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Cursos NTC

COMO CALCULAR

CUSTOS E FRETES
Fretes
Neuto Gonçalves dos Reis
Mestre em Engenharia de Transportes pela EESC-USP
Pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV
Pós-graduado em Engenharia Econômica pelo IPUC-MG
Extensão em Logística e Distribuição pela FGV
Engenheiro Civil pela EEUFMG
Jornalista especializado em Transportes
Ex-Diretor de “Transporte Moderno”
Ex-Professor da Mauá e FMU
Consultor Técnico da NTC
Grande experiência em custos e fretes
Medalha JK – Ordem do Mérito do Transporte, da CNT
Medalha NTC do Mérito do Transporte

Tel 6632-1540
E-mail Decope@ntc.org.br
002
Plano de trabalho
Fretes
• Despesas Administrativas e de Terminais (DAT)
• Cálculo do frete-peso
• Exercícios
• Custos de coleta e entrega
• Custo Valor
• Custo de Gerenciamento de Riscos (GRIS)
• Taxas
• Pedágios
• Acréscimos e decréscimos
• Planilha referencial Fipe
• Esclarecimento de dúvidas
• Discussão em grupo

Leitura recomendada:
Manual do Sistema Tarifário/Acréscimos
e Decréscimos, da NTC
003
Despesas administrativas
e de terminais
São custos indiretos
Não incluem custos relacionados a riscos , seguros e
Responsabilidades
1. Despesas de terminais:
- Equipes de carregamento e descarregamento
- Arrumadores
- Ajudante
- Conferentes
- Operadores de empilhadeiras/outros
equipamentos
- Custos operacionais de pallets, guinchos e
- Outros equipamentos

- Todos os demais custos envolvidos: aluguel, manutenção,


limpeza, energia elétrica, conservação
Despesas administrativas
e de terminais
2. Despesas administrativas:
- Todas as despesas necessárias para o funcionamento da
matriz e da filial da empresa.
- Classificação depende do plano de contas da empresa.
- - Salários e encargos de pessoal administrativo,
- vendas, supervisão etc.
- - Honorários de diretoria
- - Impostos e taxas
- - Tarifas públicas
- - Comunicação
- - Depreciações e aluguéis
- - Serviços de terceiros
- - Propaganda, promoção
- - Material de escritório
- - Etc.
Despesas administrativas e
e de terminais
Detalhamento dos componentes
IMPOSTOS E TAXAS x
· Imposto de Renda – 15% mais 10%
· IPTU
· CPMF s
· ICMS
CSSL (9% sobre 12%) = 1,08%
. ISS (municipal)
- PIS (1,65% sobre faturamento)
- Cofins (7,6% sobre faturamento menos insumos)
- IOF (7%)
- Multas
- Outros
006
Despesas administrativas
e de terminais
ICMS
Taxas internas: 7%, 12% ou 18%
Taxas entre Estados: 7% ou 12%
Cálculo é por dentro (1/0,82) = 1,2195
Créditos de ICMS são dedutíveis
Crédito presumido (20% de abatimento no RJ)
Veículos, combustível, lubrificantes e energia
Podem ser usados para comprar caminhões ou
combustível
Substituição tributária é permitida por alguns Estados em
certas condições:
- Tomador é contibuinte do ICMS
- Tomador é remetente ou destinatário
- É obrigado a fazer escrituração fiscal
007
Despesas administrativas
e de terminais
SALÁRIOS E HONORÁRIOS DA DIRETORIA
- Salário pessoal administrativo e de terminais
- Honorários de Diretoria
- Encargos sociais
SERVIÇOS DE TERCEIROS
- Serviços profissionais de terceiros
ALUGUÉIS
- Aluguéis de armazéns, oficinas, escritórios e estacionamentos
- Aluguéis de equipamentos
TARIFAS PÚBLICAS
- Água, energia elétrica
- Correio
- Telefone, Internet, fax etc.

008
Despesas administrativas
e de terminais
DEPRECIAÇÕES
· Depreciações de máquinas e equipamentos
· Depreciações de móveis e utensílios
- Depreciação de instalações
OUTROS CUSTOS
· Material de escritório e de limpeza
· Viagens, estadas e conduções
· Despesas legais e jurídicas
· Contribuições e doações
· Uniformes
· Despesas de promoção, brindes e propaganda
· Despesas de conservação de bens e instalações
· Refeições e lanches
· Cópias xerox
. Custos de paletização
- Despesas diversas
- 009
Despesas administrativas
e de terminais.
Peso de cada ítem segundo a Fipe (%)
a - SALÁRIOS E HONORÁRIOS DA DIRETORIA 61,44
01 – Salário Pessoal Administ. e de Terminais 36,78
02 - Honorários de Diretoria 1,72
03 - Encargos Sociais 22,93
b – ALUGUÉIS 20,04
01 - Aluguéis Armazém, Ofic.Administ.Estac. 17,87
02 - Aluguéis de Equipamentos 2,17
c - TARIFAS PÚBLICAS 6,78
01 –Água 0,67
02 - Energia elétrica 1,40
03 – Correio 0,32
04- Telefone, fax e telex 4,39

010
Despesas administrativas
e de terminais
d - SERVIÇOS PROFISSIONAIS 7,81
01 - Serviços de Manutenção, Conserv. e Limpeza 2,06
02 - Serviços Profissionais de Terceiros 4,03
03 - Serviços de Processamento de Dados 0,98
04- Serviços de Atendimento ao Cliente 0,74

e – SEGUROS 11,66
01 – Seguro de instalações/incêndio 0,11
02 – Seguro de vida em grupo 0,38
03 – Seguro de mercadoria 5,91
04 – Seguro de desvio de carga 3,74
05 – Seguros de lucros cesssantes 0,93
06 – Outros 0,57

01
Despesas administrativas
e de terminais

f - IMPOSTOS E TAXAS 19,58


01 - Imposto de Renda 0,29
02 – IPTU 0,46
03 – ICMS 7,48
04 – CPMF 0,79
05 – IOF 0,00
06 – Cofins 5,76
07 - Contribuição Social sobre Lucro 1,39
08 – Multas 0,13
09 - Outros Impostos 3,27

011
Despesas administrativas
e de terminais
f – DEPRECIAÇÕES 2,05
01 - Depreciação de máquinas e equipamentos 1,79
02 - Depreciação de móveis e utensílios 0,26
h - OUTROS CUSTOS 13,43
01 - Material de Escritório e de Limpeza 2,13
02 - Viagens, Estadias e Condução 1,88
03 - Despesas Legais e Judiciais 0,28
04 - Contribuições e Doações 0,20
05 – Uniformes 0,26
06 - Desp. Promoção, Brindes e Propaganda 1,28
07 - Desp. ConservaçãoBens e Instalações 1,24
08 - Despesas Diversas 1,74
09 - Refeições e lanches 439
10 - Cópias e xerox 0,53

012
DAT – Classificação de
despesas
FIXAS – Pessoal, segurança, aluguel, água, luz, limpeza,
paletes, gaiolas, supervisão etc.
VARIÁVEIS – mão-de-obra direta, custos de operação de
equipamentos etc.
Maioria das despesas são fixas

DIRETAS - mão-de-obra, encargos, equipamentos, pallets,


gaiolas, etc.
INDIRETAS - aluguel, limpeza, segurança, supervisão, água,
luz, telefone etc.

013
DAT – Critérios de rateio
(Driver costs)
- - Por tonelada expedida ou recebida
- - Por metro cúbico, pallet, caixa ou outra unidade
- Por conhecimento ou nota fiscal
- Pelos homens- hora necessários
- Por área ocupada
- Pelo número de clientes - Por km rodado
- Progressivo com o percurso
- Proporcional ao custo total (taxa de over head %)
- Proporcional ao custo fixo (taxa %)
- Proporcional à receita
- Pelo número de caminhões da frota (Coppead, carga líquida)
DAT – Critérios de rateio
(Driver costs)
Pelo método ABC, as despesas administrativas seriam
desagregadas de acordo com os recursos utilizados e rateadas
segundo o direcionador de custos mais adequado. Exemplo:

Recursos Atividades Direcionador


Mão de obra Carga/descarga Tonelagem
Triagem/movimentação Tonelagem
Preparação de Número de notas
documentos
Equipamentos Carga/descarga
Triagem movimentação Tonelagem
Vendedores (fixo) Contatos com clientes Número de clientes
Vendedores (varável) Vendas % da receita
Pessoal adm. Gerência de rotina Número de notas
Pessoal expedição Preparação documentos Número de notas
DAT – Critérios de rateio
(Driver costs)
:
Recursos Atividades Direcionador
Prédios Armazenagem Metro quadrado
(depreciações, Carga/descarga
aluguéis, seguros, Depósito
conservação, IPTU,
água, energia etc.) Triagem
Expedição
Escritórios
Impostos indiretos, Tonelagem total
taxas, telefone,
correio, internet,
material de escritório
Impostos diretos % da receita
sobre o frete
DAT – Critérios de rateio
DAT POR TONELADA EXPEDIDA = R$ 114,18/t em out.2001 (Fipe)

Matriz + Filial de origem + Filial de destino


Carga recebida = carga coletada + carga recebida de outras filiais
Carga expedida = carga para outras filiais + cargas entregues os clientes
- Filiais importadoras x importadoras (desequilíbrio)
- Dupla contagem
Movimentação de cargas no armazém de São Paulo
Cargas recebidas de outra filiais........................................................20 t
Coletas realizadas pela filial de São Paulo.........................................40 t
Total de entradas de cargas ...............................................................60 t
Transferências para outras filias.........................................................20 t
Entregas na praça.................................................................................25 t
Entregas diretamente aos clientes (carga completa)....................... 15 t
Total de saídas de carga......................................................................60 t

015
DAT – Critérios de rateio
por homem.hora
Faixa de peso (kg) kg/homem.hora Índice
001 a 050 112 100
051 A 100 147 131
101 a 200 165 147
201 a 400 188 168
401 a 800 222 198
801 a 1.600 265 237
1.601 a 3.200 317 283
3.201 a 6.400 452 404
6.400 a 12.800 667 596
Acima de 12.800 870 777
Fonte: Giúdice F. (inédito)
DAT por tipo de carga

