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Ferramentas II
1. MEDIÇÕES BÁSICAS.................................................................................................................. 3
3. MANDRIS ................................................................................................................................... 20
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8. ABRASIVOS ............................................................................................................................... 47
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1. MEDIÇÕES BÁSICAS
Antes desta era das máquinas, os instrumentos de medida exacta não eram importantes.
As unidades de medida eram tomadas de coisas vulgares: o comprimento do pé de um homem,
por exemplo, era geralmente aceite como unidade de comprimento; o mesmo aconteceria com o
palmo. Com o advento das máquinas, no entanto, a ordem das coisas alterou-se completamente,
e a medida exacta tornou-se de importância crítica. Num motor a gasolina, para dar um exemplo,
as folgas dos êmbolos e dos cilindros tem de ser absolutamente exactas, pois de outro modo o
motor não funcionará correctamente.
1 m = 39,37 in (polegadas)
1 dm = 3,937 in
1 cm = 0,3937 in
1 mm = 0,03937 in
1 in = 25,4 mm
1 in = 2,54 cm
1 ft(pé) = 12 in
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PROBLEMAS DE EXEMPLIFICAÇÃO
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1 in = 2,54 cm, teremos que in é igual a
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x 25,4 = 15,875 mm
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1.3 RÉGUAS
As réguas de aço, tem os seus bordos graduados de várias maneiras. Uma régua de aço de
6 in está representada na figura 2. Em algumas réguas a polegada está dividida em meios-
centésimos e em centésimos.
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Cada graduação na escala dos centésimos é igual a 0,010 in. Uma régua de aço pode estar
equipada com patilha, gancho ou batente numa das extremidades, conforme a figura 3.
Por vezes é necessário medir um comprimento num local de difícil acesso, onde uma
régua vulgar não serve ou não cabe. Para fazer tal medição, a régua curta, que a figura 4
mostra, pode ser usada.
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Para medir comprimentos maiores que 18 in, pode usar-se um metro articulado de aço,
madeira ou alumínio. Os metros articulados têm normalmente 2 a 6 ft., de comprimento. No
entanto, para efectuar medidas mais exactas é preferível utilizar-se a fita métrica dado que o
metro articulado após algum tempo de uso, cria folgas nas juntas ou dobras.
Um outro tipo de régua de aço flexível -, chamada fita métrica, é enrolada numa caixa,
como a da figura 5. Uma régua deste tipo tem geralmente entre 6 a 12 ft (pés) de comprimento.
Embora a fita seja suficientemente flexível para ser dobrada em arco ou em pequenas curvas, é
também suficientemente rija para se suportar a si mesma quando é desenrolada da caixa numa
posição horizontal ou vertical.
Uma fita métrica é geralmente equipada com um batente deslizante, que ajusta a
posição do ponto zero da escala, de modo a permitir que se façam medidas exactas quer
interiores quer exteriores. Quando a face interior do batente está em contacto com uma
superfície, esta face coincide com a marca zero da régua (figura 6). Quando a face interior do
batente está em contacto com a superfície, puxa-se a régua de modo que o batente ao deslizar,
faca coincidir a sua face interior com o zero da régua (figura 7).
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Para obter uma medida interior, por exemplo, o interior de uma caixa, um metro
articulado de 6 ou 7 in equipado com uma extensão, é uma boa ferramenta. Para fazer a
medição interior, primeiro desdobre o metro articulado, tanto quanto possível, até à distância
aproximada a medir.
Depois, estenda a extremidade do metro até à parede da caixa, e Ieia o comprimento ate
onde ela se estende. E, finalmente, adicione o comprimento da extensão ao comprimento do
corpo principal do metro (veja a figura 9).
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Ao utilizar um esquadro para determinar se duas superfícies estão em ângulo recto uma
em relação à outra, coloque uma das arestas da base sobre a superfície tomada como
referência, e encoste uma das arestas da lâmina na outra superfície a ser verificada. As arestas
a serem usadas dependem das posições relativas das superfícies. Se o ângulo for um ângulo
recto exacto, a aresta da lâmina ficará em contacto com a superfície no seu inteiro comprimento.
Um espaço entre a aresta da lâmina e a superfície, significa que a superfície tem que ser
ajustada, pois não está a 90º com a outra. Os cantos da lâmina não devem ser usados para
verificar qualquer trabalho.
1.8 NÍVEL
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Este instrumento pode ser usado para determinar se uma linha ou superfície está na
horizontal. Um dos lados mais longos é colocado sobre a superfície ou ao longo da linha. Se a
bolha não ficar no centro do tubo onde está encerrada, a superfície ou a linha não estão na
horizontal; o trabalho deve ser movido de modo a que a bolha venha exactamente para o centro
do tubo.
O nível pode também ser usado para verificar se uma superfície ou linha está na vertical.
Para este fim, usa-se a bolha dentro de um dos tubos verticais.
Utiliza-se para medir o nível do líquido armazenado nos tanques. A escala vem graduada
no sistema inglês (polegadas e pés).
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2. BROCAS E BERBEQUINS
Brocar furos é uma tarefa comum. Mas o que pode parecer algo simples e fácil de se
fazer, não deve ser tornado de ânimo leve. Brocar correctamente é uma coisa que só se
consegue com a prática e muita habilidade. Quando um furo é mal brocado, ele pode não acabar
exactamente onde deve, ficar oval ou cónico.
