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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: Psicodiagnóstico
Grupo 6:
ANO: 2019
SEMESTRE: 2º
1. Introdução
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Já Lopes (2002) fala que na relação entre terapeuta e paciente, ambos se
envolvem em pontos de vista diferentes, que são igualmente importantes, ou se já, na
tarefa de construir os sentidos da existência de um deles. Então, sendo assim, o
psicodiagnóstico não se consiste apenas a preencher as necessidades de compreensão do
psicólogo, com a provável definição da patologia e recomendação de medidas
terapeutas.
2. Desenvolvimento
Os pais se separaram quando ele tinha onze anos. Chorão vivia na rua e parou de
estudar na sétima série. Aos quatorze anos conheceu uma de suas maiores paixões: o
skate, mesmo ano que sua mãe sofreu um derrame e quase morreu. O apelido chorão foi
dado pelos amigos. Na época, ele ainda não sabia andar de skate e ficava apenas
olhando os amigos se divertindo, até que um deles disse "vê se não chora". Foi aí que
veio o apelido ‘chorão’.
Durante sua infância, Chorão ajudava a entregar pastéis que sua mãe vendia para
conseguir dinheiro. O fato de ter parado de estudar cedo, aos 14 anos de idade, fez com
que ele encontrasse dificuldade em conseguir um emprego fixo, já que não tinha
formação em nada. Aos 17 anos, ele se mudou pra Santos. Conseguiu empregos
temporários como corretor de imóveis e vendedor, mas nada lhe garantiu estabilidade
financeira. As contas estavam sempre atrasadas, inclusive o pagamento de mensalidades
de aluguel, que fizeram com que ele fosse despejado várias vezes. Nessa época, Chorão
era muito brigão, arrumava briga com qualquer um que olhasse pra ele e se metia com
a polícia, foi preso várias vezes; por falta de documento, averiguação e briga.
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Aos 20 anos, casou-se com Thaís Lima, primeira mulher e mãe de seu único
filho, Alexandre Abrão. Na época do casamento, ela foi acusada de ter traído o cantor, e
o caso foi registrado em boletim de ocorrência no 7° DP de Santos, litoral paulista, após
Chorão ter batido no amante depois de ter flagrado eles transando no carro.
Chorão foi o fundador, vocalista e líder da banda de rock Charlie Brown Jr.,
criada no ano de 1992. A banda atingiu grande repercussão nacional, sendo um grande
fenômeno entre o público jovem, emplacando inúmeras músicas de sucesso. As músicas
falam de skate, mulheres e dificuldades financeiras. A banda lançou dez títulos e vendeu
mais de cinco milhões de cópias. O ‘Charlie Brown’ veio dos quadrinhos e o júnior é
uma homenagem aos pioneiros do rock. Chorão dizia que sua banda era filha de uma
geração de roqueiros.
No verão de 1994, antes de sua banda estourar e se tornar uma das mais
populares do país, Chorão conhece Graziela Gonçalves, personagem central até o resto
de sua vida. Ela teve participação importante na construção do sucesso do Charlie
Brown Jr e foi a grande musa de Chorão, que escreveu inúmeras letras inspirado nela, a
mais famosa está no primeiro álbum da banda, chamada Proibida pra Mim, a letra foi
feita para a sua então namorada, que posteriormente se tornou sua esposa, a quem ele
chamava carinhosamente de Grazon.
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constante. E ele tentava esconder de mim, porque sabia que a gente iria brigar feio. Ele
teve fases durante a vida”.
Em 2000, quando completava 30 anos, Chorão perdia seu pai, fato que o abalou
profundamente, sempre expressava o desejo de reencontrá-lo.
Um momento emblemático foi sua briga com o líder da banda Los Hermanos no
ano de 2004. Após Camelo criticar a participação do skatista em um comercial da Coca-
Cola, o vocalista do Charlie Brown Jr. ficou irritado. Quando eles se encontraram no
aeroporto de Fortaleza, algum tempo depois, Chorão deu um soco no nariz do carioca,
que o processou por agressão.
“Ele tinha paranoias pesadas quando estava ruim. E crises gigantescas de ciúme.
