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QUESTÕES GABARITADAS
QUESTÕES GABARITADAS
EXERCÍCIOS.............................................................................................................................1
GABARITO...............................................................................................................................38
Com base na diversidade cultural brasileira, analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta:
I - A partir dos dados históricos, entendermos a herança social e todo nosso legado cultural.
II - O conceito de etnia não se distingue do conceito de raça e cultura.
III - As cotas, termo que faz parte das Políticas Afirmativas, são medidas positivas, que buscam minimizar
o racismo.
(A) Apenas o item I é verdadeiro.
(B) Apenas o item II é verdadeiro.
(C) Apenas o item III é verdadeiro.
(D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
(E) Todos os itens são verdadeiros.
Na obra “Cultura: um conceito antropológico”, Roque de Barros Laraia (2001) afirma ter como foco o dilema
da conciliação entre a unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. De acordo com a
abordagem desse autor, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. As limitações do aparato biológico e diferenças do ambiente físico são determinantes para explicar a di-
versidade cultural.
II. Entender a cultura como fenômeno dinâmico no tempo é importante para atenuar o choque entre as ge-
rações e evitar comportamentos preconceituosos.
III. Todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário de etnocentrismo tentar
transferir a lógica de um sistema para outro.
(A) Todas estão corretas.
(B) Todas estão incorretas.
(C) Apenas I está correta.
(D) Apenas I e II estão corretas.
(E) Apenas II e III estão corretas.
Segundo Stuart Hall (2005), o processo de formação de identidades na pós-modernidade se difere de ou-
tros períodos da humanidade. Essas novas formas de produção de identidades culturais não são simplesmente
uma mistura ou soma de elementos culturais pré-existentes, mas algo novo, diferente. Qual conceito o autor
mobiliza para denominar esse fenômeno?
(A) Simbolismo cultural.
(B) Paralelismo cultural.
(C) Desvio cultural.
(D) Conflito cultural.
(E) Hibridismo cultural.
Em relação à perspectiva de Renato Ortiz (2005), em “Cultura brasileira e identidade nacional”, é INCOR-
RETO afirmar que:
(A) Ele distingue a memória coletiva da memória nacional, afirmando que ser a primeira da ordem da vivên-
cia e a segunda um produto da história social, pertencendo ao domínio da ideologia.
(B) A construção da identidade nacional demanda a atuação de intelectuais como mediadores simbólicos.
(C) O autor traz como questionamento central a autenticidade dos valores brasileiros apreendidos pela
identidade nacional.
(D) A relação entre o nacional e o popular se manifesta no interior de um quadro mais amplo, o Estado.
(E) Ortiz caracteriza a memória nacional como um universal que se impõe a todos os grupos.
Na contemporaniedade, o universo em que circula determinado modo cultural pode ser entendido como:
(A) Cisão cultural.
(B) Circuito cultural.
(C) Arte comunitária.
(D) Base artística.
(E) Intervenção artística.
Assinale a alternativa que corresponde ao conceito sociológico caracterizado pela inclusão, troca e coexis-
tência das múltiplas particularidades culturais.
(A) Sociodiversidade.
(B) Greenpeace.
(C) Pensamento único.
(D) Fato social.
(E) Indicador social.
Em 1941, Bronislaw Malinowski (1997), em seu ensaio intitulado “Uma teoria científica da cultura”, afirma
que “a cultura consiste no conjunto integral dos instrumentos e bens de consumo, nos códigos constitucionais
dos vários grupos da sociedade, nas ideias e artes, nas crenças e costumes”. Sobre as características que
compõem a cultura, assinale a afirmativa correta.
(A) É transmitida pela herança social; compreende a totalidade das criações humanas; é característica ex-
clusiva das sociedades humanas e se manifesta por meio de diversos sistemas.
(B) Tudo que é produzido pelo ser humano estabelece os limites entre o biológico e o natural; construído e
compartilhado entre sociedade e natureza; manifesta-se por meio dos valores e normas.
(C) É transmitida pela herança biológica e social; compreende a criação material, intelectual e artística;
apresenta elementos tangíveis e intangíveis para a satisfação das necessidades humanas.
(D) Tudo que é produzido pelo ser humano estabelece os limites entre o biológico e o natural; compreende
a totalidade das criações humanas; é característica exclusiva das sociedades humanas e se manifesta por meio
de diversos sistemas.
O próprio processo de identificação, por meio do qual nos projetamos em nossas identidades! culturais,/
tornou-se mais provisório, variável e problemático.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz
Tadeu da Silva e Guaracira Lopes Louro. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006,com adaptações.
Dizer que “ela é chinesa” significa dizer que “ela não é argentina”, “ela não é japonesa” etc., incluindo a
afirmação de que “ela não é brasileira”, isto é, que ela não é o que eu sou.
DA SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis:
Vozes, 2014, com adaptações.
Com base na frase “ela não é o que eu sou”, assinale a alternativa correta.
(A) As identidades culturais, embora também sejam resultados de elementos coletivos, serão sempre indi-
viduais, característica de indivíduos singulares e únicos:
(B) As diversidades culturais são causadoras de conflitos sociais, inclusive de violências físicas é simbólicas.
(C) Cada indivíduo se autoidentifica com uma única identidade cultural, de modo que ela não pode se sentir
pertencente culturalmente a mais de um grupo, independentemente dos recortes de escala analíticas que se-
jam feitos.
(D) A identidade cultural é resultado da negação da existência do outro, dos grupos ou indivíduos diferentes.
(E) A diferença é um elemento fundamental para a definição de identidade.
Leia o texto a seguir: “[...] aquilo que os seres humanos têm em comum é sua capacidade para se dife-
renciar uns dos outros, para elaborar costumes, línguas, modos de conhecimento, instituições, jogos profun-
damente diversos; pois se há algo natural nessa espécie particular que é a espécie humana, é sua aptidão à
variação cultural”
(LAPLANTINE, 2003).
Sobre a capacidade de aprendizado da cultura, analise as assertivas abaixo:
I. Os padrões endócrinos tornaram os humanos propícios a construir famílias matrilineares.
II. As diferenças geográficas influenciam a produção de variações culturais.
III. Meninos e meninas agem de modos diferentes devido às suas formas de socialização, não por determi-
nação hormonal.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas III.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas II e III.
Cultura é uma construção histórica, seja como concepção, seja como dimensão do processo social. A cul-
tura é um produto coletivo da vida humana. É uma realidade de uma concepção que precisa ser apropriada em
favor do progresso social e da liberdade para a superação da opressão e da desigualdade.
(Adaptado do texto de José Luiz dos Santos. O que é Cultura. Coleção Primeiros Passos).
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010.
Marque a opção em que o tipo de cultura não corresponde ao exemplo de representação cultural.
(A) Cultura erudita é aquele tipo de cultura refinada em que as pessoas obtêm um conhecimento mais en-
riquecido e mais elaborado, seletivo e crítico, por exemplo, obtenção de conhecimento como: línguas, artes,
literatura, música.