O nome comum da ferramenta que se usa para brocar é a broca helicoidal (figura 12). A
broca helicoidal é feita de um pedaço de varão de aço. As suas partes principais são o corpo, a
haste e a ponta ou bordo cortante. O corpo possui caneluras ou rasgos, em espiral e ao longo de
toda a sua extensão. Estes rasgos fornecem, as aparas que vão sendo cortadas do fundo do
furo, uma passagem através da qual elas saem para o exterior. É também por estas caneluras
que podem passar os líquidos lubrificantes ou arrefecedores que se fazem chegar à ponta da
broca.
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Note que a figura 12 tem representado dois tipos de hastes de brocas helicoidais: a
direita e a cónica.
As brocas de haste direita são seguras num berbequim apertadas pela bucha deste
(figura 13). São usadas na maioria das máquinas de furar portáteis.
A haste cónica de uma broca helicoidal permite que esta seja rápida e
correctamente introduzida no veio de um engenho de furar, sem que seja necessário usar
uma chave para esse efeito. A haste cónica da broca, encaixa-se no alvéolo rotativo da
máquina de furar, quando a broca é introduzida com uma ligeira pressão no alvéolo. A
pressão de trabalho sobre a broca aumenta a sua fixação ao alvéolo.
FIG. 13— UMA BUCHA DE BERBEQUIM TEM TRÊS MAXILAS OU GARRAS, QUE SE
FECHAM SOBRE A HASTE DA BROCA PRENDENDO-A CENTRADA COM BUCHA. UMA
CHAVE EM <<T>>, CONHECIDA COMO A CHAVE DE BUCHAS OU CHAVE DE BERBEQUIM,
É USADA PARA APERTAR E DESAPERTAR AS MAXILAS DA BUCHA.
A medida de uma broca helicoidal de haste direita é impressa na sua haste; a de uma
broca helicoidal de haste cónica é gravada no seu pescoço.
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FIG. 14
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2.2 BERBEQUINS
Os pequenos furos podem ser executados com um berbequim de mão, (figura 15),
muitas vezes chamado <<batedor de ovos>>. Mas, verá que um berbequim eléctrico
portátil é muito mais eficaz. Primeiro, porque o berbequim eléctrico portátil é mais rápido e
requer menor esforço. Segundo, porque é mais fácil fazer um furo mais Iimpo e mais exacto
com uma ferramenta eléctrica.
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Para permitir furar em locais de difícil acesso, existem berbequins industriais equipados
com engates rotativos dobrados em ângulos de 90º e 33º e com tubos de extensão. Também
existem uniões de engate para fornecer velocidade adicional para berbequins de uma ou de
duas velocidades (figura 17).
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As cabeças rotativas da maioria dos berbequins têm buchas para fixar brocas helicoidais
de haste direita. A chave de buchas é inserida em qualquer dos três furos respectivos, igualmente
espaçados à volta do nariz da bucha, e rodada para que as maxilas da bucha apertem e prendam
a broca. Ao apertar a bucha, é conveniente fazer sempre o seguinte: após ter apertado a bucha
com a chave num dos três furos, deverá passá-Ia pelos restantes para a acabar de apertar. Isto
uniformizará a pressão de aperto em todas as três maxilas da bucha, e proporcionará uma maior
e melhor prisão da haste da broca helicoidal.
Tais roupas podem ser apanhadas pelas partes rotativas do berbequim e causar danos
ou ferimentos.
Para fazer abrir um furo numa peça de metal, com um berbequim portátil, siga Os
seguintes passos:
1. Marque o local exacto onde quer o furo, com um punção de bico (figura 18).
Certifique-se de que a marca do punção fica suficientemente grande para aceitar o
ponto central dos bordos cortantes da ponta da broca, pois em contrário, a broca
escorregará.
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10. Ao abrir furos de diâmetro mais largo, pode muitas vezes reduzir o esforço
necessário para este tipo de furação, fazendo primeiro um furo <<guia>> ou
<<piloto>> com uma broca helicoidal mais fina e a seguir, furar ao longo deste
primeiro furo, com uma broca helicoidal já da medida desejada. A broca que fizer
o furo <<piloto>> não deve ser demasiado grossa, pois de contrário, a broca que
se usar a seguir poderá agarrar, isto é, encravar-se no furo mais estreito ou
começar a vibrar.
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3. MANDRIS
Dado que uma broca corta apenas com a sua ponta, um furo brocado é geralmente
áspero e ligeiramente mais largo do que o diâmetro da broca. Isto é usualmente aceitável para
parafusos e rebites; mas para fazer um furo para um perno-guia, por exemplo, requere-se um
trabalho mais perfeito e mais preciso.
Usa-se um mandril para alargar e acabar um furo brocado para o diâmetro requerido;
somente é retirado, mandrilado, o material suficiente para que desapareçam as marcas deixadas
pela broca.
O mandril manual tem sulcos de bordos afiados, lâminas que fazem o corte raspando o
interior do tubo. A ponta, ou bico, do mandril não corta. O que é exactamente o contrário do que
faz a broca. Portanto, o mandril corta com o gume exterior da parte cortante da ferramenta.
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Quando bem executado, o mandrilado à mão produz furos muito precisos, direitos e
redondos. Para mandrilar à mão um furo, primeiro broque ou mandrile o furo num diâmetro
inferior ao diâmetro desejado. Geralmente, a quantidade de material deixado no furo e a ser
retirado varia com o trabalho e o diâmetro do furo, mas regra geral, um diâmetro inferior ao final
em 0,005 a 0,007 polegadas (0,13 a 0,18 mm) mostra ser satisfatório para a maior parte dos
efeitos.
Antes de mandrilar, prenda a peça de trabalho numa posição tal que o mandril possa ser
seguro na vertical. Escolha o mandril com o tamanho desejado.
