Após encamisar o peixe e tocar no ponto a ser lavado trabalhe com o sub cesta afim de recuperar detritos, principalmente se for trabalhar sobre ferro.
8- Recomenda-se uma velocidade anular mínima de 120 pés/min.
9- O fluxo turbulento é o melhor modo de bombeio porque os detritos são lançados ou removidos de tal maneira que não permite aninhar-se em local errado, como no topo
dos tubos de lavagem. Mas só poucas bombas tem capacidade de produzir o fluxo turbulento.
10- Se houver borracha associada ao peixe e se esta estiver reduzindo a velocidade de avanço tente diminuir a pressão de bomba, até mesmo parando a bomba pôr
pequenos intervalos a fim de auxiliar a sapata a tirar lascas da borracha.
11- Pode-se ter problemas com remoção de detritos quando se tem altas penetrações, cuidado com as condições da lama e assegure-se de que o volume de bombeio é
suficiente para remover os detritos. Se o volume de lama for insuficiente, deve-se reduzir o peso aplicado e a rotação da mesa(taxa de penetração)
12- Iniciar a lavagem usando pouco peso(2000 a 6000 libras) e moderada rotação(50/60 RPM), isso reduz a possibilidade de deformar ou lascar a sapata.
13- Retirar periodicamente a sapata do fundo e circular pôr cinco minutos para evitar o trabalho sobre materiais que podem ser recuperados no sub cesta.
14- Modifique os parâmetros, em caso de não conseguir avanço até conseguir o mais adequado.
15- Após encontrar o melhor parâmetro é importante manter constante o peso sobre a sapata, tendo em mente um torno frezando o material.
16- Sempre observar o valor da pressão de bombeio para identificar washout e controle de volume de sólidos do anular. No caso do volume de sólidos no anular e se
aumentar a pressão, deve-se utilizar um colchão viscoso para carrear para fora do poço este material.
17- Antes de efetuar a conexão para prosseguir a lavagem é importante repassar o trecho lavado, com vazão e rotação e depois só com vazão. Isso serve como prevenção
contra prisão, além de confirmar que a limpeza e a destruição está sendo bem feita.
18- Quando decidir pôr retirar a coluna, bombeie e desloque um colchão viscoso e a depender do tipo de prisão, um tampão tensoativo pode ser deixado cobrindo o peixe
lavado.
19- Caso ocorra um kick com a coluna de lavagem no poço as atitudes para o combate são as tradicionais, porém o fato pode se agravar se os tubos de lavagem estiverem
na frente do BOP.
20- Após lavar o trecho requerido, retira-se a coluna de lavagem e então desce-se a coluna percussora ou a coluna para desenroscamento.
21- Em caso de recuperação do peixe em partes, a seqüência é repetida até a completa recuperação.

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Agarramento

É o processo pelo qual é efetuado a união entre a coluna de pescaria descida no poço e a coluna
a ser recuperada (peixe). Esta coluna pode ter sido de forma acidental (coluna rompida) ou intencional
(coluna seccionada) de forma a facilitar a sua recuperação.
Este processo pode ocorrer quando perfurando ou efetuando operação de produção, podendo a coluna estar livre ou presa. Tal processo é feito com auxilio de ferramentas
especiais e de dois métodos que são :
Agarramento interno - processo pelo qual o peixe é fisgado (pescado) pelo seu interior com auxilio de ferramentas de pescaria interna que são :
pino pescador
spear
taper tap

Agarramento externo - método de pescaria, onde o peixe é fisgado (agarrado) pelo seu exterior, com auxílio de ferramenta de pescaria externa tais como overshot, die
collar etc.

DICAS:
1. Quando for usar o overshot para trabalhos severos como percussão muito elevada deve-se usar o overshot tipo FS(full strengh) ou mais reforçado to tipo XFS(extra full
strengh).
2. Resistência de trabalho dos overshots:
FS(full strengh) projetado para suportar o máximo de tração, torque e percussão
XFS(extra full strengh) - projetado para extremos abusos
SFS(semi full strengh) - para condições de poços especiais e máxima tração
SH(Slim hole) apenas para tração elevada
XSH(extra slim hole) - projetado somente para trabalhos de recuperação

1. Antes de encamisar um peixe com overshot circule pêlos menos meio ciclo a +/- 1,5m do topo do peixe para limpeza
2. Caso o topo do peixe se encontre numa caverna use um wall hook guide(pode ser usado também junto um knuckle joint ou bent sub ou tubo torto)
3. Se o topo do peixe estiver danificado use uma extensão( ou várias) para agarrar na parte inferior do peixe
4. Garras espirais pescam 3/32”abaixo e 3/32”acima do diâmetro nominal. Exceção das garras do overshot tipo SH onde as garras são 1/16”para mais e para menos
5. Garras tipo cestas (basket) pescam 3/32”abaixo e 1/32”acima do diâmetro nominal
6. Para operação de back-off use lock-ring ou pinos de travamento entre o corpo e top sub (não usar bacalhau).Casos extremos use coluna rosca esquerda

