Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
2021
2
Rio de Janeiro
2021
3
4
Aprovada por:
p/
p/
AGRADECIMENTOS
Dedico essa obra àqueles professores que durante meu trajeto contribuíram
para minha formação intelectual e ética. Agradeço ainda à Universidade Federal do
Rio de Janeiro e ao Instituto COPPEAD pela oportunidade que me foi oferecida.
RESUMO
ABSTRACT
This study investigates the involvement of YouTube users with so-called tutorial
videos. Tutorial videos are those that have an instructional character, generally
described as a method of transferring knowledge that can be used as part of the
learning process, either through active participation and / or passive consumption of a
particular type of content. Through a netnographic approach, with participant
observation and in-depth interviews with consumers who watch tutorial content, but do
not put the presented learning into practice, this research expands the understanding
around the tutorials from the perspective of escapism experiences. The research
sheds light on the unfolding of this daily experience of consuming media content,
showing that watching tutorials on YouTube can go beyond the search for
entertainment, leisure and the passage of time. The results analyze the tutorial videos
as forms of mundane escapes that allow the construction of consumers' subjectivity,
through specific identity dynamics and moments of liberation and disconnection with
reality.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
DIY: Do-It-Yourself
SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................ 12
2. Revisão de Literatura .......................................................................................... 15
2.1. YouTube – Plataforma e rede social .................................................................. 15
2.1.1. Vídeos instrutivos: Tutoriais ............................................................................ 17
2.1.2. Conteúdo Gerado pelo Usuário - User-Generated Content (UGC) ................. 19
2.2. Do-It-Yourself: A cultura do faça você mesmo ................................................... 21
2.3. Prosumo: a evolução do consumo e do consumidor produtor............................ 24
2.4. Experiências de Escape ..................................................................................... 25
3. Metodologia ......................................................................................................... 27
3.1. Contexto empírico: o tutorial em vídeo ............................................................... 27
3.2. Coleta de dados de dados.................................................................................. 29
3.3. Procedimentos analíticos ................................................................................... 31
4. Análise.................................................................................................................. 32
4.1. O YouTube e o universo dos tutoriais ................................................................ 32
4.2. A busca por experiências e escape da vida cotidiana ........................................ 39
4.3. Os tutoriais e seus recursos de fuga .................................................................. 44
4.3.1. A construção da narrativa................................................................................ 44
4.3.2. O relacionamento com o público ..................................................................... 46
4.3.3. O ordinário como fator decisivo no sucesso dos tutoriais................................ 47
4.3.4. O valor da performance ................................................................................... 49
4.4. O algoritmo YouTube: o outro lado da moeda .................................................... 50
4.5. A integração entre plataformas .......................................................................... 52
5. Conclusões .......................................................................................................... 53
5.1. Implicações e contribuições ............................................................................... 53
5.2. Limitações e sugestões de pesquisa futura........................................................ 56
12
1. Introdução
A plataforma foi criada em 2005 e, 15 meses depois, o site exibia 100 milhões
de vídeos por dia, representando 60% de todos os vídeos assistidos on-line em 2006.
Os vídeos mais populares são visualizados por milhões de usuários, fornecendo uma
nova forma de entretenimento para os consumidores - criada com base na vontade
de usuários individuais e não nos horários rígidos dos programas de televisão, por
exemplo. O público agora é parte integrante da cadeia de distribuição de mídia
(Haridakis e Hansen, 2009).
13
2. Revisão de Literatura
Como reside na Internet, ele pode tirar proveito dos recursos de rede social da
Web. Os espectadores podem compartilhar opiniões sobre o conteúdo por meio de
comentários e sistemas de classificação on-line, e podem compartilhar o próprio
conteúdo enviando links por e-mail, WhatsApp, Facebook etc. para familiares e
amigos. Ele permite que os usuários se movam sem interrupções entre a atividade
tradicional de comunicação em massa, assistindo a conteúdo mediado, e a atividade
de conexão interpessoal ou social, ao compartilhá-lo com outras pessoas.
