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Inicialmente, as teorias psicológicas individualizavam o problema do fracasso escolar,

culpabilizando os alunos. Eles utilizavam métodos psicométricos para dizer que os alunos não
eram inteligentes, etc, e essa era a razão deles perderem de ano. Claro que a maior parte
desses alunos vinham de camadas populares, o que acabava por estigmatizar esses setores.

Após, veio a Teoria do Deficit Cultural, ela dizia que os alunos pobres tinham um déficit cultural
e como os processos escolares eram baseados na cultural deficitária nesses alunos, eles
fracassavam. Assim, tinha um juízo de valor do que era a cultura que esses alunos deveriam
ter, a qual era a cultura das classes mais altas. Além disso, não se refletia sobre os fatores
sociais e econômicos que geravam esse “déficit”, de modo que os alunos eram novamente
estigmatizados.

Por sua vez, a Teoria da Diferença Cultural dizia que a cultura das classes populares era
diferente da das elevadas. Como a escola se baseia na cultura das elites, os populares
fracassavam. Nesse sentido, a escola não compreendia e considerava o jeito de pensar e de
funcionar das classes populares. Essa é uma das teorias mais aceitas hoje em dia.

Outra teoria importante é que se centra na escola como organização social produtora do
fracasso escolas. Ela diz que a escola tem dinâmicas e culturas próprias e uma série de
atravessamentos que impacto no sucesso/fracasso dos alunos. Nesse sentido, há a relação da
escola com o estado, com a precarização das estruturas, mal salario aos professores,
documentos prescritivos, etc. Há a relação da escola com a clientela, marcada por
preconceitos e representações sociais equivocadas que prejudicam essa relação, ex: mito da
família desestruturada, segregar alunos “ruins” em uma sala. Há a relação professor-aluno,
que tb carrega problemas e preconceitos, com os professores que so veem o lado negativo dos
alunos contribuindo para o fracasso. Há ainda a rlç da instituição com o próprio professor, com
aqueles que são mais prejudicados pelas instituição e colegas descontando nos alunos.

Cada escola se apropria dos documentos educacionais de forma singular, de modo que isso
tem que ser considerado ao se pensar politicas para melhorar essa realidade.

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