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Bom dia!

Sou a Maria Filipe Alberto, estudante do curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa,
4º ano.
Tema de debate: Plano de aula
1. Plano de aula
Um professor não pode leccionar as suas aulas sem um plano de aula, visto que Um plano de aula é
um instrumento de trabalho do professor, nele o docente especifica o que será realizado dentro da
sala, buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado
dos alunos.

Biloria,Metzener (2013) referem que :


As vantagens promovem a motivação e interesse dos educadores pelas acções,
controlando assim, o surgimento de dificuldades inesperadas e de imprevistos; ele
tem a importância de assegurar a realização e utilização do potencial da situação
educacional. Todavia, possibilita o controlo de circunstâncias e de situações a
serem envolvidas na acção garantindo, desta maneira, o estabelecimento de
continuidade de acções desenvolvidas. Por meio de uma acção planejada e
reflectida do educador em seu dia a dia da sala de aula, a escola realiza seu maior
objectivo que é fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender
cada vez mais e com autonomia. Por isso é preciso focar a prática pedagógica no
desenvolvimento dos alunos, o que significa observá-los de perto, conhecê-los,
compreender suas diferenças, demonstrando interesse por eles; conhecer suas
dificuldades e incentivar suas potencialidades. Os discentes vivem num mundo de
informação, o que reforça a necessidade de planejar as aulas com base em um
conhecimento sobre os que eles já sabem e o que precisam e desejam saber (p.02).

O plano de aula deve constituir-se na organização didáctica do processo de ensino destinado a cada
turma, levando em consideração tanto as decapagens como os conhecimentos prévios dos alunos
de modo a garantir que todos os alunos alcancem os objectivos de aprendizagem contidos no plano
de ensino; contudo, enquanto instrumento personalizado de trabalho deve ser desenvolvido para
atingir os objectivos de cada turma em separado (Celso Vasconcelos, 2000).

2. O que é um plano de aula?


Nas palavras de Zabalza (2003), planificar consiste em
converter uma ideia ou um propósito num curso de ação. Prever possíveis
cursos de ação de um fenómeno e plasmar de algum modo as nossas previsões,
desejos, aspirações e metas num projeto que seja capaz de representar, dentro
do possível, as nossas ideias acerca das razões pelas quais desejaríamos
conseguir, e como poderíamos levar a cabo, um plano para as concretizar (pp. 47-
48).
Plano de aula é um instrumento indispensável para um docente pois é através dele que conduzirá
o processo de lecionação estruturado. Está diretamente relacionado ao plano de ensino, mas
descreve uma sequência didática a ser seguida para o desenvolvimento integral e integrado da
aprendizagem, diariamente, em cada aula ou atividade prática (laboratório, estágio, visita). Facilita
a visualização da dinâmica da aula ou atividade, contribui para que outro docente possa utilizar-se
desta referência, em caso de impossibilidade ou ausência do docente responsável.

3. Porquê e pra quem planificar?


A planificação nada mais é do que projetar o que está por vir. No ato de planificar, o professor
toma decisões considerando suas concepções: quem é a criança, como ela aprende, quais
competências e habilidades importantes em cada faixa etária, qual é o papel do professor, qual é o
material mais adequado para determinada situação, quanto tempo é necessário para cada
experiência, como a organização do espaço pode favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem
de cada um e do grupo como um todo.
Para essa ação que antecede a prática, não existe um modelo único. O planejamento tem
estruturas diversas que estão relacionadas com o tempo que se pretende organizar e prever - um
dia, uma semana, alguns meses, um ano. No entanto, diferentes tipos de planejamentos são
importantes para que todas as experiências tenham por trás um objetivo claro. Uma pessoa
desavisada pode entrar em uma escola de Educação Infantil bem no momento da brincadeira e
achar tudo uma grande bagunça. Um observador mais atento, porém, perceberá o papel ativo do
professor na organização dos espaços, na escolha dos materiais, na mediação das relações entre as
crianças e da interação com elas.
Nesse sentido, ao planejar, é necessário pensar sobre a organização do tempo, do espaço, dos
materiais e sobre o agrupamento das crianças. É importante que se dediquem tempos diferentes
para cada experiência, o tempo de uma brincadeira é diferente do tempo dedicado à leitura de uma
poesia. Preparar os materiais que serão utilizados com antecedência evita que sempre sejam
oferecidos os mesmos e cria novas formas de utilizá-los. Os velhos bloquinhos de madeira podem
ser usados dentro da sala para a montagem de uma fazenda, e no parque podem se transformar em
estrutura para a construção de uma represa no tanque de areia. Variar os agrupamentos também é
necessário, a interação no grande grupo tem uma qualidade completamente diferente das interações
que acontecem em grupos menores.
Planejar, no entanto, não significa ser rígido e pouco sensível às experiências vividas pelas
crianças. Pelo contrário, é criar contextos de aprendizagem nos quais elas aprendam sobre si
mesmas e sobre o mundo, indo além daquilo que seu cotidiano, naturalmente, poderia lhes
oferecer. Quanto mais clareza o professor tem de suas intenções educativas, mais tranquilidade e
flexibilidade terá para fazer mudanças no momento da experiência. E isso pode acontecer em
virtude de diversos fatores: as crianças realizaram uma ação mais rápido que o professor previa?
Deram outro caminho para a continuidade da proposta? Interessaram-se por algo inesperado? O
planejamento faz com que o professor tome decisões mais conscientes e não só resolva problemas.
Para isso, é preciso encontrar em seu espaço de trabalho tempo para fazer seus
planejamentos. Se fizer isso na escola, ainda poderá trocar ideias com outros colegas e, assim,
conhecer maneiras de planejar, ampliar seu repertório de atividades e discutir sobre o modo como
as crianças aprendem.
Planejar deve ser mais um apoio à prática do que uma obrigação. É uma forma de dar mais
consistência à ação cotidiana. Nesse exercício de prever ações dos adultos e das crianças e
clarificar objetivos de aprendizagem, para depois vivenciá-las, é que o professor terá a chance de
se aproximar, cada vez mais, do modo como as crianças aprendem e do seu papel como parceiro
mais experiente.

4. Referências bibliográficas
Spudeit D. (2014). Elaboração do plano de ensino e do plano de aula. Rio de Janeiro.
Vasconcellos, C.S. (2000). Planejamento, Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-
Pedagógico. ( 7ª .ed.) São Paulo.

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