Falou pro irmão: “A Graziela tá me traindo, tô saindo de casa”. Na verdade, ele
precisava de uma desculpa pras pessoas, porque estava saindo de casa pra ir cheirar pó
em hotel. Ele me ligava dia sim, dia não. Eu pedia pra ele voltar, pra se acalmar. Ele
dizia que não estava pronto. Nisso, todo mundo sumiu da minha casa. Ninguém ligava,
tudo aquilo que era minha vida, as pessoas que faziam parte do meu círculo, todo
mundo foi com ele. Com a galinha dos ovos de ouro, né? Eu era a chata que não queria
que o cara usasse drogas”.
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Graziela complementa:
“Ele, por ser um filho do meio, idolatrar o pai e ter um irmão mais velho com
uma personalidade forte e boa pinta, buscava o lugar dele. Não quero culpar ninguém,
mas essa insegurança vinha desse menino que nunca cresceu e que estava dentro dele.
Essa insegurança aparecia em muitos momentos, as pessoas não sabiam como era o
relacionamento dele com os meninos da banda”.
"Nos últimos anos, a preocupação com o humor dele já tinha se tornado uma
constante na minha vida. Apesar do retorno recente e bem-sucedido da formação antiga
do Charlie Brown Jr. (depois de uma briga que se tornou pública), com uma agenda
cheia de shows para cumprir, o estado de espírito dele era a insatisfação permanente (...)
'Quero fazer alguma coisa que me preencha, que me faça sentir vivo de novo', ele tinha
me dito poucos dias antes (...). Com essa ideia na cabeça, o Alê saiu naquela tarde e foi
até o Corpo de Bombeiros, perto do prédio onde moramos em Santos (...) Ele voltou
para casa depois de algum tempo, com o rosto molhado das lágrimas que ainda caíam.
O Alê descobriu que existe uma série de procedimentos e exigências para ser bombeiro.
Uma delas era a idade, que ele já tinha ultrapassado (...) O Alê, que todos conheciam
como Chorão, tinha alcançado tudo o que um dia sonhara para a sua vida. No entanto,
nunca havia se sentido tão infeliz".
O casal tentou ajuda médica, Chorão passou a tomar remédios controlados e ter
acompanhamento terapêutico, mas logo desistiu do tratamento.
A separação com Graziela se deu em janeiro de 2013, mas os dois não deixaram
de se falar pelo telefone. Ela apostava que, com o distanciamento, o cantor optaria por
se livrar do vício para reconquistar o grande amor da vida dele. A situação, porém, só
piorou. “O Chorão sempre teve dificuldade para lidar com momentos de pressão”, conta
um parente do músico. E assim aconteceu. Enquanto a mulher ficou em Santos, Chorão
passou a perambular por flats na capital paulista. Nas últimas semanas antes de sua
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morte, esteve em quatro. Quando a tristeza e a solidão batiam, o lado bad boy do
roqueiro se manifestava e ele quebrava tudo o que via pela frente. No último dos hotéis,
após um desentendimento com funcionários, o músico resolveu seguir para o seu
apartamento. “Ele acreditava que os empregados do hotel estavam colocando câmeras
no quarto para filmá-lo”, conta o motorista do cantor, Kleber Atalla, primeira pessoa a
encontrá-lo morto. “Ele tomava remédios para dormir e esses comprimidos o faziam
acreditar que estava sendo perseguido”.
Um mês antes de sua morte, a preocupação com o estado da saúde de Chorão era
tanta que houve até mesmo uma tentativa de interná-lo contra sua vontade, a partir de
um laudo médico que orientava o procedimento.
3. Genetograma
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4. Testes
Mediante o levantamento dos dados apresentados acima, através dos relatos dos
parentes, dados da mídia, genetograma e a anamnese, foram observados vários aspectos
comportamentais enquadrados no Transtorno de Personalidade Borderline e Transtorno
por uso de sustâncias mediante sua utilização excessiva de substâncias tóxicas, suas
variações extremas de humor, sua queixa recorrente de vazio existencial, raiva
descontrolada e a transitória paranoia de perseguição associada ao ciúme excessivo para
com sua esposa.
6. Considerações Finais
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Referências (ABNT)
Psicodiagnóstico O que é, quando e por que procurar esse serviço Psicologia Explica.
Disponível em. > http://www.psicologiaexplica.com.br/psicodiagnostico-o-que-e-
quando-e-por-que-procurar-esse-servico/. Acesso em . > 13 Ago 2019.