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COMO CALCULAR
CUSTOS E FRETES
Fretes
Neuto Gonçalves dos Reis
Mestre em Engenharia de Transportes pela EESC-USP
Pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV
Pós-graduado em Engenharia Econômica pelo IPUC-MG
Extensão em Logística e Distribuição pela FGV
Engenheiro Civil pela EEUFMG
Jornalista especializado em Transportes
Ex-Diretor de “Transporte Moderno”
Ex-Professor da Mauá e FMU
Consultor Técnico da NTC
Grande experiência em custos e fretes
Medalha JK – Ordem do Mérito do Transporte, da CNT
Medalha NTC do Mérito do Transporte
Tel 6632-1540
E-mail Decope@ntc.org.br
002
Plano de trabalho
Fretes
• Despesas Administrativas e de Terminais (DAT)
• Cálculo do frete-peso
• Exercícios
• Custos de coleta e entrega
• Custo Valor
• Custo de Gerenciamento de Riscos (GRIS)
• Taxas
• Pedágios
• Acréscimos e decréscimos
• Planilha referencial Fipe
• Esclarecimento de dúvidas
• Discussão em grupo
Leitura recomendada:
Manual do Sistema Tarifário/Acréscimos
e Decréscimos, da NTC
003
Despesas administrativas
e de terminais
São custos indiretos
Não incluem custos relacionados a riscos , seguros e
Responsabilidades
1. Despesas de terminais:
- Equipes de carregamento e descarregamento
- Arrumadores
- Ajudante
- Conferentes
- Operadores de empilhadeiras/outros
equipamentos
- Custos operacionais de pallets, guinchos e
- Outros equipamentos
008
Despesas administrativas
e de terminais
DEPRECIAÇÕES
· Depreciações de máquinas e equipamentos
· Depreciações de móveis e utensílios
- Depreciação de instalações
OUTROS CUSTOS
· Material de escritório e de limpeza
· Viagens, estadas e conduções
· Despesas legais e jurídicas
· Contribuições e doações
· Uniformes
· Despesas de promoção, brindes e propaganda
· Despesas de conservação de bens e instalações
· Refeições e lanches
· Cópias xerox
. Custos de paletização
- Despesas diversas
- 009
Despesas administrativas
e de terminais.
Peso de cada ítem segundo a Fipe (%)
a - SALÁRIOS E HONORÁRIOS DA DIRETORIA 61,44
01 – Salário Pessoal Administ. e de Terminais 36,78
02 - Honorários de Diretoria 1,72
03 - Encargos Sociais 22,93
b – ALUGUÉIS 20,04
01 - Aluguéis Armazém, Ofic.Administ.Estac. 17,87
02 - Aluguéis de Equipamentos 2,17
c - TARIFAS PÚBLICAS 6,78
01 –Água 0,67
02 - Energia elétrica 1,40
03 – Correio 0,32
04- Telefone, fax e telex 4,39
010
Despesas administrativas
e de terminais
d - SERVIÇOS PROFISSIONAIS 7,81
01 - Serviços de Manutenção, Conserv. e Limpeza 2,06
02 - Serviços Profissionais de Terceiros 4,03
03 - Serviços de Processamento de Dados 0,98
04- Serviços de Atendimento ao Cliente 0,74
e – SEGUROS 11,66
01 – Seguro de instalações/incêndio 0,11
02 – Seguro de vida em grupo 0,38
03 – Seguro de mercadoria 5,91
04 – Seguro de desvio de carga 3,74
05 – Seguros de lucros cesssantes 0,93
06 – Outros 0,57
01
Despesas administrativas
e de terminais
011
Despesas administrativas
e de terminais
f – DEPRECIAÇÕES 2,05
01 - Depreciação de máquinas e equipamentos 1,79
02 - Depreciação de móveis e utensílios 0,26
h - OUTROS CUSTOS 13,43
01 - Material de Escritório e de Limpeza 2,13
02 - Viagens, Estadias e Condução 1,88
03 - Despesas Legais e Judiciais 0,28
04 - Contribuições e Doações 0,20
05 – Uniformes 0,26
06 - Desp. Promoção, Brindes e Propaganda 1,28
07 - Desp. ConservaçãoBens e Instalações 1,24
08 - Despesas Diversas 1,74
09 - Refeições e lanches 439
10 - Cópias e xerox 0,53
012
DAT – Classificação de
despesas
FIXAS – Pessoal, segurança, aluguel, água, luz, limpeza,
paletes, gaiolas, supervisão etc.
VARIÁVEIS – mão-de-obra direta, custos de operação de
equipamentos etc.
Maioria das despesas são fixas
013
DAT – Critérios de rateio
(Driver costs)
- - Por tonelada expedida ou recebida
- - Por metro cúbico, pallet, caixa ou outra unidade
- Por conhecimento ou nota fiscal
- Pelos homens- hora necessários
- Por área ocupada
- Pelo número de clientes - Por km rodado
- Progressivo com o percurso
- Proporcional ao custo total (taxa de over head %)
- Proporcional ao custo fixo (taxa %)
- Proporcional à receita
- Pelo número de caminhões da frota (Coppead, carga líquida)
DAT – Critérios de rateio
(Driver costs)
Pelo método ABC, as despesas administrativas seriam
desagregadas de acordo com os recursos utilizados e rateadas
segundo o direcionador de custos mais adequado. Exemplo:
015
DAT – Critérios de rateio
por homem.hora
Faixa de peso (kg) kg/homem.hora Índice
001 a 050 112 100
051 A 100 147 131
101 a 200 165 147
201 a 400 188 168
401 a 800 222 198
801 a 1.600 265 237
1.601 a 3.200 317 283
3.201 a 6.400 452 404
6.400 a 12.800 667 596
Acima de 12.800 870 777
Fonte: Giúdice F. (inédito)
DAT por tipo de carga
D
Análise de lucratividade
de linhas e filiais
Exemplo: Matriz 20%, filiais 80%. Rota A-B. O custo de coleta e
entrega representa 30% do custo das filiais A e B. Deste total, 60% é
consumido pela filial A (capital) e 40% pela filial B (interior).