Ele fornece uma interface integrada muito simples, na qual os usuários podem
fazer upload, publicar e visualizar vídeos de streaming sem altos níveis de
conhecimento técnico (Lopes, Guarda, Victor e Vázquez, 2020). Em estudos sobre a
plataforma, Burgess e Green (2008), Khan (2017) e Himelboim, Golbeck e Trude
(2019) destacam que YouTube não estabelece limites para o número de vídeos que
os usuários podem enviar, oferece funções básicas da comunidade, como a
16
O vlogging - literalmente uma adaptação do termo blog e que muitas vezes faz
parte do contexto dos tutoriais/vídeos instrutivos - surgiu do fenômeno de conteúdo
gerado pelo usuário e do prosumo (Ritzer, 2014) e agora representa um subconjunto
importante do YouTube como um todo. Embora o vlogging seja uma forma dominante
de conteúdo criado pelo usuário e fundamental para o senso de comunidade do
YouTube, nem todos os vlogs são diários pessoais criados nos quartos. De fato, vários
vloggers importantes estão usando claramente o YouTube como um empreendimento
comercial. Eles participam do esquema de compartilhamento de publicidade do
YouTube e obtêm receita de sua presença na plataforma.
O tutorial em vídeo é mais vantajoso, pois expõe um modelo fácil de seguir para
os espectadores, o que permite aprender imitando as ações observadas (van der Meiji
e van der Meiji, 2014). Além disso, o público também é informado sobre o objetivo de
assistir. Um tutorial em vídeo resulta na demonstração não apenas do movimento,
mas também do contexto de tais movimentos. Ao motivar um usuário, ele é persuadido
a mudar ou adaptar um comportamento.
Percebe-se também que boa parte dos tutoriais é criada pelos próprios usuários
19
O conteúdo da Internet gerado pelo usuário explodiu nos últimos anos. Sites
como Facebook, MySpace, Wikipedia e o próprio YouTube ajudaram a estabelecer
modelos de negócios viáveis com base em fóruns, blogs e sites de redes sociais
personalizados, onde os usuários podem publicar seus diários em seus próprios sites,
postar fotos ou vídeos, expressar opiniões, conhecer outros usuários e estabelecer
comunidades baseadas em interesses compartilhados (Leung, 2009).
Enciclopédia Wikipedia
O YouTube é uma plataforma que oferece o espaço necessário para que ávidos
membros da comunidade DIY compartilhem informações e eventualmente
reproduzam o que aprenderam com o conteúdo disponível. A variedade de conteúdo
e aplicações oferecidos pelo movimento DIY e os objetivos aspiracionais e cognitivos
que o ritual de assistir um determinado tipo de conteúdo pode oferecer são fatores
que merecem destaque e que se relacionam diretamente com a pesquisa. Entender a
cultura do faça você mesmo é, então, um passo importante para a compreensão da
relação entre consumidores e tutoriais.
Ainda de acordo com Wolf (2016), a prática de assistir a vídeos de DIY pode
ser uma maneira de os espectadores configurarem quem são, quem podem ser e
quem querem ser. Ao se imaginarem fazendo o trabalho, os
espectadores/consumidores ilustram a busca pelo eu objetificado, o eu idealizado.
Prosumption pode, então, ser definida como “uma atividade de criação de valor
realizada pelo consumidor que resulta na produção de produtos que eventualmente
consomem e que se torna sua experiência de consumo” (Xie, Bagozzi e Troye, 2008,
p.110).
Cova et al. (2017) definem "fugas mundanas" como formas de fuga que não
procuram necessariamente reverter a estruturação da vida; às vezes nem envolvem
sair de casa. Longe de serem tentativas fúteis e ineficazes de escapar da modernidade
e da servidão do trabalho de escritório, esses momentos em que as pessoas
suspendem temporariamente a si mesmos podem ser concebidos como um novo tipo
de rota de fuga, uma válvula de escape.
Um dos resultados obtidos a partir das fugas rotineiras deriva do fato que as
imersões em contextos controlados e seguros contrastam com o estresse da vida
diária das pessoas e oferecem a possibilidade de experimentar identidades múltiplas
e / ou desenvolver uma identidade alternativa. Nessa abordagem fluida, os
consumidores não estão complementando ou afirmando uma identidade singular, mas
imergindo em identidades diferentes. O objetivo do consumidor não é ser pego em
nenhum modo de existência, mas navegar por diferentes possibilidades (Cova, Carù
e Cayla, 2018).