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7. Quando usar um overshot com vedadores em poços com risco de kick ou entupimento do peixe, use um sub de circulação
8. As garras tipo espiral suportam maior resistência a tração de que as tipo cesta(basket)
9. Quando o comprimento do topo do peixe for muito curto use overshot série 70(caso não tenha o overshot série 70 , corte a sapata stsndard do overshot série 150 rente a
rosca
10. Quando o topo do peixe for uma caixa em boas condições use como primeira opção um pino(para percutir)
11. O overshot série 70 não tem elemento de vedação e não permite uso de guias
12. O overshot série 70 pode pescar peixe com comprimento mínimo de 2”
13. Existem 02 tipos de Die Collar
Tipo A - guia integral no corpo
Tipo B - pode receber sapata, oversize, wall hook etc.
1. Escolha um Die Collar em que o diâmetro do peixe fique na média entre o maior e menor diâmetro interno
2. No Die Collar é importante verificar o número de fios pôr polegadas de dureza do aço do peixe. Quanto mais duro o aço maior o número de fios pôr polegadas que o
Die Collar deve ter
3. No caso em que o pino pescador não encontre o topo do peixe, use um pino encamisado
4. Use o pino encamisado com comprimento mínimo de 0,60m para eventual pescaria do próprio
5. Verifique a condição do pino que saiu antes de optar pôr descer um pino pescador
6. O diâmetro interno do pino pescador deve permitir passagem de ferramentas de SS e FPI
7. Evite aperto demasiado com o pine pescador para que caso não consiga liberar o peixe possa desenroscá-lo
8. Caso a única possibilidade seja descer um pino pescador e a caixa esteja danificada, use fios de corda na rosca do pino
9. Após o enroscamento do pino circule lentamente para evitar entupimento do peixe
10. Antes de qualquer agarramento para trabalhar a coluna verifique nas tabelas os esforços máximos que a coluna pode ser submetida
11. As garras do overshot antes do uso devem ser inspecionadas quanto a rigidez e os elementos mordentes
12. Para peixe de aço inox ou grau de aço acima de P-110 devem ser usadas as garras de nitrolloy (pintadas de verde pela Bowen)
13. Nos casos que o overshot não libere é possível executar um SS(tiro) dentro do peixe onde ele esta agarrado, como tentativa de liberação
14. Pode se usar um overshot para retificar topo de um peixe, desde que se use o Bruno Mill(control de basket fechado e cheio de carbuneto de tungstênio)
15. Quando se usar spear para pescar internamente um peixe usar na coluna pelo menos 01 bumper para auxiliar na sua liberação

Restauração de revestimento

Técnicas utilizadas para reparar danos ocasionados ao revestimento objetivando torná-lo tão forte quanto o original, garantindo que o diâmetro interno fique livre para
descida das ferramentas e equipamentos ou permita a utilização do poço para outra finalidade na área de petróleo.
A restauração deve ser de forma econômica e eficaz.

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Tipos de danos :

colapso
· restrição
· vazamento

métodos :
casing impacto
casing roller
casing back -off
· casing patch
· squeeze
· liner
· taper mill
· casing scrapers

DICAS : para colapso


1. Conhecer as dimensões das últimas ferramentas que atravessaram o intervalo com dano e as dimensões da ferramenta que não passou
2. Conhecer a tração de percussão para liberar o casing impacto do colapso durante a operação de restauração
3. O casing impacto só deve ser usado para caso de colapso
4. Utilizar na coluna de percussão um fishing bumper de curso longo entre 40 e 60 polegadas (ou 2 de 20 polegadas )
5. Recomenda-se utilizar como diferença entre o diâmetro maior dos casing impacto 1/16 polegadas
6. Coluna básica recomendada : casing impacto
junta de segurança
bumper sub
10 DC`s
DP`s

7. Nos casos de colapso severo com grande redução de diâmetro interno poderá ser usado um casing roller ou casing impacto de menor diâmetro

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Uso de casing roller :
1. Descer coluna com drill pipe, drill collars e casing roller com velocidade de descida considerada normal da sonda
2. Próximo ao inicio do dano, instalar o sistema de circulação, kelly, power sub ou power swivel
3. Registrar a reação mecânica da coluna no poço, ou seja, drag de subida, drag de descida e torque
4. Girar a coluna lentamente e arriar até que o topo do colapso seja localizado
5. Ao contactar o inicio do colapso, aumente a velocidade de rotação para 50-100 rpm
Proceda na aplicação gradativa de peso de forma que se obtenha progresso descendente. A construção robusta do casing roller permite que o operador aplique o máximo
de peso e torque sem danificar a ferramenta
6. Mantenha a circulação durante a operação de restauração do revestimento

Percussão
Técnica em que se promove a transmissão de impactos ao ponto de prisão, com o uso de ferramentas especiais (percussores) ou não, objetivando a sua liberação.
Pode ser : Ascendente - quando o sentido do impacto transmitido ao ponto de prisão é para cima(jar)

