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Resumo do Resumo- CAPÍTULO XIV - AUTO-ANÁLISE (1897- ) pág.

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Freud foi o primeiro a fazer psicanálise de seu próprio inconsciente, sendo
um trabalho longo e doloroso. Ele ansiava pela verdade, e queria se
conhecer completamente. Por anos seu sofrimento neurótico aumentou,
mas conseguiu suportar suas verdades, e atingiu a última fase na evolução
da sua personalidade. Assim, atingiu a serenidade, ficando livre para
prosseguir seu trabalho.
Sua auto-análise está ligada à Interpretação dos Sonhos, que deu a ele a
coragem de seguir com ela de maneira lógica, e também à Sexualidade
Infantil, onde a evolução foi mais lenta pois era tudo muito obscuro. Ele
acreditava na inocência infantil e dizia que as histórias de sedução por
adultos, seriam uma estimulação muito precoce. Apenas na puberdade é
que a lembrança desses incidentes se tornaria excitante.
De 1893 a 1897 quando admitiu seu erro, achava que a causa principal da
histeria seria a sedução sexual de uma criança inocente por parte de
algum adulto. No início da sua auto-análise, começou a olhar para os
desejos de incesto dos filhos com relação a seus pais. Admitia que mesmo
bebês, registravam os atos sexuais entre os pais por eles presenciados ou
ouvidos e que mais tarde, essas experiências seriam reanimadas por
fantasias, desejos ou atos sexuais.
Em A Interpretação dos Sonhos (1900), apresenta o Complexo de Édipo.
Em 1895 analisou pela primeira vez um de seus sonhos, e em 1897 essas
análises se tornaram regulares, com propósito definido.
Com a morte de seu pai, seus sentimentos antigos foram encarados e ele
passou a se sentir mais livre para escrever A Interpretação dos Sonhos
(1898), o que ocorreu junto com o início de sua auto-análise. Teve um
período de apatia e passou por uma fase neurótica, como se tivesse um
véu sobre a mente. Logo depois parte de sua histeria estava resolvida.
Reconheceu a inocência do pai e lembrou dos seus desejos sexuais
quando viu sua mãe nua. Agora sua mente já funcionava a toda
velocidade, e começaram a surgir as intuições.
A superação de suas próprias resistências, o fez compreender as
resistências e mudanças de estado de espirito de seus pacientes. A análise
de Freud não produziu resultados de imediato; surgiram variações de
otimismo e pessimismo. A dependência de Fliess, foi superada. Sua auto-
análise prosseguia, mas privada da assistência de um analista objetivo, e
sem a ajuda do estudo das manifestações de transferência, não foi
concluída. Freud jamais parou de analisar-se, dedicando sempre a última
meia hora do dia a esse propósito.

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