No seio de diversos povos africanos, nomeadamente no antigo Reino do Congo, existem testemunhos
gráficos de que a escrita tomava várias formas. Exemplo disso são as tampas de panela esculpidas em baixo-
-relevo do povo Woyo (região de Cabinda), com cenas e provérbios do cotidiano, desenhos na terra ou areia,
imagens gravadas ou inscritas nos bastões de chefe ou em pedras sagradas, mas, sobretudo, movimentos do
corpo humano inscritos num gestual familiar. Entre os Woyo existia o costume de os pais oferecerem aos filhos
testos ou tampas de panelas entalhados, transmitindo uma espécie de recado, com signos codificados que
traduziam orientações para conseguir uma boa relação conjugal, ter sensatez na escolha do cônjuge e estar
alerta para as dificuldades do casamento.
“O que impressiona o homem no espetáculo dos outros homens são os pontos em que se assemelham.
Historiadores, arqueólogos, filósofos, moralistas e literatos pediram primeiro aos povos recém-descobertos
uma confirmação de suas próprias crenças sobre o passado da humanidade. Isso explica porque, durante os
grandes descobrimentos do Renascimento, os relatos dos primeiros viajantes não tenham causado surpresa:
acreditava- se menos em descobrir novos mundos que encontrar o passado do mundo antigo. Os gêneros de
vida dos povos selvagens demonstravam que a Bíblia, os autores gregos e latinos diziam a verdade ao descre-
ver o jardim do Éden, a Idade de Ouro, a Fonte da Juventude, a Atlântida ou as Ilhas Afortunadas (...).”
(Claude Lévi-Strauss – Pensador.)
Além de estar expresso no pensamento de Lévi-Strauss, a presença de uma tácita admiração entre os ho-
mens, no sentido de perceber as diferenças entre as culturas, o antropólogo ainda:
(A) Contrapõe-se às teorias que defendem a ideia de que é a partir de uma estrutura universal que os seres
humanos produzem uma diversidade cultural.
(B) Sinaliza a inexistência de uma estrutura mental universal que possa caracterizar a humanidade e que,
por conseguinte, possa organizar as experiências humanas.
(C) Preconiza a teoria de que a diversidade cultural estacionária em alguns povos e cumulativa em outros é
uma decorrência do processo de industrialização acima de qualquer outro.
(D) Conclui que todas as culturas usam os seus próprios parâmetros ao olhar para outras, embora o Oci-
dente tente explicá- las como diferenças de estágio da evolução da sociedade.
Muito tem se falado do multiculturalismo e da diferença. Para entrar no debate, Tomaz Tadeu da Silva,
escreve sobre a produção social da identidade e da diferença, numa interface da sociologia com a psicologia
social. A esse respeito, analise as afirmativas abaixo:
I. Não se pode afirmar que identidade e diferença estejam em relação de estreita dependência. As afirma-
ções trazidas pela identidade não necessita da diferença para existir, pois a identidade é um conceito, uma
referência que se esgota em si mesma.
II. Para o autor, a identidade é simplesmente aquilo que se é: ‘sou brasileiro’, ‘sou negro’, ‘sou heterossexu-
al’, ‘sou jovem’, ‘sou homem’. A identidade assim entendida parece ser uma positividade (‘aquilo que sou’), uma
característica independente, um ‘fato’ autônomo. Nessa perspectiva a identidade só tem como referência a si
própria: ela é autocontida e auto-suficiente.
Em relação à diversidade cultural dos povos indígenas que existem hoje no Brasil, assinale a afirmação que
não corresponde à diversidade cultural e linguística dos índios no Brasil.
(A) Nas terras colonizadas por portugueses, onde viria a se formar o país hoje chamado Brasil, já havia
populações humanas que ocupavam territórios e possuíam culturas específicas.
(B) Certos grupos sociais, que vivem atualmente no território brasileiro, estão historicamente vinculados aos
povos que chamamos “originários”.
(C) Como todo grupo humano, os povos indígenas têm culturas que resultam da história de relações que
se dão entre os próprios humanos e entre estes e os seus ambientes – história que tem sido drasticamente
alterada pela colonização.
(D) Os povos indígenas contemporâneos no Brasil lograram manter os mesmos padrões culturais e demo-
gráficos de seus antepassados através dos séculos.
(E) A divisão territorial em países (Brasil, Venezuela, Bolívia etc.) não coincide, necessariamente, com a
ocupação indígena do espaço, bem como com a cultura dos respectivos estados-nações.
O frevo é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no
estado de Pernambuco. O frevo é formado pela grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira e ar-
tesanato. É uma das mais ricas expressões da inventividade e capacidade de realização popular na cultura
brasileira. Possui a capacidade de promover a criatividade humana e também o respeito à diversidade cultural.
No ano de 2012, a Unesco proclamou o frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 10 fev. 2013.
A característica da manifestação cultural descrita que justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da
Humanidade é a
(A) conversão dos festejos em produto da elite.
(B) expressão de sentidos construídos coletivamente.
(C) dominação ideológica de um grupo étnico sobre outros.
(D) disseminação turística internacional dos eventos festivos.
(E) identificação de simbologias presentes nos monumentos artísticos.
Um sucesso do cantor pernambucano Reginaldo Rossi, chamada a “Raposa e as Uvas” retrata muito bem
como era a sociedade brasileira 40 anos atrás. Fala de itens culturais que já não fazem parte da sociedade
atual, tais como “bailinho”, “laquê”, “anáguas”, “corpete”, “lambreta” e assim por diante. É possível afirmar que
a transformação cultural sofrida por essa sociedade consistiu em uma:
(A) Contradição social.
(B) Modificação social.
(C) Mudança social.
(D) Transferência social.
22. COM. ORG. (IFSERTÃO) - PEBTT (IF SERTÃO PE)/IF SERTÃO PE/SOCIOLOGIA/2019
ASSUNTO: Ciências Sociais - Diversidade Cultural
Com o processo de globalização facilitado pelo avanço das telecomunicações, percebe-se um aumento dos
contatos interculturais, revelando-se cada vez mais uma enorme e diversa variedade cultural, hábitos e costu-
mes muito diferentes, evidenciando a relatividade da cultura. Sobre o estudo da cultura pode-se afirmar que:
(A) O estudo da cultura hoje assume um aspecto importante de valorizar o próprio ser humano em toda a
sua diversidade. Manter a diversidade dentro da globalização e no encontro de valores universais deve ser o
maior desafio da humanidade hoje.
(B) Ao emitirmos um juízo de valor sobre determinada cultura, estamos emitindo o ponto de vista que a ci-
ência nos orienta; assim, estabelece-se o que é certo ou errado, feio ou bonito, melhor ou pior.
Para Anthony Giddens (2012), “nossas atividades tanto estruturam e modelam o mundo social ao nosso
redor como, ao mesmo tempo, são estruturadas por esse mundo”. É esta a base do conceito de “estruturação”
criado por Giddens, o qual aponta que tanto as estruturas sociais (Família, Comunidade, Estado, etc.) formam
as
pessoas como as pessoas em suas ações e relações estruturam essas estruturas sociais. Há aqui a con-
cepção de que não somos, nós, agentes sociais, apenas enquadrados nos comportamentos padronizados des-
sas estruturas sociais e repetidores de ações já condicionadas. Mas, mesmo com a força desses padrões de
conduta, podemos agir no sentido de modificar, em alguma medida, essas estruturas sociais que nos formam
e informam.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6ª Ed.,Porto Alegre: Penso, 2012.