Descendente - quando o sentido do impacto transmitido ao ponto de prisão é para baixo

DICAS :
1. Percutir sempre no sentido contrário ao que a coluna prendeu
2. Aferir antes e durante a percussão o indicador de peso
3. Observar antes e durante a percussão se algum objeto está soltando na torre ou mastro
4. A carga de trabalho e a de escoamento dos percussores são diferentes
5. O martelo (massa de comandos) deve ser compatível com o catálogo da ferramenta (jar)
6. Usar um bumper sub de longo curso e um martelo de maior massa quando for percutir para baixo inicialmente
7. Percussão descendente é sempre mais eficiente sem torque e pressão, pois o aumento de atrito no bumper reduz a velocidade do martelo
8. Deve-se considerar a acréscimo de tração causado pelo torque e pressão quando estamos percutindo
9. Coloque apenas tubos sobre o acelerador, e consulte o catálogo para descer com o jar correspondente

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10. Quando usando o jar mecânico Bowen tipo I e J nunca percutir com torque na coluna
11. Deve-se iniciar a percussão ascendente com cargas moderadas
12. Não é recomendável usar tubos pesados(HWDP) em nenhum ponto da coluna de pescaria
13. Usar sempre uma junta de segurança abaixo da coluna percussora para possibilitar a substituição dos percussores (se for o caso)

Abertura de janelas

É uma operação destinada a desviar o poço já revestido, com o objetivo de reaproveitamento da parte já executada para execução de um novo poço ou desvio devido
alguma obstrução abaixo do ponto escolhido.
Pode ser feita pôr destruição de um trecho do revestimento ou pelo assentamento de ferramenta defletora dentro do revestimento e destruição da janela através de uso de
ferramentas destruidoras.

DICAS : para Pack stock


1- O revestimento deve estar bem cimentado no trecho da janela
2- Deve-se conhecer a inclinação e direção do poço
3- Conferir todos os diametros externos das ferramentas fresadoras
4- Inspecionar visualmente a mangueira de assentamento hidráulico, inclusive a seu aperto
5- Verificar possíveis danos no bloco de cisalhamento durante o transporte
6- Limpar todas as roscas afim de permitir o aperto perfeito
7- Correr gabarito e raspador até a profundidade de assentamento do pack stock
8- Condicionar o fluido de perfuração com as mesmas propriedades usadas para pefurar naquela profundidade
9- Se não há dados disponíveis, correr perfil CCL-CBL
Manuseio do conjunto de assentamento
10- Pega-se com elevador um tubo de preferencia grau S, eleva-se e efetua-se conexão na seguinte ordem: sub de orientação(opcional) apertado só com chave de
corrente
crossover sub (transformação de rosca)
by pass valve

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running tool(crossover superior deve ser apertado com chave de corrente)
Manuseio do pack-stock de 51/2 a 95/8”
11- Suspenda o pack-stock com o cat line através da alça de manuseio e manilha, e desça no poço, acunhando na mesa rotativa. Use colar de segurança
12- Prenda a start mill ao pack-stock através do bloco de cisalhamento torquendo o parafuso de cisalhamento com 100 lb.pé e travando a porca
13- Conecte a mangueira hidráulica que liga o conjunto de assentamento ao pack-stock
14- Suspenda o conjunto, retirando cunha e colar
15- Baixe todo o conjunto, assente a cunha no corpo da running tool abaixo do crossover
16- Desconecte o crossover da running tool, retire o pistão e encha com óleo hidráulico até 25 polegadas abaixo do espelho da caixa, aguarde 5 minutos para liberar o ar
trapeado
17- Retire o plug do tubo do pistão e instale na running tool . Conecte o crossover com o torque adequado
18- Se for orientado o assentamento do pack-stock, suspenda o conjunto e trace uma linha reta do centro da calha defletora até o sub de orientação. Assente a cunha(use
colar) no sub de orientação, desconecte o drill pipe e oriente a chave do sub de orientaçào com alinha traçada
19- Conecte o drill pipe no sub de orientação e aplique o torque adequado
20- Use 25% de peso de comandos a mais do que o recomendado para o trituramento
21- Desça lentamente no poço até a profundidade de assentamento, com o gancho da catarina destravado, anotando os drags
22- Chegando na profundidade de assentamento, trabalhe reciprocando a coluna anotando os drags de subida e descida
23- Caso a orientação seja requerida, retire o kelly e oriente o pack-stock usando giróscopio ou single shot
24- Conecte o kelly e desça mais ou menos 4 metros abaixo do ponto de assentamento e suspenda até o ponto a assentar e marque no kelly as distancias de trabalho da
starter mill. Em unidades flutuantes as medidas devem ser tomadas por um cabo preso no riser(ponto fixo)
25- Gradualmente aplique 3000/3500 psi de pressão através da coluna, e espere um minuto. Observe a pressão entre 1800/2200 psi um movimento pode ser observado
indicando o início do assentamento do packer. O mínimo de 3000 psi é requerido para o completo assentamento
26- Em todos os diametros, exceto no pack-stock de 51/2”, puxe e arrie 3 a 5 vezes de 25000/30000 lbs de overpull, mantendo a pressão de 3000/3500 psi. Para o pack-
stock de diâmetro de 51/2”, puxe e arrie 15000/18000 lbs de overpull, mantendo a pressão de 3000/3500 psi. Aguarde 1 minuto em cada tração. Finalmente tracione
até o rompimento do parafuso de cisalhamento entre a starter mill e a calha defletora(whipstock).

