Relatório Experimento 4 -A experiencia de Franck-Hertz

Luiz Gustavo Martinez Martins GRR20190272

Vitor Eduardo Emmerich Genilheu GRR20190709

Durante a Realização do experimento foi conectado uma fonte de elétrons a uma

controladora de sinal da marca 3b. A esta controladora, foi ligada uma válvula de mercúrio nos
contatos “F” e “K” e um osciloscópio da marca HP (1994) nos terminais “X” e “Y” da controladora.
A intenção é fornecer energia na forma de calor para o filamento contido na válvula de mercúrio,
promovendo a evaporação do metal. Com o metal na fase gasosa, pode ocorrer a excitação e
relaxação de elétrons nos níveis permitidos para o átomo de mercúrio e a energia envolvida nesse
processo pode ser percebida pelo osciloscópio. Para a segunda parte do experimento, utilizou-se o
gas Neonio e um controlador da marca ELWE, com configuração muito parecida com a anterior,
porem sem a necessidade de um filamento para vaporização do elemento (que já é um gás).

Esquema da ligação dos componentes para Hg:

Esquema da ligação dos componentes para Ne:
Foto do melhor resultado obtido em cada experimento:

• Experimento com válvula de mercúrio

• Experimento com gás neônio:

 Nessas imagens os eixos estão na unidade de eletrons-Volt. O eixo y está relacionado com a
amplitude da corrente aplicada, em relação a resistividade do meio (conjunto de equipamentos).
Não fornece informação relevantes ao ensaio. Já o eixo x dessas imagens, está relacionado com a
energia percebida pelo eletrodo de recepção da controladora, que consegue capitar uma variação de
energia oriunda da promoção de elétrons a níveis mais excitados e sua subsequente relaxação.
Quando o elétron recebe energia suficiente para ocupar um estado mais energético do orbital
atômico se observam vales no sinal, o acúmulo de energia percebido nos picos está relacionado a
relaxação e liberação de fótons que se somam ao sinal de base.

Mércurio Neônio
Diferença entre vales Delta U (V) Diferença entre picos Delta U (V)
(mV) (V)
470 4,70 1,850 18,50
485 4,85 2,000 20,00
460 4,60 - -
485 4,85 - -
485 4,85 - -
500 5,00 - -
Média = 481 Média = 4,81 Média = 1,925 Média = 19,25

A energia de excitação pode ser relacionada da seguinte maneira:

E = (h c) / λ

onde E é a energia do processo, h é a constante de Planck, c é a velocidade da luz no vácuo, e λ é o

comprimento de onda associado a transição eletrônica.
Sendo a primeira transição permitida para o átomo de mercúrio correspondente a λ = 254
nm, chegamos a uma energia associada de 4,88 eV ( c = 3x108 m/s e h = 4,1356 x 10-15 eV).
Observou-se um valor médio de 4,81 eV no experimento, acarretando em um desvio de 1,4%
aproximadamente.
Para o Neônio, foi observado a emissão de luz laranja/salmão que corresponde a mistura de
emissões possíveis na faixa do visível, que são vermelho, laranja e amarelo (594 a 640 nm
aproximadamente). Como visto na tabela anterior, foi percebida uma energia envolvida no
experimento de aproximadamente 20 eV, que corresponde a somatória das transições eletrônicas
envolvidas. Como o átomo de neônio apresenta orbitais da camada de valência totalmente
preenchidos (2s2 2p6), as transições de elétrons para camadas superiores são todas permitidas sendo
percebida então a somatoria de todas as transiçoes efetivamente realizadas.

O átomo de Bohr apresenta níveis de energia quantizados. Foi possível observar a excitação
de elétrons dos átomos dos elementos utilizados pelo choque com um feixe de elétrons fornecido
pela fonte geradora/amplificadora que geram uma oscilação de sinal elétrico. Essa oscilação é
oriunda das transições energéticas dos elétrons nos orbitais atômicos. Ao se quantificar as
quantidades de energia envolvidas nos processos, ou seja, a diferença de potencial entre picos ou
vales das oscilações capitadas, pode-se relacionar de maneira satisfatória com a literatura os níveis
de energia propostos para cada especie. É interessante lembrar que as transições observadas são as
permitidas pelo spin dos elétrons no orbital, de acordo com o principio de exclusão de Pauli.