Partindo do conceito de “estruturação” de Anthony Giddens, é correto afirmar que
(A) as pessoas agem seguindo padrões de conduta dos seus ambientes sociais, mas podem, também,
contribuir para moldá-los.
(B) os agentes sociais, cujos comportamentos são completamente condicionados pela sociedade, agem
como robôs.
(C) as únicas pessoas que não são modeladas pelas sociedades, hoje, são as que estão à margem, como
presidiários e loucos.
(D) uma estrutura social é tudo aquilo que os homens constroem em sociedade, tais como cidades, casas,
ruas e prédios.
Entre as tradições epistemológicas, a que compreende a reciprocidade sujeito/objeto como uma interação
social que vai se formando ao longo do tempo histórico, e que tem como um dos pressupostos que a inteligibi-
lidade das partes presume sua articulação com o todo, é denominada
(A) psicoanalítica.
(B) reflexiva.
(C) hermenêutica.
(D) dialética.
(E) positivista.
“As técnicas não determinam nada. Resultam de longas cadeias intercruzadas de interpretações e reque-
rem, elas mesmas, que sejam interpretadas, conduzidas para novos devires pela subjetividade em atos dos
grupos ou dos indivíduos que tomam posse dela”.
(LEW, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de janei-
ro:Ed.34,1997).
Sobre o uso das técnicas e a sociedade, o autor reflete sobre
(A) o papel da sociedade na definição do uso das tecnologias.
(B) as tecnologias da informática consideradas motores do desenvolvimento das sociedades.
(C) a interferência das tecnologias na construção de novas subjetividades.
(D) a transição de uma sociedade antiga para uma sociedade moderna informacional.
(E) como os grupos sociais definem seus projetos de sociedade levando em consideração as demandas do
processo produtivo.
“É claro que a tecnologia não determina a sociedade. Nem a sociedade escreve o curso da transformação
tecnológica, uma vez que muitos fatores, inclusive criatividade e iniciativa empreendedora, intervêm no proces-
so de descoberta científica, inovação tecnológica e aplicações sociais, de forma que o resultado final depende
de um complexo padrão interativo. Na verdade o dilema do determinismo tecnológico é, provavelmente, um
problema infundado, dado que a tecnologia é a sociedade, e a sociedade não pode ser entendida ou represen-
tada sem suas ferramentas tecnológicas”.
(CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e
Terra , 1999).
Sobre as consequências das tecnologias na vida cotidiana, é correto afirmar, segundo o autor:
(A) A sociedade em rede é caracterizada pelo fortalecimento das relações de solidariedade entre as classes
sociais.
(B) A sociedade e o seu complexo de relações sociais definem o uso das tecnologias em cada contexto
histórico.
(C) O desenvolvimento das tecnologias na sociedade moderna é desvinculado das demandas da vida social
dos indivíduos.
(D) O determinismo tecnológico é infundado porque busca defender a importância das ciências na socie-
dade.
(E) As tecnologias não interferem no cotidiano das relações sociais dos agentes.
“Provavelmente a ideia central da sociologia da qual tudo mais se desenvolve é a de que os seres humanos
são sociais” (CHARON, 2002). Podemos afirmar, seguindo a argumentação desenvolvida por este autor, que
os seres humanos são sociais pelas diversas razões alistadas abaixo, EXCETO:
(A) Todas as nossas qualidades individuais dependem da interação social.
(B) Desde o nascimento dependemos de outros para sobreviver.
“Andar de bicicleta, sim, mas para passear e para compartilhar um momento agradável com amigos. Sair
para dançar, sim, mas nas “festas”. O interesse que ela tem pelas atividades é, em muitos casos, subordinado
às finalidades práticas às quais essas últimas estão associadas. Portanto, Clotilde mostra-se pouco inclinada à
ação esportiva, quando as atividades são consideradas em si mesmas e por elas mesmas, de maneira autôno-
ma, em uma espécie de finalidade sem fim: “Eu gosto de bicicleta, eu andei na China, eu tinha adorado porque
eu acho que esse é um meio superprático para visitar. Eu não gosto do esporte pelo esporte.”
LAHIRE, B. Retratos Sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: Artmed, 2004.
O autor da obra pretende
(A) encontrar recorrências e coerências, para evidenciar a apreensão de realidades disposicionais individu-
ais que geram o patrimônio de disposições dos entrevistados.
(B) explicar o princípio de coerência único (crenças, normas, valores) e das disposições para agir dos indi-
víduos.
(C) buscar os comportamentos e atitudes que são atualizados ou não-atualizados dasdisposições, confor-
me o contexto e delimitação de áreas a variação ou não- variação.
(D) evidenciar, a partir de entrevistas longas, a construção de um habitus que confere homogeneidade às
práticas e comportamentos dos indivíduos.
Assinale a opção que descreve corretamente direitos da população trans reconhecidos no Brasil.
(A) Redesignação sexual na rede pública.
(B) Legalização da concepção binária de gênero.
(C) Incentivo de adoção para casais homotransafetivos.
(D) Asilo político a refugiados perseguidos por sua orientação sexual.
(E) Criação obrigatória da categoria trans para competições esportivas.
Leia o poema da poetisa afrodescendente Conceição Evaristo com um olhar sociológico a respeito dos
marcadores sociais que produzem a diferença.
De meu corpo ofereço
O racismo abunda nos textos de feministas brancas, reforçando a supremacia branca e negando a possibi-
lidade de que as mulheres se conectem politicamente cruzando fronteiras étnicas e raciais. A recusa feminista,
no passado, de chamar a atenção para hierarquias raciais e as atacar suprimiu a conexão entre raça e classe.
HOOKS, Bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 16
Brasília, jan./abr., 2015, pp. 193-210
Quanto às contribuições do feminismo negro, assinale a alternativa correta.
(A) Durante muito tempo, as feministas excluíram as mulheres negras. Quando reconheciam o racismo, co-
locava-as como objeto das próprias reflexões, e não como agentes sociais. Por isso, para Bell Hooks e muitas
outras feministas negras, o feminismo é um movimento estéreo a ser combatido em sua existência.
(B) Bell Hooks propõe um feminismo negro interseccional, que se caracteriza por análises que considere os
marcadores sociais de gênero, cor e condição social.
(C) O feminismo negro se opõe aos demais feminismos na medida em que os alinhamentos interpretativos
se voltam à raça, passando a ser o único aspecto mobilizador do movimento social e teórico.
(D) O feminismo negro diferencia-se dos demais feminismos, uma vez que reconhece que as desigualdades
estão associadas apenas à cor e às condições econômicas.
(E) O fato de Bell Hooks ser feminista não se confunde com oposição ao capitalismo, ao classismo e ao
racismo, já que o movimento feminista caracteriza-se exclusivamente pela luta por igualdade de gênero.
A sexualidade e as diferentes manifestações da vida afetiva são aspectos da diversidade humana. Dessa
diversidade, surge a necessidade de distinção entre orientação sexual e identidade de gênero. Qual idéia define
identidade de gênero?
(A) Diz respeito a como a pessoa se sente e se percebe em relação ao seu gênero.
(B) Equivale ao sexo biológico, portanto é binário.