Manuseio do pack-stock 133/8”


1- Suspender com a catarina o primeiro conjunto(running assembly: starter mill, running tool, by pass valve, crossover e sub de orientação e drill pipe)
2- Instalar eslingas na extremidade inferior da starter mill e parte superior(dispositivo de manuseio) do pack-stock
3- Levante os dois conjuntos a algumas polegadas do pios da plataforma e retire os tres parafusos que prendem a capa de proteção do packer
4- Suspenda os dois conjuntos e deixe a capa protetora do packer cair no piso da plataforma. Desça o pack-stock e assente na mesa rotativa(use cunha e colar de
segurança), retire as eslingas e manilhas. Conecte a starter mill ao pack-stock torqueando o parafuso de cisalhamento com 100 lbxpé. Conecte a mangueira
hidráulica e aperte
5- Levante o conjunto e libere o dispositivo de manuseio do pack-stock
6- Siga a partir daí os mesmos procedimentos dos demais pack-stocks

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procedimentos recomendados para fresagem
1- Descer starter mill com um drill pipe abaixo dos comandos
2- Descer window mill com um drill pipe abaixo dos comandos
3- Descer window mill e watermellon mill abaixo dos comandos. Para revestimentos de 95/8”e 133/8”use dois watermellon mills abaixo dos comandos

operação com starter mill


1- posicione a starter mill 2 a 3 pés (1 metro) da calha defletora(whipstock) e aplique rotação e circulação. Registre rpm, torque, vazão e pressão
2- Baixe lentamente a starter mill e triture de acordo com as recomendações
3- Puxe a coluna com a starter mill
4- Quando a coluna estiver fora deite a starter mill, by-pass valve, running tool e sub de orientação

operação com window mill


1- Conecte window mill, crossover sub, 1 drill pipe grau S, comandos, drilling jar(opcional), drill pipes e kelly
2- Desça a window mill até 2 ou 3 pés(1 metro) acima da calha defletora, aplique rotação e circulação, registrando rpm, torque, vazão e pressão
3- Baixe a window mill até contatar com a calha defletora, frese de acordo com as recomendações
4- Quando o centro da ferramenta fresadora estiver trabalhando, pode ocorrer o decréscimo do torque e/ou da taxa de penetração. Se isto ocorrer aumente o
peso e diminua a rotação. Isto causará flexão do drill pipe e jogará a window mill para o lado oposto da calha.
5- Quando aumentar a taxa de penetração e o torque será o sinal de ter passado do centro
6- Ao penetrar 1 pé após o aumento de peso, retorne ao peso e rotação usado anteriormente e continue a fresagem
7- Se a taxa de penetração cair a zero por mais de uma hora, troque a window mill
8- Após fresar o comprimento da face da calha, perfure 10 pés(3 metros) de formação.
9- Puxe a coluna com a window mill
10- Se a janela for de diametro maior que o diametro padrão, vá ao item 14
Conecte window mill, watermellon mill, crossover sub, comandos, drilling jar(opcioanl), drill pipes e kelly
11- Baixe a window mill até 2 a 3 pés acima da calha defletora. Inicie rotação e circulação, registre rpm, torque, vazão e pressão
12- Desça com a window mill até encostar na calha defletora. Trabalhe de acordo com o recomendado
13- Faça diversos repasses na janela para remover as limalhas e prevenir fundos falsos
14- Se a janela for maior que o diametro padrão, conecte uma window mill padrão, watermellon mill aumentada, crossover sub, comandos, drilling
jar(opcional), drill pipes e kelly
15- Baixe a window mill cerca de 1 metro acima da calha defletora. Aplique rotação e circulação. Registre rpm, torque, vazão e pressão
16- Desça repassando vagarosamente a janela, para o alargamento ser perfeito e permitir a passagem de outras ferramentas
17- Após o repasse pare a rotação e desça a window mill atraves da janela até o fundo do novo poço. Se notar algum drag anormal, volte a repassar
18- Retire a coluna. Não tente perfurar mais com a window mill

15
19- Para revestimentos de 95/8”e 133/8”conecte a window mill e dois watermellon mills, crosspver sub, comandos, drilling jar(opcional), drill pipes e
kelly.Se a janela for maior que o diametro padrão, a window mill e os dois watermellon mills serão do diametro maior

Após a abertura da janela


1- Nunca aplique rotação a coluna com a broca ou estabilizador em frente a face da calha defletora
2- Se o poço tiver algum squeeze a altura da janela, sua reabertura deverá ser feita com window mill e não com broca de rolamentos
3- O gancho da catarina deverá estar destravado em todas as monobras de retirada da coluna
4- Passe lentamente com a extremidade da coluna pela janela

