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Escalas de avaliação de transtornos

alimentares
Táki Athanássios Cordás1, José Eduardo P. das Neves2

RESUMO

Devido à origem multifatorial dos transtornos alimentares são necessários vários tipos de avaliação:
mensuração da alimentação, atividade física, imagem corporal e episódios bulímicos. Os autores revisam
os diagnósticos clínicos de transtornos alimentares e revêem as diversas formas de abordagem
estruturadas desses transtornos. As escalas mais usadas nos estudos sobre os transtornos alimentares são:
Questionário de Imagem Corporal (BSQ), Teste de Avaliação Bulímica de Edimburgo (BITE) e o Teste
de Atitudes Alimentares (EAT).

Unitermos: Transtornos Alimentares; Diagnóstico; Estudos Populacionais; Escalas de Avaliação

ABSTRACT

Rating Scales of Eating Disorders

Due to the multidimensional origin of eating disorder, several types of assessment are needed: eating
habits, physical activity, body image perception and binge eating episodes. The authors review the
diagnosis of eating disorders and the several structured assessment scales related to these disorders
including th Body Shape Questionnaire (BSQ), the Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE) and the
Eating Attitudes Test (EAT).

Key words: Eating Disorders; Diagnosis; Population Studies; Assessment and Rating Scales

À medida que aspectos multifatoriais são responsáveis pela etiopatogenia dos transtornos alimentares,
uma avaliação adequada deveria incluir métodos de mensuração da ingestão alimentar (quantidade e
qualidade), atividade física e aspectos psicopatológicos como imagem corporal, episódios bulímicos e
comportamentos purgativos.

Acrescente-se a uma adequada avaliação os aspectos comórbidos mais freqüentes, tais como depressão,
transtornos ansiosos em particular TOC, transtornos ligados ao controle do impulso e abuso de
substâncias.

Durante a última década, foram publicados vários tipos de entrevistas estruturadas: a Clinical Eating
Disorders Rating Instrument (CEDRI; Palmer et al., 1987), a Eating Disorder Examination (EDE;
Fairburn e Cooper, 1993), a Interview for Diagnosis of Eating Disorders (IDED; Williamson, 1990) e a
Structured Interview for Anorexia and Bulimia Nervosa (SIAB; Fichter, 1991). Todas essas escalas
fornecem informações gerais sobre sintomatologia dos transtornos alimentares, mas a EDE, a IDED e
SIAB são mais usadas para fins diagnósticos, enquanto a CEDRI e SIAB dão mais informações sobre a
psicopatologia individual ou familiar relacionada ao transtorno alimentar (Crowther e Sherwood, 1997).

Os métodos mais comuns de avaliação são as entrevistas clínicas semi-estruturadas, diários alimentares e
instrumentos auto-aplicados.
ENTREVISTAS CLÍNICAS

As entrevistas clínicas foram os primeiros métodos de obtenção de informação sobre os transtornos


alimentares. O desenvolvimento de entrevistas semi-estruturadas representou um grande avanço do
conhecimento na área. O Eating Disorder Examination (EDE) é o mais validado e amplamente utilizado
para a avaliação de aspectos psicopatológicos fundamentais em quatro escalas (restrição alimentar,
preocupação alimentar, forma corporal e preocupação com o peso). Constitui, hoje, o "padrão-ouro" entre
as anamneses diagnósticas e apresenta-se sensível a mudanças de tratamento e aos efeitos de tratamento
psicológico.

A última edição da EDE, a décima segunda, também fornece diagnósticos operacionais além de ter
características psicométricas aceitáveis (Fairburn e Cooper, 1993).

Suas vantagens incluem um paradigma conceitual que inclui várias formas de alimentação excessiva, a
organização, pela qual é obtida informação detalhada sobre sintomatologia alimentar é obtida e questões
desenhadas para facilitar a precisão dos dados. Suas desvantagens são a necessidade de pelo menos uma
hora de aplicação e a presença de um administrador treinado.

