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Epistemologia das relações internacionais e metodologia científica:

POPPER
Obra representativa: A logica da investigação cientifica
Campo: filosofia do conhecimento, epistemologia
Desafios/Oposições: Método indutivo; positivismo; filosofia analítica; escola de Frankfurt
Método: falsificacionismo, racionalismo crítico, método hipotético dedutivo
Origem da ciência: Problemas teóricos ou práticos
Caracterização do saber científico: todas as ideias devem ser constantemente submetidas a
rigorosas críticas para que sobrevivam
Etapas: 1. Problemas 2. Hipóteses falsáveis; 3. Experimentação; 4. Teste; 5. Lei ou substituição
das hipóteses até achar uma lei corroborada
Evolução da ciência: substituição

LAKATOS
Obra representativa: A metodologia dos programas de investigação cientifica (1977)
Campo: Filosofia do conhecimento, epistemologia
Desafios/Oposições: Falsificacionismo “ingênuo”
Método: Programas de investigação cientifica (Constituídas por núcleos irredutíveis e cinturões
protetores); falsificamos sofisticado
Origem da ciência = Problemas: teóricos ou práticas
Caracterização do saber científico: Todo programa possui um conjunto de teorias que o
estruturam, o núcleo irredutível. é o caráter da heurística (positivo ou negativo) que determina
sua longevidade. A positiva aponta capacidade de predizer fatos novos, a negativa afasta de
pressuposto teóricos.
Etapas: O núcleo pode ser infalsificável por opção de uma comunidade cientifica, mas ele pode
optar por sair do programa.
Evolução da ciência: Substituição de programas de investigação cientifica

KHUN
Obra representativa: A estrutura das revoluções cientificas (1962)
Campo: Filosofia do conhecimento, epistemologia
Desafios/Oposições: Oposição a visão da ciência como resultado de um processo cumulativo
Método: Análise social histórica
Origem da ciência: Paradigma (suposição ontológica adotado por uma comunidade cientifica)
Caracterização do saber científico: A evolução da ciência é um processo sucessivo e constante
no qual o paradigma é central. Tal processo tem caráter revolucionário, visto que os paradigmas
podem ser substituídos e sofrem efeitos dos fatores sociológicos (relativistas)
Etapas: 1. Ciência normal (paradigma) 2. Crise 3. Revolução 4. Nova Ciência normal (paradigma)
Evolução da ciência: Alternância de aperfeiçoamento e revolução

Inre LAKATOS:
=>Introdução ao texto
O que é epistemologia?
O que é ciência?
Como diferenciá-la da pseudociência?

=>Historiografia a ciência – Filosofia da ciência


Buscar uma explicação racional do desenvolvimento do conhecimento com base na filosofia
A interpretação (normativa) da História importa
A abordagem sociopsicológica é fundamental (análise dos atores, da comunidade cientifica eles
importam)

=>4 lógicas da descoberta (visão do Lakatos/racional)


-Os pontos 1/2/3 são a visão dele sobre teorias de outros cientistas as quais ele
opina/critica/coloca seu ponto de vista NÃO OS APRIMORA
1-Indutismo
Paradigmas: Lei da gravitação de Newton, lei da eletrodinâmica de Ampere etc.
Parte da seleção preferencial de certos fatos em detrimento de outros
Generalização indutiva: do particular para o geral
Problema para Lakatos é que a ciência não pode ser definida apenas por essa visão indutiva (não
é só o particular que importa)

2-Convencionismo
Base nas influências de Henri Bergson: a indução do método
Paradigma: revolução copernicana (substituição do sistema geocêntrico pelo sistema
heliocêntrico)
Descobertas factuais e Sistemas de classificação
Visão pragmática: “genuíno progresso da ciência é cumulativo e ocorre ao nível básico dos fatos
comprovados” página 26
Relação com o instrumentalismo: as teorias cientificas como instrumentos para a predição.

3-Falsificacionismo metodológico
Parte do falsificacionismo de Karl Popper e toma lei e Newton e as contribuições de Einstein-
entre outros autores-como paradigmas
Parte de uma hipótese falsificável
“A importância de uma descoberta fatual deve ser avaliada pela importância da teoria por ela
efetuada “página 29
Modelo dedutivo- Do geral para o particular

4-Metodologia dos programas de investigação científica (essa é a contribuição dele)


"Os grandes resultados científicos não consistem de hipóteses isoladas, e sim de programas de
pesquisa".
Todo programa conta com um núcleo comum: pressupostos teóricos básicos (Unidades mais
abrangentes).
Heurística positiva: "conjunto parcialmente articulado de sugestões ou orientações sobre como
mudar e desenvolver as "variantes refutáveis" do programa de pesquisa, incluindo modificar e
aperfeiçoar o cinturão de protetor "refutável “-transformar possíveis anomalias em algo
corroborado pela teoria vigente
Heurística negativa: Exigência de que, durante o desenvolvimento do programa, o núcleo deve
permanecer intacto. Isola um "núcleo duro" de proposição que não estão expostas a falsificação.
Estas proposições são aceites por convenção e dadas como irrefutáveis por aqueles que
implementam o programa de pesquisa. => está guinado
O programa de pesquisa pode ser progressivo (quando a teoria prediz fatos novos) ou
degenerativo (quando se encontra estagnado ou quando apenas espera enquadrar fatos
conhecidos)
Os caminhos dos programas dependem do consenso entre os protagonistas