Tipo de carga Índice R$/t


Fracionada (até 4 t) 16,68 142,79
Lotações 1,00 8,55
Análise de lucratividade
de linhas e filiais
1. Lançar a receita total e os custos de transferência por linha, sempre
pelo custo do carreteiro.
2. Criar uma conta FROTA, cuja despesa é a da frota e cuja receita é o
custo carreteiro quando o transporte é feito por veículo próprio.
3. A diferença entre a receita total e os custos diretos de transferência
representa a margem de contribuição da linha, que deve cobrir
despesas da matriz e das duas filiais envolvidas.
4. Ratear as receitas da matriz de maneira proporcional aos custos
totais da empresa. Geralmente este percentual representa 10% a
20% do custo total.
5. De maneira grosseira, todas as receitas restantes podem ser
rateadas igualmente entre as duas filiais. Exempo: 40/40/20%.
6. O custo de coleta e entrega é bastante diferenciado em cada
filial. Para refinar o método, pode-se ratear proporcionalmente ao
custo total todos os demais custos e definir coeficientes mais
precisos para a coleta e entrega entre cada par de filiais. 018

D
Análise de lucratividade
de linhas e filiais
Exemplo: Matriz 20%, filiais 80%. Rota A-B. O custo de coleta e
entrega representa 30% do custo das filiais A e B. Deste total, 60% é
consumido pela filial A (capital) e 40% pela filial B (interior).
Custo proporcional de cada filial = (80% de 70%)/2 = 28,0%
Custo coleta/entrega filial A = (60% de 30% de 80%) = 14,4%
Custo coleta/entrega filial B = (40% de 30% de 80%) = 9,6%
Quinhão de receita da filial A = 28% + 14,4% = 42,4%
Quinhão de receita da filial B = 28% + 9,6%= 37,6%
Quinhão de receita da matriz = 20%

Leitura recomendada:
SCHLÜTER, GUNTHER. H. (1993). “Gestão da Empresa de
Transporte Rodoviário de Bens”. Volume I. Editora Heka,
Porto Alegre, RS.
019
Cálculo do frete-peso:
Número de viagens por mês
n = (H – m)/[(hr + hc +hd +(p/v)]
Retorno sempre carregado
n = número de viagens por mês
H = horas disponíveis por mês
m = horas consumidas por mês em manutenção
hr = Horas gastas na estrada em refeições, lanches, descanso
e outras necessidades
hc = Horas consumidas na carga por viagem inclusive na espera
da documentação (conhecimentos e manifestos)
hd = Horas consumidas na descarga, por viagem
P = Percurso, em km
V = Velocidade comercial média do veículo em movimento
020
Número de viagens por mês:
Fórmula simplificada
n = H/[(h +(p/v)]
n = número de viagens por mês
H = horas disponíveis por mês, já descontada a manutenção
h = Tempo de carga mais tempo de descarga
p = Percurso, em km
V = Velocidade comercial média do veículo (km/h)
já incluídos os tempos de parada para lanches,
descansos e outras necessidades
- Bons resultados dependem de bons dados
- Plano de contas da contabilidade de custos deve ser harmonizado
com a estrutura de custos e levar em conta a determinação dos
parâmetros necessários para o orçamento de custos/montagem
de tabela referencial de fretes.
021
Número de viagens por mês
Indicadores
Manutenção = 1 dia parado por mês
Refeições e descanso na estrada:
- Acréscimo de cerca de 20% ao tempo em que o veículo está rodando
- Europa: 45 minutos a cada 4,5 h horas (16,67%)
- Giúdice. F.: 1,2 h (72 minutos) a cada 5,5 h (21,8%)
Velocidade varia com tipo de estrada e relação hp/t
Velocidade média rodando: 55 a 75 km/h (varia com estrada e hp/t)
Velocidade média comercial : em torno de 45 a 65 km/h
Tempo de carregamento (fracionada não paletizada) : 0,18 h/t (Giúdice, F.)
Equipe: 2 ajudantes, 1 arrumador, 1 conferente.
Tempo de descarregamento (fracinada não paletizada): 0,16 h/t (Giúdice, F.)
Equipe: 2 ajudantes e um conferente.
Tempos variam com fracionamento da carga.
Equipes maiores geram ociosidade e nem sempre reduzem tempos.
Tempo de carga ou descarga (paletizada): 0,5 a 1 hora 022
Número de viagens por mês
Exemplo 1
Uma empresa trabalha durante 25 dias por mês e 10 horas por dia,
utilizando vias expressas e cavalos de alta potência, que tracionam carretas
com capacidade para 25 t, num percurso de 840 km, no qual o veículo pode
desenvolver, em movimento, 60 km/h. Calcular o número de viagens-padrão
durante o mês, admitindo-se um dia útil parado para manutenção preventiva,
que as paradas na estrada representam 20% de acréscimo no tempo da
viagem, que o carregamento consome 0,18 h/t e que o descarregamento leva
0,16 h/t.
H – m = 24 dias = 240 horas
Horas de estrada = (840/60) = 14 horas
Horas de refeições etc. = 0,20 x 14 = 2,80 h
Tempo de carga e descarga = 25 x (0,18+0,16) = 8,5 horas
Duração da viagem redonda = 14 + 2,8 + 8,5 = 25,30 horas
Viagens por mês = (240/25,30) = 9,49
Quilometragem mensal = 9,49x840 = 7.968 km

023
Número de viagens por mês
Exemplo 2 – Solução algébrica
Para o exemplo anterior, montar uma tabela com o tempo
de viagem, número de viagens e km por mês de 50 a 6.000
km de percurso.
V = (840 km/16,80 h) = 50 km/h ou V = (60/1,2) = 50 km/h
Exemplo: 800 km
Tempo de viagem
(8,5 + p/50) = (8,5 + 800/50) = (8,5 + 16) = 24,50 horas
Número de viagens
240/(8,5 + p/50) = 240/(8,5+ 800/50) = (240/24,50) = 9,80 viagens
Quilômetros por mês = np =
[p x (240/(8,5 + p/50] km = 9,80 x 800 = 7.837 km
Exemplo 2 – solução algébrica
horas = 8,5 + p/58,333 Viagens = 240/(8,5 + p/58,333) km/mês = np

Percurso horas Viagens km Percurso horas Viagens km


50 9,50 25,26 1.263 1.400 36,50 6,58 9.205
100 10,50 22,86 2.286 1.600 40,50 5,93 9.481
200 12,50 19,20 3.840 1.800 44,50 5,39 9.708
300 14,50 16,55 4.966 2.000 48,50 4,95 9.897
400 16,50 14,55 5.818 2.500 58,50 4,10 10.256
500 18,50 12,97 6.486 3.000 68,50 3,50 10.511
600 20,50 11,71 7.024 3.500 78,50 3,06 10.701
700 22,50 10,67 7.467 4.000 88,50 2,71 10.847
800 24,50 9,80 7.837 4.500 98,50 2,44 10.964
900 26,50 9,06 8,151 5.000 108,50 2,21 11.060
1.000 28,50 8,42 8.421 5.500 118,50 2,03 11.139
1.200 32,50 7,38 8.862 6.000 128,50 1,87 11.206
Cálculo do número de viagens
Exemplo 2 – solução aritmética

a b c =a/50 d = b+c e = 240/d F=axe


p h p/V Horas de n km/mês
viagem
50 8,5 1,00 9,50 25,26 1.412

400 8,5 8,00 16,50 14,55 5.818


800 8,5 16,00 24,50 9,80 7.837
2.400 8,5 48,00 56,50 4,25 10.195
6.000 8,5 120,00 128,50 1,87 11.206
Cálculo do número de viagens
Exercício 1
Uma transportadora levantou os seguntes parâmetros:
Percursos: 50 km, 1.000 km, 2.000 km, 3.000 km e 5.000 km
H = 210 horas
h = 6 horas
V = 50 km/h, já computadas as paradas
Calcular tempo de viagem, número de viagens por mês
quilometragem mensal.
Usar duas decimais para tempo de viagem e número de viagens; e
nenhuma decimal para quilometragem mensal.
Tempo de viagem = h + p/V = 6 + p/50
Número de viagens = n = H/[(h +(p/v)] = 210/(6 +p/50)
Quilometragem mensal = n.p

027
Cálculo do número de viagens
Exercício 1 - Esquema
a b c =a/50 d = b+c e = 210/d F=axe
p h=6 p/V Horas de n km/mês
viagem
50 6,00 1,00 7,00 30,00 1.500

1.000 6,00

2.000 6,00

3.000 6,00

5.000 6,00
Cálculo do número de viagens
Exercício 1 resolvido
a b c =a/50 d = b+c e = 210/d F=axe
p h p/V Horas de n km/mês
viagem
50 6,0 1,00 7,00 30,00 1.500
1.000 6,0 20,00 26,00 8,08 8.077
2.000 6,0 40,00 46,00 4,57 9.140
3.000 6,0 60,00 66,00 3,18 9.540
5.000 6,0 100,00 106,00 1,98 9.900
Cálculo do frete-peso:
unidades
- Por viagem (carga completa)
- Por tonelada (despachos fracionados de grande peso,
carga industrial, produtos líquidos pesados)
- Por quilo = despachos fracionados de pequeno peso)
- Por metro cúbico (cargas volumosas, mudanças, carga
líquida, gases etc.)
- Por palet (carga palelizada), engradado (bebida)
- Por unidade do produto (automóvel, geladeira, caixa etc)
- Como percentual do valor da mercadoria
- Frete único (em R$/unidade), independente de distância
(exemplo: veículos zero quilômetro 030
Cálculo do frete-peso:
Solução algébrica (por tonelada)
FP = (DOT + DAT) x (1 + L/100)
FP = Frete peso de transferência ou de coleta e entrega (R$/t)
DAT = Despesas administrativas de terminais em R$/tonelada
DOT = Despesa operacional de transferência
L = Taxa de lucro (%)

DOT = [(CF/n) + p.cv]/t


CF = Custo fixo mensal do veículo
p = percurso
cv = custo variável por km
n = número de viagens
t = Carga útil do veículo (toneladas)
Cálculo do frete-peso
Solução algébrica – cont

n = [H /(h + p/v)]

n = número de viagens/mês
H = horas disponíveis por mês já descontada a manutenção
p = percurso (km)
v = velocidade média, já computadas as paradas (km/h)
h = Tempo de carga e descarga

