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RESUMO:
O texto expõe orientações para a realização de práticas em serviços de
acolhimento destinado a crianças e adolescentes no que tange seus desenvolvimentos e
posterior conhecimento sobre suas histórias de vida, assim como a representação da
família acolhedora e dos educadores/acolhedores como agentes influentes nesse aspecto.
Ademais, tal serviço deve manter e promover relações com a comunidade e a família de
origem também, a fim de manter afetividades já pré-estabelecidas. Da mesma forma, se
faz necessário construir um projeto futuro de autonomia para a criança e ao adolescente
que será adotado, restituído em sua família de origem ou desligado ao atingir a
maioridade, logo, projetos que visem o estabelecimento gradativo de autonomia e
empregabilidade devem ser aplicados.
Ao ocorrer o desligamento desse indivíduo, tal produção irá fazer parte dos
objetos pessoais dessa criança ou adolescente e conter fotos e criações da mesma,
possibilitando recordações (BRASIL, 2009).
Há certas ações que o PPP promove para fortalecer vínculos das crianças e
adolescentes com suas famílias de origem, dentre elas estão: devida preparação do
serviço para aceitar e acolher esses familiares, flexibilidade nos horários de visitas,
participação da família em datas comemorativas, apoio e permissão de saída das
crianças e adolescentes para visitas à família, telefonemas, realizar atividades
recreativas e culturais, promover oficinas para desenvolver habilidades, rodas de
conversas e participação em reuniões escolares e consultas de saúde, além de prever a
elaboração do Plano de Atendimento Individual e Familiar (BRASIL, 2009).
A criança e adolescente acolhido não deve ser estigmatizado, para tanto, o uso de
uniformes ou transporte com identificação deve ser evitado, assim como o constante
acompanhamento ao circular pela comunidade. Logo, experiências individualizadas
devem ser pensadas para trazer benefícios a esse convívio comunitário (BRASIL,
2009).
[...] é importante destacar que visitas esporádicas daqueles que não mantêm
vínculo significativo e freqüentemente sequer retornam uma segunda vez ao
serviço de acolhimento, expõem as crianças e os adolescentes à permanência
de vínculos superficiais. Estes podem, inclusive, contribuir para que não
aprendam a diferenciar conhecidos de desconhecidos e tenham dificuldades
para construir vínculos estáveis e duradouros, essenciais para seu
desenvolvimento. Por esse motivo, Programas de Apadrinhamento Afetivo
ou similares devem ser estabelecidos apenas quando dispuserem de
metodologia com previsão de cadastramento, seleção, preparação e
acompanhamento de padrinhos e afilhados por uma equipe interprofissional,
em parceria com a Justiça da Infância e Juventude e Ministério Público
(BRASIL, 2009, p. 57).