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KIKOSOFIA
Francisco Moreira
NÚMERO 19 MARÇO DE 2024
MARÇO
Por Francisco Moreira
Capa: Pixabay
KIKOSOFIA
NÚMERO 19 MARÇO DE 2024
CÂNCER DE ÚTERO
A necessidade de prevenção
O câncer de útero é o terceiro mais frequente entre as
mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de
mama e de colorretal, porém é 2º que mais causa morte
de mulheres no país.
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NÚMERO 19 MARÇO DE 2024
Prevenção
Tratamento
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A Paixão do carpinteiro
Francisco Moreira
KIKOSOFIA
NÚMERO 19 MARÇO DE 2024
Não acreditei no que meus olhos viam. Não fazia sentido, Jesus
estivera pregando sobre o reino de Javé os últimos três anos.
Não podia ser ele ali. torturado, sangrando, indo para o
calvário como um criminoso. Aliás, todos na cidade apostavam
que Barrabás, um assassino cruel, que havia sido preso há
poucos dias seria levado ao madeiro aquela Páscoa, mas eu
não o via entre os dois outros que acompanhavam o profeta em
sua caminhada para o Gólgota.
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NÚMERO 19 MARÇO DE 2024
Jesus caiu outra vez e uma mulher veio lhe enxugar o rosto.
pegaram um rapaz, jovem e forte, para ajudar a carregar o
madeiro. Jesus estava bastante ferido, o corpo era uma mancha
escura de sangue e secreções. Eu já havia visto vários homens
seguindo para a cruz, mas nenhum naquelas condições. Lhe
puseram uma espécie de coroa de espinhos na fronte de modo
que o sangue banhava seu rosto e misturava-se com suor e o
cuspe dos guardas do templo, que seguiam junto aos romanos.
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Publique na Kikosofia
A Kikosofia é um espaço de vozes, consonantes, dissonantes, de
livre e respeitosa expressão e opinião. Um local que se pretende
divertido, reflexivo, por vezes louco, mas sempre acolhendo o outro,
independente de diferenças, somos todos iguais, e isso é o que de
mais belo existe no viver, saber que não somos cópias de outro ser.
kikosofia@gmail.com
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Ingratidão
Obrigado, Senhor!
Reclamar de quê?
Para quê?
Estou belo,
Esbelto,
Forte,
Musculoso
E com dinheiro.
Agora sim,
Posso ser
Devo ser
Bígamo.
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Quarta Crescente
O CULTIVO DA TOLERÂNCIA
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Não é fácil ser tolerante, abandonar as paixões, os vícios, as crenças limitantes, enfim,
mudar de atitudes para fazer progressos na vida. Logicamente a tolerância, a paciência
e a perseverança deverão ser os fatores de motivação, que impulsionarão a conquista
das demais virtudes professadas pelo cristianismo, alavancando nossa mudança
interior. Mudança esta que, não se torna possível, senão na medida em que viajamos
para dentro de nós, com a visão crítica de quem se reconhece pouco evoluído, mas,
disposto a se tornar uma pessoa melhor, por considerar que todos somos iguais,
portanto, com os mesmos direitos e deveres.
Chico Xavier, emérito pensador e filantropo, certa vez disse: “Permito que todos sejam
como queiram ser, mas eu, só posso ser bom e correto”. Eis o cerne da questão. As bases
morais cristãs, estão expostas muito claramente nos escritos próprios, porém, mesmo
dentro da mesma religião existem formas diferentes de interpretá-las. Assim sendo,
resta-nos apenas sermos “bons”, não ferindo, não agredindo, não desrespeitando, não
julgando, enfim, não praticando com o próximo aquilo que não queiramos para nós.
Parece simples, mas, trata-se de um esforço diário e hercúleo, principalmente para nós
seres imperfeitos.
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NÚMERO 19 MARÇO DE 2024
Minha saudosa mãe dizia: “Filho, o certo é o certo, mesmo que ninguém esteja fazendo
e o errado é errado, mesmo que todos estejam fazendo”. Sábias palavras de uma
mulher simples, de uma época onde as questões morais se sobrepunham a todo o resto.
De uma época onde a família representava a base de toda a sociedade, como deve ser.
De uma época em que se respeitava as instituições e as autoridades. De uma época
onde os símbolos nacionais eram cultuados e exibidos com orgulho nas escolas, nas
repartições públicas, nos esportes e no cotidiano. O certo é o certo e ponto! Não
devemos admitir alternativas à honestidade, mas, pensemos bem, se há alguém que
pense diferente disso ou de qualquer outra coisa, não seremos nós os justiceiros
desrespeitosos que os agredirão. Confiemos na justiça maior. Se acreditamos em um
Deus amoroso, justo e bom, não podemos tomar a reprimenda por nossas mãos.
Confiemos em nossa FÉ!
Muita Paz!