Prenda o mandril numa palmatória, suporte para mandris. Introduza o mandril no furo e
rode-o lenta e levemente no sentido dos ponteiros do relógio, figura 20, à medida que o vai
metendo pelo furo dentro. Quando retirar um mandril de um furo acabado de mandrilar, continue
a rodar no sentido dos ponteiros pois os gumes podem ficar rombos e o furo pode ficar
arranhado. Ao mandrilar aço e a maior parte dos outros metais, use um fluido adequado para
lubrificar a operação de corte: Não é precisa qualquer lubrificação para o ferro fundido e o bronze.
Não use um mandril manual numa máquina, porque arruinaria o mandril.
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4. MACHOS DE ROSCAR
Quando precisar de abrir uma rosca num furo, ou de limpar as já existentes que possam
estar um pouco danificadas, use um macho de roscar manual. Os três tipos mais populares de
machos são mostrados pela figura 21. Os machos são usados para abrir roscas em metal macio
ou plástico. Abrir roscas em metal endurecido deve ser feito numa ferramentaria ou oficina de
ferramentas. Deve começar a abrir as roscas com o macho cónico ou chanfrado, e a seguir, usar
o macho intermédio para acabar o trabalho. O macho direito ou recto é o último macho que se
usa quando é necessária a rosca até ao fundo de um furo cego. Um furo cego é aquele que não
atravessa completamente a peça onde é feito.
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5. TARRAXAS OU CAÇONETES
O corte de roscas no exterior de objectos, tais como varões, hastes, tubos e pernos
requer o mesmo tamanho que a abertura de roscas no interior de furos. A ferramenta usada, no
entanto, chama-se uma <<tarraxa>>, ou <<caçonete>>. Veja os modelos representados na figura
22. A tarraxa é usada com o mesmo movimento de avança-recua como se opera o macho de
roscar. Algumas tarraxas são ajustáveis de modo a poderem produzir uma ligeira variação no
tamanho da rosca, isto é, ligeiramente maior ou ligeiramente menor. O suporte de tarraxas,
chamado palmatória ou porta caçonetes, figura 23, é uma simples barra com uma cavidade no
centro para prender a tarraxa. Isto permite a aplicação de força quando se faz rodar a tarraxa. A
uma palmatória armada com uma tarraxa ou caçonete, muitas vezes se chama incorrectamente,
tarraxa ou caçonete.
Quando se usa uma tarraxa, aplica-se o lado que contém uma ligeira conicidade virada
para o trabalho. De outro modo, a rosca que se quer direita pode ficar ovalizada, ou não chegar
a ser feita. Quando se olha para a tarraxa, notamos uma ligeira diferença de tamanho entre as
aberturas de ambos os lados da tarraxa. A abertura mais larga das duas, deve ser voltada para
baixo, ficando virada para o trabalho.
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Um macho de roscar ou uma tarraxa não devem ser operadas a seco, excepto no caso
de abertura de roscas em ferro fundido. Deve usar o tipo certo de lubrificantes para o tipo certo
de metal em que trabalha. Os lubrificantes de machos e tarraxas publicam tabelas em que vêm
indicados os tipos de lubrificantes a usar para abrir roscas.
Os pernos de que aqui falamos são os roscados em ambas as extremidades e que são
muitas vezes usados na montagem de máquinas e em outros componentes. Os da figura 24 são
pernos roscados de cabeça cilíndrica para um motor a gasolina. As extremidades interiores dos
pernos estão aparafusadas em furos no bloco do motor, passando através dos mesmos
praticados na cabeça do motor. Os pernos recebem as porcas na sua extremidade superior que
são apertadas para manterem o conjunto bloco-cabeça montado.
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FIG. 24— VAMOS SUPOR QUE O PERNO ROSCADO DO CENTRO, IMAGEM (A),
SE PARTIU. NOTE QUE UMA BROCA ESTÁ A FAZER UM FURO NO PERNO. NA
IMAGEM (B), O TRABALHADOR ESTÁ A INTRODUZIR UMA CUNHA DE AÇO
ENDURECIDO, OU EXTRACTOR, NO FURO FEITO NO PERNO. MUITAS VEZES É
UTILIZADO UM ESCOPRO DE PONTA DE DIAMANTE, PARA ESTE EFEITO. POR
FIM, NA IMAGEM (C), O TRABALHADOR APLICOU UM DESANDADOR A UM
EXTRACTOR E PREPARA-SE PARA DESAPERTAR O PARAFUSO DO BLOCO.
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Para enroscar fortemente um tubo no seu lugar é necessário uma ferramenta que agarre,
prenda e gire o tubo. Uma tal ferramenta é a chave de tubos de corrente. A figura 25 mostra um
dos tipos de chave de tubos de corrente usado para enroscar tubos de maior diâmetro. Ela tem
garras de dentes afiados e um longo punho ou pega.
As chaves de tubos parecem-se com as chaves usadas para porcas e parafusos. Uma
das mais conhecidas, é a chave <<Stillson>>, também chamada chave de <<griffe>>, figura 26.
Na extremidade do punho ou cabo, tem uma garra e montada sobre a haste do punho, tem uma
garra móvel. As duas garras ou maxilas, têm dentes cortados em direcções opostas, de modo
que as garras prendem firmemente o tubo. Um sistema de molas dentro da bainha da chave
permite que as garras soltem o tubo, durante o movimento de retrocesso do punho, para a
frente.
