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ESTABILIDADE DE TALUDES
1. INTRODUÇÃO
Figura 1
Figura 2
2
2. TIPOS DE MOVIMENTOS
a) Rastejo ou “creep” – Movimento muito lento (ex. milímetros por ano) que se
observa em encostas naturais principalmente devido à ação cíclica calor – frio,
encharcamento – ressecamento. Presente em taludes íngremes da Serra do Mar. É de
menor importância salvo quando deformações possam afetar estruturas situadas na
massa em movimento (ex. adutoras).
Figura 3 - Indícios de
rastejo
b) Erosão – Causada pelo arraste das partículas de solo pela água em movimento.
Comum em encostas naturais em que a vegetação tenha sido destruída e em aterros
sem drenagem superficial e / ou sem proteção adequada.
Figura 4
Movimentos rotacionais:
geralmente ocorrem em
massas homogêneas. Três
tipos de rupturas: ruptura do
corpo do talude, ruptura pelo
pé do talude e ruptura de
base, em geral tangenciando
uma camada mais resistente
profunda.
F
Figura 6
4
3. ANÁLISE DE ESTABILIDADE
Tem como objetivo verificar o quão estável está o talude, nas condições em que está
sujeito (fluxo d’água, sobrecarga, etc.).
F<1 talude instável; caso o talude venha ser implantado (corte ou aterro) nestas
condições deverá ocorrer ruptura.
Um talude com F = 1,5 é em geral considerado estável. Valores em torno de 1,3 são
considerados aceitáveis para taludes de menor responsabilidade.
- geometria do talude;
- perfil do subsolo, mostrando as várias camadas de solo que constituem o talude;
- resistência ao cisalhamento dos solos presentes no talude;
- pressões neutras atuantes no maciço, na situação mais desfavorável à estabilidade;
- posição e forma da superfície de ruptura, compatível com a geologia e geometria do
talude.
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Figura 7
S = sA
s = c + σtgϕ
Admitindo c = 0, s = σtgϕ
N P cos i
Mas σ = = e então
A A
P cos i
s= tgϕ e S = P cos itgϕ
A
Figura 8
N = P cos i = γ n bz cos i
T = Pseni = γ n bzseni
c' b
S = sA = (c'+ σ' tgϕ' )A = c' A + Ntgϕ = + γ n bz cos itgϕ'
cos i
c' b
+ γ n bz cos itgϕ'
F= cos i
γ n bzseni
tgϕ'
observe para c’=0 → F =
tgi
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Exemplo
Figura 9
z (m) F 0
0,5 5,55
1 3,19 2
2 2,01 4
3 1,61
5 1,30 6
10 1,06 8
13,42 1,00
15 0,98 10
12
14
16
0 1 2 3 4 5 6
FATOR DE SEGURANCA
Figura 10
8
Figura 11
No elemento de solo, além das forças que já existiam no caso anterior surge agora
uma força U, resultante da ação da pressão neutra u na base do elemento. A força U
vale:
ub
U=
cos i
u = hwγw
Figura 12
9
mas
h w = z w cos 2 i
e portanto
u = z w γ w cos 2 i
e então
U = z w γ w b cos i
Figura 13
P = γ n bz
N = P cos i = γ n bz cos i
T = Pseni = γ n bzseni
e então
c' b
S= + ( γ n z − γ w z w )b cos itgϕ'
cos i
c' b
+ ( γ n z − γ w z w )b cos itgϕ'
F= cos i
γbzseni
γ sub tgϕ'
observe para c’=0 → F =
γ sat tgi
Exemplo:
Resolver o mesmo exercício anterior (figura 9), para situação de fluxo d’água
paralelo ao talude com zw =z. Admitir que a densidade e os parâmetros de resistência
do solo não variam com a saturação.
0,5 5,09 2 z
1 2,73 z
z
4
2 1,55 z
3 1,15 6
3,73 1 8
5 0,84 sem fluxo
z com fluxo
10 0,60 10 z
15 0,52 12
14
z
16
0 1 2 3 4 5 6
FATOR DE SEGURANCA
Figura 14