Para calcular o frete por viagem, excluir t das fórmulas e entrar com
o DAT por viagem.
Para frete por volume, trocar t pela capacidade em metros cúbicos.
Cálculo do frete-peso
Solução aritmética
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
A = CF.h/H/t = custo fixo por tonelada veículo parado
B = (CF/H/V/t) + cv/t = custo da t.km rodada
DAT = Despesas administrativas e de terminais/tonelada
(filial de origem + filial de destino + matriz)
k = Coeficiente de terminais
p = Percurso em km
L = Taxa de lucro (%)
CF = Custo fixo por mês
H = horas disponíveis de trabalho por mês
h = Tempo de carga e descarga
t = Carga útil do veículo em toneladas
Cálculo do frete-peso
Exemplo 3
Uma transportadora movimenta carga fracionada usando,
durante 210 horas por mês, veículos MBB 1620 trucados
na transferência, a distâncias de até 6.000 km
Suas despesas administrativas e de terminais são, em
média de R$ 120,00 por tonelada na transferência.
A taxa de lucro é de 10% sobre o custo. O tempo de carga
e descarga é de 5,80 horas, a e velocidade comercial, de
55 km/h, já computados os tempos de parada.
Os custos do veículo são:
CF = R$ 6.836,00 por mês (Fipe out/03)
Cv = R$ 0,6329 por quilômetro (Fipe out/03)
A carga líquida média é de 10 t.
034
Cálculo do frete-peso
Exemplo 3 – Solução algébrica
DOT = (CF/n/t) + (Cv.p/t)
DOT = (6.836,00/10.n) + 0,6329p/10
DOT = (683,60/n) + 0,06329p
n= H/(h + p/V) = 210/(5,80 +p/55) = 11.550 /(319 + p)
DOT = [683,60 x (319 + p)/11.550] + 0,0633p
DOT = 18,88 + 0,0592p +0,0633p
DOT = 18,88 + 0,1225p
DAT = 120,00 A + DAT= 138,88

FP = (1+ L/100)(A+DAT + Bp )
FP = 1,10 x (138,88 + 0,1225 p)

FP = 152,77+ 0,1348.p (R$/t)


Cálculo do frete-peso
Exemplo 3 – Solução aritmética
CF = 6.636,00 Cv = 0,0329 H = 210 h = 5,80 t = 10 L = 10% V= 55 km/h
A = CF.h/H/t
A = (6.836,00x5,80/210/10) = 18,88 por tonelada (hora parada)
B = (CF/H/V/t) + cv/t
B = (6.836,00/210/55/10) + 0,6329/10 = por t.km
B = 0,0592 + 0,0633 = 0,1225
DAT = 120,00 por tonelada
A + DAT = 138,88
FP = 1,10 (A + Bp + DAT)
FP = 1,10 x (138,88 + 0,1225 p)
Reta de fretes: FP = 152,77 + 0,1348 p (R$/tonelada)
Valor inicial = 152,77 Coeficiente angular = 0,1348 = R$ 134,80/1.000 km 03
Cálculo do frete-peso: Exemplo 3
FP = 152,77 + 0,1348 x percurso

Percurso R$/t Percurso R$/t Percurso R$//t


50 159,91 1.400 341,49 3.600 638,05
100 166,25 1.500 354,97 3.800 665,01
200 179,73 1.600 368,45 4.000 691,97
300 193,21 1.700 381,93 4.200 718,93
400 206,69 1.800 395,41 4.400 745,89
500 220,17 1.900 408,89 4.600 772,85
600 233,65 2.000 422,37 4.800 799,81
700 247,13 2.200 449,33 5.000 826,77
800 260,61 2.400 476,29 5.200 853,73
900 247,09 2.600 503,25 5.400 880,69
1.000 287,57 2.800 530,21 5.600 907,65
1.100 301,05 3.000 557,17 5.800 934,61
1.200 314,53 3.200 584,13 6.000 961,56
1.300 328,01 3.400 611,09
RETA DE FRETES (coeficiente angular = 0,1348)

1200

1000 961,57
826,77
Frete (R$/t)

800
691,97
600 557,17
R$/t

400 422,37
287,57
200 152,77
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Percurso (km)
Cálculo do frete-peso
Exercício 2
Montar a equação de frete para lotação, a partir dos seguintes
dados, de Fipe, de outubro 2.003:

CF = R$ 11.842,00/mês Cv = R$ 0,91167/km DAT = 8,55 t/ton


t = 25 toneladas h = 4 horas H = 231,34 h
V = 58,75 km/h L = 11% K = constante = 1

FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
A = (CF.h/H/t) = custo fixo por tonelada, veículo parado
(carga e descarga)
B = (CF/H/V/t) + cv/t = custo da t.km rodada

039
Cálculo do frete-peso
Exercício 2 - Esquema
CF = R$ 11.842,00/mês Cv = R$ 0,9167/km DAT =R$ 8,55/ton
t = 25 toneladas h = 4 horas H = 231,34
V = 58,75 km/h L = 11% K = constante = 1
A = (CF.h/H/t) =

B = (CF/H/V/t) + cv/t =

FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100) =

040
Cálculo do frete-peso
Exercício 2 resolvido
CF = R$ 11.842,00/mês Cv = R$ 0,9167/km DAT =R$ 8,55/ton
t = 25 toneladas h = 4 horas H = 231,34
V = 58,75 km/h L = 11% K = constante = 1
A = (CF.h/H/t) = (11.842x4)/(231,34x25) = 8,19

B = (CF/H/V/t) + cv/t = [11.842,00(241,34/58,75/25) + 0,9167/25]


=0,0334 + 0,0367= 0,0701
A + DAT = 8,19 + 8,55 = 16,74
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
FP = (16,74 + 0,0701)x1,11
FP = 18,58 + 0,0778p
041
Cálculo do frete-peso
Exercício 3
Montar a equação de frete de transferência para derivados claros
de petróleo. Cavalo 4x2 tracionando carreta tanque (aço-carbono)
de 3 eixos e seis bocas (bottons load).
CF = R$ 10.300,00/mês Cv = R$ 1,15/km DI =R$ 10,00/m3
t = 30 m3 h = 6 horas H = 216,5 horas
V = 55 km/h L = 10% K = constante = 1

A = (CF.h/H/t) = custo fixo por m3, veículo parado


(carga e descarga)

B = (CF/H/V/t) + cv/t = custo da t.km rodada

FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100) 042


Cálculo do frete-peso
Exercício 3 esquema
CF = R$10.300,00/mês Cv = R$ 1,15/km DI =R$ 10,00/m3
t = 30 m3 h = 6,00 horas H = 216,60 horas
V = 55 km/h L = 10% K = constante = 1
A = (CF.h/H/t) =

B = (CF/H/V/t) + cv/t =

FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100) =
Cálculo do frete-peso
Exercício 3 resolvido
CF = R$10.300,00/mês Cv = R$ 1,15/km DI =R$ 10,00/t
t = 30 m3 h = 6 horas H = 216,5 horas
V = 55 km/h L = 10% K = constante = 1

A = (CF.h/H/t) = [10.300x6/(216,5x30)] = 9,52

B = (CF.H/V/t) + cv/t =10.300,00/(216,50x55x30) + 1,15/30]


= 0,0288 + 0,0383 = 0,0671
A + DAT = 19,52
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
FP = (19,52 + 0,0671p)x1,1
FP = (19,52 + 0,0671)x1,1
FP = 21,47 + 0,0738p (em R$/m3)
044
Como reduzir o custo
- Reduzir o tempo de carga/espera/descarga (paletização,
siders , informatização etc) (h)
- Usar veículos mais velozes (potentes) (V)
- Aumentar a capacidade de carga (carretas mais leves, rodas
de alumínio, pneus radiais sem câmaras, carretas de maior
capacidade cúbica, terceiro eixo distanciados etc). (t)
- Aumentar as horas trabalhadas/mês pelo veículo (pontes
rodoviárias) (H)
- Redução de custos variáveis importantes, como
combustível, pneus e manutenção (Cv)
- Reduzir tempos parados para manutenção (H)
- Adotar rastreamento (Tempo de viagem = V)
- Adotar veículos mais seguros (H)
045
Cálculo do frete-peso
Exercício 4
Calcular o frete-peso, o número de viagens e a quilometragem
mensal para uma operação “hot seat”, com dois motoristas
para um caminhão, entre Porto Alegre e São Paulo (1.200 km).

A viagem é feita em 18 horas. O tempo de carga, descarga e


parada no ponto de apoio é de 6 horas. O veículo opera, em
média,durante 25 dias por mês, fazendo uma viagem por dia.

O equipamento é uma carreta de 3 eixos tracionada por cavalo


Scania 4x2, com 26 t de capacidade. Custos fixos de R$
15.500,00 por mês e custo variável de R$ 1,00 por quilômetro.
As despesas administrativas e de terminais estão orçadas em R$
15,00 por tonelada.