(C) Trata-se de um transtorno psiquiátrico relacionado ao sexo.
(D) É definida por questões hormonais do organismo humano.
Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, nas eleições gerais de 2018, do total de eleitos para
os vários cargos em disputa, 68,4% pertencem ao gênero masculino e 31,6%, ao feminino. No entanto, por
exemplo, em várias assembleias legislativas estaduais, o número de mulheres eleitas é bem inferior à média
nacional de 1\3, e, entre os 27 governadores vencedores em 2018, foi eleita apenas uma única mulher. lnúme-
ros estudos associam a baixa participação política das mulheres em nosso país às profundas raízes culturais
do machismo e do patriarcalismo conservador, embora haja uma tendência a aumentar o protagonismo social
das mulheres no mercado de trabalho e haja um significativo número de mulheres que são arrimo de família.
Com apoio do texto sobre questões de gênero na política, assinale a alternativa correta.
(A) O protagonismo feminino na política brasileira tende a aumentar em função da legislação inclusiva.
(B) A concepção de mundo patriarcal é irrelevante em processos democráticos de escolha de representan-
tes.
(C) Dados estatísticos revelam a baixa participação feminina na atual composição dos poderes Executivo
e Legislativo.
(D) As questões de gênero em processos eleitorais são irrelevantes quando imperam as garantias demo-
cráticas.
(E) O processo eleitoral deve desconsiderar o gênero e valorizar as competências dos representantes.
A visão ideológica da inferioridade feminina ainda é muito presente na sociedade contemporânea, visão
essa de que as mulheres nasceram para as funções de gerar e cuidar, o que lhes atribui uma sobrecarga em
relação à maternidade e às tarefas domésticas. Essa naturalização de esteriótipos femininos colocam as mu-
lheres em um lugar de subalternidade, justificando-se a desigualdade entre os sexos. Além disso, a opressão
da mulher foi apropriada pelo sistema capitalista, uma vez que os papéis considerados femininos foram por
esse sistema
(A) sublimados.
(B) alterados.
(C) compensados.
(D) aprofundados.
(E) negados.
O filósofo esloveno Slavoj Zizék, em uma crônica sobre o último episódio de Games of thrones, afirma:
“O que está em jogo no conflito final é, para resumir de maneira simples, o seguinte: a revolta contra a tirania
deveria se dar no marco de uma mera luta pelo retorno à versão antiga, mais bondosa, da mesma ordem hierár-
quica, ou deveria evoluir no sentido de uma busca por uma nova ordem necessária? [...] O embate final da série
combina a rejeição a uma transformação radical com um velho mote antifeminista. [...] Aqui vale lembrar que o
enredo foi escrito por dois homens. A figura Daenerys como rainha tresloucada é rigorosamente uma fantasia
masculina (os críticos acertaram ao apontar que sua descida à loucura não se justificava psicologicamente). A
cena em que ela, tomada por um olhar de fúria e loucura, sobrevoa a cidade em seu dragão incendiando casas
e pessoas é simplesmente a expressão da ideologia patriarcal com seu medo de uma mulher politicamente
forte”.
ŽIŽEK, Slavoj. Feminilidade tóxica em “Game of Thrones”. Disponível em: Blog da Boitempo. https://blog-
daboitempo.com.br/2019/05/21/feminilidadetoxica- em-game-of-thrones-zizek-escreve-sobre- odesfecho- da-
-serie/. Publicado em 21/05/2019.
Com base na passagem citada acima, é correto afirmar que
(A) o descarte de uma nova ordem, como resolução dos embates da série, recorreu à evolução inverossímil
de Daenerys à loucura.
(B) há uma relação causal entre ter sido escrita por dois homens e o desfecho machista e sem verossimi-
lhança da série.
(C) a evolução de Daenerys para a loucura é explicada pela pressão misógina e patriarcal que os autores
da série sofreram.
(D) os homens possuem uma fantasia sexual com mulheres tresloucadas, furiosas, e isso é expressão da
ideologia patriarcal.
“Todo mundo sabe onde está colocada a honra da mulher. Não é segredo para ninguém que a honra da
mulher, o seu caráter, o seu idealismo, a sua consciência todos os sentimentos, enfim, que a distinguem da
vaca ou da cadela, foram colocados, por convenção dos homens, justamente na parte do corpo que mais a
aproxima desses animais. Os homens, no afã de conseguirem um meio prático de dominar a mulher, colocam-
-lhe a honra entre as pernas”.
Virgindade Anti-higiênica: Preconceitos e Convenções hipócritas, (1924).
O trecho exemplifica a produção intelectual de
(A) Harriet Martineau, sobre a ideologia da domesticidade elaborada pelos homens.
(B) Anna Julia Cooper, a respeito da sujeição sexual imposta às mulheres, sobretudo se inferiorizadas ra-
cialmente.
(C) Pandita Ramabai Sarasvati, acerca da mortificação do corpo e da alma imposta às mulheres pelo sis-
tema de castas.
(D) Charlotte Perkins Gilman, a respeito da força opressiva da estrutura de vida doméstica infligida às mu-
lheres.
(E) Ercilia Nogueira Cobra, sobre as fontes da desvalorização e regulação da mulher e de sua sexualidade.
Com a proliferação de estudos referentes a sexo e sexualidade, “gênero” tornou-se uma palavra particu-
larmente útil, pois oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis sexuais atribuídos às mulheres
e aos homens. Ainda que os pesquisadores reconheçam a conexão entre aquilo que os sociólogos da família
chamaram de “papéis sexuais”, esses pesquisadores não postularam um vínculo simples ou direto entre os
dois. O uso de “gênero” enfatiza todo um sistema de relações que pode incluir o sexo, mas não é diretamente
determinado pelo sexo, nem determina diretamente a sexualidade.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Ale-
gre, vol. 20 n. 2, jul/dez., 1995, pp. 71-99, com adaptações.
Ao demonstrar que papéis de gênero são padrões e expectativas de comportamentos aprendidos em socie-
dade, os estudos de gênero fazem uma crítica à visão denominada
(A) determinismo biológico.
(B) etnocentrismo.
(C) apropriação cultural.
(D) multiculturalismo.
(E) identitarismo.
Pensar o corpo como algo produzido pela cultura é, simultaneamente, um desafio e uma necessidade. Um
desafio porque rompe, de certa forma, com o olhar naturalista sobre o qual muitas vezes o corpo é observado,
explicado, classificado e tratado. Uma necessidade porque, ao desnaturalizá-lo, revela, sobretudo, que o corpo
é histórico. Isto é, mais do que um dado natural cuja materialidade nos presentifica no mundo, o corpo é uma
construção sobre a qual são conferidas diferentes marcas em diferentes tempos, espaços, conjunturas econô-
micas, grupos sociais e étnicos.
“(...) as representações e práticas relacionadas à sexualidade são criações humanas, produzidas historica-
mente e em contextos sociais determinados” (Simões, 2009, p. 154-155).
A partir dessa tese de Júlio Assis Simões, é possível afirmar, segundo o autor, que:
(A) as instituições sociais, aquilo que toma a forma de um arranjo de regras e costumes que produzem e
reproduzem as sociedades, não são influenciadas pela sexualidade.