=> A Lakatos no debate sobre o progresso da ciência


Lakatos defende que a compreensão do contexto importa
Sua abordagem pode ser considerada como uma "estrutura que fornece orientação para a
comunidade científica"
"Crítica importante é crítica construtiva" (p.19).
O papel das instituições acadêmicas
Oposição ao "Falsificacionismo ingênuo" de Popper e à proposta de Kuhn
sobre o progresso revolucionário da ciência

=>Para além do texto características da ciência


1) existe pluralismo metodológico;
2) Recusa do empirismo;
3) O pensamento divergente tem um papel na produção do conhecimento científico;
4) A procura pela coerência global é parte constituinte da ciência;
5) A conhecimento científico conta com um caráter social.

=>Visões distorcidas da ciência


Visão empírico-indutivista
Visão rígida
Visão exclusivamente analítica
Visão cumulativa e de crescimento linear
Visão histórica

MAX WEBER
Texto Ciência como vocação
=>A Introdução
"O sentido da neutralidade axiológica" (1917)
Palestra proferida em 1919
Crítica ao "capitalismo de Estado nas Universidades" (preocupação com a dimensão econômica
a chegada do capitalismo nas universidades, ou seja, na ciência inclusive)
Comparação entre o sistema acadêmico alemão e norte-americano

=>A ciência na sociedade contemporânea


Crescente racionalização e intelectualização: "Já não precisamos recorrer aos meios mágicos
para dominação dos espíritos".
A especialização enquanto uma realidade da ciência;

=>Definição da ciência
Análise comparada das ciências naturais e ciências sociais;
A filosofia como recurso: o mito da caverna de Platão;
"Desencantamento do mundo"

=>A ciência como vocação: *****


Destruídas as ilusões sobre o caminho para o "Ser verdadeiro";
Compreensão de que "o trabalho científico está ligado ao curso do progresso";
Toda obra científica "acabada" não tem outro sentido senão trazer novas indagações;
"A ciência pela ciência" (motivação é contribuir com o progresso da ciência)

Ciência => trabalho; inspiração; intuição; paixão


estão conectados para fazer ciência pela ciência

=>Neutralidade axiológica (conceito de valor, valor determinante em qualquer sociedade/ neste


caso ser o mais científico não colocar as opiniões em superioridade)
Weber considera a dimensão institucional e não negligencia a hierarquia existente e
estruturante das universidades alemãs;
Autonomia intelectual como foco;
Distância da dimensão valorativa das análises.

=> Contribuições positivas da ciência


Domínio técnico da vida por meio da previsão;
Fornece "métodos de pensamento e disciplina"
Clareza

PIERRE BOURDIEU
=>Introdução
Preocupação com a vida social
Herança teórica weberiana
Reflexão crítica sobre os limites disciplinares
Três conceitos: campo, capital e habitus (não precisa conceituar para a prova)

=> Por que aceitando a dominação?


=>Herança teórica Weberiana
Dominação ilegítima
Dominação legítima: tradicional, carisma e burocrática (tendência capitalista)
ex: tradicional = monarquia / carisma=líderes religiosos / burocrática = democracia

=> Existe dominação na ciência?


=> O conceito de campo (não cai o campo político)
Campo é a interação entre agentes que forma em torno do objetivo de transformar a correlação
das forças presentes no campo por meio da aquisição e troca dos capitais específicos do campo
Concorrência regulado pela legitimidade adquirida pelos agentes
=> Os tipos de capitais: financeiro, cultural, social e simbólico
=> Paralelos entre “mundo da ciência” e “outros mundos”
"O mundo da ciência, como o mundo econômico, conhece relações de força, fenômenos de
concentração de capital e do poder e mesmo do monopólio, relações sociais de dominação que
implicam uma apropriação dos meios de produção e de reprodução, conhece também lutas que,
em parte, têm por móvel o controle dos meios de produção e reprodução específicos, próprios
do subuniverso considerado" (p.34)

=>Capitais específicos do campo científico:


-Capital temporal (ou político)
Adquire-se por estratégias políticas
Poder institucional e institucionalizado
Poder sobre os meios de produção ou reprodução
-Capital científico "puro" (ou espiritual)
Adquire-se pelas contribuições específicas ao progresso da ciência
Um tanto impreciso e determinado
Poder pessoal de "prestígio"
Reconhecimento pouco ou mal institucionalização pelo conjunto de pares
//estes capitais caracterizam o campo da ciência, mas o capital se relaciona aos outros dois
capitais.