Adotar taxa de lucro de 10% sobre o custo 04


Cálculo do frete-peso
Exercício 4 - Esquema
h = 6 horas t = 26 t CF =15.500,00
H = 25x24 = 600 horas p = 1.200 km Cv = 1,00
V = (1.200/18) = 66,6667 km/h L = 10% DAT = R$ 15,00/t
DOT = A + Bp
A =(CF.h/H/t) =
B (CF/H/V/t) + Cv/t =

DOT =A + Bp =
DAT = R$ 15,00 por tonelada
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
FP =

047
Cálculo do frete-peso
Exercício 4 resolvido
h = 6 horas t = 26 t CF =15.500,00
H = 25x24 = 600 horas p = 1.200 km Cv = 1,00
V = (1.200/18) = 66,6667 km/h L = 10% DAT = R$ 15,00/t
DOT = A + Bp
A =(CF.h/H/t) = (15.500x6/600/26) = 5,96
B (CF/H/V/t) + Cv/t = (15.500/600/66,6667/26) + 1,0/26
B = 0,0149 + 0,0385 = 0,0534
DOT =A + Bp = 5,96 + 0,0534x1.200 = 5,96 +64,08 = 70,04
DAT = R$ 15,00 por tonelada
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
FP = 1,10 (70,04+ 15,00) = R$ 93,54 por tonelada
n = número do viagens = 25 por mês = 600/(6 +1200/66,6667)
Quilometragem mensal = 25x1.200 = 30.000 km
048
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
Hipótese: Todas as viagens de ida são carregadas.
r = índice das viagens de retorno carregadas (já dividido por 100)
De cada 2 viagens, apenas (1 + r) são pagas:
Fator de agravação = 2/(1 + r)
O custo de transferência por viagem carregada será:
CT = [2/(1 + r)][(CF/n) + Cvp]
Tempo de carga e descarga na ida = 0,5nh
Tempo de carga e descarga na volta = 0,5nhr
Tempo médio de carga e descarga = 0,5h(1 + r)
Se r = 0, vem TMCD = 0,5h Se r =1, vem TMCD = h
Número de viagens = n = H/{[0,5h(1 + r)] + p/V}
CT = {[2/(1 + r)].CF.{[0,5h(1 + r)]/H} + p/V} + Cvp}(1/t) (por tonelada)
CT ={[CF.h/H/t)] + [2/(1 + r)][CF/h/V/t) + Cv/t]p}
CT= A + [2/(1 + r)]B
FP = {A + [2/(1 + r)] Bp + DAT}(1 + L/100)
A ociosidade agrava apenas o custo rodoviário 049
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
Exemplo 4
No exemplo 3, admitir que apenas 45% das viagens de retorno
são feitas carregadas.
r = 45% = 0,45 H = 210 horas DAT = R$ 120,00 h = 5,8 horas
V = 55 km/h L = 10% CF = 5.915,00 Cv = 0,66 t = 10 ton
Calcular o frete médio para a distâncias de 50/800/2.400/6.000 km
A = R$ 18,88 por tonelada (já calculado) = 6.836,00x5,8/(210x10)
B = (CF/H/V/t) + cv/t = [(6.836,00/(210x10x55)] + 0,6329/10
0,0592 + 0,0633 = 0,1225 por t.km (igual ao anterior)
[2/(1 + r/100)] = (2/1,45) = 1,3793 (fator de agravamento)
1,3793xB = 1,3793x0,1225 = 0,1690
FP = 1,10x(138,88 + 0,1690p)
FP = 152,77+ 0,1859p 050
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
FP = 152,77+ 0,1859p (45% das viagens de retorno cheias)
FP = 152,77+ 0,1348 (todas as viagens de retorno cheias)

Percurso (km) R$/t R$/t Acréscimo


100% 45% (%)
50 159,51 162,07 1,80

400 206,69 227,13 9,89

800 260,61 301,49 15,69

2.400 476,29 598,93 25,73


6.000 961,57 1.268,17 31,89
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
Número de viagens com retorno 100% = 210(4 + p/60)
Número de viagens com retorno 45% = 210/(2,9 + p/60)

Percurso (km) No viagens No viagens Acréscimo


100% 45% (%)
50 43,45 56,25 29,46
400 19,69 21,95 11,48

800 12,12 12,94 6,77

2.400 4,77 4,90 2,72


6.000 2,02 2,04 0,99
Influência do retorno vazio
Exercício 5
No exercício 2, proposto sem ociosidade no retorno, tem-se:

CF = R$ 11.842,00/mês Cv = R$ 0,9167/km DAT =R$ 8,55/ton


t = 25 toneladas h = 4 horas H = 231,34
V = 58,75 km/h L = 11% K = constante = 1

Sabe-se que:
A = (CF.h/H/t) = (11.842x4)/(231,34x25) = 8,19

B = (CF/H/V/t) + cv/t = 0,0701


FP = 18,59 + 0,0778p
Calcular a equação de fretes para uma ociosidade de retorno
de 60%.
Calcular os aumentos de fretes para 50/400/800/2.400/6.000 km
Fator de acréscimo = (2/1,40)
Influência do retorno vazio
Exercício 5 - Esquema
FP = 18,59 +0,0778p (sem ociosidade)
O retorno vazio afeta o fator B
r = 1 – 0,60 = 0,40
B = 0,0778
Bnovo = [2/(1+r)B =

Termo independente 18,59 não se altera


A nova equação de fretes (com ociosidade) será:
FP = 18,.59 + Bnovop

054
Influência do retorno vazio
Exercício 5 – Esquema
FP (100%) = 18,59 + 0,0778p
FP (40%) = 18,59 + Bnovo.p

Percurso R$/t R$/t Acréscimo


(km) 100% 40% (%)
50

400
800
2.400
6.000
Influência do retorno vazio
Exercício 5 resolvido
FP = 18,59 + 0,0778p (sem ociosidade)
O retorno vazio afeta o fator B

r = 1 – 0,60 = 0,40

Bnovo = [2/(1+r)B = (2/1,4)x0,0778 =1,4286x0,0778 = 0,1111

FP =18,59 + 0,1111p (com ociosidade)


056
Influência do retorno vazio
Exercício 5 resolvido
FP = 18,59 + 0,0778p (com ociosiade)
FP = 18,59 + 0,1111p (sem ociosidade)

Percurso (km) R$/t R$/t Acréscimo


100% 40% (%)
50 22,48 24,15 7,41
400 49,71 63,03 26,80
800 80,84 107,47 32,96
2.400 205,31 285,23 38,93
6.000 485,39 685,19 41,16
Exemplo 5 (para logística)

Uma fábrica precisa transferir a produção (paletizada) para um


centro logístico, situado a 50 km, durante 24 horas por dia, sem
interrupções. Para tanto, analisar duas opções:
1) conjuntos cavalo/carreta de 25 t, realizando 5 viagens
por dia;
2) conjuntos cavalo/3 carretas realizando 10 viagens por
dia.
Estima-se que o custo fixo do cavalo é de R$ 14.000,00, incluindo
3 turnos, férias, folgas e faltas de motoristas; e que o custo
variável do cavalo é de R$ 1,00 por km. Para a carreta, o custo
fixo é de R$ 2.000,00 por unidade, e o custo variável, de R$ 0,20
por km.
058
Exemplo 5 (para logística)
HIPÓTESE 1 HIPÓTESE 2

Viagens/cavalo/mês 150 300


Km mês (100 km/viagem) 15.000 30.000
Quantidade de cavalos 2 1
Quantidade de carretas 2 3
Custos fixos cavalos 28.000,00 14.000,00
Custos variáveis cavalo 30.0000,00 30.000,00
Custos fixos carretas 4.000,00 6.000,00
Custos variáveis carretas 6.000,00 6.000,00
Toneladas por mês 7.500,00 7.500,00
CUSTOS TOTAIS 68.000,00 56.000,00
CUSTOS/TONELADA 9,07 7,47
REDUÇÃO DE CUSTOS (%) 17,6
Uma carreta a mais custa R$ 2.000,00
Um cavalo a menos economiza R$ 14.000,00
059
c
Exemplo 6 (para logística)

Uma transportadora pretende suprir uma montadora em distâncias


redondas de 60, 120 e 200 km.

A operação deverá se realizar 10 horas por dia, 30 dias por mês,


velocidade de 50 km/h (parte do tráfego é urbano).

Se o transporte for não paletizado, o tempo de carga e descarga será


de 5 h. Se for paletizado, será reduzido para apenas 1,2 horas (72
minutos).
Os custo dos veículos (carretas 5 eixos) são os seguintes:
Custo fixo: Sider R$ 10.000,00 Furgão 9,700,00
Custo variável Sider R$ 1,10 Furgão 1,00
Comparar os tempos de viagem e os custos por tonelada das duas
alternativas. Considerar o DAT igual para ambas as alternativas.
060
Exemplo 6
Custo fixo: Sider R$ 10.000,00 Furgão 9,700,00
Custo variável Sider R$ 1,10 Furgão 1,00
Horas trabalhadas por mês = 300

Veículo FG SD FG SD FG SD
Percurso total (km) 60 60 120 120 200 200
Tempo carga/desc. 5,00 1,20 5,00 1,20 5,00 1,20
Tempo estrada 1,20 1,20 2,40 2,40 4,00 4,00
Tempo de viagem 6,20 2,40 7,40 3,60 9,00 5,20
Viagens/mês (n) 48,39 125,00 40,54 83,33 33,33 57,69
Viagens adicionais (%) 158,32 105,55 73,09
CF/viagem 200,45 80,00 239,27 120,00 291,03 173,34

CV/viagem 60,00 66,00 120,00 132,00 200,00 220,00


DOT/viagem 260,45 146,00 359,27 232,00 491,03 393,34
Ganho de custo (%) 43,94 38,76 19,89
Exemplo 7 (para grandes
massas)
Uma empresa transporta grandes massas a longa distância, usando
carretas pesadas para 25 t, com custo fixo de R$ 9.700,00 por mês e
custo variável de R$ 1,00 por km. Adotar R$ 10,00 por tonelada
para cobrir despesas administrativas e de terminais.
Supor carga e descarga rápidas, com duração total de 4 horas.
Admitir velocidade comercial de 60 km/h. Admitir tempo de
operação de 240 horas por mês.
Se a empresa tivesse a possibilidade de usar 70% de carreteiros a
R$ 1,20 por km, já incluído INSS*, qual seria a redução na tabela,
para 1.000 km, 3.000 km e 5.000 km?
* INSS sobre frete carreteiro = 11,71% sobre 20% = 2,342%
= 20% sobre 20% = 4,00% 062
Exemplo 7
FROTA PRÓPRIA

A = (9.700x4/240/25) = 6,47
B = (9.700/60/240/25) + (1,00/25)
B = 0,0269 + 0,0400 = 0,0669
DOT = 6,47 + 0,0669p
FP = 1,1x (6,47 + 10,00 + 0,0669p)

FP = 18,12 + 0,0736p
063
Exemplo 7
No caso de se usar 70% de carreteiros:
DOT = 0,30 x (6,47 + 0,0669p) + 0,70 x (1,20p/25) +10,00
DOT =1,94 + 0,0201p + 0,0336p + 10,00 = 11,94 + 0,0593p
FP = 1,1 x (11,94 + 0,0537p)

FP 30% = 13,13 + 0,0591p


FP 100% = 18,12 + 0,0736p
km Própria Carr. %
1000 1000 86,73 72,23 20,07
1001 3000 233,93 190,43 22,84
1002 5000 381,13 308,63 23,49
Uso do carreteiro
- Tabelas pressupõem 100% de frota própria
- Empresas empregam alto percentual de autônomos
- Geralmente, o custo do autônomo cobre o custo variável e apenas
uma parte do fixo.
- Assim, a contratação de carreteiros pode baixar bastante o custo
de transferência.