Custo proporcional de cada filial = (80% de 70%)/2 = 28,0%
Custo coleta/entrega filial A = (60% de 30% de 80%) = 14,4%
Custo coleta/entrega filial B = (40% de 30% de 80%) = 9,6%
Quinhão de receita da filial A = 28% + 14,4% = 42,4%
Quinhão de receita da filial B = 28% + 9,6%= 37,6%
Quinhão de receita da matriz = 20%
Leitura recomendada:
SCHLÜTER, GUNTHER. H. (1993). “Gestão da Empresa de
Transporte Rodoviário de Bens”. Volume I. Editora Heka,
Porto Alegre, RS.
019
Cálculo do frete-peso:
Número de viagens por mês
n = (H – m)/[(hr + hc +hd +(p/v)]
Retorno sempre carregado
n = número de viagens por mês
H = horas disponíveis por mês
m = horas consumidas por mês em manutenção
hr = Horas gastas na estrada em refeições, lanches, descanso
e outras necessidades
hc = Horas consumidas na carga por viagem inclusive na espera
da documentação (conhecimentos e manifestos)
hd = Horas consumidas na descarga, por viagem
P = Percurso, em km
V = Velocidade comercial média do veículo em movimento
020
Número de viagens por mês:
Fórmula simplificada
n = H/[(h +(p/v)]
n = número de viagens por mês
H = horas disponíveis por mês, já descontada a manutenção
h = Tempo de carga mais tempo de descarga
p = Percurso, em km
V = Velocidade comercial média do veículo (km/h)
já incluídos os tempos de parada para lanches,
descansos e outras necessidades
- Bons resultados dependem de bons dados
- Plano de contas da contabilidade de custos deve ser harmonizado
com a estrutura de custos e levar em conta a determinação dos
parâmetros necessários para o orçamento de custos/montagem
de tabela referencial de fretes.
021
Número de viagens por mês
Indicadores
Manutenção = 1 dia parado por mês
Refeições e descanso na estrada:
- Acréscimo de cerca de 20% ao tempo em que o veículo está rodando
- Europa: 45 minutos a cada 4,5 h horas (16,67%)
- Giúdice. F.: 1,2 h (72 minutos) a cada 5,5 h (21,8%)
Velocidade varia com tipo de estrada e relação hp/t
Velocidade média rodando: 55 a 75 km/h (varia com estrada e hp/t)
Velocidade média comercial : em torno de 45 a 65 km/h
Tempo de carregamento (fracionada não paletizada) : 0,18 h/t (Giúdice, F.)
Equipe: 2 ajudantes, 1 arrumador, 1 conferente.
Tempo de descarregamento (fracinada não paletizada): 0,16 h/t (Giúdice, F.)
Equipe: 2 ajudantes e um conferente.
Tempos variam com fracionamento da carga.
Equipes maiores geram ociosidade e nem sempre reduzem tempos.
Tempo de carga ou descarga (paletizada): 0,5 a 1 hora 022
Número de viagens por mês
Exemplo 1
Uma empresa trabalha durante 25 dias por mês e 10 horas por dia,
utilizando vias expressas e cavalos de alta potência, que tracionam carretas
com capacidade para 25 t, num percurso de 840 km, no qual o veículo pode
desenvolver, em movimento, 60 km/h. Calcular o número de viagens-padrão
durante o mês, admitindo-se um dia útil parado para manutenção preventiva,
que as paradas na estrada representam 20% de acréscimo no tempo da
viagem, que o carregamento consome 0,18 h/t e que o descarregamento leva
0,16 h/t.
H – m = 24 dias = 240 horas
Horas de estrada = (840/60) = 14 horas
Horas de refeições etc. = 0,20 x 14 = 2,80 h
Tempo de carga e descarga = 25 x (0,18+0,16) = 8,5 horas
Duração da viagem redonda = 14 + 2,8 + 8,5 = 25,30 horas
Viagens por mês = (240/25,30) = 9,49
Quilometragem mensal = 9,49x840 = 7.968 km
023
Número de viagens por mês
Exemplo 2 – Solução algébrica
Para o exemplo anterior, montar uma tabela com o tempo
de viagem, número de viagens e km por mês de 50 a 6.000
km de percurso.