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A chave de tubos mista da figura 28 é usada para os mesmos fins da chave de corrente,
mas é muitas vezes mais fácil de usar, porque dá uma maior força de aperto, ou desaperto, para
o mesmo comprimento de punho. A estrutura desta chave é semelhante à da chave direita: ela
tem uma garra móvel, bainha e parafuso de ajuste. A bainha está ligada ao punho através de
uma união. O punho roda sobre um eixo pivot, o qual é apertado ao tubo por uma corrente, como
na chave de corrente.
A chave de cinta para tubos, ou chave de fixação, é feita para enroscar tubos
niquelados, cromados, ou de bronze polido. A que a figura 29 mostra, tem uma espécie de cinta,
ou braçadeira, macia e articulada para aperto do tubo. A chave agarra firmemente o tubo quando
se puxa o punho, mas a espessura da cinta é tal que não existe qualquer perigo de esmagar ou,
de qualquer maneira, arranhar ou amolgar o tubo.
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6.4 CORTA-TUBOS
Um corta-tubos tem uma lâmina circular de aço endurecido montada num pino ou cavilha
na sua maxila fixa. Na outra maxila, a móvel, estão montados dois roletes. Eles podem ser
apertados contra a Iâmina circular enroscando-se a haste roscada no manípulo, figura 32.
Os roletes macios podem ser substituídos por Iâminas circulares, quando o uso da
ferramenta não permitir que ela seja completamente deslocada em torno da peça a cortar, como
acontece quando se trabalha num tubo localizado junto ao canto de uma parede. Os corta-tubos
também podem ser equipados com Iâminas circulares para trabalho pesado, como por exemplo,
para cortar tubos de ferro fundido ou de aço fundido ou de aço inoxidável.
A ferramenta da figura 33, é usada para cortar tubos de paredes finas de cobre, bronze
macio, ou alumínio.
Esta chave corta-tubos tem uma Iâmina circular, dois roletes, e uma haste roscada, e
funciona exactamente da mesma maneira que o corta-tubos mais pesado. Os roletes macios
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evitam que se formem rebarbas ou rebordos nos dois lados do corte, e também permitem a
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lâmina circular fazer um corte uniforme em torno do tubo. Um mandril é usado para remover as
rebarbas que ainda restarem no interior do tubo depois do corte ter sido feito.
A figura 34 mostra uma ferramenta para cortar tubos de ferro fundido. Esta ferramenta
tem vulgarmente o nome de <<torno corta-tubos>> de corrente. A corrente é enrolada à volta do
tubo a cortar, e a ponta da corrente que fica livre é presa a um gancho na extremidade do braço-
alavanca. A corrente é apertada em torno do tubo fazendo-se girar a roda de ajuste manual.
Movendo-se o braço-alavanca, as lâminas circulares enterram-se no tubo, produzindo assim um
corte suave e uniforme.
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Para tubos muito largos, um torno corta-tubos de corrente muito semelhante ao anterior,
é montado na extremidade de um par de braços-alavancas, que funcionam por meio de um
cilindro hidráulico. Os braços-alavancas são accionados em conjunto pela pressão hidráulica
produzida por uma pequena bomba manual. É assim possível exercer uma maior força, do que a
que é possível com o braço-alavanca mostrado na figura.
Quando as Iâminas são forçadas para dentro da boca de um tubo e rodadas, elas
cortam, retirando as rebarbas dando à superfície interior da boca do tubo uma forma suave e
cónica. Na figura 35 mostra-se um mandril para tubos a ser usado.
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FIG. 35— APÓS PRENDER O TUBO NUM TORNO PARA TUBOS INTRODUZA O
MANDRIL NA BOCA DO TUBO E RODE A ALAVANCA. RODE A ALAVANCA NO
SENTIDO DOS PONTEIROS DO RELÓGIO EM MOVIMENTOS BRUSCOS, CURTOS E
UNIFORMES, ATÉ QUE AS REBARBAS DENTRO DO TUBO SEJAM
COMPLETAMENTE REMOVIDAS.
6.6 TARRAXAS
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Existem outros tipos de suporte para tarraxas, como o suporte de roquete para tarraxas,
o qual é uma ferramenta muito útil para roscar a extremidade de um tubo em locais onde uma
palmatória não pode ser rodada. Um suporte de roquete para tarraxas é mostrado na figura 37.
Muitos profissionais, que usam tarraxas e suportes utilizam uma nomenclatura diferente
para designar todas estas peças. Assim, chamam <<caçonete>> à tarraxa propriamente dita; ao
suporte, quer seja de palmatória ou não, chamam-Ihe <<apoio>> ou <<pega>> e, <<tarraxa>>,
ao conjunto do suporte e das tarraxas quando todo montado e pronto a funcionar.
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Para abrir uma rosca num tubo, coloque o suporte de tarraxas no tubo de maneira que o
mesmo passe através da guia e fique entre as tarraxas. Para abrir roscas direitas, rode o suporte
de tarraxas no sentido dos ponteiros do relógio e exerça pressão somente no princípio. Não
necessita de rodar a tarraxa para trás e para a frente, como o faria se estivesse a cortar roscas à
máquina. As tarraxas para roscar tubos cortam de maneira contínua, porque somente abrem no
tubo tantas roscas quantas há na própria tarraxa. A remoção das aparas ou lascas não constitui
problemas, dado que há bastante espaço para elas se escaparem.
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Ao roscar um tubo aplique óleo, próprio para abrir roscas, no tubo e na tarraxa, onde o
corte se vai fazendo. Mantenha o suporte de tarraxa a rodar, até que a extremidade do tubo
apareça através da tarraxa e fique ao nível da superfície exterior da mesma, como na figura 38.