- Se for utilizado na planilha o mix correto de frota própria e


carreteiros, isso baixa a tabela.

- Tem sido muito usado contratar apenas o cavalo e fornecer a


carreta (agregados).

- 065
Uso do carreteiro
Vantagens de usar carreteiros

· Reduzir investimentos e evitar ociosidade da frota, especialmente nos


períodos de baixa demanda.
· Reduzir custos
· Evitar retorno vazio
· Movimentar com maior facilidade cargas para locais onde a empresa
não tem filial
· Manter a fidelidade de agregados
- Reduz despesas com salários de motoristas, ajudantes e encargos
sociais,mesmo com recolhimento de INSS sobre serviços.
. Redução do trabalho de gerenciamento e manutenção de frotas.

066
Uso do carreteiro
c Desvantagens de usar carreteiros
· Maior gerenciamento de tráfego
- Maior risco de atrasos, acidentes e roubos;
· Veículos mais lentos
· Maiores riscos de quebras e acidentes.
· Recrutamento, seleção e admissão trabalhosos;
· O carreteiro não tem responsabilidade sobre avarias, faltas
ou roubos;
· Vínculo trabalhista.
- Aumento de frete na safra.
- 067
Uso do carreteiro
Como reduzir as desvantagens

· Cláusulas sobre prazos de entrega;


. Criar prêmios por cumprimento de prazos e produtividade;
· Exigir do destinatário que confira as quantidades e
verifique se a carga chegou em perfeitas condições, sem
avarias ou faltas;
· Equipar o caminhão do autônomo com kits removíveis de
rastreamento
· Evitar carreteiros em rotas muito longas.

068
Uso do carreteiro
Política de utilização de carreteiros
- A maiorias empresas costuma operar com um mix entre frota
própria de terceiros.
- Geralmente, dimensiona a frota própria para atender ao
movimento mínimo de carga mensal complementando os picos
com terceiros.

· Existem variações. Há empresas que realizam praticamente


todas as suas operação usando autônomos e formam suas
tabelas a partir de custo do carreteiro.

Outras empresas, devido a exigências de clientes e


seguradoras, são obrigadas a manter um mínimo de frota
própria.
069
Uso do carreteiro
Exercício 6
Os custos da frota própria de uma empresa que opera em distâncias
longas, são:
CF = 9.500,00/mês h = 5 horas L = 10%
Cv = R$ 0,95/km H = 210 horas t = 25 t
DAT = R$ 40,00/t V = 52 km/h
O custo do carreteiro é de R$ 1,30 por quilômetro, já incluída a
retenção de INSS.
Comparar os custos para:
a) 100% de frota própria;
b) apenas 25% de frota própria
Nas distâncias de 2.000/3.000/4.000 km
A =[(CF.h/H/t)
B = CF/H/V/t)
Usar duas decimais para custo fixo e dat; e quatro decimais para o
custo variável.
Uso do carreteiro
Exercício 6 - Esquema
CF = 9.500,00/mês h = 5 horas L = 10%
Cv = R$ 0,95/km H = 210 horas t = 25 t
DAT = R$ 12,00/t V = 52 km/h Carreteiro = 1,30/km
100% x 25% de frota própria para 2000/3000/4000 km
FROTA PRÓPRIA:
A = CF.h/H/t) =

B = [CF/H/V/t)]+ Cv/t =

DAT = (A +Bp + DAT)

FP = (1 + L/100) (A + Bp + DAT)
Uso do carreteiro
Exercício 6 - Esquema
MIX 25% FROTA PRÓPRIA + 75% CARRETEIROS

CUSTO MIX = 0,25x(A+ Bp) + (0,75xfrete carreteiroxp/t) +DAT

FPmix = 1,10 x equação do mix

Percurso (km) R$/ t Frota R$/t mix % frota/mix


2.000
3.000
4.000
Uso do carreteiro
Exercício 6 resolvido
FROTA PRÓPRIA
A = (9.500x5/210/25) = 9,05
B = (9.500/52/210/25) + (0,95/25)
B = 0,0348 + 0,0380 = 0, 0728
DOT = 9,05 + 0,0728p
FP = 1,10 x (9,05 + 0,0728p + 12,00)
FP = 1,10 x (21,05+ 0,0728p)
FP = 23,16 + 0,0801p

073
Uso do carreteiro
Exercício 6 resolvido
MIX 25% FROTA PRÓPRIA + 75% CARRETEIROS
MIX = 0,25x(9,05+ 0,0728p) + (0,75x1,30/25) +12,00
MIX = 2,26 + 0,0182p + 0,0390p +12,00
MIX = 14,26 + 0,0557p
FP = 1,10 x (14,26 + 0,0572p)
FP = 14,26 + 0,0629p (mix)
FP = 23,16 + 0,0801p (frota própria)

km 23,16 + 0,0801p 14,26 + 0,0629p %


Frota própria Mix FP/MIX
2.000 183,35 140,06 30,91
3.000 263,45 202,96 29,80
4.000 343,55 265,86 29,22
Coleta e entrega
(Todos pagam igual por tonelada)

CF = Custo fixo do veículo por mês, incluindo um ajudante


Cv = Custo variável por quilômetro
V = Velocidade média na cidade (km/h)
p = Percurso total por viagem na zona atendida
d = Dias trabalhados por mês: 25
h =Tempo médio de carga ou descarga por cliente em horas
e = Clientes atendidos por viagem = eventos por ciclo
t = Carga média coletada ou entregue por ciclo < capacidade veículo
TC = Tempo de ciclo < jornada do veículo
n = Número de ciclos por dia (inteiro inferior)
L = margem de lucro (%)

TC = (p/V) + e.h
Frete/viagem = [(CF/n.d) + Cv.p] (1 +L/100)
Frete/tonelada = (1/t) [(CF/n.d) + Cv.p] (1 +L/100)
Frete/evento = (1/e) [(CF/n.d) + Cv.p] (1 +L/100)
Coleta e entrega:
Exemplo 8
Veículo: MBB L-710
Custo fixo do veículo por mês: R$ 6.320,00 (Fipe out/03),
incluindo um ajudante.
Custo variável por quilômetro: R$ 0,6106 (Fipe out/02)
Velocidade média na cidade: 30 km/h
Percursos totais nas zonas atendidas: 10 a 80 km
Dias trabalhados por mês: 25
Tempo médio de carga ou descarga: 40 minutos
Clientes atendidos por viagem (ciclo) : 8
Carga média coletada ou entregue por ciclo: 3 t OK
- Montar tabela de fretes por viagem
- Calcular frete por evento, por tonelada e por 100 kg ou
fração para o percurso de 80 km
Cliclo mínimo = (10/30)+ (40/60)x8 = 0,33 + 5,33 = 5,66
Ciclo máximo = (80/30) + (40/60)x8= 2,67 + 5,33 = 8 horas OK
Ciclos por dia: 1 Ciclos por mês = 25
Coleta e entrega: Exemplo
(b) = 6.320/25 (c) = 0,6106p (d) = (b)+(c) (e) + 1,1x(d)
p CF/dia ou vg Cv/viagem CT/viagem Frete/viagem
(km)
10 252,80 6,11 258,91 284,80
20 252,80 12,21 265,01 291,51
30 252,80 18,32 271,12 298,23
40 252.80 24,42 277,22 304,95
50 252,80 30,53 283,33 311,66
60 252,80 36,64 289,44 318,38
70 252,80 42,74 295,54 325,10
80 252,80 48,85 310,54 331,81

077
Coleta e entrega:
Exemplo 8 (cont.)
Percurso de 80 km
Frete médio por evento =( 310,54/8) = R$ 38,82
Frete médio por tonelada = (310,54/3) = 103,51
Frete por 100 kg ou fração = R$ 10,35 por entrega ou coleta

Obs – Opcionalmente, o custo total da viagem podem ser


rateado pelo produto da carga pela distância direta do
terminal a cada destinatário. Desta forma, quem estiver
mais parte pagará menos e vice-versa.
Leitura recomendada:
Gerenciamento de Transporte e Frotas
Valente, Passaglia & Novaes, Editora Pioneira
Novaes, A.G. – Logistica e Gerenciamento da Cadeia de
Distribuicão, Editora Campus.
Coleta e entrega:
Exercício 7
Veículo: MBB L-710
Custo fixo do veículo por mês: R$ 6.000,00 incluindo um
ajudante.
Custo variável por quilômetro: R$ 0,65
Velocidade média na cidade: 25 km/h
Percurso total na zona atendida: 60 km
Dias trabalhados por mês: 25
Tempo médio de carga ou descarga: 1 hora
Clientes atendidos por viagem (ciclo) : 5
Carga média coletada ou entregue por ciclo: 3,5 t OK
Verificar compatibilidade do tempo de ciclo.
Calcular fretes por viagem, frete médio por evento, por
tonelada e por 100 kg ou fração.
79
Coleta e entrega:
Exercício 7 - Esquema
CF = 6.000,00 Cv =0,65 V = 25 p = 60
e = 5 h = 1 t = 3,5 d = 25 L = 10%