DIÁRIOS ALIMENTARES

Diários alimentares são instrumentos de auto-avaliação, nos quais os pacientes são solicitados a oferecer
uma visão de sua ingestão alimentar (quantidade e qualidade), mecanismos de controle compensatórios,
cognições e afetos relacionados. Por vezes, o controle pode agir como agente terapêutico diminuindo a
freqüência de comportamento bulímico e vômitos.

Além disso, os diários alimentares têm várias outras funções ao longo do tratamento. Como a auto-
avaliação é uma parte importante do tratamento cognitivo-comportamental, especialmente no tratamento
dos transtornos alimentares, o diário pode servir como guia nos pontos de intervenções para mudança do
comportamento alimentar (Wilson, 1993). O mesmo instrumento pode ser usado para se avaliar progresso
e prognóstico dos pacientes (Wilson,1993).

As dificuldades incluem a falta de aceitação por parte de alguns pacientes e a falta de confiabilidade no
relato do paciente. Esse último aspecto é particularmente delicado. A maioria dos trabalhos limita-se no
caso dos pacientes bulímicos a avaliar apenas número de episódios bulímicos e vômitos. Em outros
estudos, os resultados são contraditórios, com alguns resultados favoráveis (Kranztler et al., 1982) e com
importantes questionamentos quanto à precisão dos dados (Lichtman et al., 1992). Um estudo de 1984
comparou os relatos de ingesta alimentar e episódios bulímicos pelos próprios pacientes e por seus
familiares, independentemente. Não houve diferenças significativas entre os relatos (Crowther et
al., 1984). De qualquer maneira, dado o caráter particular dos comportamentos bulímicos, a auto-
avaliação é provavelmente o método mais prático de abordagem desses sintomas.

INSTRUMENTOS DE AUTO-APLICAÇÃO

Questionários de auto-aplicação têm várias utilidades na abordagem de sintomas alimentares e também os


de
outra natureza. Primeiramente, apesar de esses instrumentos não poderem substituir uma entrevista clínica
para se fazer o diagnóstico, eles servem para seleção da presença ou da gravidade dos sintomas
alimentares. Em segundo lugar, como a apresentação clínica desses transtornos é muito heterogênea,
servem para identificar os problemas que merecem maior ênfase durante o tratamento. Finalmente, como
esses instrumentos medem o progresso dos pacientes, podem ser aplicados várias vezes ao longo do
tratamento (Crowther e Sherwood, 1997).

Os dois instrumentos mais usados na clínica e pesquisa são o Eating Attitudes Test (EAT) e o Eating
Disorder Inventory (EDI), versão 1 e 2. O EAT foi originariamente desenvolvido para avaliar atitudes e
comportamentos típicos de pacientes com anorexia nervosa. Essa escala diferencia pacientes anoréxicos
dos controles e também diferencia pacientes bulímicos dos controles. A análise fatorial de seus 40 itens
resultou numa versão resumida, o EAT-26 (Gross et al., 1986). Há versão para o português (anexo 1,
Nunes et al., 1994).

O EAT deve ser usado como um índice da gravidade de preocupações típicas de pacientes com transtorno
alimentar, particularmente intenção de emagrecer e medo de ganhar peso (Williamson, 1990). Em estudos
populacionais, no entanto, o EAT exibiu baixo valor preditivo (entre 100 pontuadores altos apenas 19
eram casos de anorexia nervosa).

O EDI-2 permite uma abordagem abrangente de alterações comportamentais e psicológicas dos


transtornos alimentares. Sua maior vantagem é que essa escala gera um perfil psicológico do paciente que
auxilia no tratamento. Tanto o EDI quanto o EDI-2 apresentam boa consistência interna e validade
(Garner, 1991) e são sensíveis às variações devidas ao tratamento psicológico (Mitchell et al., 1990).