=>campo científico é espaço de disputa = Conflitos intelectuais e conflitos de perder

=> Considerações finais


A importância da ciência não diminui em virtude do seu caráter humano
Enquanto campo de disputas, também propicia avanços
Compreender as estruturas e relações de poder que define a ontologia de cada campo
Obs. ontologia do campo científico: onde começa e onde termina alguma matéria

Aula 12/04 RI e Ciência


Tarefas semanais; apresentação visual e síncrona.
=>Cronograma
Semana 07: Relação dos membros do grupo
Semana 08: Resumo da proposta da atividade (Tema;
Problema; Técnica de pesquisa; Recorte; Descrição das
atividades de cada membro do grupo)
Semana 09: Instrumentos de pesquisa
Semana 10: Relato do andamento da pesquisa
Semanas 11 e 12: Apresentações dos grupos e debates

Aula 13/04 Texto de Hoffmann


=>Introdução
-Relações internacionais enquanto uma ciência social
-Recusa em pertencer a uma “linha teórica”, mas, filiado ao mainstream
-Caráter empírico das relações internacionais
-Debate sobre a tensão entre empirismo e a normatividade

=>Grandes debates de RI
-Primeiro debate – Período entre guerras (1930): Idealistas x Realistas
-Segundo debate- Pós Segunda Guerra (1950-1970): Tradicionalistas x Behavioristas
-Terceiro debate- Anos 1970 Positivistas x pós-positivistas (neorrealismo x neoliberalismo)
-Quarto debate (1990...) - Construtivismo x liberalismo x reflexismo
Hoffmann faz parte especialmente do terceiro debate, chegando a participar de outros, mas não
do último.

=>Origens da disciplina
-Filosofia: Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Hume, Kant, Hegel e Marx
-História: Tucídides
Ciência Política: Tocqueville, outros...

=>Only America
-3 fatores do desenvolvimento da disciplina nos EUA: Predisposições intelectuais; Circunstâncias
políticas; Oportunidades institucionais.

1)Predisposições intelectuais - “Explosão das Ciências sociais”


-Valorização do caráter aplicado da ciência
-O prestígio das ciências exatas e as consequências para as Ciências Humanas – estímulo para a
Ciência Política
-Intelectuais migrantes nos EUA

2)Circunstâncias Políticas
-O papel dos EUA no sistema mundial pós segunda guerra
-Interesses dos “policy-makers” norte-americanos pela produção cientifica em RI
OBS. Policy-makers aqueles que fazem política
3)Oportunidades institucionais
-Integração do campo acadêmico com o campo político
-Links entre o campo acadêmico e o campo político: fundações de pesquisa e outras
organizações
-Características da academia norte-americana: flexibilidade e o estágio avançado de
institucionalização das ciências sociais

=>Even in America
--“Empecilhos das RI”
-Teoria da RI
-Nível de análise
-O dilema prático/aplicado: RI para quem?
Para o autor RI retrata a Europa e a América do Norte (Estado Unidos); o autor é democrata

=>Because of America
+Considerada a parte mais desatualizada
--Características “Americanas” das RI enquanto ciência
-A busca pela precisão: “Tentativa de calcular o incalculável”
-A ênfase no presente e o distanciamento da história
-Ontologia restritiva em virtude do anseio de diferenciar as RI dos outros campos

+Ontologia; teoria; metodologia palavras base para essa parte da matéria

Aula 26/04 Why there is no international theory?


Texto de Martin Wight um dos principais autores da escola Inglesa das RI (oposto a Hoffmann)
Teoria política (estudo da burocracia) - teoria sobre o Estado (comunidade política reunida por
uma burocracia que garante o poder centralizado)
=>O que seria teoria Internacional?
Para ele NÃO é metodologia do estudo das RI e nem a explicação única dos fenômenos
internacionais
--- Raízes da teoria internacional do século XIX: supõem-se que a teoria internacional é a tradição
de especulação sobre a sociedade de Estados, famílias de nações ou comunidades
internacionais. E questionamentos desse tipo foram compreendidos formalmente por meio da
legislação internacional (página 36) => destaque Oxford; Cambridge; Gladstone

=>Onde mais se encontre teoria internacional


1)Irenistas: Erasmus, Abbé de Saint-Pierre, Sully, Campanella, Cruce, Penn, Pierre-André
Gargaz
Contribuições: pré-história da Liga das Nações; segurança das ações comuns entre os Estados
Críticas: "Fraco em ideias"
2)Maquiavelistas (Estadistas, filósofos e historiadores): Meineck, Frederick, Hegel, Ranke e
Treitschke.
Contribuições: Raison d'État (realistas o Estado como ele é e seus objetivos)
Crítica: inacessíveis
3)“Suplementos" de filósofos, filósofos políticos e historiadores: Hume, Rousseau, Burke,
Ranke, Mill
Contribuições: Fontes da teoria internacional
Crítica: Com exceção de Burke, nenhum deles se moveu totalmente da teoria política para a
teoria internacional
4)Discursos, despachos e memórias de diplomatas: Bismarck, Lord Salisbury
Contribuições: padrões de política externa de determinados países
Crítica: "Falsidades históricas" na qual os diplomáticos estão "mergulhados"
"O princípio de que todo individuo requer a proteção de um Estado que o representa na
comunidade internacional, é uma expressão jurídica da crença no Estado soberano como fim da
experiência política e atividade que marcou a política ocidental pensamento desde a Reforma.
Essa crença absorveu quase toda a energia intelectual dedicada ao estudo político. Tem sido
natural pensar na política internacional como a franja desordenada da política doméstica (..), e
para ver a teoria internacional à maneira dos livros de teoria política, como um capítulo adicional
que pode ser omitido por todos, exceto o aluno interessado." (p.38).