V = (840 km/16,80 h) = 50 km/h ou V = (60/1,2) = 50 km/h
Exemplo: 800 km
Tempo de viagem
(8,5 + p/50) = (8,5 + 800/50) = (8,5 + 16) = 24,50 horas
Número de viagens
240/(8,5 + p/50) = 240/(8,5+ 800/50) = (240/24,50) = 9,80 viagens
Quilômetros por mês = np =
[p x (240/(8,5 + p/50] km = 9,80 x 800 = 7.837 km
Exemplo 2 – solução algébrica
horas = 8,5 + p/58,333 Viagens = 240/(8,5 + p/58,333) km/mês = np
027
Cálculo do número de viagens
Exercício 1 - Esquema
a b c =a/50 d = b+c e = 210/d F=axe
p h=6 p/V Horas de n km/mês
viagem
50 6,00 1,00 7,00 30,00 1.500
1.000 6,00
2.000 6,00
3.000 6,00
5.000 6,00
Cálculo do número de viagens
Exercício 1 resolvido
a b c =a/50 d = b+c e = 210/d F=axe
p h p/V Horas de n km/mês
viagem
50 6,0 1,00 7,00 30,00 1.500
1.000 6,0 20,00 26,00 8,08 8.077
2.000 6,0 40,00 46,00 4,57 9.140
3.000 6,0 60,00 66,00 3,18 9.540
5.000 6,0 100,00 106,00 1,98 9.900
Cálculo do frete-peso:
unidades
- Por viagem (carga completa)
- Por tonelada (despachos fracionados de grande peso,
carga industrial, produtos líquidos pesados)
- Por quilo = despachos fracionados de pequeno peso)
- Por metro cúbico (cargas volumosas, mudanças, carga
líquida, gases etc.)
- Por palet (carga palelizada), engradado (bebida)
- Por unidade do produto (automóvel, geladeira, caixa etc)
- Como percentual do valor da mercadoria
- Frete único (em R$/unidade), independente de distância
(exemplo: veículos zero quilômetro 030
Cálculo do frete-peso:
Solução algébrica (por tonelada)
FP = (DOT + DAT) x (1 + L/100)
FP = Frete peso de transferência ou de coleta e entrega (R$/t)
DAT = Despesas administrativas de terminais em R$/tonelada
DOT = Despesa operacional de transferência
L = Taxa de lucro (%)
n = [H /(h + p/v)]
n = número de viagens/mês
H = horas disponíveis por mês já descontada a manutenção
p = percurso (km)
v = velocidade média, já computadas as paradas (km/h)
h = Tempo de carga e descarga
Para calcular o frete por viagem, excluir t das fórmulas e entrar com
o DAT por viagem.
Para frete por volume, trocar t pela capacidade em metros cúbicos.
Cálculo do frete-peso
Solução aritmética
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
A = CF.h/H/t = custo fixo por tonelada veículo parado
B = (CF/H/V/t) + cv/t = custo da t.km rodada
DAT = Despesas administrativas e de terminais/tonelada
(filial de origem + filial de destino + matriz)
k = Coeficiente de terminais
p = Percurso em km
L = Taxa de lucro (%)
CF = Custo fixo por mês
H = horas disponíveis de trabalho por mês
h = Tempo de carga e descarga
t = Carga útil do veículo em toneladas
Cálculo do frete-peso
Exemplo 3
Uma transportadora movimenta carga fracionada usando,
durante 210 horas por mês, veículos MBB 1620 trucados
na transferência, a distâncias de até 6.000 km
Suas despesas administrativas e de terminais são, em
média de R$ 120,00 por tonelada na transferência.
A taxa de lucro é de 10% sobre o custo. O tempo de carga
e descarga é de 5,80 horas, a e velocidade comercial, de
55 km/h, já computados os tempos de parada.
Os custos do veículo são:
CF = R$ 6.836,00 por mês (Fipe out/03)
Cv = R$ 0,6329 por quilômetro (Fipe out/03)
A carga líquida média é de 10 t.
034
Cálculo do frete-peso
Exemplo 3 – Solução algébrica
DOT = (CF/n/t) + (Cv.p/t)
DOT = (6.836,00/10.n) + 0,6329p/10
DOT = (683,60/n) + 0,06329p
n= H/(h + p/V) = 210/(5,80 +p/55) = 11.550 /(319 + p)
DOT = [683,60 x (319 + p)/11.550] + 0,0633p
DOT = 18,88 + 0,0592p +0,0633p
DOT = 18,88 + 0,1225p
DAT = 120,00 A + DAT= 138,88
FP = (1+ L/100)(A+DAT + Bp )
FP = 1,10 x (138,88 + 0,1225 p)
1200
1000 961,57
826,77
Frete (R$/t)
800
691,97
600 557,17
R$/t
400 422,37
287,57
200 152,77
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
Percurso (km)
Cálculo do frete-peso
Exercício 2
Montar a equação de frete para lotação, a partir dos seguintes
dados, de Fipe, de outubro 2.003:
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
A = (CF.h/H/t) = custo fixo por tonelada, veículo parado
(carga e descarga)
B = (CF/H/V/t) + cv/t = custo da t.km rodada
039
Cálculo do frete-peso
Exercício 2 - Esquema
CF = R$ 11.842,00/mês Cv = R$ 0,9167/km DAT =R$ 8,55/ton
t = 25 toneladas h = 4 horas H = 231,34
V = 58,75 km/h L = 11% K = constante = 1
A = (CF.h/H/t) =
B = (CF/H/V/t) + cv/t =
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100) =
040
Cálculo do frete-peso
Exercício 2 resolvido
CF = R$ 11.842,00/mês Cv = R$ 0,9167/km DAT =R$ 8,55/ton
t = 25 toneladas h = 4 horas H = 231,34
V = 58,75 km/h L = 11% K = constante = 1
A = (CF.h/H/t) = (11.842x4)/(231,34x25) = 8,19
B = (CF/H/V/t) + cv/t =
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100) =
Cálculo do frete-peso
Exercício 3 resolvido
CF = R$10.300,00/mês Cv = R$ 1,15/km DI =R$ 10,00/t
t = 30 m3 h = 6 horas H = 216,5 horas
V = 55 km/h L = 10% K = constante = 1
DOT =A + Bp =
DAT = R$ 15,00 por tonelada
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
FP =
047
Cálculo do frete-peso
Exercício 4 resolvido
h = 6 horas t = 26 t CF =15.500,00
H = 25x24 = 600 horas p = 1.200 km Cv = 1,00
V = (1.200/18) = 66,6667 km/h L = 10% DAT = R$ 15,00/t
DOT = A + Bp
A =(CF.h/H/t) = (15.500x6/600/26) = 5,96
B (CF/H/V/t) + Cv/t = (15.500/600/66,6667/26) + 1,0/26
B = 0,0149 + 0,0385 = 0,0534
DOT =A + Bp = 5,96 + 0,0534x1.200 = 5,96 +64,08 = 70,04
DAT = R$ 15,00 por tonelada
FP = (A + Bp+ k. DAT)(1+L/100)
FP = 1,10 (70,04+ 15,00) = R$ 93,54 por tonelada
n = número do viagens = 25 por mês = 600/(6 +1200/66,6667)
Quilometragem mensal = 25x1.200 = 30.000 km
048
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
Hipótese: Todas as viagens de ida são carregadas.