Ao corte de uma rosca interior chama-se roscar internamente, e a ferramenta para este
fim é conhecida pelo nome de macho. A figura 39 mostra um macho vulgar de roscas para tubos.
Os machos manuais dos mecânicos são úteis para abrir ou corrigir roscas internas para
parafusos, pernos roscados, e peças semelhantes, em reparações e outros trabalhos. Um jogo
destes machos, todos da mesma medida, é mostrado na figura 40; este jogo ou conjunto inclui
um macho de ponta ou cónico, um macho médio, e um macho direito ou recto.
Se um furo tiver sido brocado numa peça, atravessando-a completamente, terá somente
de usar os machos cónico e médio. Se o furo não atravessar a peca, e tiver de ser roscado ate
ao fundo, terá que usar todos os três machos sucessivamente. Comece a roscar com o macho
cónico, o qual é introduzido ate tocar no fundo do furo. A seguir, use o macho médio; ele cortará
roscas um pouco mais profundamente, à medida que é rodado e introduzido até ao fundo.
Finalmente, para cortar roscas completas até ao fundo do furo, use o macho direito.
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Para abrir uma rosca interna <<em esquadria>, isto é, em ângulo recto com a superfície
da peça, o macho deverá ser bem oleado, colocado no furo, e rodado duas ou três vezes com a
chave de macho. Em seguida retira-se a chave e verifica-se a esquadria do macho com um
esquadro recto, como se mostra na figura 41.
FIG. 41 - VERIFIQUE A
ESQUADRIA DO MACHO COM
UM ESQUADRO RECTO. SE O
MACHO ESTIVER FORA DE
ESQUADRIA, APLIQUE-LHE DE
LADO UMA LIGEIRA PRESSÃO
ENQUANTO RODA A CHAVE DE
MACHOS, PARA LEVAR O
MACHO À ESQUADRIA COM A
SUPERFÍCIE DA PEÇA. REPITA
A VERIFICAÇÃO E A ACÇÃO
CORRECTIVA, ATÉ QUE O
MACHO ENCONTRE A
ESQUADRIA DESEJADA. SE
NÃO TIVER UM ESQUADRO
RECTO DISPONÍVEL, USE UMA
RÉGUA DE AÇO.
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Os dentes de um torno para tubos como o das chaves de tubos, devem ser mantidos
afiados. Se se tornarem rombos eles escorregarão e arranharão severamente o tubo. Estes
arranhões profundos são maus por duas razões: eles enfraquecem o tubo e dão aspecto de
<<trabalho de sapateiro>>.
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O torno para tubos com corrente é muito conveniente e rápido e pode ser rapidamente
fixado a uma bancada ou a uma trave. O tubo é colocado sobre as maxilas, e preso pela
corrente. A corrente é apertada à volta do tubo pela acção do manípulo de manivela, como
mostra a figura 44.
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FIG. 44 - O TORNO DE CORRENTE PARA TUBOS PODE SER TAMBÉM USADO PARA
PRENDER ACESSÓRIOS, TAIS COMO NIPPLES E COTOVELOS. ELE É LEVE, COMPACTO E
RESISTENTE, E PODE FACILMENTE SER TRANSPORTADO NUMA CAIXA DE
FERRAMENTAS. A MAXILA, QUANDO SE TORNA ROMBA, PODE SER AFIADA COM UMA
LIMA OU SUBSTITUÍDA.
6.9 GRAMPOS
Existem grampos adequados aos vários diâmetros de tubos normalmente para flanges de
2” — 20” e de 16” — 48”.
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7.1 O AR COMPRIMIDO
O ar comprimido quando usado como fonte de energia requer isolamento contra fugas
ou calor, desde o local onde é produzido até aquele em que é utilizado, mas não necessita de
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protecção contra fogo ou choque. O ar comprimido como fonte de energia é flexível, compacto e
potente.
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7.3 SEGURANÇA
Também tem que se ter cuidado ao usar ferramentas de percussão para operações de
corte. O escopro, ou ferramenta de molde tem de ser mantidos seguros sobre o trabalho. Deixar
uma destas ferramentas escorregar sobre a peca de trabalho e para fora do cilindro da
ferramenta de percussão, pode provocar sérios ferimentos em alguém.
7.4 REQUISITOS DO AR
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Cada compressor tem uma torneira de dreno. O depósito deve ser purgado pelo menos
uma vez por dia. Drenar ou purgar o tanque deve tornar-se um hábito regular.
A figura 47, mostra um filtro de ar. O ar vindo do compressor penetra no filtro através de
uma entrada do ar. À medida que o ar se move através do filtro num movimento de remoinho, ele
choca com uma série de anteparas deflectoras dentro do filtro. A humidade contida no ar prega-
se às superfícies das anteparas e escoa-se para a câmara inferior. A água pode então ser
retirada através da torneira de dreno.
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As partes da ferramenta que requerem óleo são bem abastecidas dele. Os reservatórios
lubrificadores são feitos de plástico transparente e são mais fáceis de se manterem cheios,
porque o nível do óleo pode mais facilmente ser verificado.
A maior parte das ferramentas a ar usa uma mangueira, que é pelo menos uma medida
mais larga do que a medida na tomada de ar para a ferramenta. O funcionamento da ferramenta
é grandemente afectado por uma mangueira menor.
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fabricam equipamento para ferramentas accionadas a ar, tem os seus próprios modelos e
qualquer deles é bom.