Destruição

São técnicas empregadas com ferramentas destruidoras, que visam reduzir parcial ou totalmente objetos e/ou ferramentas/colunas que caem ou ficam presas no poço.
Tipos de operação : refazer topo de peixe
corte de packer
destruição total
abertura de janela
desobstrução interna

Ferramentas mais empregadas ;


junk master mill
pilot mill
junk mill
piranha mill
junk shot
taper mill
string taper mill
sapata mill
milling tool
broca mill
section mill

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DICAS :
1- Como regra geral os melhores resultados na operação de trituramento são obtidos com rotação de 100 rpm ou acima. As exceções são o taper mill e sapatas de
lavagem, que normalmente são mais eficientes com 75 rpm ou menos, se encontrar altos torques
2- Nunca inicie triturando o peixe
3- Inicie a operação girando a ferramenta a 100 rpm(menor para taper mill, sapata de lavagem), a cerca de 1 pé acima do peixe
4- Arriar sobre o peixe, ajustar a velocidade variando o peso para se obter maior eficiência na taxa de penetração
5- Mantenha sempre o peso constante
6- Não aumente o peso, permitindo que o tambor do guincho gire em grandes faixas
7- Recomenda-se a não utilização de jar nas operações de trituramento
8- Estabilize a coluna trituradora. O estabilizador é colocado um a dois comandos acima da ferramentas
9- Em poços revestidos utilizar estabilizador de borracha
10- Para evitar trancos ou dificuldade na rotação abaixar a rotação para 50 rpm e reduzir o peso para 3000 lbs
11- Quando usando junk mill pode-se melhorar a operação aplicando golpes frequentes no sentido de empurrar o peixe para o fundo do poço. Se tiver motor de fundo deve
ser utilizado
12- Levante o junk mill periodicamente , para evitar desgaste excessivo na sua face de ataque

Trabalhando coluna

É o processo de realizar uma ou mais reciprocações, rotações e/ou circulações, objetivando liberar , parcial ou totalmente a coluna aprisionada de maneira que ela possa
ser retirada do poço ou que as operações normais possam ser reassumidas.
É importante iniciar o trabalho da coluna presa imediatamente e de maneira constante.
A coluna deve ser trabalhada constantemente após a prisão.
Normalmente se a coluna prende enquanto movida em uma direção, ela deve ser trabalhada em outra direção.

DICAS:
1. Iniciar o trabalho da coluna presa imediatamente e de maneira constante
2. Não tracionar de imediato a um valor máximo
3. Se a coluna prender enquanto movida em uma direção, ela deve ser trabalhada em direção oposta

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4. Na prisão pôr chaveta a coluna deve ser trabalhada para baixo usando torque enquanto se trabalha
5. Coluna presa no fundo do poço, deve ser trabalhada para cima (incluindo tentativas de rotação e/ou circulação)
6. Quando a coluna é presa pôr obstrução, durante a descida, ela deve ser trabalhada para cima
7. Para prisões pôr cascalhos e/ou restrições, se a broca está no fundo do poço, ou próximo dele, o movimento para baixo é restrito e o movimento para cima é necessário
8. Em poços tortuososa broca pode, em algumas circunstancias, sair do poço original, sendo forçada contra as paredes do poço, efetivamente obstando o trabalho da
coluna para baixo. Neste caso, assumindo que a coluna prendeu enquanto tracionando, o procedimento recomendado é trabalhar a coluna com reciprocações,
movendo-a para cima e para baixo.
9. Se caso a coluna presa pode girar, mas não pode ser reciprocada ou restabelecer-se a circulação é possível que esteja presa pôr decentação de cascalhos em torno dos
tool joints, ou no topo dos comandos. Neste caso deve-se tentar obter circulação incluindo rotação e circulação enquanto se usa, alternativamente trações e
compressões moderadas.
10. Quando a coluna pode ser movida, verticalmente, em distancia limitada(ususalmente menor que 30 pés) e não há circulação, ela deve ser trabalhada no sentido de obter
circulação.
11. Deve-se priorizar a tentativa de circulação nas tres condições que qualificam que uma coluna está presa(sem movimento vertical, sem rotação e sem circulação)
12. Se a coluna não pode ser movida para cima, tem movimento para baixo e tem circulação deve-se tracionar até o ponto em que a circulação seja restringida e então
desce-se a coluna. Com a repetição do processo promove-se uma lavagem e consequentemente erosão da ponte de cascalhos até que a coluna possa possa ser
movimentada livremente.
13. Quando a coluna está presa sem circulação e a obstrução está na broca deve-se fazer um string shot na mesma para tentar obter circulação. Opcionalmente caso não se
consiga circulação é possível tentar perfurar a coluna tentando obter circulação.
14. Quando a coluna encontra-se completamente presa, sem movimento e/ou circulação, o trabalho inicial deve ser direcionado para estabelecer movimentação e
circulação. Elevar a coluna ao peso normal e pressuriza-la em nível baixo. Trabalhar com cerca de 5000 lbs de overpull ou stdown (arriar peso). Trabalhar
continuamente pôr uma hora ou mais enquanto monitora a pressão. Caso não consiga êxito deve-se aplicar torque com objetivo de conseguir rotação.
15. No caso da coluna presa que tenha percussores (drilling jars) na sua composição e o ponto de prisão for abaixo deles, deve-se utilizar os mesmos na tentativa de
liberação. Jar e bumper devem ser usados somente para pequena ação percussora, durante os esforços iniciais para restabelecer a movimentação. Uma força maior
deve ser usada após os esforços iniciais se revelarem ineficazes.