(B) a sexualidade não é regulada pelas instituições do casamento, do namoro, da família e da procriação
porque é algo natural da espécie humana, algo não afeito a regras sociais.
(C) as representações e práticas relacionadas à sexualidade, sendo criações humanas, podem ser altera-
das por indivíduos insatisfeitos com essas representações e práticas.
(D) as representações e práticas relacionadas à sexualidade derivam do caráter natural do sexo, por isso,
as instituições sociais apenas reproduzem o que já está pré-determinado pela natureza.
(E) as mudanças nas práticas e representações da sexualidade sofrem transformações, o que traz mudan-
ças para as instituições sociais do casamento, do namoro, da família e da procriação.
No Brasil atual, o chamado “Movimento Escola Sem Partido” procura erradicar, por meio de mecanismos
legais (projetos de lei), temáticas referentes ao conceito de “gênero” aplicadas ao ensino de crianças e jovens.
Esse movimento se pauta por valores religiosos, tradicionais e de fundo patriarcal na defesa das relações hete-
rossexuais, entendidas como sagradas e as únicas moralmente corretas. Diferentemente, as Ciências Sociais
demonstram como o “gênero” é constituído por aspectos socioculturais, históricos e psicológicos diversos. Em
termos simples, “ser homem”, “ser mulher” ou “ser transgênero” depende da cultura e da subjetividade indivi-
dual.
Além disso, desde o início do século XXI, entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a
Organização dos Estados Americanos (OEA) têm aprovado resoluções diretivas para que se considere a “iden-
tidade de gênero” e a “orientação sexual” como parte dos Direitos Humanos (REIS e EGGERT, 2017).
REIS, T. e EGGERT, E., Ideologia de Gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasi-
leiros, Educação e Sociedade, vol. 38, nº 138, janeiro-março 2017.
Tomando como referência o entendimento acima, é correto concluir que
(A) o Movimento Escola Sem Partido defende a “ideologia de gênero” e orienta que os gêneros masculino
e feminino são uma construção sociocultural.
(B) grupos feministas e os LGBTI concordam com o “Escola Sem Partido” quanto à valorização da autono-
mia das pessoas sobre seus corpos e sua sexualidade.
(C) as diretrizes institucionais a favor da promoção da diversidade sexual atendem princípios próprios da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
(D) o Movimento Escola Sem Partido é fruto de um discurso religioso favorável ao entendimento do termo
“gênero” como conceito próprio da cultura.
A Sociologia no Brasil teve início, nos anos de 1920 a 1930, nesses anos alguns temas mais presentes, na
época eram objeto de discussão dos sociólogos. Qual desses temas não estavam em debate?
(A) Índios e negros.
(B) Escravidão e sua abolicão.
(C) A colonizacão do país.
(D) Os direitos LGBT.
(E) O êxodo dos negros.
A palavra queer, cujo sentido original era bizarro, excêntrico, estranho, passou a designar depreciativamen-
te os homossexuais a partir do século XIX. Nos anos 1980, porém, a palavra foi ressignificada positivamente
por grupos e ativistas LGBT+.
Com essa transformação de sentido, o termo começou a ser usado no sintagma “teoria queer” para indicar
(A) a classificação dos indivíduos em categorias universais como “homossexual” ou “heterossexual”.
(B) o conceito clássico de gênero, que distingue o “heterossexual” socialmente aceito do “anômalo” (queer).
(C) o espectro amplo de identidades sexuais e políticas não normativas e de gênero.
(D) a segmentação das identidades sociais em função do sexo, ao invés dos critérios de classe social ou
de etnia.
(E) o binarismo que fundamenta as hierarquias sociais e as relações de poder no passado e no presente.
“Qualquer pessoa familiarizada com os manuais de sociologia clássica é capaz de recitar de cor os pen-
sadores canônicos apontados como os pais fundadores das ciências sociais. Os autores que compõem esse
cânone, apesar de pequenas variações, têm uma característica comum: todos são homens”.
Adaptado de DAFLON & SORJ (org.s). Clássicas do pensamento social: mulheres e feminismos no século
XIX. RJ: Rosa dos Tempos, 2021, p. 9.
Para as autoras, a ausência de mulheres entre os pensadores que delimitaram o campo teórico da teoria
social no século XIX deve ser explicada:
(A) pela subordinação e opressão das mulheres na sociedade patriarcal, impedindo-as de se apropriarem
dos meios necessários para produzir teoria social.
(B) pelo desinteresse feminino por temas epistemológicos relativos às grandes transformações socioeconô-
micas, preferindo temas da vida privada.
(C) pela posição subalterna ocupada pelas mulheres na sociedade, confinando-as ao lar, à função de espo-
sa e mãe e ao trabalho precarizado.
(D) pelo modo como as ciências sociais foram institucionalizadas por sociólogos homens, elegendo autores
e temas que excluíram investigações ligadas à questão de gênero.
Um docente propõe abordar sociologicamente o estudo do movimento feminista a partir da análise da Mar-
cha das Vadias, um protesto feminista que ocorre em várias cidades do mundo desde 2011. Ele foi criado em
Toronto, em resposta à declaração de um policial de que as mulheres poderiam evitar ser estupradas se não
se vestissem como sluts (vagabundas). Já em 2012, 23 cidades, de todas as regiões do Brasil organizaram
marchas usando ferramentas como Facebook, Twitter, Youtube, blogs e e-mails.
Com base no fenômeno da Marcha das Vadias, analise as afirmativas a seguir a respeito do corpo, da iden-
tidade e do ativismo feminista contemporâneo.
Nenhum grupo de mulheres brancas conheceu melhor a diferença entre seu próprio status e o status das
mulheres negras do que o grupo de mulheres brancas politicamente conscientes e ativistas na luta pelos direi-
tos civis. Ainda assim, várias dessas mulheres deslocaram-se das lutas pelos direitos civis para as lutas pela
libertação da mulher e lideraram um movimento feminista em que suprimiram e negaram a consciência sobre
as diferenças que viram e ouviram.
Elas entraram para o movimento feminista apagando e negando a diferença, sem pensar em raça e gênero
juntos, mas eliminando raça do cenário.
(bell hooks. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras, 2018. Adaptado.)
Ao abordar aspectos do Movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos da década de 1960, o excerto
(A) aponta o insucesso das reivindicações de igualdade de raça e gênero e a persistência de padrões his-
tóricos de desigualdade na sociedade norte-americana.
(B) lamenta a ausência de uma história de mobilizações feministas e negras e de uma disposição das mu-
lheres brancas para atuar em defesa das conquistas de direitos sociais.
(C) identifica a ocorrência em paralelo de ações afirmativas das mulheres e dos negros e a falta de conexão
entre esses dois campos de reivindicação de direitos.
(D) caracteriza a mudança radical por que passou a sociedade norte-americana no período e o nascimento
de interconexões entre os movimentos negro e feminista.
(E) enfatiza a importância da estratégia política do ativismo feminista e sua influência sobre as mobilizações
posteriores de reivindicação de direitos da população negra.