Uma união de rosca é um acessório do tipo parafuso, que é geralmente apertado com
uma chave de porcas. Uma união de desengate rápido é como o seu próprio nome indica,
rapidamente engatada ou separada à mão, simplesmente empurrando-a para se encaixar ou
puxando-a para se desligar. Estas uniões usam o princípio do anel, ou segmento, de compressão
para o engate à mangueira de ar.
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8. ABRASIVOS
Os abrasivos são usados para cortar, desbastar, suavizar e polir materiais. Eles existem
em variadas formas, por exemplo, lixa de esmeril, discos e rodas.
Há muitos anos que o homem descobriu que certas pedras e minerais podiam ser usados
para cortar e polir os objectos por ele feitos. Estas pedras e minerais eram os abrasivos naturais
e incluíam o arenito, a pederneira, o quartzo vermelho, o esmeril, o corindo e o abrasivo mais
duro de todos, o diamante. Estes eram os únicos abrasivos de que dispunha o homem primitivo e
serviam satisfatoriamente os objectivos que se propunha deles obter, até que, há menos de um
século, se desenvolveram os abrasivos fabricados, ou artificiais. Com o advento dos abrasivos
fabricados o uso dos abrasivos naturais declinou até ao ponto em que, nos nossos dias, os
únicos que se usam ainda são os de pederneira e os de quartzo vermelho, para trabalhar
madeira, e os de diamante natural, para trabalhar metal. Todos os outros são artificiais.
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Alguns anos após o carboneto de silício ter sido descoberto, foi desenvolvido um
processo de fabricação do óxido de alumínio. O óxido de alumínio mostrou ser o abrasivo mais
eficaz para desbastar aços e é por isso que hoje ele é o abrasivo mais largamente usado no
mundo.
o nitrito de boro, muitas vezes abreviado para CBN <<Cubic Boron Nitride>> - foi
desenvolvido nos anos 60 do século passado. Cerca de duas vezes mais duro do que o óxido de
alumínio e do que o carboneto de silício, é muito eficaz para desbastar os aços endurecidos de
que são feitas certas ferramentas. Esta dureza do nitrito de boro é uma vantagem importante,
pois nem o diamante, nem o carboneto de silício podem ser usados em aço, sem um excessivo
desgaste do material abrasivo.
Os diamantes já são conhecidos há muito tempo mas só por volta de 1940 é que os
diamantes de inferior qualidade começaram a ser esmagados e usados para ferramentas de
desgaste. O diamante artificial não foi fabricado antes de 1955. O diamante quer natural ou
artificial, é a substância mais dura conhecida pelo Homem, mas é também a mais cara. No
entanto, muitos materiais, mais duros e resistentes não podem, simplesmente, ser riscados ou
desgastados por qualquer outro material. Dada a sua dureza, o diamante é usado para
desgastar carbonetos cimentados, pedra e vidro. Também é usado para rectificar e tratar as
faces das rodas abrasivas.
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O papel de lixa, hoje em dia, já não é feito de areia sobre papel. A areia foi substituída
por outras variedades de quartzo e outros compostos, e o papel é cada vez mais substituído por
tecido. O papel de lixa e um abrasivo revestido, porque o grão abrasivo é colado ao suporte,
formando um revestimento. Os abrasivos revestidos são fabricados em rolos enormes que são
depois cortados em cintas, fitas, discos e folhas.
Embora os abrasivos revestidos tenham sido desde sempre quase só usados para o
acabamento da madeira, hoje eles são usados, e cada vez mais, em metais. Melhores máquinas
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de abrasivo de corte rápido, e o de suportes mais fortes; e o facto de as cintas poderem ser feitas
mais largas, tudo isto contribuiu para a expansão do uso dos abrasivos revestidos.
Num abrasivo revestido de grão-fechado, os grãos abrasivos são aplicados sobre toda a
superfície do suporte. Os grãos estão muito juntos, com muito pouco espaço entre eles. Um
exemplo de um abrasivo de grão-fechado, é mostrado na figura 55.
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8.5.4 DESIGNAÇÕES
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O tamanho dos grãos abrasivos usados em abrasivos revestidos é dado pelo número do
calibre do «grão». Os vários números que se usam são como se segue:
16 80 280
20 100 320
24 120 360
36 150 400
40 180 500
Por exemplo, o «grão» indicado pelo número 24 é um abrasivo cujos grãos passarão
através de uma fieira que tenha 24 furos por polegada de comprimento. Este é um «grão»
grosso. O «grão» indicado pelo número 400 significa que o abrasivo com ele designado tem
grãos, ou é feito de grãos, tão pequenos que cada um deles passará por uma fieira de 400 furos
por polegada de comprimento. Este é portanto, um «grão» muito fino (veja a figura 56). Ao
escolher-se um abrasivo para qualquer operação de lixar ou desbastar, é importante que não se
seleccione um abrasivo mais grosso do que o necessário.
Um grão mais grosso pode lixar ou desbastar mais rapidamente, mas deixará arranhões
na superfície trabalhada. O que significa ter que se lixar posteriormente, com uma série de grãos
progressivamente mais finos, de modo a obter uma superfície acabada suave. Um grão mais
grosso pode lixar ou desbastar mais rapidamente, mas deixará arranhões na superfície
trabalhada. O que significa ter que se lixar posteriormente, com uma série de grãos
progressivamente mais finos, de modo a obter uma superfície acabada suave.