3. Metodologia
Uma terceira forma é conhecida como guia, na qual uma pessoa pode abordar
um assunto inteiro e falar sobre ele em termos gerais ou até mesmo falar sobre outros
assuntos, em vez de demonstrar especificamente um processo. Nesses exemplos, o
aprendizado pode ocorrer enquanto os espectadores assistem e tentam replicar as
instruções nestes vídeos, como costuma ocorrer em tutorias de maquiagem. Como
exemplo, podemos citar Bianca Andrade (5,5 milhões de inscritos), Alice Salazar (2,6
milhões de inscritos), Bianca Dellafancy (200 mil inscritos).
Uma quarta forma presente tanto no YouTube quanto em outras redes sociais
(Facebook, Instagram e TikTok) são os tutoriais. Aqui o objetivo de aprender pode ser
ainda menos importante, uma vez que os vídeos são acelerados e possuem um apelo
estético tão grande que serve quase que integralmente como fonte de entretenimento.
É o caso dos vídeos produzidos pela Tastemade e alguns influencers de maquiagem.
Vale lembrar que a lista de tipos de tutorial não é exaustiva e podem existir outras
diversas variações.
Este estudo investiga os vídeos tutoriais como experiência que vai além de uma
experiência instrutiva, usualmente associado ao fenômeno do DIY. Assim, pergunta
se os tutoriais poderiam ser também uma experiência de escape e que características
dos vídeos tutoriais viabilizam a experiência de escape para alguns consumidores.
desejos.
4. Consumo o conteúdo de tutoriais com a intenção de reproduzi-los, mas
por fatores externos a minha vontade não é possível concretizar meus
planos.
5. Prefiro participar de comunidades não comerciais e por isso priorizo
conteúdo gerado por pessoas normais.
4. Análise
Esses novos recursos - como comentar, curtir e fazer uploads - que o YouTube
oferece podem ser vistos como novos meios que podem oferecer novas gratificações
aos usuários, que não foram considerados relevantes para outras formas de mídia,
por exemplo. O objetivo do estudo em questão é de investigar o que as pessoas
buscam ao consumir um tipo de conteúdo específico dentro da plataforma: os tutoriais.
alimenta o apetite das pessoas em uma agenda apertada onde o tempo é um fator
importante na escolha das tarefas do dia a dia. Dessa forma, os usuários podem ter
diferentes motivações para adaptar sua dieta e fome por conteúdo dentro da
plataforma.
com os tutoriais.
“Eu me perco dentro dos vídeos, projeto minha vida completamente diferente
do que ela realmente é. Ser tatuadora é algo que eu planejo pra minha vida,
mas como ainda não consegui concretizar, os vídeos conseguem transmitir
essa sensação de realização.” (I., 27 anos)
Ela ainda ressalta as divergências entre sua vida “real” e a vida que gostaria de
ter.
“O dia a dia é bastante corrido, minha agenda está sempre cheia (...) eu até
gosto do que eu faço, mas quando consigo tirar um tempo para assistir alguma
coisa sobre tatuagem é que eu percebo que minha vida não é exatamente o
que eu gostaria que fosse (...) Pelo menos enquanto eu assisto os vídeos, eu
consigo te um “gostinho” de como ela poderia ser.” (I., 27 anos)
A perda de si mesmo acontece com uma desconexão com o mundo real, que
em alguns casos pode alcançar as características de uma imersão intensa e
duradoura no ambiente fictício. É o caso de um participante que usa os vídeos como
uma forma de escapar dos medos e anseios trazidos pela pandemia do coronavírus.
alguns vídeos no YouTube como forma de lazer, mas seus hábitos mudaram em
função da nova dinâmica da sua vida. Por fazer parte do grupo de risco de contágio
da doença, sua vida social se resume ao mundo virtual e a adaptação ao novo modelo
trouxe muitas ansiedades e estresses.