A maioria dos instrumentos existentes, por exemplo o EAT, foi elaborada especificamente para a
anorexia nervosa; com o aumento da importância epidemiológica da bulimia nervosa, instrumentos
específicos como o Bulimia _ test(BULIT-R) e o Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE) foram
recentemente elaborados. O BITE dispõe de versão em português (anexo 2).

O BULIT foi inicialmente desenvolvido e validado em 1984 (Smith e Thelen, 1984) e uma versão
revisada foi feita para acompanhar as mudanças nos critérios diagnósticos para bulimia nervosa (Thelen,
1991). A versão revisada tem boas características psicométricas e diferencia entre indivíduos com
bulimia, anorexia e sem transtorno alimentar. É bastante utilizada como escala para gravidade de
sintomas bulímicos (Thelen, 1991).

Outro fator importante na abordagem dos transtornos alimentares está no sintoma distorção de imagem
corporal. Esse sintoma apresenta várias facetas: distorção da imagem corporal, insatisfação corporal e
evitação da imagem corporal (Rosen, 1992).

Vários questionários foram usados para a abordagem das atitudes com relação à imagem corporal.
A Body Cathexis Scale (Secord e Jourard, 1953) foi uma das primeiras escalas de auto-avaliação nessa
área.

O Body-Self Relations Questionnaire (BSRQ; Winstead e Cash, 1994) tem 140 itens que o paciente
responde com uma escala de 5 pontos. Os itens referem-se às atitudes e ações do paciente em três áreas
somáticas: aparência física, forma física e saúde física (Williamson, 1990).

Dentro do EDI-1 e 2, há a escala Body Dissatisfaction (Garner et al., 1984). Essa escala tem nove itens
que refletem a crença quanto à "gordura" de partes específicas do corpo.

O Body Shape Questionnaire (BSQ; Cooper et al., 1987) mede as preocupações com a forma do corpo,
auto-depreciação devido a aparência física e a sensação de estar "gorda". As medidas psicométricas do
BSQ são muito promissoras e essa escala é muito útil para pacientes com transtorno alimentar. O BSQ
tem versão em português (anexo 3).

Há menos instrumentos disponíveis para se avaliar a evitação da imagem corporal. Comportamentos de


evitação em situações que trazem ansiedade com relação à aparência física são comuns em pacientes com
transtornos alimentares e podem contribuir no prejuízo social e psicológico dos pacientes (Rosen e
Leitenberg, 1988). A Body Image Avoidance Questionnaire (BIAQ; Rosen et al., 1991) é uma escala de
auto-avaliação de 19 itens para abordagem desse aspecto da imagem corporal.

A QUESTÃO DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS


A estreita relação entre transtornos do humor, particularmente depressão e os transtornos alimentares
reside ainda como uma questão em aberto. A prevalência da comorbidade varia entre 24% e 88% para
bulimia nervosa e 10% a 80% para anorexia (Halmi, 1985). Essas disparidades expressam questões
diversas como a interpretação de sintomas e manifestações clínicas da anorexia e bulimia nervosas
(efeitos do jejum ou sintomas depressivos?) e os diferentes critérios diagnósticos utilizados.

Diferentes investigadores têm-se preocupado com o uso de escalas de depressão, em particular com os
sintomas "endógenos" (perda de peso, perda de apetite, diminuição da libido, insônia, despertar precoce)
na anorexia nervosa, principalmente à medida que tais sintomas podem evidenciar sintomas da doença ou
resultado de alterações metabólicas. Isso pode inclusive resultar em uma avaliação inflada dos escores
depressivos em transtornos alimentares.

O sintoma mais claramente observável é a perda de peso, pré-requisito necessário para anorexia nervosa.
Muitas escalas para depressão incluem uma questão, às vezes duas, sobre perda de peso. Essas questões
devem mesmo ser incluídas, uma vez que 45% dos pacientes deprimidos hospitalizados e 30% dos
ambulatoriais apresentam perda de peso.