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8.6 SUPORTES
Em abrasivos revestidos são usados quatro grupos gerais de suportes: papel, tecido
(pano), fibra e combinações destes suportes laminados em conjunto. O papel é o menos
dispendioso e é geralmente usado para aplicações nas quais a resistência ou a flexibilidade do
suporte não sejam críticas. O peso, ou a espessura do papel usado como suporte para os
abrasivos é indicado pela letra A, C, D, E ou F impressa no verso de cada folha. O F é o papel
mais pesado e mais forte. A maioria das cintas de abrasivos em suporte de papel são feitos de
papel de peso E. O papel de peso A é também conhecido como «lixa de acabamento» e os de
pesos C e D são conhecidos como «lixas murças».
Virtualmente todos os suportes de pano são feitos de tecido de algodão especial para
ser usado em abrasivos revestidos. Os dois tipos mais comuns são chamados «drills»,
identificados por X impresso no verso e «jeans», marcados com a letra J. A principal diferença
entre os dois é que os «drills» são feitos de fio mais pesado, o que os torna mais fortes do que
os «jeans».
Os «drills» são portanto usados para trabalhos mais pesados e para abrasivos mais
grossos; os «jeans» são os melhores para trabalhos que requeiram flexibilidade. É a resistência
do suporte que limita a pressão ou esforço que o abrasivo revestido aguentará sem rasgar.
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A fibra é outro suporte usado para os abrasivos revestidos. É muito dura e resistente,
mas pouco flexível. É usada principalmente como suporte, para discos de aglomerado abrasivo
resinoso para trabalho pesado.
Para colar os grãos do material abrasivo ao suporte são usados diversos tipos de
adesivos.
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novos formatos de rodas, eram-Ihe dados novos números de tipo; e, quando certos outros
modelos se tornavam obsoletos, eles eram retirados da lista.
Hoje, cerca de vinte formatos standard de rodas estão reconhecidos. Destes, os oito
formatos que a figura 57 mostra constituem a maioria das rodas usadas em aplicações
industriais.
superfície metálica. Uma máquina portátil típica, para rectificar a disco, neste caso uma
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<<rebarbadora>> porque usa um disco abrasivo e não uma roda accionada a electricidade, é
mostrada na figura 58. O punho tem um interruptor de ON-OFF, e serve como tomada para o
cabo de energia eléctrica. Há uma pega lateral na parte da frente do aparelho. Deve segurar
sempre a máquina pelas duas pegas ou punho e pega, de modo a controlá-la durante a sua
operação.
O disco abrasivo num rectificador de disco portátil tem 9” de diâmetro. O disco deve ser
apoiado por um prato de suporte do mesmo tamanho. Quando o disco de 9” se gastar nos
bordos, ele pode ser aparado para um diâmetro de 7”. Aparar os discos quando eles se gastam
pode resultar em consideráveis economias após determinado período de tempo. Um prato de
suporte de 7” deve ser usado depois de o disco ter sido aparado.
O disco abrasivo é montado numa unidade amortecedora de recuo, como mostra a figura
59. O disco fica apoiado numa almofada de feltro e num disco de fibra, e é preso no seu lugar
sobre um veio, por uma manga e uma porca. Alguns rectificadores usam somente um apoio de
fibra. No entanto, uma almofada de feltro ajudará a prolongar a vida do disco abrasivo, e
absorverá choques quando rectificar uma superfície menos uniforme.
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Cerca de uma polegada do bordo mais afastado do disco, deve estar em contacto com a
superfície. Se permitir que só a ponta do bordo exterior do disco toque a superfície, pode acabar
por deixar profundos arranhões na superfície. Quando a rectificadora movida a electricidade ou
ar comprimido é adequadamente usada, ela deixará marcas de desgaste na superfície,
parecidas com as da figura 60 (a). As marcas de desgaste mostram a direcção em que a
rectificadoras deve ser movida. Note que as marcas se estendem ao longo do comprimento da
superfície.
O uso descuidado da rectificadora de disco resultará numa superfície tão imperfeita, que
será preciso lixar bastante para acabar a superfície. A figura 60 (b) mostra o uso incorrecto de
uma rectificadora de disco. As marcas do desgaste não são linhas direitas. O lado errado do
disco está a contactar a superfície, e a esburacá-la profundamente. Mais ainda, se demasiado
metal tiver que ser retirado para eliminar os profundos arranhões, a superfície pode ser
enfraquecida a ponto de não poder ser mais utilizada.
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As fagulhas cuspidas pelo disco e produzidas pela sua acção sobre o material da
superfície, devem aparecer à direita da rectificadora e devem ser projectadas para baixo, num
ângulo de cerca de 45º ao eixo da horizontal, como mostra a figura 61.
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Por vezes é preciso desgastar uma superfície curva, e terá então que usar o disco sem o
prato do suporte. A figura 62 mostra um trabalhador a desgastar uma superfície côncava, sem o
prato de suporte. Se Ihe tirarmos o prato de suporte, o disco fica flexível, e pode seguir a forma
côncava da superfície.
CÔNCAVA.
São utilizados dois tipos de lixadoras portáteis, ou manuais. Estes dois tipos, os mais
frequentemente usados são: a lixadora de disco e a lixadora de acabamento, figura 63. A
lixadora de disco (a), é usada somente para trabalho tosco, porque é difícil de controlar em
acabamentos mais finos. Estas lixadoras usam discos de pano rígido revestidos de abrasivo em
grão. O veio da lixadora está equipado com uma almofada amortecedora flexível de borracha,
que fornece um suporte de apoio ao disco de lixa.
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Para usar a lixadora de disco, segure-a de modo que uma das mãos agarre a parte
traseira da lixadora enquanto a outra mão prende a cobertura, como na figura 63 (a). Use óculos
do protecção ou uma máscara de segurança, para proteger a cara das partículas de metal soltas
pela lixadora.