Se por um lado podemos falar de certa “influência” do feminismo nas organizações de esquerda armada a
partir da admissão das mulheres nessas organizações, e de sua efetiva participação, muitas vezes de armas
na mão, nos eventos, além de sua prisão, tortura e desaparecimento, por outro lado, a impressão que temos
ao ler os relatos ou ouvir os testemunhos das pessoas entrevistadas é que uma “consciência feminista” apenas
se deu nessas mulheres num momento posterior. Como se o contato com os movimentos e literatura feminis-
tas no exílio ou após 1975, com o Ano da Mulher instituído pela Organização das Nações Unidas, desse a tais
mulheres palavras para expressar o que antes seria um sentimento difuso diante daquilo que lhes acontecia no
cotidiano.
WOLFF, C. S. Feminismo e configurações de gênero na guerrilha: perspectivas comparativas no Cone
Sul, 1968-1985. Revista Brasileira de História, n. 54, 2007.
Para as mulheres apresentadas no texto, a reflexão sobre a perspectiva feminista proporcionou o(a)
(A) desvalorização de suas demandas na resistência.
(B) direcionamento da ação militante contra a violência doméstica.
(C) enfraquecimento da atuação nos movimentos subversivos.
(D) ressignificação da memória acerca do engajamento político.
(E) limitação da participação das trabalhadoras em manifestações.
O feminismo teve uma relação direta com o descentramento conceitual do sujeito cartesiano e sociológico.
Ele questionou a clássica distinção entre o “dentro” e o “fora”, o “privado” e o “público”. O slogan do feminismo
era: “o pessoal é político”. Ele abriu, portanto, para a contestação política, arenas inteiramente novas: a família,
a sexualidade, a divisão doméstica do trabalho etc.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2011 (adaptado).
O movimento descrito no texto contribui para o processo de transformação das relações humanas, na me-
dida em que sua atuação
(A) subverte os direitos de determinadas parcelas da sociedade.
(B) abala a relação da classe dominante com o Estado.
(C) constrói a segregação dos segmentos populares.
(D) limita os mecanismos de inclusão das minorias.
(E) redefine a dinâmica das instituições sociais.
A discussão sobre patriarcado e capitalismo foi recorrente no movimento feminista francês. Debatia-se
intensamente se haveria ou não autonomia entre esses dois “sistemas”. É a partir de divergências em relação
a essa questão que se estabelece uma categorização do movimento feminista, largamente utilizada, em duas
correntes: feminismo socialista e feminismo radical. Entretanto, deve-se ressaltar que há menos uma oposição
e mais um continuum entre aquelas análises que consideram a subordinação feminina uma consequência do
capitalismo e aquelas que a veem como uma consequência do patriarcado ou de uma forma de dominação
masculina sistemática.
ABREU, Maira. Nosotras: feminismo latino-americano em Paris. Revista de Estudos Feministas. Florianó-
polis, 21 (2), maio-ago. 2013, p. 564 (adaptado)
Embora mais antigos, os movimentos pelos direitos das mulheres ganharam maior relevância e abrangência
ao longo do século XX, tendo alcançado conquistas fundamentais no que diz respeito ao reconhecimento das
mulheres como cidadãs. Ao longo do tempo, a atuação desses movimentos permaneceu focada em
(A) combater os homens.
(B) lutar contra o capitalismo.
(C) obter ajuda financeira do Estado.
(D) uniformizar seus métodos de atuação.
(E) garantir espaços distintos de atuação político-social.
Na família patriarcal que se formou no Brasil desde os tempos da colônia, o homem é o senhor do lar, ou
seja, detém o poder sobre a vida dos demais membros. As relações domésticas pautadas na violência foram
descritas por historiadores e romancistas brasileiros.
No Brasil, as lutas sociais e conquistas obtidas pelas mulheres ao longo do tempo conseguiram
(A) acabar com as diferenças de gênero no interior da vida doméstica.
(B) eliminar as disparidades salariais que existiam até o final do século XX.
(C) tornar equânime a ocupação de cargos públicos entre homens e mulheres.
(D) transformar as desigualdades políticas de gênero em desigualdades simbólicas.
(E) tornar juridicamente mais graves os crimes contra as mulheres cometidos no ambiente doméstico.
A bancada feminina da Câmara dos Deputados reune-se hoje (15) com o presidente da Casa, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), para pedir que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 134/2015, que institui cotas para mulhe-
res no Legislativo, seja colocada em pauta. A PEC 134 passou pelo Senado, já foi aprovada em duas comissões
da Câmara e aguarda, desde o ano passado, votação pelos deputados em plenário.
A estratégia das deputadas é aproveitar o contexto de discussão em torno da reforma política para aprovar
a mudança constitucional que garantiria a reserva de 10% das vagas das câmaras de vereadores de todos os
municípios, assembleias legislativas estaduais e da Câmara Federal para candidatas mulheres. O objetivo é
aumentar gradativamente a representação feminina em todos os níveis do Poder Legislativo.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017
Assinale a alternativa que promove uma afirmativa adequada em relação ao papel das mulheres e seus
desafios na sociedade moderna.
(A) As mulheres modernas, ao iniciarem suas carreiras profissionais, deixaram de assumir atribuições do-
mésticas e políticas.
(B) Os homens da sociedade moderna estão conscientes em relação à necessidade de dividir plenamente
com as mulheres suas atribuições domésticas e valorizam sua participação política, como podemos observar
no texto acima.
(C) As mulheres trabalham, estudam, educam seus filhos, sofrem com a dupla jornada de trabalho, com o
machismo e lutam por participação política.
(D) Trabalhar também deve ser uma atribuição masculina, por isso os homens precisam assumir seu papel
em uma sociedade mais igualitária em relação aos gêneros.
(E) Nos lares onde mulheres trabalham, as atribuições políticas são exclusivamente masculinas.
A contínua elevação dos índices de violência contra a mulher e a privação de direitos legais demonstram
que ainda é grande a necessidade de uma política pública de igualdade de gênero no Brasil que trate de forma
desigual aos desiguais, na medida de suas desigualdades. Leia as afirmações abaixo:
I. “Pobreza menstrual” é um conceito que compreende desde a falta de absorventes higiênicos, até a falta
de conhecimento sobre o ciclo menstrual e de infraestrutura sanitária necessária à higiene íntima.
II. Um dos pilares dos Movimentos pela Igualdade de Gênero em todo o mundo é a reinvindicação por iso-
nomia salarial. No Brasil, apesar da garantia de igualdade estar disposto em lei desde 1952 ainda se verifica,
em 2022, que mulheres recebem, em média, 22% à menos do que os homens.
III. A população LGBTQIA+ têm sido historicamente vítima de discriminação estrutural, estigmatização, vio-
lência e violação de seus direitos fundamentais. Com o intuito de minimizar o constrangimento e possibilitar o
direito à construção de identidade, o uso do Nome Social está garantido em lei desde 2016.
Assinale a alternativa que não apresenta o entendimento correto sobre política pública de igualdade de
gênero.
(A) Políticas públicas de igualdade de gênero devem possuir capacidade para enfrentar a injustiça socioe-
conômica, expressada na distribuição injusta de bens e recursos
(B) Políticas públicas de igualdade de gênero devem combater as injustiças legais e culturais que se mani-
festam no domínio social
(C) Políticas públicas de igualdade de gênero devem promover proporcionalidade representativa nos órgãos
legislativos e normativos
Judith Butler é reconhecida como uma das mais importantes autoras sobre os estudos de gênero. Assinale
a alternativa que corresponde às proposições teóricas dessa autora.