Tempo de ciclo = TC = (p/V) + e.h


Ciclos por dia = n = Ciclos por mês = n.d =

CVg =Custo por viagem = (CF/ciclos mensais) + Cv.p

FVG = Frete por viagem = (1+L/100).CVg=

FME = Frete médio por evento = FVg/número de eventos

FMT =Frete médio por tonelada = (FVg/t) =

Frete por 100 kg ou fração = FMT/10 =


Coleta e entrega:
Exercício 7 resolvido
CF = 6.000,00 Cv =0,65 V = 25 p = 60
e = 5 h = 1 t = 3,5 d = 25 L = 10%
Tempo de ciclo = (60/25) + 5x1
= 2,4 + 5 = 7,4 horas OK
Ciclos por dia: 1
Ciclos por mês = 25
Custo por viagem = (6.000/25) + 60x0,65
Custo por viagem = 240,00 + 39,00 = 279,00
Frete por viagem 1,1 x 279,00 = 306,90
Frete médio por evento =( 306,90/5) = R$ 61,38
Frete médio por tonelada = 306,90/3,5) = R$ 87,69
Frete por 100 kg ou fração = R$ 8,77
Coleta e entrega:
Exercício 8
DADOS DO INCTCE da Fipe, Outubro 2.002
Montar a equação de fretes por tonelada e calcular os fretes
para 10, 40 e 80 km, aplicando a fórmulas da Fipe.
Veículo: MBB L-710
Custo fixo do veículo por mês: R$ 6.320,,00, incluindo um
ajudante.
Custo variável por quilômetro: R$ 0,6106
Velocidade média na cidade: 21,83 km/h
Horas trabalhadas/mês: 206,85
Tempo total de carga ou descarga: 1,89 h
Carga média coletada ou entregue por ciclo: 2,467 t
Taxa de lucro = 11%
A = [CF.h/(H.t)] B = [CF/(H.V.t)] = (Cv/t)
FP = (A + Bp)(1 + L/100) 082
Coleta e entrega:
Exercício 8 - Esquema
A = [CF.h/(H.t)]

B = [CF/(H.V.t)] + (Cv/t)

FP = (A + Bp)(1 + L/100)

Percurso 10 km 40 km 120 km

Frete(R$/t)
Coleta e entrega:
Exercício 8 resolvido
A = [CF.h/(H.t)]
A = 6.320.00x1,89/(2,467x206,86 )= 23,41
B = [CF/(H.V.t)] + (Cv/t)
B = 6.320,00/(21,83x206,85x2,467) + (0,6106/2,467)
B = 0,5673 + 0,2475 = 0,8148
FP = (A + Bp)(1 + L/100)
FP = 1,11x(23,41 + 0,8148p)
FP = 25,99 + 0,9044 p

Percurso (km) 10 40 120


FP/tonelada 35,04 62,17 98,34
084
CUSTO VALOR
 Alíquota sobre valor da mercadoria (%) x
 Cobre custos ligados a acidentes e avarias
Estes riscos são maiores, por exemplo, no caso de
produtos perigosos.
- Seguro RCTRC
- Outros seguros
- Administração de seguros
- Indenizações por extravios, perdas, danos e riscos não
cobertos pelos seguros
- Segurança interna
- Seguros de lucros cessantes
- Seguros de instalações

 Custo valor não é só seguro!

085
Gerenciamento de risco
(GRIS)
 - Seguros RCF-DC
 ·
Salários de pessoal de rastreamento e segurança;
 ·
Depreciação de equipamentos de informática e rastreadores
 ·
Despesas de comunicação;
 ·
Escoltas;
 ·
Pagamento de indenizações não cobertas pelo seguro;
 -
Ociosidade gerada por limitação no valor da mercadoria e por
 impossibilidade de se otimizar roteiros de entrega.
 - Despesas jurídicas.
 - Em certos tipos de transportes, embora os riscos de roubo
possam não ser grandes, o GRIS deve ser cobrado para cobrir
riscos elevados de acidentes e exigências legais.
Exemplo: produtos perigosos (riscos grandes de acidentes, EPI,
certificado de capacitação, plano de emergência, licenças e
taxas ambientais, fichas de emergência etc.)
086
Gerenciamento de risco
(GRIS)

Custos rodoviários (Fipe) = R$ 9,08/tonelada


Custos de coleta ou entrega (Fipe) = R$ 5,09/tonelada
Peso sobre o frete: de 1% a 10% X
Hoje, roubos representam 75% das ocorrências
Antigamente, acidentes e avarias

087
Gerenciamento de risco
Responsabilidade do transportador
“Quando a estrutura ou natureza de um negócio, como o de
transportes, implica a existência de riscos inerentes à
atividade desenvolvida, impõe-se a responsabilidade objetiva
de quem dela tira proveito, haja ou não culpa”. M. Reale.
Artigo 750 do Código Civil (lei 10.406/02)
“A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do
conhecimento, começa no momento em que ele e seus prepostos
recebem a coisa; e termina quando é entregue ao destinatário ou
depositado em juízo, se aquele não for encontrado”.
Artigo 749 do Código Civeil
“O transportador conduzirá a coisa a seu destino, tomando
todas as cautelas necessárias para mantê-la em bom estado e
entregá-la no prazo ajustado ou previsto.”
Gerenciamento de risco
Responsabilidade do transportador
Situações excludentes:

- Vício próprio da coisa transportada


- Caso fortuito = fato imprevisível
- Força maior = fato irresistível, embora previsível
- Deficiência de embalagem

Exclusão de responsabilidade exige prova

089

Gerenciamento de risco
Fatores que influem no risco

 Valor da mercadoria
 Distância ou tempo de duração do transporte
 Pesos e dimensões
 Embalagem
Tipo de estrada
 Equipamento de transporte
 Número de manuseios e transbordos
 Gerenciamento adequado do risco
Tipo de produto
Características de comercialização do produto
Possibilidade de identificação do lotes, número de série
Itinerário

- 090
Gerenciamento de risco
Responsabilidade do transportador
FATORES QUE AGRAVAM O RISCO
- Deficiências de recrutamento, seleção e treinamento
de pessoal (aliciamento e infiltração)
- Excessos e/ou descontrole na terceirização (idem)
- Alta rotação de pessoal (idem)
- Sobrecarga dos veículos
- Sobrejornada de motoristas
- Incompatibilidade de cargas
- Veículos inadequados
- Elevada idade da frota/deficiências de manutenção
- Desequilíbrio de fluxo (exemplo: Nordeste)
- Picos do final do mês
- Mau estado de conservação das rodovias
- Aumento das atividades de roubos de veículos e depósitos
091
Gerenciamento de risco
x

 Identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos com o


objetivo de minimizar a possibilidade e a probabilidade da
ocorrência de incidentes e acidentes.
 Prevenção de risco
Exemplos: Rastreamento, escolta armada, plano de
viagem, cuidados na contratação de terceiros etc.
 Redução de risco
Carroçaria fechada, equipamentos mais seguros, rapidez
no atendimento a sinistros etc.
 Transferência de risco
Seguros
 Retenção de risco
Exemplo: “bancar” o seguro de “casco”
092
Prevenção de risco
Contratação de carreteiros
Busca D
Chapas
Agências de fretes
Sindicatos patronais
Cartazes em postos
Indicações de funcionários ou outras empresas
Autônomos que procuram a empresa
Sites da Internet
Funcionários designados
Negociar fretes
Verificar documentos
Superior para autorizar contratação e carregamento

093
Prevenção de risco
Contratação de carreteiros
Verificação de documentos do motorista e do veículo D
RG, Habilitação, Prontuário Detran, Inscrição no INSS ou Carteira
Profissional, Comprovante de residência etc.

Identificação do motorista
Cadastro, foto ao lado do veículo, três últimas viagens,
características pessoais, referências etc.

Consulta aos cadastros das corretoras de seguros

Vistoria do veículo
Documentação, lonas, cordas, cantoneiras, tábuas do fundo,
idade, placas e lacres, pneus, estepe, motor, escapamento,
extintor etc.
094
Prevenção de risco
Ações preventivas
- Normas de segurança e seu cumprimento
- Fracionamen to das cargas
- Plano de viagem:
Roteirização
Pontos de parada
Horários
Alternância de rotas.
- Escoltas armadas (áreas críticas)
- Comboios
- Conduta do motorista: antes e durante
- Comunicação permanente
- Rastreamento: veículo e produto (lote e número de série)

095
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos
HISTÓRICO D
Deveria ter finalidades essencialmente logísticas
Surgiu em 1988 nos EUA
Disponível no Brasil desde 1992 (Autotrac/Esca)
Mais de 40 mil unidades Autotrac
TECNOLOGIAS
Pager (bloqueio sem localização)
Sem GPS (localização por antenas e bloqueio)
Ituran/LO Jack
Com GPS (localização e bloqueio)

096
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos
GPS + Comunicação por satélite D
(Autrotrac, Rodosat, Prosat)
Brasilsat ou Omnisat (alta órbita) = custo elevado
Sombras sobre marquises, lajes, túneis etc
Digitada (escrita)
Orbcomm e Globalstar (baixa órbita)
Cobertura continental
Alto custo
GPS + Comunicação celular
Omnilink, Saver 2100, Guard One, KFT Pollus Sat, Trimble,
Graber, Mobilsat, Cross Check etc.
Baixo custo
Depende da existência de telefonia
097
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos D
GPS + comunicação por rádioVHF/trunking
Braslaser,Mitsca, Combat
Investimento e custo menores
Raio limitado (depende de estações retransmissoras)
Também sujeito a sombras (prédios altos por exemplo)
Comunicação verbal ou escrita barata
Elementos do sistema
Comunicação por linha discada ou linha dedicada
Antena (no caminhão)
Terminal de mensagens (no caminhão)
Transceiver ou Transponder (no caminhão e na central)
Central de comunicação (controlador, transceiver, computador,
software e mapas escaneados ou vetoriais
098
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos D

- Rastreamento em intervalos predeterminados


- Cerca eletrônica (exige roteirização e plano de viagem)
- Travamento de portas
- Detecção de caronas
- Sensor de perda de sinal
- Sensor de desengate
- Botão de pânico
- Bloqueio do veículo (ignição ou combustível)
- Pisca alerta ou sirene
- Sensores diversos: temperatura, pressão, combustível
- Interface com outros softwares etc.
- Chips para colocar no meio da carga (StarTAC)
99
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos e carga
D
Benefícios
- Economia em comunicação
- Redução do tempo de viagem
- Possibilidade de apanhar cargas adicionais
- Redução da quilometragem vazia
- Controle do status da carga
- Melhor controle sobre o motorista e horas extras
- Socorro rápido
- Programação da manutenção

Limitações
- “Sombras” na comunicação
- Comunicação pode ser bloqueada
- Motorista pode ser coagido a não tomar providências
- Não rastreia a carga, após o transbordo (isso exige o uso de
rádio transmissores de sinais (chips).
100
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos

Quando usar
 Mercadorias de alto valor e muito visadas
 Rotas visadas
 Para carreteiros existem equipamentos
 portáteis (kits)
 Em rotas urbanas, é mais usada comunicação
por rádio
 Comunicação por satélite adapta-se melhor a
rotas rodoviárias
x 101
Transferência
Seguros obrigatórios (RCTRC)
- Poucas seguradoras
- Seguro de transporte: mercado de R$ 250 milhões, ou 2,5% do mercado
RCTR-C – Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de
Cargas, que cobre:
- colisão, capotamento, abalroamento/ tombamento do
veículo ou saque da mercadoria durante os eventos
acima, desde que o veículo esteja em trânsito.
- incêndio ou explosão do veículo nos depósitos,
armazéns ou pátios (pelo prazo de 30 dias).
Não cobre:
- Acidentes em terminais com avarias, extravios e
quebras de mercadorias,
- Guerras, convulsões da natureza, greves, lockouts,
bem como furtos de cargas ocorridos nos terminais
- Contaminações radioativas, vício próprio ou mofo,
insuficiência de embalagem, dolo do segurado
102
Transferência de risco
Seguros obrigatórios (embarcador)
- Decreto 61.687/67 exige do embarcador seguro para cobrir casos fortuitos
ou força maior ou seja, extorsões, furtos, roubos, apropriação indébita e
estelionato, praticado quando não ocorre negligência do transportador.