Com a lixadora levantada da peça de trabalho, ligue o motor e deixe que ele atinja a
velocidade máxima. Incline o disco, ligeiramente para a frente sobre a peça de trabalho e faça a
pressão suficiente para dobrar o disco ligeiramente.
Depois, mova o disco suave e levemente sobre a superfície. Nunca permita que o disco
permaneça no mesmo sítio demasiado tempo, porque isto pode cortar a superfície, Iixando-a
demasiado só nesse lugar.
Para usar a lixadora de acabamento, seleccione qual dos dois movimentos deseja: o
orbital ou o do vai-e-vem em linha recta. Agarre firmemente a lixadora e ligue o motor. Deixe que
seja o peso da lixadora a fornecer a pressão sobre a peça de trabalho. Mova a lixadora numa
direcção, da direita para a esquerda, ou da esquerda para a direita, para produzir a superfície
mais macia e suave possível.
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Uma rectificadora portátil tal como uma lixadora e muitas outras ferramentas accionadas
a energia eléctrica ou a ar comprimido, tem que ser devidamente usada. Se observar as regras
básicas de segurança dadas a seguir, estará a garantir uma operação da rectificadora segura e
livre de problemas:
1. Use sempre óculos de segurança ou uma máscara quando operar com uma
rectificadora, quer ela seja movida a electricidade ou a ar comprimido.
2. Nunca suspenda ou segure uma rectificadora pelo seu cabo eléctrico ou pela sua
mangueira de ar comprimido. O peso da rectificadora pode partir a ligação eléctrica ou de ar
comprimido, também pode provocar um curto-circuito no punho ou no interruptor da rectificadora
eléctrica.
3. Segure a rectificadora firmemente pelo punho e pegas que ela tiver para esse efeito.
Se o disco atingir uma racha ou uma acumulação de ferrugem na superfície, ele saltará e dará
um safanão à rectificadora. Se você não a tiver bem agarrada, a rectificadora pode ser cuspida
das suas mãos e atingir parte do seu corpo provocando-Ihe graves ferimentos.
5. Enquanto a rectificadora estiver a operar, tenha cuidado e evite que o disco contacte
com o cabo eléctrico ou com a mangueira de ar comprimido.
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• Ser perigosas para o operador. As velocidades mais altas, podem fazer voar pedaços de disco e
você ou outra pessoa nas instalações pode ser atingido pelos verdadeiros projécteis em que
esses pedaços se transformam.
• Aquecer a superfície em que se trabalha, sem penetrar a superfície. Isto pode fazer com que a
superfície do metal empene, e uma superfície empenada pode ser extremamente difícil de
reparar.
A maior parte das rectificadoras tem velocidade constante, e não giram mais rapidamente
do que a velocidade recomendada do disco. No entanto, algumas rectificadoras podem ser
operadas a diferentes velocidades. Opere-as à velocidade adequada para o disco. O
equipamento defeituoso pode também provocar diferenças na velocidade. Inspeccione sempre
cuidadosamente o seu equipamento, certificando-se de que não está defeituoso.
Quando a peça de trabalho não pode ser trazida à rectificadora, máquina fixa, uma das
rectificadoras manuais portáteis tem de ser levada até à peça!
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As rectificadoras portáteis são usadas para remover defeitos em peças fundidas, para
limpar soldaduras e para outras operações de desbaste e acabamento. A figura 65 (a) e (b) e a
figura 66, mostram alguns usos típicos das rectificadoras de disco e de roda. Deft uk
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FIG. 65- UMA RECTIFICADORA PORTÁTIL COM UMA RODA EM FORMA DE COPO
AFAGANDO A JUNTA DA SOLDADURA NUMA PEÇA DE METAL FABRICADA EM (A). O USO
DE UMA RECTIFICADORA COM UM DISCO CHATO OU PLANO EM (B).
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O melhor tipo de protector dos olhos tem escudos laterais ou coberturas que impedem
que as partículas projectadas entrem por trás das lentes nos seus olhos. Geralmente, os escudos
laterais são ventilados para permitir a circulação do ar, o que os toma mais confortáveis e evita o
embaciamento. Se o seu trabalho o expõe a uma pesada concentração de partículas voadoras,
então o melhor é usar óculos de protecção para trabalho pesado, uma máscara sobre óculos de
protecção standard. Alguns dos protectores dos olhos são ilustrados pela figura 67.
Numa rectificadora portátil, a guarda da roda por vezes traz inconvenientes à operação
de desgaste. às vezes parece que não dá jeito trabalhar com a guarda colocada. Mas, apesar de
todos os inconvenientes, deve manter a guarda no lugar e devidamente ajustada, sempre que
usar uma rectificadora. Não há nenhuma justificação para qualquer outro procedimento.
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Na maioria das rectificadoras, a guarda da roda tem que ser retirada para se substituir a
roda. Muitos trabalhadores esquecem-se de a voltar a colocar. Eles dizem que não conseguem
ver bem o trabalho que estão a fazer, com a guarda montada, ou dão qualquer outra desculpa
como, por exemplo, que nunca partiram uma roda. Imensos trabalhadores têm ficado gravemente
incapacitados por pensarem e agirem desta maneira. Partiram a primeira e última roda!
É evidente que há muito mais a dizer sobre segurança do que aquilo que mencionámos.
As outras práticas de segurança incluem: 1) inspeccionar as rodas procurando rachas antes de
as montar; 2) inspeccionar as flanges usadas para montar a roda; e 3) fazer girar a roda durante
cerca de um minuto, sem carga, antes de começar a rectificar.
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