“Eu não saio mais de casa, quase não interajo com ninguém, na realidade não
interajo com ninguém, vejo apenas as pessoas da minha família que vivem
comigo. Não tem sido fácil (...) a falta de perspectiva aumenta ainda mais minha
ansiedade. Comecei a comer compulsivamente e o único momento que eu
desconecto 100% é quando eu vejo alguma coisa que prende minha atenção.
Sempre gostei muito de reality shows de culinária, mas até isso a pandemia
conseguia afetar, então basicamente assisto tutoriais e programas de culinária
dentro do YouTube (...) como estou tentando controlar o que como, eu nem
faço as receitas, vejo mais para tentar não pensar no presente.” (B. 31 anos)
“Eu sempre fui muito ansiosa, então faço as coisas com muita intensidade.
Quando gosto de uma série, por exemplo, assisto tudo de uma vez (...) a
sensação de imersão em outra realidade me deixa um pouco mais calma, eu
desconecto e me concentro no que estou vendo (...) as séries demoram a
gravar e lançar novos episódios, então descobri no YouTube uma forma de
controlar minha ansiedade (...) o conteúdo é praticamente infinito e o tutorial
prende minha atenção com muita facilidade porque eu fico curiosa para ver o
resultado final.” (T., 21 anos)
É interessante perceber que junto com a fala, a comunicação não verbal por
meio da linguagem corporal (contato visual, expressões faciais, postura) e a
paralinguagem (tom, volume, ritmo) permitem que o anfitrião transmita mensagens e
aprimore a narrativa. Os critérios para uma narração corriqueira ser uma história
marcante normalmente requerem notabilidade e esses recursos contribuem para a
construção de uma narrativa encorpada e envolvente.
Os tutoriais nos provam que uma história extraordinária também pode ser sobre
atividades comuns, da mesma forma como Cova et al (2018) apresentam em sua
pesquisa; em tais circunstâncias, um contador de histórias pode explorar dispositivos
expressivos e estilísticos para aumentar o interesse do público, ou pode contextualizar
o episódio de maneiras que imputam um grau de notabilidade ou novidade aos
eventos narrados. A fala acima também parece apontar para algo cada vez mais raro
no contexto da vida cotidiana, que diz respeito à presença dedicada e animada, ou
seja, repleta de gratificação através de atividades simples. Os youtubers parecem
apontar para uma prática onde se dedicar com afinco a uma única tarefa traz
entusiasmo. A simplicidade do conteúdo está também no fato de que ele não
surpreende, nem decepciona. Parece apontar para a possibilidade de viver uma
rotina, cotidiana e controlada, sem que esta seja tediosa ou excessivamente morna.
Nesse sentido, os tutoriais se apresentam como a possibilidade de aprender não
sobre como fazer algo específico, mas como viver uma vida rotineira, com alegria.
“Fico encantado com a forma como eles mostram o ‘step by step’ (...) eles
fazem isso de uma forma tão viciante que faz com que você queira ir até o fim
para ver o resultado final. Às vezes eu até paro e me pergunto: ‘para que que
eu estou assistindo isso mesmo?’, mas não consigo evitar, eu fiquei viciado em
vídeos assim.” (G., 27 anos)
conteúdo. Por que assistir um tutorial que não se pretende praticar? Numa sociedade
que privilegia a produtividade incessante, dedicar-se a fruição de algo inútil ganha
associações de vício, de algo de natureza que escapa ao desejo esperado.
“Gosto dos tutoriais de investimento porque parece um bate papo entre amigos
(...) me sinto tão próximo dele que me sinto confortável e o assunto flui com
tanta naturalidade que é prazeroso assistir. Sei que ele é patrocinado, que
aquilo é a profissão dele, mas não é o que transparece.” (F., 22 anos)
A psicóloga que aspira ser tatuadora também traz à tona o seu relacionamento
próximo com seus YouTubers preferidos.