(A) A ideia de performatividade de gênero.
(B) A ideia do ciborgue, uma criatura pós-gênero.
(C) A ideia do contrato heterossexual.
(D) A ideia de mulheres redefinindo a diferença.
(E) A ideia do espírito da autodefinição.
Considere a pirâmide etária abaixo referente à população residente no Brasil nos anos de 2012 e 2019:
População residente, segundo o sexo e os grupos de idade (%)
(IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua 2012/2019)
Conforme as informações apresentadas no gráfico, é correto afirmar:
(A) Entre 2012 e 2019, a população brasileira ficou mais jovem.
(B) No grupo de idade de 80 anos ou mais, há mais homens do que mulheres tanto em 2012 quanto em
2019.
(C) No grupo etário de 35 a 39 anos, houve uma importante inflexão: em 2019 o número de pessoas dimi-
nuiu nesse grupo de idade em comparação a 2012.
(D) Em comparação a 2012, a maior redução do número de mulheres em 2019 ocorreu no grupo de idade
de 10 a 14 anos.
(E) No grupo etário de 45 a 49 anos, houve aumento do número de mulheres em relação ao número de
homens entre 2012 e 2019.
Expondo a teoria de Raewyn Connell, Giddens (2005) afirma que as sociedades — entenda-se, as socie-
dades capitalistas, pelo menos — estão organizadas sob um princípio básico e estruturante: a dominação dos
homens sobre as mulheres.
A partir disso, estabelece-se uma hierarquia de gênero na qual existe:
(A) uma feminilidade e uma masculinidade hegemônicas, grupos do mesmo nível na hierarquia de gênero.
(B) uma masculinidade cúmplice, grupo social que possui poder menor na hierarquia social que todas as
feminilidades.
(C) feminilidades e masculinidades que estão fora da hierarquia de gênero e, portanto, fora da hierarquia
social de poder.
A emergência da sociedade capitalista trouxe às mulheres uma liberdade meramente formal na vida priva-
da. Embora fossem livres para escolher seus casamentos, deveriam fazer isso no contexto do “mercado” de
casamentos. Essa ilustração diz respeito a uma categoria analítica cara às ciências sociais, a Estratificação
Social, que se refere
(A) às hierarquias sociais que caracterizam os indivíduos de uma sociedade ou de uma comunidade.
(B) às hierarquias sociais definidas com base na renda.
(C) aos proletários capitalistas como classes ordenadas uma em relação à outra.
(D) à estratificação sexual, que discute a família, a economia e as relações entre os sexos com vistas a
definir uma tipologia de gêneros.
Para Scott (1995. p.86), o gênero deve ser construído como uma categoria analítica, como um instrumento
metodológico para a compreensão da construção, da reprodução e das mudanças de identidade de gênero.
Sua definição de gênero apresenta duas partes e várias subpartes que estão inter-relacionadas, “mas devem
ser analiticamente diferenciados. O núcleo da definição repousa numa conexão integral entre duas proposi-
ções”. Quais são as proposições elaboras por Scott?
(A) (1) o gênero é um elemento constitutivo de relações individuais baseadas na posição social e (2) o gê-
nero se expressa na fluidez das relações sociais.
(B) (1) o gênero diz respeito às diferenças naturais instaladas nos corpos de homens e mulheres e (2) o
gênero é uma forma de diferenciar homens de mulheres.
(C) (1) gênero diz respeito ao gênero com o qual uma pessoa se identifica e (2) o gênero expressa uma
simetria na relação de poder.
(D) (1) o gênero é um elemento constitutivo de relações sociais baseadas nas diferenças percebidas entre
os sexos e (2) o gênero é uma forma primária de dar significado às relações de poder.
(E) (1) o gênero se refere à construção individual do sexo anatômico e (2) o gênero foi criado para distinguir
a dimensão biológica da dimensão social.
Para os estudiosos do tema “gênero e sexo” em Sociologia e Ciências Sociais, de modo geral, o conceito
de gênero se refere a questões psicológicas e socioculturais e o de sexo diz respeito à anatomia e fisiologia hu-
mana dos corpos. Assim, partindo do raciocínio sociológico, o conceito de gênero abrange aspectos psíquicos
e socioculturais, e o de sexo é próprio da descrição sobre a natureza biológica dos seres vivos.
Considerando sociologicamente os conceitos de gênero e sexo, é correto afirmar que
(A) os conceitos de gênero e de sexo são construções biológicas e os corpos masculino e feminino são
sujeitos às forças sociais que os alteram.
(B) as normas morais sobre as diferenças de gênero são, simultaneamente, internalizadas psicologicamen-
te e reproduzidas no âmbito da cultura.
(C) as identidades de gênero e as diferenças sexuais são associadas ao corpo humano, e a força da natu-
reza é maior que qualquer influência cultural.
(D) o ser homem ou ser mulher é fruto de processos biológicos e transcendentais.
O Brasil ocupa a 32ª posição em um ranking de 33 países latino-americanos e caribenhos sobre a participa-
ção feminina em Parlamentos. Segundo a ONU Mulheres, no Brasil, 10% do total de parlamentares eleitos são
mulheres. Apenas Belize tem menor representação parlamentar feminina, com percentual de 3, 1 %.
(Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.eom.br/politica/ noticia/2018-06/onu-mulheres-defende-ampliacao-
-daparticipacao-feminina-na-politica. Acesso em: 23 ago.2019)
Dessa forma, a partir do enunciado, assinale a alternativa correta.
(A) A baixa participação feminina está relacionada à falta de leis que incentive a participação da mulher na
vida pública brasileira.
O conceito de “gênero” nas Ciências Sociais é tratado não como uma característica natural biológica ineren-
te a todos os seres humanos, mas como algo que se constrói em meio a processos psicológicos, socioculturais
e históricos. Parte dos cientistas sociais demonstram que o conceito de “gênero” é cultural e pode ser diferen-
ciado do conceito biológico de “sexo” (macho/fêmea), pois este último seria definido a partir dos diferentes ca-
racteres genéticos e anatômicos do corpo humano. O “gênero” diferente do “sexo” seria, assim, uma categoria
sociocultural e não natural já que depende de cada cultura a definição dos comportamentos e maneiras de ser
que diferenciam o “masculino” do “feminino”. Contudo, Giddens e Sutton (2016) apontam que para alguns cien-
tistas sociais tanto o “gênero” como o “sexo” são concepções construídas socialmente e culturalmente, uma vez
que o corpo está sujeito a intervenções que o influenciam e o alteram.
GIDDENS, Anthony e SUTTON, Philip W. Conceitos essenciais da Sociologia. 1ª ed. São Paulo:
Editora Unesp, 2016.
Considerando essa compreensão das Ciências Sociais sobre os conceitos de “gênero” e de “sexo”, assinale
a afirmação verdadeira.
(A) Para as Ciências Sociais, a forma como a cultura e as questões psicológicas agem em cada pessoa
formam e informam a identidade de gênero do indivíduo.
(B) Para todos os cientistas sociais, os conceitos de “gênero” e de “sexo” são distintos, pois o primeiro é
definido por cada cultura e o segundo pela natureza.