CONCLUSÃO

Para se estabelecer um diagnóstico preciso e recomendar o melhor tratamento possível, o clínico precisará
reunir informações provenientes da entrevista clínica, de uma bateria de questionários e dos diários
alimentares. A entrevista é necessária para se fazer o diagnóstico; os questionários de avaliação dão uma
idéia mais detalhada sobre a presença e gravidade de vários sintomas e os diários alimentares fornecem
informações importantes sobre os aspectos funcionais da alimentação. Não se esquecendo de que a
avaliação é um processo dinâmico, esta deve ser repetida várias vezes durante o tratamento.

REFERÊNCIAS

1. Crowther, J.H.; Lingswiler, V.W.; Stephens, M.A.P. - The Topography of Binge Eating _ Addictive
Behaviors 9: 299-303, 1984.

2. Fairburn, C.G. & Cooper, Z. - The Eating Disorders Examination In: Fairburn C.G. & Wilson G.T.
(Eds.). Binge Eating: Nature, Assesment and Treatment. New York, Guilford Press, 160-192, 1993

3. Fichter, M.M.; Elton, M.; Engel, K.; Meyer, A.E.; Mall, H.; Potska, F. - Structured Interview for
Anorexia and Bulimia Nervosa (SIAB): Development of a New Instrument for the Assesment of Eating
Disorders. International Journal of Eating Disorders 10: 571-592, 1991.

4. Garner, D.M. - Eating Disorders Inventory-2. Psychological Assesment Resources 1991.

5. Gross, J.; Rosen, J.C.; Leitenberg, H.; Willmuth, M.E. - Validity of the Eating Attitudes Test and the
Eating Disorders Inventory in Bulimia Nervosa. Journal of Consulting and Clinical Psychology 54: 875-
876, 1986.

6. Kranztler, N.J.; Mullen, B.J.; Schutz, H.G.; Grivetti, L.E.; Holden, C.A.; Meiselman, H.L. - Validity of
Telephoned Diet Recalls and Records for Assesment of Food Intake. American Journal of Clinical
Nutrition 36: 1234-1242, 1982.

7. Lichtman, S.W.; Psiarka, K.; Berman, E.R.; Pestone, M.; Dowling, H.; Offenbacher, E.; Weisel, H.;
Heshka, S.; Matthews, D.E.; Heysmfield, S.B. - Discrepancy Between Self Reported and Actual Caloric
Intake and Exercise in Obese Subjects. New England Journal of Medicine 327: 1893-1898, 1992.

8. Mitchell, J.E.; Pyle, R.L.; Ecketr, E.D.; Hatsukami, D.; Pomeroy, C.; Zimmerman, R. - A comparison
Study of Antidepressants and Structured Intensive Group Psychotherapy in the Treatment of Bulimia
Nervosa. Archives of General Psychiatry 47: 541-550, 1990.
9. Palmer, R.; Christie, M.; Cordle, C.; Davies, D.; Kenrick, J. - The Clinical Eating Disorder Rating
Instrument (CEDRI): A Preliminary Description- International Journal of Eating Disorders 6: 9-16,
1987.

10. Smith, M.C.; Thelen, M.H. - Development and Validation of a Test for Bulimia- Journal of
Consulting and Clinical Psychology 52: 863-872, 1984.

11. Thelen, M.H.; Farmenr, J.; Wonderlich, S.; Smith, M. - A Revision of the Bulimia Test: The Bulit-R.
Psychological Assesment. A Journal of Consulting and Clinical Psychology 3: 119-124, 1991.

12. Williamson, D.A. - Assesment of Eating Disorders: Obesity, Anorexia and Bulimia
Nervosa. Pergamon Press, New York, 29-79, 1990.