=>O Estado e a limitação da teoria


Cidadania ligada ao estado => política internacional como “Interesse nacional” => subordinação
da teoria internacional a teoria política

=>Característica da “teoria internacional”


-Pobreza moral e intelectual
-Excessivo peso dos Estados soberanos e sua “crença” no progresso
-Poucos estudos sobre a comunidade internacional
-Pouco interesse em expandir a teoria política para pensar um Estado global
Obs.: ele ainda não via ainda como teoria internacional propriamente dita

=>O lugar do “Estado global” nos debates teóricos


-Séculos XV, XVI E XVII: seria muito grande para ser eficiente
-Século XVIII: seria demasiadamente eficiente e por isso, intolerável – Limitaria a liberdade
-Século XVIX: “Estado global” ou “superestado” seria um perigo
-Século XX: a divisão do mundo em Estados soberanos é natural

=>Principais influências no desenvolvimento da teoria internacional


Reforma e contrarreforma; revolução francesa; revoluções totalitárias do século XX =>
“Capítulos de teoria política”: revoluções; comunismo; direitos humanos etc...

=>Caminhos para a construção de uma teoria das Relações Internacionais


-Tensão entre política internacional e prática diplomática
-Ambiguidade no recorrente recurso ao Estado da natureza
-A importância da dos estudos empíricos e históricos
-A Teoria das RI deve ser centrada na linguagem da teoria política e na legislação internacional
-A teoria deve buscar “regularidades”

=>Sistema de Estados (Escola Inglesa)


-Sistema Internacional; Sociedade Internacional; Sociedade mundial

"A teoria política e o direito são... Sistemas de ação num campo de relacionamento normal e
de resultados calculáveis. São a teoria da boa vida. A teoria internacional é a teoria da
sobrevivência. O que para a teoria política é um caso extremo (como a revolução ou guerra
civil) para a teoria internacional é um caso normal" (p.33).
=>Desafios para a teoria política
-Balança ou equilíbrio de poder
-Os impérios como desafio para compreensão das RI
-O século XX e as iniciativas de governança globais

=>Considerações finais:
-Desarmonia entre teoria internacional e prática diplomáticas
-Dificuldades em teorizar a política internacional
-Teoria internacional é a teoria da sobrevivência
-Ontologia importa tanto quanto a epistemologia

Aula 27/04 O desafio de construir teorias das RI


Autor: Antônio Rocha
=>Introdução
-Processo de construção dos “discursos científicos”
-Discursos científicos e RI
- “Atual” debate teórico

=>Sobre teoria em RI
-Teorias são construções intelectuais a realidade (p.40)
-Teoria é um construto humano
-A tarefa do teórico é relacionar conceitos com o objetivo de criar sistemas conceituais
-Teoria em RI= “reflexão sistemática sobre agentes e processos n contexto das RI”
-Influência do racionalismo nas teorias mainstream de RI

=> "A interação dos agentes internacionais engendra a evolução dos processos internacionais.
Eles são considerados agentes internacionais porque agem sobre a realidade internacional,
transformando-a; porque de sua interação surgem práticas, regras, instituições (...), que passam
a condicionar não apenas o modo como se relacionam, mas também, como consequência das
relações entre os agentes, as próprias dimensões positivas e material do contexto em que eles
interagem" (p.45).

=>Sobre o discurso científico


-"'Argumento logicamente consistente (...) em idioma útil ao diálogo científico" (p.43).
-Hipóteses que se relacionam com as observações da realidade
-Ciência enquanto um processo: teorias válidas em qualquer tempo e lugar =>
paradigmas=>Pluralidade de sistemas conceituais
-A importância da reflexão sobre o método: Ciência DIFERENTE Opinião
-Discurso científico para o autor pode substituir o termo paradigma ou Sistemas conceituais

=>Ciência e RI
-Regularidades em processos sociais e políticos existem, mas a a questão da agência humana
exige reflexão epistemológica e ontológica para toda pesquisa em RI.
-Opção do campo pelo pluralismo metodológico, em detrimento do positivismo lógico
tradicional
-A importância da ética em pesquisa em RI

=>"Ignorar as dimensões humanas e éticas inerentes não apenas ao comportamento humano,


mas também a seus esforços de produção de conhecimento sobre o modo como se organizam
as sociedades, com a justificativa de completa dissociação entre ciência e política e política (...),
pode engendrar apoio e legitimidade comportamentos destrutivos, indesejáveis quando
julgados a partir de qualquer conjunto de valores sociais" (p.47).

=>Ri enquanto um campo de estudo


-RI: campo de estudo e não uma disciplina? (p.56).
-Característica do campo de estudo: referência ontológica comum, ainda que esta não esteja
definida.
-Pluralismo teórico
-A influência do positivismo nas teorias de RI
-Autonomia do campo em relação à Ciência Política.
-Influência da economia e da sociologia
-O caráter recente do campo e o desconhecimento social sobre o mesmo

=>Retomando os grandes debates da RI


----Outras leituras:
1º) Idealismo X realismo (1930)
2°) Tradicionalistas X Behavioristas (Anos
1950-1960)
3°) Neorrealismo e neoliberalismo
institucional (anos 1970)
49) Bifurcação: neorrealistas X neoliberais;
racionalistas X "relativista" (“Teoria Crítica" e o "Pôs--Modernismo")

----Em ROCHA (2002)


1°) Idealismo X realismo
2°) Neorrealismo e neoliberalismo institucional (anos 1970)
3°) Racionalistas X Construtivistas: dimensões mais abstratas ("Debate atual'")