r = índice das viagens de retorno carregadas (já dividido por 100)
De cada 2 viagens, apenas (1 + r) são pagas:
Fator de agravação = 2/(1 + r)
O custo de transferência por viagem carregada será:
CT = [2/(1 + r)][(CF/n) + Cvp]
Tempo de carga e descarga na ida = 0,5nh
Tempo de carga e descarga na volta = 0,5nhr
Tempo médio de carga e descarga = 0,5h(1 + r)
Se r = 0, vem TMCD = 0,5h Se r =1, vem TMCD = h
Número de viagens = n = H/{[0,5h(1 + r)] + p/V}
CT = {[2/(1 + r)].CF.{[0,5h(1 + r)]/H} + p/V} + Cvp}(1/t) (por tonelada)
CT ={[CF.h/H/t)] + [2/(1 + r)][CF/h/V/t) + Cv/t]p}
CT= A + [2/(1 + r)]B
FP = {A + [2/(1 + r)] Bp + DAT}(1 + L/100)
A ociosidade agrava apenas o custo rodoviário 049
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
Exemplo 4
No exemplo 3, admitir que apenas 45% das viagens de retorno
são feitas carregadas.
r = 45% = 0,45 H = 210 horas DAT = R$ 120,00 h = 5,8 horas
V = 55 km/h L = 10% CF = 5.915,00 Cv = 0,66 t = 10 ton
Calcular o frete médio para a distâncias de 50/800/2.400/6.000 km
A = R$ 18,88 por tonelada (já calculado) = 6.836,00x5,8/(210x10)
B = (CF/H/V/t) + cv/t = [(6.836,00/(210x10x55)] + 0,6329/10
0,0592 + 0,0633 = 0,1225 por t.km (igual ao anterior)
[2/(1 + r/100)] = (2/1,45) = 1,3793 (fator de agravamento)
1,3793xB = 1,3793x0,1225 = 0,1690
FP = 1,10x(138,88 + 0,1690p)
FP = 152,77+ 0,1859p 050
Cálculo do frete-peso:
Influência do retorno vazio
FP = 152,77+ 0,1859p (45% das viagens de retorno cheias)
FP = 152,77+ 0,1348 (todas as viagens de retorno cheias)
Sabe-se que:
A = (CF.h/H/t) = (11.842x4)/(231,34x25) = 8,19
054
Influência do retorno vazio
Exercício 5 – Esquema
FP (100%) = 18,59 + 0,0778p
FP (40%) = 18,59 + Bnovo.p
400
800
2.400
6.000
Influência do retorno vazio
Exercício 5 resolvido
FP = 18,59 + 0,0778p (sem ociosidade)
O retorno vazio afeta o fator B
r = 1 – 0,60 = 0,40
Veículo FG SD FG SD FG SD
Percurso total (km) 60 60 120 120 200 200
Tempo carga/desc. 5,00 1,20 5,00 1,20 5,00 1,20
Tempo estrada 1,20 1,20 2,40 2,40 4,00 4,00
Tempo de viagem 6,20 2,40 7,40 3,60 9,00 5,20
Viagens/mês (n) 48,39 125,00 40,54 83,33 33,33 57,69
Viagens adicionais (%) 158,32 105,55 73,09
CF/viagem 200,45 80,00 239,27 120,00 291,03 173,34
A = (9.700x4/240/25) = 6,47
B = (9.700/60/240/25) + (1,00/25)
B = 0,0269 + 0,0400 = 0,0669
DOT = 6,47 + 0,0669p
FP = 1,1x (6,47 + 10,00 + 0,0669p)
FP = 18,12 + 0,0736p
063
Exemplo 7
No caso de se usar 70% de carreteiros:
DOT = 0,30 x (6,47 + 0,0669p) + 0,70 x (1,20p/25) +10,00
DOT =1,94 + 0,0201p + 0,0336p + 10,00 = 11,94 + 0,0593p
FP = 1,1 x (11,94 + 0,0537p)
- 065
Uso do carreteiro
Vantagens de usar carreteiros
066
Uso do carreteiro
c Desvantagens de usar carreteiros
· Maior gerenciamento de tráfego
- Maior risco de atrasos, acidentes e roubos;
· Veículos mais lentos
· Maiores riscos de quebras e acidentes.