13. Wilson, G.T. - Assessment of Binge Eating. In: Fairburn C.G. & Wilson G.T. (eds.) Binge eating:
Nature, Assessment and Treatment 227-249, 1993

1
Médico Supervisor e Coordenador-geral do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares
(AMBULIM) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo

2
Médico Psiquiatra do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (AMBULIM) do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência: Rua Bruxelas, 99 _ São Paulo, SP _ Tel.: (011) 864-9153/3862-8867 e
AMBULIM Rua Dr. Ovídeo Pires de Campos, s/nº Instituto de Psiquiatria, 3º andar sala 4023, Tel.:
(011) 3069-6975
Anexo 1
Teste de atitudes alimentares

Sempre, Mais Frequente , Frequente, As Vezes, Raramente, Nunca

S - MF - F - AV - R - N - S

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1. Costumo fazer dieta.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2. Como alimentos dietéticos.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3. Sinto-me mal após comer doces.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4. Gosto de experimentar novas comidas engordantes.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5. Evito alimentos que contenham açúcar.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6. Evito particularmente alimentos com alto teor de


carboidratos (pão, batata, arroz, etc.).

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 7. Estou preocupado(a) com o desejo de ser mais magro(a).

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8. Gosto de estar com o estômago vazio.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9. Quando faço exercício penso em queimar calorias.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 10. Sinto-me extremamente culpado(a) depois de comer.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 11. Fico apavorado(a) com o excesso de peso.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12. Preocupa-me a possibilidade de ter gordura no meu


corpo.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 13. Sei quantas calorias têm os alimentos que como.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 14. Tenho vontade de vomitar após as refeições.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 15. Vomito depois de comer.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 16. Já passei por situações em que comi demais achando que


não ia conseguir parar.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 17. Passo muito tempo pensando em comida.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 18. Acho-me uma pessoa preocupada com a comida.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 19. Sinto que a comida controla a minha vida.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 20. Corto minha comida em pedaços pequenos.


( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 21. Levo mais tempo que os outros para comer.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 22. As outras pessoas acham que sou magro(a) demais.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 23. Sinto que os outros prefeririam que eu comesse mais.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 24. Sinto que os outros me pressionam a comer.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 25. Evito comer quando estou com fome.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 26. Demonstro autocontrole em relação à comida.


Anexo 2

Teste de investigação bulímica de Edimburgo (*)

1. Qual é a sua altura? ____________


2. Qual é o seu peso atual? ___________
3. Qual é o peso máximo que você já apresentou? ___________
4. Qual é o peso mínimo que você já apresentou? ___________
5. Qual é, no seu entender, seu peso ideal? _______________

6. Você se sente em relação a seu peso:


( ) muito gordo(a) (5) ( ) abaixo do peso (2)
( ) gordo(a) (4) ( ) muito abaixo do peso (1)
( ) médio(a) (3)
7. Você tem períodos menstruais regulares?
( ) sim ( ) não
8. Com que freqüência você, em média, faz as seguintes refeições?
Todos 5 dias/ 3 dias/ 1 dia/
Nunca
os dias sem. sem. sem.
Café da manhã 1 2 3 4 5
Almoço 1 2 3 4 5
Jantar 1 2 3 4 5
Lanches entre as
refeições
1 2 3 4 5

9. Você alguma vez teve uma orientação profissional com a finalidade de fazer regime ou ser
esclarecido(a) quanto à sua orientação?
( ) sim ( ) não
10. Você alguma vez foi membro de alguma sociedade ou clube para emagrecimento ?
( ) sim ( ) não
11. Você alguma vez teve algum tipo de problema alimentar?
( ) sim ( ) não
12. Caso sim, descreva com detalhes:
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________

