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Universidade Católica de Brasília - UCB

Curso: Arquitetura e Urbanismo


Disciplina: Ateliê de Urbanismo I
Discentes: Giovana Maria Castro de Souza (UC22100987) e Renê Lepesqueur
(UC24101378)
Docente: Catarina Sombrio

Vitalidade Urbana em Jane Jacobs

Introdução

● Morte e Vida nas Grandes Cidades Americanas é um ataque aos fundamentos do


planejamento urbano e da urbanização moderna.
● O planejamento urbano acaba sendo prejudicial às cidades e pobre em diversidade.
Jacobs vê conjuntos habitacionais para pessoas de baixa renda como núcleos de
delinquência e vandalismo. Monótonos, repetitivos, padronizados, sem vitalidade
urbana.
● Ruas e calçadas são os órgãos vitais dos bairros. Moradores criam relações com a
vizinhança.

5. Funcionamento das cidades: Bairros

● Bairros dignos e seguros não se relacionam apenas com a presença de escolas,


parques e moradias limpas.
● Os bairros devem ser pensados em órgãos autogovernados, diferente de bairros
autossuficientes.

● A autogestão diz respeito aos próprios moradores exercerem essa função no seu
bairro, com ações tanto coletivas como individuais. Tanto pela questão da segurança
proporcionada pela comunidade, quanto pela questão de problemas internos que
podem ser resolvidos com ações dentro da esfera do bairro.
● A autossuficiência está relacionada a um bairro voltado para si, ficando restrito a
cidade e as outras comunidades ao seu redor. O que não dá certo, culminaria em uma
cidade segregada.

● A cidade tem como vantagem proporcionar uma variedade de oportunidades e opções


que vão além do bairro. É necessária uma certa falta de autonomia econômica nos
bairros, porque eles ainda integram a cidade.
● Jane defende a interação de usos, visto que a utilização de espaços gera identificação,
e consequentemente resultando em distritos vivos e diversificados.

● Para Jacobs, a autogestão civilizada localiza três tipos de organizações:


○ A cidade como um todo: Ideal para reunir pessoas com interesses específicos
em comum, formando uma comunidade. Pode-se exemplificar com relações
de trabalho, escola, etc;
○ A vizinhança de rua: Em contraponto, as vizinhanças e ruas estão em uma
escala menor. As vizinhanças formam um contínuo físico, social e econômico.
Moradores se unem por meio das vizinhanças, com atos corriqueiros. A
vizinhança consegue resolver um conflito de forma mais efetiva do que só
uma rua. É necessária a presença de moradores engajados na vida coletiva;
○ Distritos extensos: Serve de mediador entre as vizinhanças e a cidade como
um todo, tem força política, diferente da vizinhança. Podem ajudar com
questões das ruas e vizinhanças de forma política, ao se mostrar de modo
efetivo na prefeitura. O distrito deve vencer o isolamento que os bairros
compõem. Distritos instáveis na vida pública acabam sendo mal interpretados
por políticas urbanas equivocadas;

● Jane finaliza indicando que o planejamento urbano deve almejar quatro metas:
1- As ruas precisam ser vivas e atraentes;
2- O tecido urbano dessas ruas precisa formar a malha urbana mais contínua possível por
todo o distrito;
3- Os parques, praças e edifícios públicos devem ser utilizados de forma que produza
complexidade e multiplicidade de usos;
4- Enfatizar a identidade da área para que funcione como distrito.

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