· Recrutamento, seleção e admissão trabalhosos;
· O carreteiro não tem responsabilidade sobre avarias, faltas
ou roubos;
· Vínculo trabalhista.
- Aumento de frete na safra.
- 067
Uso do carreteiro
Como reduzir as desvantagens
068
Uso do carreteiro
Política de utilização de carreteiros
- A maiorias empresas costuma operar com um mix entre frota
própria de terceiros.
- Geralmente, dimensiona a frota própria para atender ao
movimento mínimo de carga mensal complementando os picos
com terceiros.
B = [CF/H/V/t)]+ Cv/t =
FP = (1 + L/100) (A + Bp + DAT)
Uso do carreteiro
Exercício 6 - Esquema
MIX 25% FROTA PRÓPRIA + 75% CARRETEIROS
073
Uso do carreteiro
Exercício 6 resolvido
MIX 25% FROTA PRÓPRIA + 75% CARRETEIROS
MIX = 0,25x(9,05+ 0,0728p) + (0,75x1,30/25) +12,00
MIX = 2,26 + 0,0182p + 0,0390p +12,00
MIX = 14,26 + 0,0557p
FP = 1,10 x (14,26 + 0,0572p)
FP = 14,26 + 0,0629p (mix)
FP = 23,16 + 0,0801p (frota própria)
TC = (p/V) + e.h
Frete/viagem = [(CF/n.d) + Cv.p] (1 +L/100)
Frete/tonelada = (1/t) [(CF/n.d) + Cv.p] (1 +L/100)
Frete/evento = (1/e) [(CF/n.d) + Cv.p] (1 +L/100)
Coleta e entrega:
Exemplo 8
Veículo: MBB L-710
Custo fixo do veículo por mês: R$ 6.320,00 (Fipe out/03),
incluindo um ajudante.
Custo variável por quilômetro: R$ 0,6106 (Fipe out/02)
Velocidade média na cidade: 30 km/h
Percursos totais nas zonas atendidas: 10 a 80 km
Dias trabalhados por mês: 25
Tempo médio de carga ou descarga: 40 minutos
Clientes atendidos por viagem (ciclo) : 8
Carga média coletada ou entregue por ciclo: 3 t OK
- Montar tabela de fretes por viagem
- Calcular frete por evento, por tonelada e por 100 kg ou
fração para o percurso de 80 km
Cliclo mínimo = (10/30)+ (40/60)x8 = 0,33 + 5,33 = 5,66
Ciclo máximo = (80/30) + (40/60)x8= 2,67 + 5,33 = 8 horas OK
Ciclos por dia: 1 Ciclos por mês = 25
Coleta e entrega: Exemplo
(b) = 6.320/25 (c) = 0,6106p (d) = (b)+(c) (e) + 1,1x(d)
p CF/dia ou vg Cv/viagem CT/viagem Frete/viagem
(km)
10 252,80 6,11 258,91 284,80
20 252,80 12,21 265,01 291,51
30 252,80 18,32 271,12 298,23
40 252.80 24,42 277,22 304,95
50 252,80 30,53 283,33 311,66
60 252,80 36,64 289,44 318,38
70 252,80 42,74 295,54 325,10
80 252,80 48,85 310,54 331,81
077
Coleta e entrega:
Exemplo 8 (cont.)
Percurso de 80 km
Frete médio por evento =( 310,54/8) = R$ 38,82
Frete médio por tonelada = (310,54/3) = 103,51
Frete por 100 kg ou fração = R$ 10,35 por entrega ou coleta
B = [CF/(H.V.t)] + (Cv/t)
FP = (A + Bp)(1 + L/100)
Percurso 10 km 40 km 120 km
Frete(R$/t)
Coleta e entrega:
Exercício 8 resolvido
A = [CF.h/(H.t)]
A = 6.320.00x1,89/(2,467x206,86 )= 23,41
B = [CF/(H.V.t)] + (Cv/t)
B = 6.320,00/(21,83x206,85x2,467) + (0,6106/2,467)
B = 0,5673 + 0,2475 = 0,8148
FP = (A + Bp)(1 + L/100)
FP = 1,11x(23,41 + 0,8148p)
FP = 25,99 + 0,9044 p
085
Gerenciamento de risco
(GRIS)
- Seguros RCF-DC
·
Salários de pessoal de rastreamento e segurança;
·
Depreciação de equipamentos de informática e rastreadores
·
Despesas de comunicação;
·
Escoltas;
·
Pagamento de indenizações não cobertas pelo seguro;
-
Ociosidade gerada por limitação no valor da mercadoria e por
impossibilidade de se otimizar roteiros de entrega.
- Despesas jurídicas.
- Em certos tipos de transportes, embora os riscos de roubo
possam não ser grandes, o GRIS deve ser cobrado para cobrir
riscos elevados de acidentes e exigências legais.
Exemplo: produtos perigosos (riscos grandes de acidentes, EPI,
certificado de capacitação, plano de emergência, licenças e
taxas ambientais, fichas de emergência etc.)
086
Gerenciamento de risco
(GRIS)
087
Gerenciamento de risco
Responsabilidade do transportador
“Quando a estrutura ou natureza de um negócio, como o de
transportes, implica a existência de riscos inerentes à
atividade desenvolvida, impõe-se a responsabilidade objetiva
de quem dela tira proveito, haja ou não culpa”. M. Reale.
Artigo 750 do Código Civil (lei 10.406/02)
“A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do
conhecimento, começa no momento em que ele e seus prepostos
recebem a coisa; e termina quando é entregue ao destinatário ou
depositado em juízo, se aquele não for encontrado”.