1. Você tem um padrão de alimentação diário regular?


( ) sim ( ) não
2. Você segue uma dieta rígida?
( ) sim ( ) não
3. Você se sente fracassado quando quebra sua dieta uma vez?
( ) sim ( ) não
4. Você conta as calorias de tudo o que come, mesmo quando não está de dieta?
( ) sim ( ) não
5. Você já jejuou por um dia inteiro?
( ) sim ( ) não
*6. Se já jejuou, qual a freqüência?
( ) dias alternados(5) ( ) de vez em quando(2)
( ) 2 a 3 vezes por semana(4) ( ) somente 1 vez(1)
( ) 1 vez por semana(3)
*7. Você usa alguma das seguintes estratégias para auxiliar na sua perda de peso?
De vez 1x/ 2 a 3x/ 2 a 3x/
x dia Nunca Diariamente 5 ou +
em quando sem. sem. sem.
tomar
comprimidos
0 2 3 4 5 6 7
tomar
diuréticos
0 2 3 4 5 6 7
tomar
laxantes
0 2 3 4 5 6 7
vômitos 0 2 3 4 5 6 7
8. O seu padrão de alimentação prejudica severamente sua vida?
( ) sim ( ) não
9. Você poderia dizer que a comida dominou sua vida?
( ) sim ( ) não
10. Você come sem parar até ser obrigado (a) a parar por sentir-se mal fisicamente?
( ) sim ( ) não
11. Há momentos em que você só consegue pensar em comida?
( ) sim ( ) não
12. Você come moderadamente com os outros e depois exagera quando sozinho(a)?
( ) sim ( ) não
13. Você sempre pode parar de comer quando quer?
( ) sim ( ) não
14. Você já sentiu incontrolável desejo para comer e comer sem parar?
( ) sim ( ) não
15. Quando você se sente ansioso(a), tende a comer muito?
( ) sim ( ) não
16. O pensamento de tornar-se gordo(a) o(a) apavora?
( ) sim ( ) não
17. Você já comeu grandes quantidades de comida muito rapidamente (não uma refeição)?
( ) sim ( ) não
18. Você se envergonha de seus hábitos alimentares?
( ) sim ( ) não
19. Você se preocupa com o fato de não ter controle sobre o quanto você come?
( ) sim ( ) não
20. Você se volta para a comida para avaliar algum tipo de desconforto?
( ) sim ( ) não
21. Você é capaz de deixar comida no prato ao final de uma refeição?
( ) sim ( ) não
22. Você engana os outros sobre quanto come?
( ) sim ( ) não
23. Quanto você come é determinado pela fome que sente?
( ) sim ( ) não
24. Você já teve episódios exagerados de alimentação?
( ) sim ( ) não
25. Se sim, esses episódios deixaram você se sentindo mal?
( ) sim ( ) não
26. Se você tem episódios, eles ocorrem só quando está sozinho (a)?
( ) sim ( ) não
*27. Se você tem esses episódios, qual a freqüência?
( ) quase nunca (1) ( ) 1 vez por mês (2)
( ) uma vez por semana (3) ( ) 2 a 3 vezes por semana (4)
( ) diariamente (5) ( ) 2 a 3 vezes por dia (6)
28. Você iria até as últimas conseqüências para satisfazer um desejo de alimentação exagerado?
( ) sim ( ) não
29. Se você come demais, você se sente muito culpado (o)?
( ) sim ( ) não
30. Você já comeu escondido (a)?
( ) sim ( ) não
31. Seus hábitos alimentares são o que você poderia considerar normais?
( ) sim ( ) não
32. Você se considera alguém que come compulsivamente?
( ) sim ( ) não
33. Seu peso flutua mais que 2,5 quilogramas em uma semana?
( ) sim ( ) não
Anexo 3

Questionário sobre a imagem corporal

Gostaríamos de saber como você vem se sentindo em relação à sua aparência


nas últimas quatro semanas. Por favor leia cada questão e faça um círculo
apropriado. Use a legenda abaixo:
1. Nunca 4. Freqüentemente
2. Raramente 5. Muito freqüentemente
3. Às vezes 6. Sempre

Por favor, responda a todas as questões.