“Tem toda uma questão de identificação por trás, não é qualquer canal que
prende minha atenção e me transporta para esse cenário que eu gostaria de
viver. Gosto de gente extrovertida que fala da vida, que conta os ‘perrengues’
da profissão (...) quando é só sobre a tatuagem o vídeo pode até ser legal, mas
é menos cativante.” (I., 27 anos)
Ser uma pessoa comum não é necessariamente algo que é dado, mas algo que
pode ser trabalhado e realizado. ‘‘Ser ou tornar-se comum’’ é alcançado nas maneiras
como as histórias são contadas e como as pessoas se apresentam. Para os
YouTubers, a mediocridade é uma maneira de minimizar as diferenças de caráter e
perspectiva entre eles e seu público. Paradoxalmente, esse movimento em direção a
‘‘ser comum’’ e ‘‘ser você mesmo’’ contribui e legitima a autoridade da pseudo
celebridade e/ou expert em um determinado assunto (Matwick e Matwick, 2014).
O “gente como a gente” chama a atenção dos entrevistados que muitas das
vezes preferem canais e apresentadores que à priori não são considerados famosos
ou que só se tornaram conhecidos por causa da plataforma. É o caso do arquiteto que
afirma que tem uma predileção por pessoas comuns na hora da escolha de seus
vídeos.
“Acompanho muita coisa de decoração até mesmo pela minha profissão, mas
quando eu quero me distrair e não pensar tanto no trabalho eu costumo ver
canais de dicas de maquiagem e não gosto muito dos que se dizem
profissionais logo de cara (...) sempre fico com a impressão que eles só querem
vender ou estão apresentando produtos patrocinados. Confio muito mais na
opinião de uma pessoa que não é conhecida porque acho que são mais
verdadeiros.” (P., 28 anos)
“Gostava do canal da Dani porque ela é bem didática e organizada, dava até
orgulho de ver os bolos que ela fazia. Quando ela desistiu de cozinhar e o
marido assumiu a cozinha, achei que fosse parar de acompanhar, mas não foi
49
o que aconteceu. Me divirto bem mais com o Paulo porque ele não sabe
absolutamente nada de cozinha, parece meu pai quando inventa de fazer uma
receita. Ele mostra tudo até quando as receitas não dão certo.” (G., 27 anos)
“Às vezes acho que o YouTube consome muito o meu tempo (...) clico para ver
um vídeo de 5 minutos e quando me dou conta eu já passei 1 hora conectado
(...) perco a noção do tempo.” (D., 25 anos)
“Eu acesso o Instagram muito mais vezes ao dia (...) acabo acompanhando
qual será o próximo vídeo postado através do Instagram (...) sempre deixo meu
like nas postagens e acompanho o conteúdo pelos stories.” (G., 26 anos)
5. Conclusões
experiência que o usuário busca, além de garantir o sucesso dos vídeos em termos
de visualizações.
Referências bibliográficas
Ahad, A. D., and Anshari, M. (2017). Smartphone Habits Among Youth. International
Journal of Cyber Behavior, Psychology and Learning, 7(1), 65–75.
Arnould, E. and & Price, L. (1993). River Magic: Extraordinary Experience and the
Extended Service Encounter. Journal of Consumer Research. 20.
Bärtl, M. (2018). YouTube channels, uploads and views: A statistical analysis of the
past 10 years. Convergence: The International Journal of Research into New
Media Technologies. 24. 16-32.
Burgess, J., and Green, J. (2008). YouTube: Online video and participatory culture
(Second ed.). Cambridge, UK; Medford, MA: Polity Press.
Chen, G. M. (2011). Tweet this: A uses and gratifications perspective on how active
Twitter gratifies a need to connect with others. Computers in Human Behavior, 27,
755–762.
Cheung, C.M.K., and Lee, M.K.O. (2009). Understanding the Sustainability of a Virtual
Community: Model Development and Empirical Test. Journal of Information
Science, 35(3), 279-298.
Christensen, C. M., Baumann, H., Ruggles, R., and Sadtler, T. M. (2006). Disruptive
innovation for social change. Harvard business review, 84(12), 94.
Cova, B., Cayla, J. and Scott, R. (2017) Selling Pain to the Saturated Self, Journal of
Consumer Research, Volume 44, Issue 1, June 2017, Pages 22–43
Creswell, J. W., and Poth, C. N. (2018). Qualitative inquiry & research design:
Choosing among five approaches (4th ed.). Thousand Oaks: Sage
Davis, T. W. (2017). Evaluating Best Practices for Video Tutorials: A Case Study.