Artigo 749 do Código Civeil
“O transportador conduzirá a coisa a seu destino, tomando
todas as cautelas necessárias para mantê-la em bom estado e
entregá-la no prazo ajustado ou previsto.”
Gerenciamento de risco
Responsabilidade do transportador
Situações excludentes:
089
Gerenciamento de risco
Fatores que influem no risco
Valor da mercadoria
Distância ou tempo de duração do transporte
Pesos e dimensões
Embalagem
Tipo de estrada
Equipamento de transporte
Número de manuseios e transbordos
Gerenciamento adequado do risco
Tipo de produto
Características de comercialização do produto
Possibilidade de identificação do lotes, número de série
Itinerário
- 090
Gerenciamento de risco
Responsabilidade do transportador
FATORES QUE AGRAVAM O RISCO
- Deficiências de recrutamento, seleção e treinamento
de pessoal (aliciamento e infiltração)
- Excessos e/ou descontrole na terceirização (idem)
- Alta rotação de pessoal (idem)
- Sobrecarga dos veículos
- Sobrejornada de motoristas
- Incompatibilidade de cargas
- Veículos inadequados
- Elevada idade da frota/deficiências de manutenção
- Desequilíbrio de fluxo (exemplo: Nordeste)
- Picos do final do mês
- Mau estado de conservação das rodovias
- Aumento das atividades de roubos de veículos e depósitos
091
Gerenciamento de risco
x
093
Prevenção de risco
Contratação de carreteiros
Verificação de documentos do motorista e do veículo D
RG, Habilitação, Prontuário Detran, Inscrição no INSS ou Carteira
Profissional, Comprovante de residência etc.
Identificação do motorista
Cadastro, foto ao lado do veículo, três últimas viagens,
características pessoais, referências etc.
Vistoria do veículo
Documentação, lonas, cordas, cantoneiras, tábuas do fundo,
idade, placas e lacres, pneus, estepe, motor, escapamento,
extintor etc.
094
Prevenção de risco
Ações preventivas
- Normas de segurança e seu cumprimento
- Fracionamen to das cargas
- Plano de viagem:
Roteirização
Pontos de parada
Horários
Alternância de rotas.
- Escoltas armadas (áreas críticas)
- Comboios
- Conduta do motorista: antes e durante
- Comunicação permanente
- Rastreamento: veículo e produto (lote e número de série)
095
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos
HISTÓRICO D
Deveria ter finalidades essencialmente logísticas
Surgiu em 1988 nos EUA
Disponível no Brasil desde 1992 (Autotrac/Esca)
Mais de 40 mil unidades Autotrac
TECNOLOGIAS
Pager (bloqueio sem localização)
Sem GPS (localização por antenas e bloqueio)
Ituran/LO Jack
Com GPS (localização e bloqueio)
096
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos
GPS + Comunicação por satélite D
(Autrotrac, Rodosat, Prosat)
Brasilsat ou Omnisat (alta órbita) = custo elevado
Sombras sobre marquises, lajes, túneis etc
Digitada (escrita)
Orbcomm e Globalstar (baixa órbita)
Cobertura continental
Alto custo
GPS + Comunicação celular
Omnilink, Saver 2100, Guard One, KFT Pollus Sat, Trimble,
Graber, Mobilsat, Cross Check etc.
Baixo custo
Depende da existência de telefonia
097
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos D
GPS + comunicação por rádioVHF/trunking
Braslaser,Mitsca, Combat
Investimento e custo menores
Raio limitado (depende de estações retransmissoras)
Também sujeito a sombras (prédios altos por exemplo)
Comunicação verbal ou escrita barata
Elementos do sistema
Comunicação por linha discada ou linha dedicada
Antena (no caminhão)
Terminal de mensagens (no caminhão)
Transceiver ou Transponder (no caminhão e na central)
Central de comunicação (controlador, transceiver, computador,
software e mapas escaneados ou vetoriais
098
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos D
Limitações
- “Sombras” na comunicação
- Comunicação pode ser bloqueada
- Motorista pode ser coagido a não tomar providências
- Não rastreia a carga, após o transbordo (isso exige o uso de
rádio transmissores de sinais (chips).
100
Prevenção de risco
Rastreamento de veículos
Quando usar
Mercadorias de alto valor e muito visadas
Rotas visadas
Para carreteiros existem equipamentos
portáteis (kits)
Em rotas urbanas, é mais usada comunicação
por rádio
Comunicação por satélite adapta-se melhor a
rotas rodoviárias
x 101
Transferência
Seguros obrigatórios (RCTRC)
- Poucas seguradoras
- Seguro de transporte: mercado de R$ 250 milhões, ou 2,5% do mercado
RCTR-C – Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de
Cargas, que cobre:
- colisão, capotamento, abalroamento/ tombamento do
veículo ou saque da mercadoria durante os eventos
acima, desde que o veículo esteja em trânsito.
- incêndio ou explosão do veículo nos depósitos,
armazéns ou pátios (pelo prazo de 30 dias).
Não cobre:
- Acidentes em terminais com avarias, extravios e
quebras de mercadorias,
- Guerras, convulsões da natureza, greves, lockouts,
bem como furtos de cargas ocorridos nos terminais
- Contaminações radioativas, vício próprio ou mofo,
insuficiência de embalagem, dolo do segurado
102
Transferência de risco
Seguros obrigatórios (embarcador)
- Decreto 61.687/67 exige do embarcador seguro para cobrir casos fortuitos
ou força maior ou seja, extorsões, furtos, roubos, apropriação indébita e
estelionato, praticado quando não ocorre negligência do transportador.