- Seguro de Transporte Terrestre – Viagens Nacionais (RR)

- Cobertura básica do RR: colisão, capotagem e tombamento; incêndio,


explosão e raio durante o transporte; inundação e desmoronamento
durante o transporte; roubo = assalto à mão armada; desaparecimento
total do carregamento; e extravio de volumes inteiros.

- Taxa extra para cobrir riscos de roubo a partir de outubro 01


(Portaria Susep 157 de 25/05/01)

- Coberturas adicionais: amassamento, arranhadura; água de chuva;


contaminação; quebra e má arrumação; derrame e vazamento; operação
de carga e descarga; furto qualificado parcial; incêndio em armazém
portuário; deterioração por descongelamento; greves, tumultos e
comoções civis.
103
Transferência de riscos
Seguros facultativos
- RCF-DC

- - Responsabilidade Civil Facultativa contra


- Desvio de Cargas.
- Criado em 1985.

- 104
Transferência de riscos
Custos dos seguros

RCF-DC
0,06% para mercadorias não específicas e de 0,09% para
mercadorias específicas
RCTR-C
Alíquotas fixadas com base no estado de origem e de
destino da carga (entre 0,02% e 0,32% sobre o preço da
mercadoria.

105
Custos do seguro RCTRC (%)
Origem/dest. AC AL AP AM BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA

1. Acre 0,04 0,30 0,26 0,09 0,30 0,28 0,18 0,26 0,18 0,29 0,12 0,16 0,22 0,24

2. Alagoas 0,04 0,16 0,30 0,06 0,07 0,14 0,11 0,14 0,10 0,20 0,22 0,11 0,14
3. Amapá 0,08 0,26 0,16 0,11 0,14 0,22 0,14 0,09 0,20 0,26 0,20 0,09
4.Amazonas 0,08 0,30 0,28 0,20 0,28 0,20 0,28 0,18 0,20 0,24 0,24
5.Bahia 0,05 0,08 0,14 0,08 0,14 0,10 0,16 0,18 0,09 0,12
6. Ceará 0,04 0,18 0,14 0,19 0,07 0,24 0,24 0,16 0,10

7. DF 0,03 0,09 0,05 0,16 0,07 0,08 0,06 0,12


8.Esp. Santo 0,03 0,09 0,16 0,14 0,12 0,05 0,20
9. Goiás 0,05 0,16 0,07 0,08 0,06 0,12
10.Maranhão 0,06 0,20 0,24 0,16 0,09
11.MatoGrosso 0,06 0,07 0,10 0,14
12.M.G. Sul 0,05 0,09 0,18
13.M. Gerais 0,04 0,18
14. Pará 0,08
Custos do seguro RCTRC (%)
Origem/Destino PB PR PE PI RJ RN RS RO RR SC SP SE TO
1. Acre 0,30 0,24 0,30 0,26 0,26 0,30 0,28 0,05 0,14 0,26 0,24 0,30 0,23

2. Alagoas 0,05 0,18 0,05 0,08 0,14 0,05 0,22 0,26 0,32 0,20 0,16 0,05 0,12

3. Amapá 0,16 0,22 0,16 0,09 0,22 0,16 0,28 0,22 0,30 0,24 0,20 0,16 0,13

4.Amazonas 0,30 0,26 0,30 0,24 0,28 0,30 0,30 0,09 0,09 0,28 0,26 0,32 0,20

5.Bahia 0,07 0,14 0,06 0,08 0,10 0,08 0,18 0,26 0,32 0,16 0,12 0,06 0,11

6. Ceará 0,05 0,22 0,06 0,07 0,18 0,05 0,26 0,26 0,32 0,24 0,20 0,08 0,13

7. DF 0,16 0,09 0,16 0,18 0,09 0,18 0,11 0,14 0,26 0,09 0,06 0,12 0,07

8.Esp. Santo 0,12 0,09 0,12 0,14 0,04 0,14 0,12 0,22 0,32 0,10 0,07 0,09 0,14

9. Goiás 0,16 0,09 0,16 0,18 0,09 0,18 0,11 0,14 0,26 0,09 0,06 0,12 0,08

10.Maranhão 0,11 0,24 0,10 0,07 0,20 0,10 0,28 0,24 0,32 0,26 0,20 0,11 0,11

11.MatoGrosso 0,22 0,11 0,22 0,18 0,14 0,24 0,16 0,09 0,24 0,12 0,11 0,18 0,10

12.M.G. Sul 0,24 0,07 0,24 0,20 0,09 0,26 0,11 0,14 0,26 0,09 0,07 0,20 0,14

13.M. Gerais 0,14 0,07 0,12 0,14 0,05 0,14 0,10 0,20 0,30 0,08 0,05 0,10 0,13

14. Pará 0,14 0,20 0,14 0,09 0,20 0,12 0,26 0,20 0,28 0,22 0,18 0,14 0,12
Custos do seguro RCTRC (%)
Origem/Destino PB PR PE PI RJ RN RS RO RR SC SP SE TO

15 Paraíba 0,04 0,20 0,05 0,08 0,16 0,05 0,24 0,28 0,32 0,22 0,18 0,05 0,13

16 Paraná 0,03 0,20 0,20 0,06 0,22 0,06 0,20 0,30 0,04 0,04 0,16 0,18

17Pernambuco 0,04 0,08 0,16 0,05 0,24 0,26 0,32 0,24 0,16 0,05 0,12

18 Piauí 0,06 0,16 0,08 0,24 0,22 0,30 0,22 0,18 0,09 0,10

19 R. Janeiro 0,02 0,18 0,10 0,22 0,32 0,08 0,04 0,12 0,14

20 R.G.Norte 0,04 0,26 0,28 0,32 0,24 0,18 0,06 0,13

21 R.G.Sul 0,03 0,24 0,32 0,04 0,07 0,20 0,20

22 Rondônia 0,04 0,10 0,22 0,20 0,28 0,20

23 Roraima 0,08 0,32 0,30 032 0,24

24 Sta. Catarina 0,03 0,05 0,18 0,18

25 S. Paulo 0,02 0,14 0,14

26 Sergipe 0,04 0,11

27 Tocantins 0,06
Transferência de riscos
Cobertura do RCF-DC
Perdas e danos resultantes do desaparecimento da
carga concomitantemente com o veículo, em
conseqüência de:

- Furto simples ou qualificado


- Roubo
- Extorsão simples ou mediante seqüestro;
- Apropriação indébita decorrente ou não de esteleonato
ou falsidade ideológica.

109
Transferência de riscos
Produtos excluídos do RCF-DC ou
sujeitos a taxas mais elevadas
Armas e munições Eletrodomésticos
Brinquedos Eletrônicos
Calçados Leite em pó e condensado
Charques e carnes in natura Pneus e câmaras de ar
Cigarros Óleos comestíveis
Confecções e tecidos Óleos lubrificantes
Couro beneficiado Medicamentos
Tintas
Transferência de riscos
Exigências das seguradoras
Rastreamento
Escolta
Participação obrigatória (25% ou 30%)
Agravamento de risco

FAIXA VALOR (R$ mil) AGRAVAÇÃO (%)


A Até 200 0
B 200 a 400 40
C 400 a 700 70
D Acima de 700 100
FONTE: IRB
Transferência de riscos
Sublimites de cobertura do RCF-DC
(para veículos sem rastreamento e sem escolta)

PRODUTOS R$
mil
Gessy, Lever, Kodak, Suvinil, Kolynos/Colgate 20
Higiene, limpeza, cosméticos,pneus e câmaras, tintas e 40
vernizes
Autopeças, confecções, defensivos agrícolas, alimentos, 80
tecidos
Tratores, máquinas e implementos agrícolas 100
Artigos fotográficos, calçados, computadores, 120
periféricos, aparelhos eletrônicos, de som e imagem
FONTE: BRADESCO
Tendências do mercado segurador
1. Aumento da competitividade
2. Fim dos seguros obrigatórios
3. Substituição dos seguros do transporte (RCTRC, RCF-
DC) por um único (all-risks);
4. Apólices sob medida. Individualização da análise de
riscos e de resultados
5. Limitação da responsabilidade do transportador
6. Possibilidade contratação do seguro pelo embarcador,
com desoneração da responsabilidade do
transportador e renúncia ao direito de ação de regresso
(cláusula DDR). Riscos:
- Nulidade da cláusula de não indenizar;
- Co-seguro e resseguro (artigo 761 CV – Identificação do
segurador que representará os demais)
- Diversificação de normas;
- Fornecimento de informações estratégicas.
- Não averbação de seguros
Leitura recomendada:
Seguro no Século XXI – Pedro Ramires, Setcesp 113
Frete valor
- Parcela de frete proporcional ao valor da mercadoria
- Ligada ao risco e à responsabilidade do transportador
- Transportar ouro tem mais riscos do que transportar tijolo
- Não previsto em lei. Cobrado por analogia com o transporte ferroviário e
aceito com base nos usos e costumes
- Costuma funcionar como mecanismo de compensação de descontos
concedidos no frete peso.
- Tabela de referência da Fipe prevê frete valor variável com a distância, entre
0,3% e 1,2%.