Journal of Library& Information Services in Distance Learning, 11(1-2), 183-195.
Florenthal, B. (2015). Applying uses and gratifications theory to students’ LinkedIn
usage. Young Consumers. 16. 17-35.
Gauntlett, D. (2011). Making is connecting: The social meaning of creativity from DIY
and knitting to YouTube and Web 2.0. Cambridge: Polity Press.
Goulding, C., Shankar, A., Elliott, R. and Canniford, R. (2009). The Marketplace
Management of Illicit Pleasure. Journal of Consumer Research. 35.
Haridakis, P., and Hansen, G. (2009). Social interaction and co-viewing with YouTube:
Blending mass communication reception and social connection. Journal of
Broadcasting & Electronic Media, 53, 317–335.
Himelboim, I., Golbeck, J. and Trude, B. (2019). YouTube: Exploring video networks.
Analyzing Social Media Networks with NodeXL: Insights from a Connected World, 2nd
Edition, 187–203. Morgan Kaufmann.
Iftikhar, M., Riaz, S., and Yousaf, Z. (2020). Impact of YouTube Tutorials in Skill
Development among University Students of Lahore. Journal of Distance & Online
Learning. 5. 125-138.
Jenkins, H. (2007). “Nine propositions towards a cultural theory of YouTube”.
http://henryjenkins.org/2007/05/9_propositions_towards_a_cultu.html. Acesso em
08/05/2020.
Jones, S., Cronin, J., and Piacentini, M. (2020). The interrupted world: Surrealist
disruption and altered escapes from reality. Marketing Theory.
Kaklamanidou, B. and Tally, M. (2014) The Millennials on Film and Television: Essays
on the Politics of Popular Culture. Jefferson, NC: McFarland & Company
Katz, E., Gurevitch, M., and Haas, H. (1973). On the use of mass media for important
things. American Sociological Review, 38.
60
Katz, E., Blumler, J., and Gurevitch, M. (1973). Uses and Gratifications Research. The
Public Opinion Quarterly, 37(4), 509-523.
Kerrigan, F., Larsen, G., Hanratty, S., & Korta, K. (2014). ‘Gimme shelter’:
Experiencing pleasurable escape through the musicalisation of running. Marketing
Theory, 14(2), 147–166.
Khan, M. (2017). Social Media Engagement: What motivates User Participation and
Consumption on YouTube?. Computers in Human Behavior. 66. 236–247.
Klobas, J. E., McGill, T. J., Moghavvemi, S., and Paramanathan, T. (2018). Compulsive
YouTube usage: A comparison of use motivation and personality effects. Computers
in Human Behavior, 87, 129–139..
Kwon, J, Jung, J-S. and Lee, Jung. (2009). The Effects of Escape from Self and
Interpersonal Relationship on the Pathological Use of Internet Games. Community
mental health journal. 47. 113-21.
Lange, P. (2007). Publicly Private and Privately Public: Social Networking on YouTube.
J. Computer-Mediated Communication. 13. 361-380.
Lopes, I., Guarda, T., Victor, J. and Vázquez, E. (2020). The Influence of YouTubers
in Consumer Behavior. Smart Innovation, Systems and Technologies, volume 167,
49-58.
Moghavvemi, S., Sulaiman, A., Jaafar, N. I., and Kasem, N. (2018). Social media as a
complementary learning tool for teaching and learning: The case of youtube. The
International Journal of Management Education, 16(1), 37-42.
Nasir, H.-J. B. (2017). An approach to develop video tutorials for construction tasks.
Creative Construction Conference2017. 196, pp. 1088-1097.Croatia: Elsevier Ltd.
Pace, S. (2008). YouTube: An opportunity for consumer narrative analysis?.
Qualitative Market Research: An International Journal. 11. 213-226.
Ray, A., Dhir, A., Bala, P. K., & Kaur, P. (2019). Why do people use food delivery apps
(FDA)? A uses and gratification theory perspective. Journal of Retailing and
Consumer Services, 51, 221–230.
Ritzer, G. (2015). The “New” World of Prosumption: Evolution, “Return of the Same,”
or Revolution?. Sociological Forum. 30.