- 104
Transferência de riscos
Custos dos seguros
RCF-DC
0,06% para mercadorias não específicas e de 0,09% para
mercadorias específicas
RCTR-C
Alíquotas fixadas com base no estado de origem e de
destino da carga (entre 0,02% e 0,32% sobre o preço da
mercadoria.
105
Custos do seguro RCTRC (%)
Origem/dest. AC AL AP AM BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA
1. Acre 0,04 0,30 0,26 0,09 0,30 0,28 0,18 0,26 0,18 0,29 0,12 0,16 0,22 0,24
2. Alagoas 0,04 0,16 0,30 0,06 0,07 0,14 0,11 0,14 0,10 0,20 0,22 0,11 0,14
3. Amapá 0,08 0,26 0,16 0,11 0,14 0,22 0,14 0,09 0,20 0,26 0,20 0,09
4.Amazonas 0,08 0,30 0,28 0,20 0,28 0,20 0,28 0,18 0,20 0,24 0,24
5.Bahia 0,05 0,08 0,14 0,08 0,14 0,10 0,16 0,18 0,09 0,12
6. Ceará 0,04 0,18 0,14 0,19 0,07 0,24 0,24 0,16 0,10
2. Alagoas 0,05 0,18 0,05 0,08 0,14 0,05 0,22 0,26 0,32 0,20 0,16 0,05 0,12
3. Amapá 0,16 0,22 0,16 0,09 0,22 0,16 0,28 0,22 0,30 0,24 0,20 0,16 0,13
4.Amazonas 0,30 0,26 0,30 0,24 0,28 0,30 0,30 0,09 0,09 0,28 0,26 0,32 0,20
5.Bahia 0,07 0,14 0,06 0,08 0,10 0,08 0,18 0,26 0,32 0,16 0,12 0,06 0,11
6. Ceará 0,05 0,22 0,06 0,07 0,18 0,05 0,26 0,26 0,32 0,24 0,20 0,08 0,13
7. DF 0,16 0,09 0,16 0,18 0,09 0,18 0,11 0,14 0,26 0,09 0,06 0,12 0,07
8.Esp. Santo 0,12 0,09 0,12 0,14 0,04 0,14 0,12 0,22 0,32 0,10 0,07 0,09 0,14
9. Goiás 0,16 0,09 0,16 0,18 0,09 0,18 0,11 0,14 0,26 0,09 0,06 0,12 0,08
10.Maranhão 0,11 0,24 0,10 0,07 0,20 0,10 0,28 0,24 0,32 0,26 0,20 0,11 0,11
11.MatoGrosso 0,22 0,11 0,22 0,18 0,14 0,24 0,16 0,09 0,24 0,12 0,11 0,18 0,10
12.M.G. Sul 0,24 0,07 0,24 0,20 0,09 0,26 0,11 0,14 0,26 0,09 0,07 0,20 0,14
13.M. Gerais 0,14 0,07 0,12 0,14 0,05 0,14 0,10 0,20 0,30 0,08 0,05 0,10 0,13
14. Pará 0,14 0,20 0,14 0,09 0,20 0,12 0,26 0,20 0,28 0,22 0,18 0,14 0,12
Custos do seguro RCTRC (%)
Origem/Destino PB PR PE PI RJ RN RS RO RR SC SP SE TO
15 Paraíba 0,04 0,20 0,05 0,08 0,16 0,05 0,24 0,28 0,32 0,22 0,18 0,05 0,13
16 Paraná 0,03 0,20 0,20 0,06 0,22 0,06 0,20 0,30 0,04 0,04 0,16 0,18
17Pernambuco 0,04 0,08 0,16 0,05 0,24 0,26 0,32 0,24 0,16 0,05 0,12
18 Piauí 0,06 0,16 0,08 0,24 0,22 0,30 0,22 0,18 0,09 0,10
19 R. Janeiro 0,02 0,18 0,10 0,22 0,32 0,08 0,04 0,12 0,14
27 Tocantins 0,06
Transferência de riscos
Cobertura do RCF-DC
Perdas e danos resultantes do desaparecimento da
carga concomitantemente com o veículo, em
conseqüência de:
109
Transferência de riscos
Produtos excluídos do RCF-DC ou
sujeitos a taxas mais elevadas
Armas e munições Eletrodomésticos
Brinquedos Eletrônicos
Calçados Leite em pó e condensado
Charques e carnes in natura Pneus e câmaras de ar
Cigarros Óleos comestíveis
Confecções e tecidos Óleos lubrificantes
Couro beneficiado Medicamentos
Tintas
Transferência de riscos
Exigências das seguradoras
Rastreamento
Escolta
Participação obrigatória (25% ou 30%)
Agravamento de risco
PRODUTOS R$
mil
Gessy, Lever, Kodak, Suvinil, Kolynos/Colgate 20
Higiene, limpeza, cosméticos,pneus e câmaras, tintas e 40
vernizes
Autopeças, confecções, defensivos agrícolas, alimentos, 80
tecidos
Tratores, máquinas e implementos agrícolas 100
Artigos fotográficos, calçados, computadores, 120
periféricos, aparelhos eletrônicos, de som e imagem
FONTE: BRADESCO
Tendências do mercado segurador
1. Aumento da competitividade
2. Fim dos seguros obrigatórios
3. Substituição dos seguros do transporte (RCTRC, RCF-
DC) por um único (all-risks);
4. Apólices sob medida. Individualização da análise de
riscos e de resultados
5. Limitação da responsabilidade do transportador
6. Possibilidade contratação do seguro pelo embarcador,
com desoneração da responsabilidade do
transportador e renúncia ao direito de ação de regresso
(cláusula DDR). Riscos:
- Nulidade da cláusula de não indenizar;
- Co-seguro e resseguro (artigo 761 CV – Identificação do
segurador que representará os demais)
- Diversificação de normas;
- Fornecimento de informações estratégicas.