Recuperação de peixe não tubular

Técnica para recuperar peixe não tubular com auxílio de ferramentas padronizadas ou não.
Ferramentas mais usadas : magneto
junk basket
canguru
alligator
sub cesta

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ouriço

DICAS : para magneto


1- área A externa do magneto não é magnetizada. Pode ser descido dentro de revestimento sem perder a carga
2- O magneto tem um furo de circulação no corpo, terminando numa série de furos circulares no fundo, dentro da guia
3- A circulação mantém a placa limpa
4- O magneto pode ser descido acabo ou na coluna
5- O magneto descido a cabo, tem a desvantagem de não poder circular no topo do peixe
6- O peso máximo a ser aplicado sobre qualquer magneto durante a rotação é de 5000 lbs e sem rotação 10000 lbs
7- Peixes como marretas e peças planas grandes, devem ser pescados usando magneto com sapata plana, para aproximar o máximo do peixe

para junk basket


1- Verifique se a cesta(junk basket) é apropriada para pegar o tamanho do ferro no poço
2- Verifique se a esfera de aço está dentro do sub de içamento e se é a esfera especificada para o tipo de cesta
3- Avalie o tipo de trabalho antes de escolher a sapata adequada
4- Verifique se o diametro da coluna pode permitir a passagem da esfera de aço
5- Desça com a magneto até +/- 4 metros acima do peixe, circule, condicione a lama, retire o kelly e jogue a esfera
6- Recomeçe a circulação e desça girando a coluna vagarosamente até o peixe
7- Encamise e testemunhe pelo menos 10 polegadas e no máximo a distancia entre a sapata e a base da válvula
8- Se usar sapata tipo dedo, gire e desça vagarosamente até conseguir 2 toneladas de peso sobre o fundo do poço. Pare a rotação e a circulação e retire a coluna

para canguru
1- Quando for confeccionar um canguru, atente que todas as soldas devem ser reforçadas para resistir a pressão, torque e eventuais impactos
2- Desça o canguru na extremidade da coluna de perfuração até +/- 5 metros acima do fundo do poço e iniciar a circulação para limpeza do peixe e desça
gradativamente
3- Após chekar o fundo do poço com um mínimo de peso possível, eleva-se a coluna alguns centimetros, o suficiente para permitir o deslocamento do peixe
4- Aumentar a vazão para elevar os objetos que se pretende pescar, observando-se os limites máximos campatíveis com as condições do poço, e a seguir diminui-se
a vazão lentamente para que o peixe decante nas bolsas do canguru. Pode até parar a circulação
5- Elevar a coluna no mínimo 01 metro, girando ¼ de volta e descendo até a profundidade anterior. Repetir o procedimento
6- Recomenda-se que a duração total do bombeio seja no mínimo 30 minutos

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7- Não aplicar mais que 01 tonelada sobre o canguru
8- Não aplicar rotação quando trabalhando com o canguru
9- Na manobra não girar a mesa rotativa

Eliminação de chavetas

É a técnica empregada para eliminar as chavetas formadas pôr desvios ou dog-leg.


Em pescaria quando a coluna está presa em uma chaveta são empregadas técnicas especiais para sua liberação.
Pode ser usado o alargamento com broca nos casos de ocorrencia da chaveta próximo ao fundo do poço ou usado o destruidor de chavetas (key seat wiper ou key seat
reamer ) em chavetas muito acima do fundo do poço.
Normalmente o eliminador de chavetas é usado no topo dos comandos na próxima manobra.