=>Legitimação das contribuições científicas das RI


Pluralismo e rigor metodológico
Relação entre teoria e prática
Relação entre o mundo dos discursos e o mundo real
Alcance explicativo importa
Teoria política e seu papel constitutivo da realidade
Publicação dos resultados e aceite da comunidade de analistas de RI

=>"Conscientemente ou não, ao utilizarem determinados sistemas conceituais, os analistas


incluem em sua esfera de preocupações (isto é, definem como relevantes) temas específicos,
problemas, pessoas, processos, agentes, estruturas e outros elementos. Por conseguinte,
também por implicação conceitual, ao incluírem alguns dos elementos deste continuam em seus
discursos, outros fenômenos que integram a realidade são ignorados, verdadeiramente
excluídos do conjunto de suas preocupações. Afinal, construir um discurso sobre a realidade que
a produza integralmente, se fosse possível, teria pouca ou nenhuma utilidade analítica. Assim,
as dimensões epistemológica e metodológica da análise das Relações Internacionais influenciam
o conjunto de fenômenos que serão considerados parte integrante deste campo de estudo, ou
seja, sua ontologia" (p.65).

Aula 04/05 Texto Villa; Pimenta


Tema: A disciplina de RI na América Latina
=>Introdução
-"To what extent do the epistemology, methods, and paradigms that underlie research in
developing countries follow the model of the dominant approach in the United States?"
-"to what extent were such paradigms incorporated in a basic or pure way among International
Relations communities in Latin America?"
-"To what extent do the ideas and institutions, and the most influential authors and journals
continue to reproduce in Latin America Hoffmann's perspective, according to which
International Relations is an American social science?"
-Em outras palavras: Hoffman ainda está certo?
-Pesquisa baseada em Surveys aplicados em comunidades científicas de RI em 5 países latino-
americanos: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México

=>Sobre metodologia e epistemologia


-Ênfase em métodos qualitativos, o que nos leva a refletir sobre a citação "most scholars working
in the field presently graduated in social sciences, political science, history, or law"
-Método de análise de política externa como
alternativa
-À pesquisa qualitativa ainda é pouco representativa nos periódicos, o que permite
compreender que, em realidade, o positive predomina na região
-"In fact, there is no epistemological purity, but epistemological diversity, as shown in Chart 1:
there is a plurality of epistemological choices in the five Latin American research communities,
taking into account that there is a reasonable minimum number of researchers who relate their
scientific work exclusively to one of these three categories
-Boa aceitação do pós-positivismo na América Latina

=>Sobre paradigmas teóricos


-"It is interesting to observe this dual standard in the research developed in the region, since
most of it is influenced by critical perspectives and historical approaches"
-"Latin American hybridism"
-"In terms of paradigms, with the exception of Mexico and Brazil, the IR communities of Latin
America declare themselves to be mainly Constructivist "
-"O esgotamento e paradigmas dos debates formulados a partir do mainstream parecem um
tanto plausível".
-"Some very relevant information is that, despite this hybridism, there has been a process of
migration from traditional schools of thought (realism, liberalism, and Marxism) to alternatives
(mainly constructivism and the English school) or "other".
-"In sum, the Latin American communities surveyed tend to have a great diversity of
epistemological perspectives and also tend to accept as many largely postpositivist paradigms
as those who tend to migrate from the original paradigm.”

=>RI como ciência norte-americana: pressupostos a partir de Hoffmann e dados do Survey


-Epistemologia positivista (ciência é resultado da observação, do experimento,
do método comparado)
-Preponderância dos paradigmas: realismo e liberalismo
-Dados do survey: "In a clear example of the disagreement between epistemic
communities in the Latin American region in Argentina, Chile, and Colombia, the majority
considered International Relations a predominantly US discipline, especially in Chile. In Brazil,
there is a notable percentage, approximately 80%, who disagree or strongly disagree with this
statement"

=>Sobre instituições científicas


-Influência de revistas da área de RI

=>RI no Brasil: início dos anos 2000


-Consolidação lenta da área. Emergência a partir da década de 1970, primeiros programas de
pós-graduação nos anos 2000
-Trabalhos que partem das contribuições da História
-Economia política internacional: Teoria da dependência
-Geopolítica
-Ausência de interação com o debate teórico e substantivo da área
-Ênfase nos estudos sobre a inserção internacional do Brasil
-Crescente interesse por estudos de segurança internacional e relevantes trabalhos sobre
integração regional
-Longínqua preponderância da perspectiva realista
Aula 24/05 Ética em pesquisa nas RI
---O ideal da imparcialidade e o público-alvo – Iris Young
=>Introdução
-O que é ética?
A partir de E. Kant: ética é ação que emerge como resultado da atividade humana. Necessário
para o convívio em sociedade, tem origem na vontade dos atores. Dimensão discursiva.
-Ética em pesquisa
A partir BHATTACHARYA: "A ética em pesquisa se refere a um conjunto abrangente de valores,
padrões e esquemas institucionais que mantém e regulam a atividade científica. Constitui um
conjunto de regras para a prática moral da ciência".