Nas últimas quatro semanas:

1. Sentir-se entediada faz você se preocupar com sua


1 2 3 4 5 6
forma física?
2. Você tem estado tão preocupada com sua forma física a
1 2 3 4 5 6
ponto de sentir que deveria fazer dieta?
3. Você acha que suas coxas, quadril ou nádegas são
1 2 3 4 5 6
grande demais para o restante de seu corpo?
4. Você tem sentido medo de ficar gorda (ou mais gorda)? 1 2 3 4 5 6
5. Você se preocupa com o fato de seu corpo não ser
1 2 3 4 5 6
suficientemente firme?
6. Sentir-se satisfeita (por exemplo após ingerir uma
1 2 3 4 5 6
grande refeição) faz você sentir-se gorda?
7. Você já se sentiu tão mal a respeito do seu corpo que
1 2 3 4 5 6
chegou a chorar?
8. Você já evitou correr pelo fato de que seu corpo poderia
1 2 3 4 5 6
balançar?
9. Estar com mulheres magras faz você se sentir
1 2 3 4 5 6
preocupada em relação ao seu físico?
10. Você já se preocupou com o fato de suas coxas
1 2 3 4 5 6
poderem espalhar-se quando se senta?
11. Você já se sentiu gorda, mesmo comendo uma
1 2 3 4 5 6
quantidade menor de comida?
12. Você tem reparado no físico de outras mulheres e, ao
1 2 3 4 5 6
se comparar, sente-se em desvantagem?
13. Pensar no seu físico interfere em sua capacidade de se
concentrar em outras atividades
1 2 3 4 5 6
(como por exemplo, enquanto assiste à televisão, lê ou
participa de uma conversa)?
14. Estar nua, por exemplo, durante o banho, faz você se
1 2 3 4 5 6
sentir gorda?
15. Você tem evitado usar roupas que a fazem notar as
1 2 3 4 5 6
formas do seu corpo?
16. Você se imagina cortando fora porções de seu corpo? 1 2 3 4 5 6
17. Comer doce, bolos ou outros alimentos ricos em
1 2 3 4 5 6
calorias faz você se sentir gorda?
18. Você deixou de participar de eventos sociais (como,
por exemplo, festas) por sentir-se mal 1 2 3 4 5 6
em relação ao seu físico?
19. Você se sente excessivamente grande e arredondada? 1 2 3 4 5 6
20. Você já teve vergonha do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
21. A preocupação diante do seu físico leva-lhe a fazer
1 2 3 4 5 6
dieta?
22. Você se sente mais contente em relação ao seu físico
quando de estômago vazio 1 2 3 4 5 6
(por exemplo pela manhã)?
23. Você acha que seu físico atual decorre de uma falta de
1 2 3 4 5 6
autocontrole?
24. Você se preocupa que outras pessoas possam estar
1 2 3 4 5 6
vendo dobras na sua cintura ou estômago?
25. Você acha injusto que as outras mulheres sejam mais
1 2 3 4 5 6
magras que você?
26. Você já vomitou para se sentir mais magra? 1 2 3 4 5 6
27. Quando acompanhada, você fica preocupada em estar
ocupando muito espaço
1 2 3 4 5 6
(por exemplo, sentado num sofá ou no banco de um
ônibus)?
28. Você se preocupa com o fato de estarem surgindo
1 2 3 4 5 6
dobrinhas em seu corpo?
29. Ver seu reflexo (por exemplo, num espelho ou na
vitrine de uma loja) faz você sentir-se 1 2 3 4 5 6
mal em relação ao seu físico?
30. Você belisca áreas de seu corpo para ver o quanto há
1 2 3 4 5 6
de gordura?
31. Você evita situações nas quais as pessoas possam ver
1 2 3 4 5 6
seu corpo (por exemplo, vestiários ou banhos de piscina)?
32. Você toma laxantes para se sentir magra? 1 2 3 4 5 6
33. Você fica particularmente consciente do seu físico
1 2 3 4 5 6
quando em companhia de outras pessoas?
34. A preocupação com seu físico faz-lhe sentir que
1 2 3 4 5 6
deveria fazer exercícios?

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