DICAS :
1- As chavetas podem ser eliminadas usando um eliminador de chaveta(key seat wiper) ou um reamer de coluna
2- A reamer de coluna é normalmente posicionado na coluna de tubos de perfuração
3- Cuidado com o risco da coluna desenroscar abaixo de reamer de coluna
4- O melhor reamer de coluna é o tipo espiral com contato de 360º ou reamer de 6 pontos
5- Se ocorrer uma chaveta junto ao fundo do poço , deve-se eliminá-la com uma broca
6- Após se detectar uma chaveta, deve-se colocar um eliminador de chaveta no topo dos comandos
7- Um dos tipos de eliminadores de chaveta mais eficiente é o de camisa espiralada
8- Sugere-se como conjunto de BHA para eliminar chaveta:
2 estabilizadores separados por 2 comandos com 1 reamer localizado entre eles
O reamer e os estabilizadores devem ter o calibre mais próximo possível do poço
9- Quando a coluna tem movimento para baixo, evite tracionar demasiadamente para não prender na chaveta
10-Uma boa prática, na prisão por chaveta, é injetar um tampão lubrificante para cobrir os comandos e evitar sua prisão por diferencial
11-Se a coluna pode se movimentar para baixo, mantenha-a em movimento, para evitar ou reduzir a possibilidade de prisão por diferencial
12-Deve-se trabalhar a coluna para cima e para baixo alternadamente, com ou sem rotação para desgastar a chaveta. Tracionar inicialmente com 3000 a 10000lbs e depois
retornar para fora da chaveta
13-Repetir com sucessivos incrementos de tração adicional, até o limite operacional ou 50% do peso dos comandos mais 20000 a 40000 lbs
14-Quando a coluna está presa na chaveta e não tem movimento, deve-se trabalhar com torque a direita e trabalhar para baixo e para cima
15-Caso não consiga exito trabalhando a coluna, deve-se desconectar num ponto próximo a chaveta e usar coluna de percussão
16-Caso a parte presa na chaveta caia no fundo do poço, deve-se primeiro eliminar a chaveta, antes de pescar a coluna

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Recuperação de cabos/hastes de bombeio

São técnicas empregadas para recuperar cabos presos ou partidos, hastes de bombeio em poços de perfuração ou produção.
Ferramentas mais empregadas :
arpão interno
arpão externo
tubos e sapatas de lavagem

DICAS :
1- Normalmente são usados arpões para este tipo de pescaria
2- Os arpões são feitos a partir de hastes de bombeio ou tubos de perfuração ou produção e neles são colocados elementos pontiagudos opostos alternadamente
3- Deve-se calcular a profundidade em que se encontra a ponta do cabo para não se enfiar o arpão em demasia e formar uma bucha sobre ele
4- Deve-se usar um anel limitador no arpão para evitar o cabo passar ao lado
5- O anel limitador pode ter o diâmetro do drift do revestimento e ser provido de furos para permitir a passagem do fluido
6- O arpão pode ser descido a cabo ou na coluna
7- Quando descido na coluna ao se aproximar do topo do peixe, descer e retirar cada seção, verificando se há alteração do drag(isto indicará o enredamento do cabo)
8- Pode-se usar spear interno(ouriço) com elementos pontiagudos internamente

Recuperação de perfil

Técnicas empregadas para recuperação de ferramentas de perfilagem.


As ferramentas de perfilagem podem estar presas ou ter sido rompidas no ponto fraco.
Cuidados especiais devem ser tomados no caso de pescaria de perfil radioativo( ver norma Petrobras)

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Ferramentas usadas :

- overshot side door


· - overshot serie especial (serie 10, 20, e 160)

DICAS :
1- O perfil pode estar preso junto com o cabo ou o cabo ter sido rompido no ponto fraco
2- Para o perfil preso junto com o cabo pode-se usar overshot side door (porta lateral)
3- O overshot side door é descido na extremidade da coluna de pescaria. Tem uma janela lateral através da qual o cabo é inserido, para guiá-lo até o perfil
4- Deve-se ter cuidado com o uso do overshot side door porque o cabo permanece do lado de fora e pode ficar enrolado na coluna de pescaria
5- Evitar o overshot side door em poços profundos e tortuosos
6- Outro método de pescaria é cut and strip, onde o cabo é cortado na mesa e colocado uma cabeça e cada seção é descida encamisando o cabo. Este método é mais lento
porém mais seguro
7- Cuidados especiais devem ser tomados para pescaria de fonte radioativa
8- Evitar romper o cabo no ponto fraco quando o perfil estiver preso
9- As companhias de serviço normalmente possuem os overshots e os equipamentos para usar o método cut and strip
10- Em pescarias de fonte radioativa procure lê as normas sobre o assunto e exigir da companhia de serviços detalhes as mesma
11- Quando pescando perfil rompido no ponto fraco, após o overshot está próximo do topo do peixe, desça um perfil para identificar a profundidade exata do perfil

Recuperação de coiled tubing

Técnica empregada na liberação ou recuperação de colied tubing no poço.


É uma operação bastante sensível, devido normalmente a pescaria se desenvolver dentro dos tubos e muitas vezes quando rompido haver um embuchamento do coiled
tubing.
São usados overshots e tubos de lavagem.