=>Teoria moral tradicional


“Ética do Direito” ideal iluminista
-Orientação moral que requer distanciamento
-Princípios Universais Gerais
"A ética moderna estabelece a imparcialidade como marca da razão moral"
Abstração da parcialidade da filiação, da perspectiva social ou de grupo, do processo histórico
Contribuições dos pós-modernos - Oposições excludentes que estruturam correntes filosóficas
Sujeito transcendental ideal
=> 3 formas de reprimir as diferenças
-Negação das particularidades das situações
-Dominação ou eliminação da heterogeneidade em sentimentos
-Redução da pluralidade de sujeitos morais a uma particularidade

=>A impossibilidade da imparcialidade


-"A pluralidade dos sujeitos não pode ser eliminada, apenas expulsa"
-Exigência de desinteresse mútuo
-A dificuldade de adoção de um ponto de vista não situado
-A motivação para o debate e avaliação moral em si expressa vontade/desejo
-É possível assumir "todos os lugares"?

Dicotomia
Universal / Público / Razão Particular/ Privado / Paixão

=>Processo de reflexão proposto por Young


-Young se opõe à perspectiva de que o "autocentrismo" e "imparcialidade" seriam as únicas
possibilidades para o dilema
-Compromisso moral
-"O encontro com o outro": razão moral dialógica em detrimento da razão monológica

=>Teoria política moderna


-Teoria política moderna: *A institucionalização cívica reordenou a vida social em uma divisão
rígida entre o público e o privado" (p.184).
-Esfera pública unificada e homogênea
-A ideia de "Estado-Nação" e seu caráter excludente
"A razão normativa moderna e sua expressão política na ideia do público cívico adquirem
unidade e coerência por meio da expulsão e do confinamento de tudo o que poderia ameaçar
invadir a comunidade política com diferenciação: a especificidade dos corpos e do desejo das
mulheres, as diferenças de raça e cultura, a variabilidade e a heterogeneidade das necessidades,
dos objetivos e dos desejos dos indivíduos, a ambiguidade e a inconstância do sentimento"
(p.188).
-O compromisso com a imparcialidade tem consequências ideológicas
*O compromisso generalizado com o ideal da imparcialidade cumpre pelo menos três funções
ideológicas: sustenta a ideia do Estado neutro,
que, por sua vez, fornece alguma base para o paradigma distributivo da justiça. Legitima a
autoridade burocrática e processos decisórios
hierárquicos, neutralizando demandas por processos democráticos de decisão. E, por fim,
reforça a opressão apresentando o ponto de vista dos grupos privilegiados como se
correspondessem a uma posição universal"(p.188)

=> A ética em pesquisa em RI


-Considerações iniciais: a reflexão sobre a parcialidade ou imparcialidade do Estado
-Do positivismo à reflexão do caráter situado da pesquisa: Escolha do tema, da pergunta de
pesquisa, do método, da teoria etc.
-A dificuldade em estabelecer padrões éticos de pesquisa em RI: avaliação da eficácia de
protocolos de pesquisa científica
-Singularidade do contexto de cada pesquisa
-O escopo do debate sobre ética em pesquisa em RI é amplo

=>Preocupações éticas do pesquisador em RI


-Preocupação com a segurança e a proteção das pessoas entrevistadas
-O campo de pesquisa "internacional": diferentes territórios, diferentes culturas, diferentes
classes sociais;
-Temas sensíveis
(A partir de: BHATTACHARYA, 2018)
=>A institucionalização da ética
-Associações de área e debates sobre ética
-As diretrizes que regulam a ética na pesquisa com seres humanos no Brasil são tratadas pela
Resolução n° 466, de 12/12/20122 do Conselho Nacional de Saúde, e pela Resolução n° 510, de
7/04/2016
-Debate sobre "Imperialismo bioético" nas pesquisas em Ciências Humanas

=>Considerações finais
-"Em vez de imparcialidade, afirmo, devemos buscar a justeza pública, em um contexto de
heterogeneidade e discurso parcial." (YOUNG, 2012, p.188).
-"Ser justo não requer deixar de ser quem se é " (YOUNG, 2012, p.192)
-"A conclusão geral é que a ética em pesquisa pertence a um amplo espectro de investigação
científica no campo de RI e não se restringe apenas à pesquisa de campo envolvendo seres
humanos. As mudanças substantivas nos métodos de pesquisa e coleta de dados exigem novas
maneiras de aplicar a ética à pesquisa em RI*(BHATTACHARYA)
-O diálogo com os pares é essencial
-O debate epistemológico deve ser um compromisso ético do pesquisador em RI

Aula 01/06 Relações Internacionais: o estado da disciplina.


=>Autor: Felipe Leal Albuquerque
=>Introdução: entender RI como disciplina e balanço do campo
-Tucídides; Maquiavel; Hobbes
-Estatura de disciplina acadêmica com a fundação do departamento de Política Internacional da
Universidade de Aberystwyth, no País de Gales (1919)
-Definição ampla de RI: "Relações Internacionais é a disciplina vertente da Ciência Política que
visa ao estudo das interações políticas, econômicas e sociais que se realizam principalmente
entre Estados, mas também entre esses e atores como organizações internacionais, empresas,
organizações não governamentais (ONG), grupos terroristas e narcotraficantes, indivíduos,
entre outros" (p.07).
=Métodos em RI: quantitativos e qualitativos
1)Métodos Quantitativos
Sobre:
Métodos:
Softwares de pesquisa;
Método estatístico; N-grandes;
Método experimental Tradicionalmente no campo do positivismo