Tang, T. (Ya), Fang, E. (Er), and Wang, F. (2014). Is Neutral Really Neutral? The
Effects of Neutral User-Generated Content on Product Sales. Journal of Marketing,
78(4), 41–58.
van der Meij, H., and van der Meij, J. (2014). A comparison of paper-based and video
tutorials for software learning. Computers & Education. 78, 150–159.
Vargo, S. L., and Lusch, R. F. (2004). Evolving to a new dominant logic for marketing.
Journal of Marketing, 68(1), 1–17.
Villegas, D. (2018). From the self to the screen: a journey guide for auto-netnography
in online communities. Journal of Marketing Management.
Whiting, A., and Williams, D. (2013). Why people use social media: A uses and
gratifications approach. Qualitative Market Research. 16.
Wolf, M., and McQuitty, S. (2011). Understanding the do-it-yourself consumer: DIY
motivations and outcomes. Academy of Marketing Science Review.
Wolf, C. T. (2016). DIY videos on YouTube: Identity and possibility in the age of
algorithms. First Monday, 21(6).
Xie, C., Bagozzi, R. P., and Troye, S. V. (2008). Trying to prosume: toward a theory of
consumers as co-creators of value. Journal of the Academy of Marketing Science,
36(1), 109–122.
Xu, X. (2014). the New Relevance: Motives behind YouTube Use. Theses. 64.
Zajc, M. (2015). Social media, prosumption, and dispositives: New mechanisms of the
construction of subjectivity. Journal of Consumer Culture, 15(1), 28–47.
63
Anexos
1. INTRODUÇÃO E BACKGROUND
Essa entrevista será mais informal, como se fosse uma conversa. Não existem
respostas certas ou erradas. Eu gostaria de entender um pouco mais sobre suas
experiências e vivências. Se você concordar, nossa conversa será gravada para
facilitar a coleta das informações necessárias e para análises futuras. Essa pesquisa
é confidencial e ninguém será identificado sem o prévio consentimento por escrito.
Qualquer informação que possa revelar sua identidade ou da empresa onde você
trabalha será excluída de toda publicação futura ou relatórios de pesquisa que podem
ser escritos com base nos dados coletados.
Então para começar eu gostaria de conhecer um pouco mais sobre você. Você poderia
me contar um pouco mais sobre sua vida? Alguns dados demográficos: Idade,
Ocupação etc.
O que você faz para se divertir e se entreter? Investigar o estilo de vida, os hobbies
favoritos, hábitos etc.
Você assiste vídeos online? Com que frequência você costuma assisti-los? Quais
tipos/estilos de vídeos costuma assistir?
2. MÍDIAS SOCIAIS
O que você consideraria usuário de redes sociais? Você acredita que você se encaixa
nesse conceito? Você se descreveria então como usuário? Quanto tempo por dia, em
média, você diria que gasta na internet? Você pode me contar um pouco mais sobre
a sua relação com redes sociais?
Quais são as redes que você costuma usar no seu dia a dia? Você possui alguma
predileção por alguma rede?
O que normalmente você costuma ver/buscar quando está usando a rede social X?
3. TUTORIAIS/YOUTUBE
Vamos começar agora a falar um pouco mais sobre a sua relação com o YouTube e
para isso eu gostaria de saber um pouco mais sobre suas impressões sobre a
plataforma.
O que você acha que caracteriza um usuário ativo do YouTube? Você se enquadra
nessa definição? Qual a sua relação com os canais e conteúdo disponível? Você
acompanha algum canal?
Quanto tempo em média você gasta por dia assistindo vídeos no YouTube? Existe
algum momento do dia preferido para acompanhar conteúdos na plataforma? Como
você costuma acessar os vídeos (TV, tablet, celular, computador)?
Você tem a predileção por algum tipo de conteúdo específico quando usa o YouTube?
Como você escolher os vídeos que vai assistir?
4. REAÇÂO A FRASES
Agora eu tenho algumas frases e gostaria de entender o que você acha de cada uma
delas (incentivar o entrevistado a comentar os motivos de concordar/discordar de cada
frase):
5. WRAP UP
Você tem alguma pergunta para mim sobre o estudo ou qualquer outra dúvida?