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DICAS :
1- Quando o coiled tubing parte ele geralmente esta em tensão e tende a ficar como um saca-rolhas(todo espiralado)
2- Também pode quebrar em várias partes
3- Existe overshot específico para pescar coiled tubing. O overshot tem corpo longo e são descidos com tubing e suas garras são separadas e oferecem pouca resistência a
entrada do coiled tubing
4- Pode ser usada sapata de lavagem para pescar o coiled tubing
5- No caso de quebra do coiled tubing dentro de uma coluna que pode ser retirada do poço o método mais simples de pescá-lo é retirar a coluna do poço
6- Em alguns casos é necessário a destruição de pelo menos parte do coiled tubing, usando sapata de lavagem

Corte de colunas

São técnicas empregadas para cortar e recuperar revestimentos, tubing e drill pipe.
Corte de revestimento é normalmente uma operação mais simples , mas requer muita atenção e planejamento do operador. Consiste em seccionar a coluna de revestimento
em um ponto pré-determinado e sua recuperação da parte do revestimento acima do ponto cortado.
São utilizados cortadores internos mecânicos ou hidráulicos, jet cutters ou cortadores de jatos de areia. Para recuperação da parte cortada usa-se spear.

Corte de tubing ou drill pipe


Podem ser usados cortadores internos mecânicos ou hidráulicos, cortadores externos mecânicos ou hidráulicos, jet cutters, cortadores químicos e severing tool.

DICAS :
Operação de corte interno com cortador hidráulico ou mecânico :
1- Condicionar o topo do peixe para introdução do cortador, quando aquele estiver obstruído
2- Montar e testar a abertura das laminas do cortador na superfície
3- Descer o cortador numa coluna com comandos e estabilizadores para centralizar e facilitar o corte.
4- Atingida a profundidade do corte com o cortador hidráulico, acione a mesa rotativa ou o top driver vagarosamente para depois iniciar a circulação com aplicação
gradativa da pressão atuando nas facas.
5- Caso se deseje usar um cortador mecânico, checar se os blocos de ancoragem são adequados para o diâmetro interno do tubo (antes de descer) .Este tipo de cortador é
acionado com pouco peso (ver recomendação do fabricante). Assentar o cortador, atuar as facas para em seguida, acionar a mesa rotativa e efetuar o corte.

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6- Nas operações de corte em unidades flutuantes, é necessário o uso de um marine swivel a fim de evitar que o movimento vertical da unidade interfira no corte. Neste
caso, o único cortador possível de ser utilizado é o tipo hidráulico.

Operação de corte externo


1 - Condicionar o topo de peixe para encamisamento com o cortador.
2- Descer o cortador numa coluna composta de cortador, tubos de lavagem em número suficiente, redução etc.
3- Após encamisar o peixe, chegando a profundidade de corte com o cortador mecânico, a coluna é tracionada até o ancoramento de cortador na luva/tool joint ou corpo
do tubo e cisalhamento dos pinos, acionando as facas. Neste momento, a tração de acionamento das facas é corrigida e a mesa é vagarosamente acionada .
4- Operações de corte em unidades flutuantes são realizadas com cortadores hidráulicos, com o uso de marine swivel. Uma vez apoiado o marine swivel com até 15000 lbs
sobre a cabeça do poço submarino, a mesa rotativa ou top driver e a bomba de lama são acionadas seqüencialmente, efetuando o corte.

Recuperação de packer

Refere-se as técnicas empregadas para recuperar packers recuperáveis ou permanentes dentro de um poço.
Os motivos da prisão de packers normalmente são :
travamento do mecanismo de liberação do packer.
ferro sobre o ombro do packer
depósito de sujeira sobre o mesmo
diferencial de pressão
dano no revestimento
imobilidade
prisão devido quebra de um de seus componentes
extrusão de um dos elementos de vedação
prisão pôr cimento

Técnicas utilizadas :
liberação dos mecanismos normais e de emergência para desassentamento, com ou sem liberação de seus elementos

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Equalização de pressões sobre o packer e/ou hold down
circulação sobre o ombro do packer
pressurização interna da coluna
pressurização do anular
percussão com a elasticidade da coluna
backoff mecânico/string shot/jet cutter
percussão utilizando bumper e jar
lavagem até o ombro do packer
aplicação de torque a direita
condicionamento do revestimento
destruição do packer

DICAS :
1- Nas operações de corte e recuperação de packers permanantes tipo D e DB com cauda, de fabricação BAKER, utiliza-se com freqüência (E&PRNCE) a milling tool da
BAKER.
2- Existem dois modelos de milling tool : CJ e CC
3- O modelo CJ corta e recupera o packer. O modelo CC destroi e joga o packer para o fundo do poço.
4- Obtenha informações sobre:
Tipo de completação do poço e as pressões envolvidas
Fluido recuperado ou injetado- existencia de areia, sal etc.
Motivo da retirada do packer e a última operação realizada no poço
Dano mecânico no revestimento
Registro de prisão anterior
Inclinação/ desvio do poço
Se existe corrosão na área
Tempo que o poço está equipado
Dados técnicos do revestimento e packer
Movimentação da coluna durante a prisão
Existência de ferro no poço
5- A sapata de lavagem é muito usada para destruição de packer
6- Se o peixe é um BPR que está calçado por peças soltas é recomendável o seu deslocamento para o fundo do poço
7- Antes de iniciar a pescaria de um packer, procure ver o catálogo do mesmo e se possível ver um modelo igual na oficina

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