2)Métodos Qualitativos:
Métodos: Sobre
Positivistas: process-tracing e o método Se localiza tanto no positivismo quanto
comparativo no pós-positivismo;
Pós-positivistas: análise de discurso, N-pequeno
análise de conteúdo Entrevistas e outras ferramentas
Outros: Etnografia; entrevistas não Softwares de pesquisa
estruturadas; Observação participante

=>Debates segundo ALBUQUERQUE


1.Realismo versus liberalismo (1919 a 1939);
2.Tradicionalistas (realistas e liberais) versus behavioristas inspirados pelas ciências naturais
(1950 - 1960);
3.Neorrealistas versus Neoliberais ou institucionalistas + Escola inglesa (1970)
? - Diálogo (1980-1990) - construtivismo e perspectivas plurais; Pós-estruturalismo;
Teoria crítica
4. Racionalistas versus reflexivistas; disputa metodológica e epistemológica entre positivistas e
pós-positivistas (ambientalismo, pós-modernismo, teoria crítica e feminismo)

=>Debates atuais e considerações finais


-"Novos temas".
-Limites atuais da internacionalizar da "disciplina" e das "Escolas"
-Métodos e interdisciplinaridade.

Aula 08/06 Fichamentos e notas de leitura, resumos e resenhas


ð Wolfgang Adolf Karl Döpcke
=>Introdução
-Maneiras de ler, memorizar e utilizar um texto cientificamente
-Ética da atividade científica e editorial
-Tipos de notas de leitura destacadas:
1) Fichamento 2) Resenha 3) Resumo

=> Fichamentos
-Função: permite diálogo ético com os pares científicos em pesquisas futuras
-Objetivos: organização das referências; memorização.
-Pode ser base de dados bibliográficos para pesquisas e artigos a serem publicados
-Dois tipos de fichamentos: Citações / Referências bibliográficas

=>Resenhas
-Função: Leitura crítica e/ou contextualizada de um texto
-Objetivos: Debate entre pares; apresentações de obras à comunidade científica
-Podem ser publicadas em periódicos científicos
-Tipos de resenha: Resenha crítica e Resenha descritiva
=>Questões a serem respondidas pelas resenhas (Cf. DOPCKE):
-Qual é o caráter do texto e sua ideia central?
-Qual é a estrutura do texto? (descrição detalhada sobre as diferentes partes)
-Como o texto pode ser contextualizado dentro do debate acadêmico atual e do próprio
contexto político e social?
-Qual é a sua avaliação crítica do texto?

=>Partes sugeridas de uma resenha crítica:


-Apresentação contextualizada do autor
-Apresentação do texto (seu contexto e descrição das suas partes)
-Seleção dos resultados, dados, informações extraídas do texto
-Avaliação crítica do texto: potencialidades e lacunas

=>Resumos
-Função: Reunir reflexões que condensem as principais contribuições dos textos
-Objetivos: memorização; reflexão sobre o texto
-Observação: é uma descrição do texto, não passível de publicação.

Aula 15/06 TEXTO 3 PROVA


Autores: Tullo Vigevani; Laiz Thomaz; Lucas Leite
=>Introdução
-Discutir a institucionalização da área de relações internacionais no Brasil;
-Discutir as possíveis motivações pela maior demanda de profissionais qualificados para a
compreensão dos fenômenos internacionais.

=>Existia pensamento crítico em RI no Brasil antes da institucionalização do campo


-Diplomatas; Historiadores; Escritores; Etc.

=>"Adensamento do 'pensamento brasileiro de RI'"


“a) instituições governamentais, em especial no Ministério das Relações Exteriores, mas
também no Ministério da Defesa e outros órgãos, como o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), e governos subnacionais (estados e municípios);
b) organizações não-governamentais, incluindo entidades empresariais e sindicatos e também
partidos políticos;
c) universidades" (p.02).

=>Por que efetivar pesquisas em RI?


-Problem-solving Theory
“interesse de muitas comunidades acadêmicas, na América Latina e em outras partes do
mundo, em construir um tipo de conhecimento sobre a política mundial que seja possível
converter em fórmulas políticas aplicáveis pelos tomadores de decisão (Tickner, 2012, p. 26).

=>Sobre a origem do campo


-No mundo: Ciência Política => RI
OBS. consolida com os EUA mas pôde-se disser que inicia no Reino Unido
-No Brasil: Relações internacionais se relaciona com Ciência Política; História; Filosofia; Direito
>>>Essa diferença ocorre pela influência do ambiente universitário e geral.

=>Motivações para a expansão da graduação em RI


1) expansão do mercado de trabalho;
2) globalização e maior inserção internacional do Brasil;
3) expansão do comércio internacional do Brasil;
4) Tendências (p.09) glamourização da área

=>Sobre o mercado de trabalho do internacionalista


"O período que assiste à expansão dos cursos de relações internacionais coincide com o forte
crescimento da permeabilidade da sociedade à política externa por essas razões. A
consequência é que os temas internacionais se incorporam às decisões do Estado, fato
existente há muito, mas agora - até mesmo pela velocidade das comunicações e das
informações - com consequências imediatas na definição das políticas públicas." (p.10).