- Não averbação de seguros
Leitura recomendada:
Seguro no Século XXI – Pedro Ramires, Setcesp 113
Frete valor
- Parcela de frete proporcional ao valor da mercadoria
- Ligada ao risco e à responsabilidade do transportador
- Transportar ouro tem mais riscos do que transportar tijolo
- Não previsto em lei. Cobrado por analogia com o transporte ferroviário e
aceito com base nos usos e costumes
- Costuma funcionar como mecanismo de compensação de descontos
concedidos no frete peso.
- Tabela de referência da Fipe prevê frete valor variável com a distância, entre
0,3% e 1,2%.
115
Frete valor
Participação no frete
a – valor do frete sobre o produto (%)
b = alíquota de frete-valor (%)
a b =0,2 b=0,4 b=0,6 b=0,8 b=1,0 b=1,2
6,0 3,44 6,06 11.11 15,38 20,00 25,00
5,0 4,17 7,14 13,63 19,05 25,00 31 ,58
4,0 5,26 11,11 17,65 25,00 33,33 42,86
3,0 7,14 15,38 25,00 36,36 50,00 66,67
2,0 11,11 25,00 42,85 66,67 100,00 150,00
116
Frete valor
Exercício 9
Calcular o acréscimo trazido pelo frete valor num
transporte
no qual o frete pesa 3% no preço do produto e a
alíquota de
frete valor é de 0,6%.
a = 3%
b = 0,6%
117
Frete valor
Exercício 9 resolvido
SOLUÇÃO
118
Taxa GRIS
119
Taxas ou generalidades
120
Taxas ou generalidades
existentes na tabela antiga
Taxa de despacho por conhecimento R$/cto 8,84
(abolida pela \Fipe)
CAT – Custo adicional do Transporte - até 200 kg Por cto. 15,25
- acima de 200 kg Por kg 0,07
Substituída pela taxa de coleta entrega
ITR – Incremento ao Transporte Rodoviário Por 6.000 kg 1,00
Abolido pelo sistema Fipe ou fração
- MP 2025/00
- Lei 10.209/01
- Decreto 3525/01
- MP 68-02
- Portaria 206 do MT
- Resoluções ANTT 106, 107, 149-02 e 150-02
122
Pedágios: Vale pedágio
Normas do vale pedágio
- Embarcador de lotação deve adiantar o vale ao carreteiro
antes deste entrar em rodovia pedagiada
- Não pode ser em dinheiro
- Vale deve ser nacional
- Transportador com frota própria equipara-se ao carreteiro
- Transportador que subcontrata ou transporta carga fracionada
equipara-se ao embarcador
- Transportador de carga fracionada pode ratear o pedágio entre os
vários despachos
- Sobre o pedágio não incidem tributos (conflito de leis)
- Lotação admite regime especial mediante contrato prevendo
obrigração de ressarcimento pelo embarcador
- Transporte internacional não está sujeito ao vale 123
Pedágios
Cobrança por posto
O valor deve ser destacado no conhecimento e cobrado do
Embarcador por 100 kg ou fração.
124
Pedágios
Cobrança pelo percurso
Carga média de uma caminhão trucado (Fipe): 7.140 kg
Taxa de administração da transportadora: 5%
Número de eixos do veículo considerado: 3
126
Fracionamento do frete
Para obter o frete de carga fracionada, deve-se multiplicar o
frete peso por tonelada por fatores apropriados.
- Distribuição regional
- - Com veículo diferente do usado na transferência: somar
- os fretes.
- - Opcionalmente, adotar um percentual de acréscimo
- sobre a tabela pólo a pólo.
- 129
Planilha referencial Fipe
- Orçar todos os componentes do frete para um despacho de
35 kg, distância de 800 km, valor de R$ 20,00 por quilo.
- Mercadoria entregue pelo embarcador no terminal de
origem.
- Admitir oito praças de pedágio no percurso
- Custo peso................................................ R$ 20,69
- Taxa de entrega 16,00/2 ………………..R$ 8,00
- Custo valor 0,60x35x20/100…….………. R$ 4,20
- GRIS: 0,30X35X20/100……………………. R$ 2,10
- Pedágio: 8 x0,16…………………………….R$ 1,28
- SUBTOTAL………………………………… R$ 36,27
- Taxa de lucro ……………………………….R$ 3,63
- FRETE TOTAL ………………………………R$ 39,90
- 130
Temas para discussão
- - Dúvidas remanescentes. Perguntas.
- - Sistema de cálculo e cobrança das empresas presentes:
- componentes que são praticados e como: frete peso, frete
- valor, GRIS, pedágio e taxas. Que percentuais de custos cada um
- deles cobre?
- - Alguma cobra frete percentual? Tabelas próprias?
- As planilhas referenciais da Fipe poderão ser úteis? Os valores
- encontrados são muito mais altos que os praticados?
- - Política das empresas presentes em relação ao uso de
- carreteiros.
- - Custos de gerenciamento de risco nas empresas
- - Política das empresas em relação ao seguro feito pelo
- embarcador.
- - Outras questões
- 131