Até 250 km 0,30% 2.001 a 2.600 1,00%


251 a 500 km 0,40% 3.001 a 3.400 1,10%
501 a 1.000 km 0,60% Acima de 3.400 1,20%
1.001 a 1.500 km 0,70% Boa Vista (RR), 2,50%
1,501 a 2.000 km 0,80% Manaus (AM, Macapá (AM) 2,50%
Coleta e entrega 0,15%
114
Frete valor
Participação no frete
Fp = Frete-peso
Fv = frete-valor
a = peso do frete total no valor da mercadoria
b = alíquota do frete-valor
Ft = frete total
V = valor da mercadoria.
O frete-valor será:
Fv = bV
O frete total será Ft = aV
O frete-peso será
Fp = Ft – Fv = aV – bV
Fp = V (a – b)

R (%) = (Fv/Fp)x 100 = [(b/(a-b)]x100

115
Frete valor
Participação no frete
a – valor do frete sobre o produto (%)
b = alíquota de frete-valor (%)
a b =0,2 b=0,4 b=0,6 b=0,8 b=1,0 b=1,2
6,0 3,44 6,06 11.11 15,38 20,00 25,00
5,0 4,17 7,14 13,63 19,05 25,00 31 ,58
4,0 5,26 11,11 17,65 25,00 33,33 42,86
3,0 7,14 15,38 25,00 36,36 50,00 66,67
2,0 11,11 25,00 42,85 66,67 100,00 150,00

116
Frete valor
Exercício 9
Calcular o acréscimo trazido pelo frete valor num
transporte
no qual o frete pesa 3% no preço do produto e a
alíquota de
frete valor é de 0,6%.
a = 3%
b = 0,6%

R (%) = (Fv/Fp)x 100 = [(b/(a-b)]x100

117
Frete valor
Exercício 9 resolvido

SOLUÇÃO

R (%) = (Fv/Fp)x 100 = [(b/(a-b)]x100


R = [0,006/(0,030 – 0,006)]
R = (6/24) = 0,25 = 25%

118
Taxa GRIS

O custo do GRIS compreende:


- Despesas com RCF-DC,
- Rastreamento,
- Escolta em região metropolitana ou em rodovia até 50 km,
- Ociosidade por limitação do valor da mercadoria,
- Segurança patrimonial
- Mão-de-obra de gerenciamento de riscos ligados a desvios
de cargas.

119
Taxas ou generalidades

No início de 2001, foi criada a Taxa de Segurança e Gerenciamento de


Riscos, de 0,30% do valor da mercadoria, que substitui o antigo Ademe.
A taxa de segurança varia com os seguintes fatores:
- Valor agregado do produto
- Tipo de produto
- Facilidade de colocação da mercadoria roubada
- Possibilidade de identificação das unidades
- Grau de risco do itinerário
A Antiga tabela da NTC previa taxas, que continuam sendo cobradas, com
base nos usos e costumes.
Muitas destas taxas se superpõem às despesas administrativas e de
terminais apuradas pela FIPE,, ou à taxa específica para coleta e entrega
A última planilha da Fipe limitou as taxas à coleta e entrega e ao GRIS

120
Taxas ou generalidades
existentes na tabela antiga
Taxa de despacho por conhecimento R$/cto 8,84
(abolida pela \Fipe)
CAT – Custo adicional do Transporte - até 200 kg Por cto. 15,25
- acima de 200 kg Por kg 0,07
Substituída pela taxa de coleta entrega
ITR – Incremento ao Transporte Rodoviário Por 6.000 kg 1,00
Abolido pelo sistema Fipe ou fração

Frete-peso mínimo (mantido) Por cto 5,96


Ademe – Adicional de Emergência % sobre NF 0,23
Taxa mínima Por cto. 8,49
(substituído pelo GRIS)
Tributos estaduais
De e para AL, BA, CE, PB, PI, RN, SE, PE Por cto. 3,97
De e para AM, MA, PA e AP Por cto. 4,49
Tributos Federais Por cto 4,06
Zona Franca de Manaus: 1% do valor da nota fiscal
liberada. Mais taxa de desembaraço da documentação
Pedágios:
Vale pedágio
Legislação

- MP 2025/00
- Lei 10.209/01
- Decreto 3525/01
- MP 68-02
- Portaria 206 do MT
- Resoluções ANTT 106, 107, 149-02 e 150-02

122
Pedágios: Vale pedágio
Normas do vale pedágio
- Embarcador de lotação deve adiantar o vale ao carreteiro
antes deste entrar em rodovia pedagiada
- Não pode ser em dinheiro
- Vale deve ser nacional
- Transportador com frota própria equipara-se ao carreteiro
- Transportador que subcontrata ou transporta carga fracionada
equipara-se ao embarcador
- Transportador de carga fracionada pode ratear o pedágio entre os
vários despachos
- Sobre o pedágio não incidem tributos (conflito de leis)
- Lotação admite regime especial mediante contrato prevendo
obrigração de ressarcimento pelo embarcador
- Transporte internacional não está sujeito ao vale 123
Pedágios
Cobrança por posto
O valor deve ser destacado no conhecimento e cobrado do
Embarcador por 100 kg ou fração.

Preço médio por eixo e por posto em São Paulo: R$ 3,30


Carga média de uma caminhão trucado (Fipe): 7.140 kg
Taxa de administração: 5%

Valor por 100 kg ou fração = (1,05x 3,30x3x100/7.140)


Valor por 100 kg ou fração = R$ 0,133 por posto
Valor por tonelada = R$ 1,33 (despachos mais pesados)
Valor para lotação = R$ 10,40 por posto

124
Pedágios
Cobrança pelo percurso
Carga média de uma caminhão trucado (Fipe): 7.140 kg
Taxa de administração da transportadora: 5%
Número de eixos do veículo considerado: 3

Coeficiente por 100 kg ou fração = (1,05x100x3/7.140)


Coeficiente por 100 kg ou fração = 0,04411

Valor no percurso: multiplicar a soma por eixo por:


Por 100 kg ou fração: 0,044 (despacho pequenos)
Por tonelada: x 0,44 (despachos pesados)
Por viagem = 3,15 x soma dos pedágios (lotação)
125
Cubagem
Densidade ideal = Capacidade máxima/volume
Volume = comprimento x altura x largura internas do baú
Exemplo: carreta para 26 t, com comprimento de 14,50 m, largura de
2,45 m e altura de 2,50 m.
Volume = 14,50 x 2,50 x2,45 = 88,8 m3
Densidade ideal = (26.000 kg/88,8 m3) = 293 kg/m3
Densidade normal = acima de 300 kg/m3. Padrão NTC
Fator de acréscimo para densidades menores:
IA = (300/DP)
IA = Índice de acréscimo
DP = Densidade do produto, em kg/m3.
EXEMPLO:
DP = 150 kg/m3
IA = (300/150) = 2
Carga fracionada: lastro
Carretas 2 eixos, truques, movimento ECR (Efficiente Consumer
Response)

126
Fracionamento do frete
Para obter o frete de carga fracionada, deve-se multiplicar o
frete peso por tonelada por fatores apropriados.

Despacho Corretor Fator sobre frete/tonelada


Até 10 kg 3,00 3,00x10/1000 = 0,0300
11 a 20 kg 2,20 2,20x20/1000 = 0,0440
21 a 30 kg 1,70 1,70x30/1000 = 0,0510

31 a 50 kg 1,15 1,15x50/1000 = 0,0575


51 a 70 kg 1,05 1,05x70/1000 = 0,0735
71 a 100 kg 1,00 1,00x100/1000 = 0,0100
Desequilíbrio de fluxo
- Incluir no percurso os quilômetros rodados vazios, sem carga de
retorno. Se todo o retorno for feito vazio,o percurso dobra.

- Distribuição regional
- - Com veículo diferente do usado na transferência: somar
- os fretes.
- - Opcionalmente, adotar um percentual de acréscimo
- sobre a tabela pólo a pólo.

- Se 40% do retorno é feito vazio, multiplicar o percurso por (2/1,4),


e assim por diante.
- Se o caminhão desvia-se da rota para carregar no caminho, incluir
o aumento de rota no custo.
Eventualmente, o frete poderá sofrer acréscimo também para
compensar a queda do frete de retorno determinado pelo
desequilíbrio da demanda.
128
Planilha referencial Fipe
- - Planilha é de CUSTOS médios de carga fracionada
- - Mesmos critérios da NTC para DOT
- - DAT elevado
- - DAT progressivo
- - Inclui tabela de fracionamento
- - Inclui frete peso mínimo
- - Inclui alíquotas usuais de frete valor
- - Inclui GRIS
- - Inclui taxa de coleta e entrega
- - Inclui pedágio

- 129
Planilha referencial Fipe
- Orçar todos os componentes do frete para um despacho de
35 kg, distância de 800 km, valor de R$ 20,00 por quilo.
- Mercadoria entregue pelo embarcador no terminal de
origem.
- Admitir oito praças de pedágio no percurso
- Custo peso................................................ R$ 20,69
- Taxa de entrega 16,00/2 ………………..R$ 8,00
- Custo valor 0,60x35x20/100…….………. R$ 4,20
- GRIS: 0,30X35X20/100……………………. R$ 2,10
- Pedágio: 8 x0,16…………………………….R$ 1,28
- SUBTOTAL………………………………… R$ 36,27
- Taxa de lucro ……………………………….R$ 3,63
- FRETE TOTAL ………………………………R$ 39,90
- 130
Temas para discussão
- - Dúvidas remanescentes. Perguntas.
- - Sistema de cálculo e cobrança das empresas presentes:
- componentes que são praticados e como: frete peso, frete
- valor, GRIS, pedágio e taxas. Que percentuais de custos cada um
- deles cobre?
- - Alguma cobra frete percentual? Tabelas próprias?
- As planilhas referenciais da Fipe poderão ser úteis? Os valores
- encontrados são muito mais altos que os praticados?
- - Política das empresas presentes em relação ao uso de
- carreteiros.
- - Custos de gerenciamento de risco nas empresas
- - Política das empresas em relação ao seguro feito pelo
- embarcador.
- - Outras questões
- 131

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