OBS. existia a ideia da política externa (Itamarati) como um bloco fechado, distante de que a
diplomacia devia ser separada do povo - isso antes do começo da consolidação da área. Ou
seja, RI deixou de ser uma área só de diplomatas.

=>Motivação para a expansão da pós-graduação em Ri e áreas afins


1) adensamento intelectual;
2) aumento do financiamento do ensino e da pesquisa por instituições como Capes, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fundações de amparo à
pesquisa estaduais (FAPs);
3) a busca por empregos mais bem qualificados; 4) ampliação do mercado de ensino,
sobretudo na graduação, mas também em outros cursos, como as especializações (conhecidas
como MBA - Master in Business Administration) (p.13-14).

=>Sobre os incentivos e o avanço do campo


"A evolução da pós-graduação nessa área deu grandes passos no século XXI: de dois cursos até
2002, atingimos hoje o total de doze. Uma grande distância foi percorrida. O terreno era fértil
para o avanço dos estudos com a ampliação do número de pesquisadores de alto nível e do
interesse da sociedade e da universidade. Nesse sentido, o apoio estatal talvez tenha sido
decisivo, ainda que a área não possua a mesma tradição, o mesmo enraizamento, nem a
mesma amplitude e massa crítica de outras ciências sociais, como a política, a sociologia e a
antropologia, ou, ainda, da economia, da história e do direito. Mesmo que o número de
pesquisadores reconhecidos pela comunidade científica nacional e internacional seja menor,
não resta dúvida de que o crescimento recente é forte e, arriscamos dizer, proporcionalmente
maior" (p.18)

Em construção: temas de pesquisa recorrentes em RI (2016)


- Inserção internacional do Brasil; Cultura, cooperação e segurança em níveis de análise não
apenas estatal; Integração regional e os blocos econômicos; Novos Regimes internacionais;
OBS: + pro -

=>Considerações finais
a) a área está razoavelmente consolidada e tem produzido conhecimentos notáveis;
b) quando comparada a outros campos do conhecimento, particularmente às humanidades,
trata-se ainda de uma área com dimensões reduzidas (p.28).

Aula 21/06 Interdisciplinaridade e desafios do campo das RI


=>Autoras: Deisy Ventura; Maria Antonieta Lins
=>Introdução:
-Dificuldades de integração entre as disciplinas no campo das relações internacionais
-Oscilação entre sua necessidade de afirmação como disciplina autônoma e a
multidisciplinaridade inerente à formação internacionalista
=>Conceitos
-Disciplina: "domínio relativamente autossuficiente e isolado da experiência humana que
possui sua própria comunidade de especialistas"
-"Multi" ou "pluridisciplinaridade": situação de ensino, pesquisa ou prática em que diversos
especialistas trabalham diferentes aspectos de um mesmo problema, com a simples
justaposição de dados produzidos em cada disciplina, reunidos e editados por um receptor ou
coordenador"
-Interdisciplinaridade: fecundação recíproca pela transferência de conceitos, métodos e
resultados de uma disciplina à outra"
-Transdisciplinaridade: Recusa à abordagem compartimentada que caracteriza a concepção
disciplinar tradicional. Reúne saberes para além das disciplinas, ultrapassando as fronteiras de
cada uma para dedicar-se a um objeto preciso, pressupondo a pluralidade de níveis da
realidade (..). Implica a produção de conteúdos e métodos novos a partir do mundo real,
explorando numerosas disciplinas sem aderir a elas"

=>Dificuldades em RI
-Escasso intercâmbio com as ciências da educação e cognitivas
-"Da busca desenfreada de um "lugar no mercado pode resultar o risco de arrefecimento da
adesão de discentes e pesquisadores a valores fundamentais, como a democracia e os
direitos humanos".
-Crítica das autoras à inexistência de uma definição sobre o tema e as contradições das
avaliações de cursos

=>Reflexão
-Panorama da arena política no Estado do Rio Grande do Sul.
- A influência do Governador do Estado do Rio Grande do Sul em Brasília e Vice-versa
- Como o RS contribui para o cenário nacional: a influência seria mais econômica ou
mais política?
- O RS tem um entendimento arraigado da África e mais especificamente ao país X?
- Pontos específicos sobre os quais o RS gostaria de se aprofundar com relação ao
pais X.

=>Considerações Finais
-"Acreditamos que a integração entre as disciplinas não é capaz de "anular o poder que lodo
saber implica", mas aumenta a possibilidade de que os atores da formação internacionalista
desejem partilhar os seus respectivos poderes"
-"Apesar de incompleto, acreditamos que esse panorama ajuda a compreender por que a
integração entre disciplinas na área de RI ainda possui um imenso caminho a explorar.
Devemos nos perguntar o quanto o campo poderia crescer em densidade acadêmica e em
repercussão social, caso conseguisse com maior frequência pautar sua produção cientifica,
não apenas pelo enfrentamento de temas transversais, mas com enfoques e métodos
também transversais - isto é, transdisciplinares, fora ou acima das disciplinas; ou
interdisciplinares, com fecundações recíprocas entre disciplinas*
-"reconhecer a diversidade de sua própria área pode ser mais importante do que assimilar os
rudimentos das demais disciplinas"
-"O que defendemos é a abertura às possibilidades de integração entre disciplinas, e não uma
adesão incondicional a elas"

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