(C) Para as Ciências Sociais, as diferentes características anatômicas e fisiológicas entre os sexos formam
o principal critério de definição de “gênero”.
(D) Para todos os cientistas sociais, as cirurgias para mudança de sexo indicam que tanto os conceitos de
“gênero” e de “sexo” são moldados pela cultura.
A prevenção da violência contra a mulher será incluída nos currículos da educação básica. É o que de-
termina a Lei 14 164/21, que cria a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher em instituições
de ensino básico. A semana promoverá o conhecimento da legislação, a fim de abordar os mecanismos de
assistência à mulher em situação de violência, as medidas protetivas e os meios para o registro de denúncias.
(“Nova lei inclui combate à violência contra a mulher no currículo escolar”.
www12.senado.leg.br, 11.06.2021. Adaptado.)
A aprovação da lei abordada no excerto expressa
(A) a inexistência da organização de um currículo escolar em nível nacional.
(B) a forma como o legislativo culpa as mulheres pelas agressões que sofrem.
(C) a confiança na escola como aliada no enfrentamento da violência de gênero.
(D) a ausência de legislação brasileira que trata da violência doméstica.
(E) a evidência da escola como principal local de ataques contra as mulheres.
Texto I
O feminicídio pode ser definido como uma qualificadora do crime de homicídio motivada pelo ódio contra
as mulheres, caracterizado por circunstâncias específicas em que o pertencimento da mulher ao sexo feminino
é central na prática do delito. Entre essas circunstâncias estão incluídos: os assassinatos em contexto de vio-
lência doméstica/familiar, bem como o menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Compreendem as
agressões físicas e da psique, tais como o espancamento, suplício, estupro, escravidão, perseguição sexual,
mutilação genital, intervenções ginecológicas imotivadas, impedimento do aborto e da contracepção, esteriliza-
ção forçada, e demais atos dolosos que geram a morte da mulher.
(Estudo completo do feminicídio. Disponível em: impetus.com.br.)
Texto II
Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostrou que, em 2019, 30,4%
dos homicídios contra mulheres ocorreram dentro de casa; a proporção para os homens foi de 11,2%. A pesqui-
sa analisou o ano de 2019, pré- -pandemia. Em 2020, o cenário foi ainda mais assustador. Dentre as medidas
para atender as mulheres vítimas da violência, a Lei Maria da Penha determinou a criação de serviços de aten-
dimento às vítimas. Em 2019, porém, o IBGE identificou que apenas 7,5% dos municípios brasileiros possuem
delegacias especializadas para mulheres, “patamar que não aumentou desde 2012”, indicou o relatório do
Instituto.
(Maioria dos feminicídios acontece dentro de casa, aponta IBGE. Disponível em: correiobraziliense.com.
br.)
Leia o recorte da matéria que denuncia a existência, ainda, da violência contra a mulher.
Brasil registra um estupro a cada dez minutos em 2021
O Brasil registrou 56.098 estupros de mulheres ao longo de 2021, de acordo com dados divulgados nesta
segunda-feira, 7, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número do ano passado é 3,7% maior em
relação ao ano anterior e equivale a um caso a cada dez minutos no País.
www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/03/4991185-brasil-registra-um-estupro-a-cada-dez-minutos-
-em-2021.html .
O recorte da matéria refere-se a um tipo de violência que acomete as mulheres. Trata-se de violência de-
nominada
(A) sexual - relação ou tentativa de relação sexual sem o consentimento da outra pessoa, sendo, portanto,
uma agressão.
(B) psicológica - condutas causadoras de danos emocionais ou em atitudes que visam a limitar ou a contro-
lar comportamentos, por meio de ameaças, de constrangimentos, de humilhações, de chantagens e de outras
ações que comprometam a saúde emocional da vítima.
(C) simbólica - consentida, aparentemente pela vítima, que, por sua vez, não a percebe como violência, por
reconhecer como natural a relação de dominação a qual está submetida.
(D) afetiva - a vítima é obrigada a gostar do seu agressor, ou quando é abandonada pelo objeto do seu
sentimento de afetividade.
(E) cognitiva - caracterizada pela falta de compreensão sobre o tipo de relação estabelecida entre a vítima
e seu algoz.
A ciência sociológica, apesar de visar à explicação e compreensão dos fenômenos sociais, de modo geral,
não tem como exclusividade ou propósito final a análise única de “problemas sociais”. Isto significa dizer que a
Sociologia não se reduz a estudar unicamente, fenômenos sociais como a desigualdade social ou a corrupção
política. O problema sociológico, diferente de um problema social, é algo construído como objeto de estudo da
pesquisa na Sociologia. Assim, é lógico afirmar que todo problema social é ou pode ser objeto de um problema
sociológico, mas nem todo problema sociológico tem como estudo um problema social. Partindo do raciocínio
e da afirmação acima, é correto dizer que
(A) um “problema sociológico”, da mesma forma que os “problemas sociais”, afeta todos os membros de
uma sociedade.
(B) o problema da violência contra a mulher é questão para o Estado, para a sociedade e para a compre-
ensão sociológica.
(C) um “problema social” é algo formulado pelos sociólogos, os quais têm obrigação de resolvê-los para a
sociedade.
(D) a Sociologia iniciou-se com o advento do Estado e é, desde então, instrumento tecnológico para as
causas sociais.
Nos últimos anos muito tem se falado sobre o feminicídio. A imensa quantidade de crimes cometidos contra
as mulheres justificou a implantação da lei 13.104/15.
Sobre esse tema, está correta a alternativa:
(A) Hoje verificamos que a Lei supriu as necessárias de políticas públicas que promovam a igualdade de
gênero por meio da educação e da valorização da mulher, reduzindo o numero de crimes.
(B) O Mapa da Violência, de 2018, aponta que o aumento de ocorrência de faminicídios no Brasil se deveu
a implantação da Lei e seu discurso misogino.
(C) Como afirmam algumas teorias feministas a mídia é a grande responsável pelo aumento do feminicídio.
(D) A manutenção da violência contra a mulher está baseada na cultura patriarcal e ao ódio contra as mu-
lheres ainda transfixa pela sociedade brasileira, em 2019.
(E) Dados do IBGE e do Mapa da Violência, de 2018, afirmam que o numero de os crimes cometidos contra
as mulheres no Brasil faz do país o menos violento do mundo.
1 D 29 B 57 E
2 D 30 B 58 E
3 E 31 A 59 A
4 E 32 B 60 E
5 C 33 B 61 E
6 B 34 A 62 C
7 A 35 C 63 E
8 A 36 A 64 E
9 B 37 C 65 D
10 E 38 D 66 B
11 D 39 A 67 A
12 A 40 E 68 D
13 B 41 E 69 D
14 E 42 A 70 A
15 A 43 C 71 D
16 D 44 E 72 D
17 D 45 B 73 B
18 D 46 C 74 B
19 B 47 D 75 A
20 C 48 E 76 C
21 D 49 C 77 C
22 A 50 D 78 B
23 A 51 C 79 B
24 D 52 E 80 A
25 A 53 D 81 B
26 B 54 C 82 B
27 A 55 C 83 D
28 C 56 D