Josnei Castilho
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Estante
DICAS DE LEITURA PARA SEUS MOMENTOS
Pois o conhecimento exige compromisso
Então, surge a questão: se tudo possui uma origem, de onde surgiu essa força que
constituiu os astros e a expansão do universo?. O que mantém os planetas, corpos
luminosos e bilhões de galáxias exatamente nas posições que se encontram? Como
então explicar o universo humano, com trilhões de células e suas mais várias funções
metabólicas? São indagações que tentam ser respondidas, e ao menos enquanto o
homem não conseguir superar os seus simplórios 12% dos recônditos cerebrais, é
muito salutar e previsível acreditar naquela força ser proveniente de um ser que rege
todo o cosmos, talvez até algo que perpassa a racionalidade, mas que mantém ainda
de alguma forma o ser humano na linha tênue do equilíbrio mental, e isso deve ser
respeitado.
Eis então o ponto crucial deste texto: cada pessoa tem o direito em acreditar na força
geradora do mundo, pautada pelo princípio da fé. É este sentimento infinistesimal que
a medicina tanto vem ocupando-se, para explicar fenômenos, como a regressão de
doenças, consolo para sofrimentos terrestres e provas vividas pela humanidade, e isso
independe da religião.
Aliás, "religare" faz parte da etimologia da palavra religião, que nada mais é que unir o
homem ao transcendental, ao ente superior, portanto à sua fé. Tal concepção é única,
não podendo aceitar discursos de ódio e intolerância religiosa.
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E desta maneira, mostra-se para o amigo leitor que todas as religiões do mundo
têm uma função especial: fazer com que o humanidade evolua nas variadas
concepções da vida terrestre, sempre nutrindo a sua respectiva crença com amor,
perdão, caridade, renúncia e fé, ao invés de julgar e condenar o semelhante por
ideologias diversas da sua.
Trazer o mal que é concebido em uma religião e transmutar para outra que não
possui compatibilidade alguma é algo que precisa ser estripado do âmbito social.
Não é porque o protestantismo acredita em entidades malignas e demônios, que
todas as demais designações necessariamente tenham que ser iguais. E em
continuidade a tal argumento, levar para a outra designação religiosa conceitos
como inferno, purgatório, diabo ou demônios, àquilo que é sagrado para outros
povos e culturas, é de uma petulância e arrogância litúrgica sem precedentes.
David Montenero
@davidespiritualidadefilosofica
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Alguma vez um empregado transitava cansadamente nas horas de sesta pelo circo vazio,
erguia seu olhar à quase atraente altura, onde o trapezista descansava ou se exercitava em
sua arte sem saber que era observado. Assim teria podido viver tranquilo o artista do
trapézio, a não ser, pelas inevitáveis viagens de um certo lugar para outro que o
molestavam sumamente. Certo é que o empresário cuidava de que este sofrimento não se
prolongasse demasiado.
O trapezista saía para a estação em um automóvel de corridas que corria, pela madrugada,
pelas ruas desertas, com máxima velocidade; muito lenta, contudo, para sua nostalgia do
trapézio. No trem, estava preparado um apartamento so- mente para ele, onde
encontrava, em cima, na redezinha das equipagens, uma substituição mesquinha – mas de
algum modo equivalente – de sua maneira de viver. No local de destino já estava arrumado
o trapézio, muito antes de sua chegada, quando ainda não se tinham fechado as tábuas
nem colocado as portas. Mas para o empresário era o instante mais agradável aquele em
que o trapezista se apoiava na corda e subia e em um átimo se encarapitava de novo sobre
o seu trapézio
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Parecia horrorizar-se ante a ideia de que isso pudesse vir acontecer-lhe alguma vez. O
empresário, detendo-se e observando o seu artista, declarou novamente sua absoluta
concordância. Dois trapézios são melhores do que um só. Além disso, os novos trapézios
seriam mais variados e vistosos. Mas o artista, de súbito, se pôs a chorar. O empresário,
profundamente comovido, ergueu-se de um salto e perguntou-lhe o que lhe acontecia, e
como não recebesse nenhuma res- posta, subiu ao assento, acariciou e abraçou e
estreitou seu rosto contra o seu, até sentir as lágrimas em sua pele.
Franz Kafka (1883 - 1924) - Foi um escritor tcheco, de língua alemã, considerado um dos
principais escritores da Literatura Moderna. Seus textos com frequência retratam a
ansiedade e a alienação do homem do século XX. em narrativas em quê o pessimismo é
destacado por deformações da realidade em alegorias não convencionais e subversivas,
muitas vezes sob uma atmosfera de medo e solidão, mas que transmitem metáforas de busca
por libertação, autoconhecimento e transformação.
Suas obras mais famosas são A Metamorfose, em quê o protagonista, Gregor Samsa, ao
acordar um dia, percebe estar se transformando num horrível inseto, fato que é visto por ele
como inevitável e o fará ver sua família e o mundo ao redor de forma cada vez mais inusitada,
num obra que critica o capitalismo e a descartabilidade social do homem. E O Processo, no
qual um homem, Joseph K, é preso repentinamente e processado por um crime que nunca é
revelado e que aparentemente ninguém sabe do que se trata., de onde se inicia a luta do
protagonista para saber do que é acusado e de forma irá se defender, numa crítica
desesperadora ao autoritarismo e a burocracia.
Kafka relutava em publicar seus textos, de modo que durante a vida poucos artigos seus
saíram em revistas. Ele chegou a pedir ao amigo Max Brod que queimasse seus manuscritos,
mas este, após a morte do escritor os editou, tornando-o conhecido mundialmente.
“Kafkiano” é um termo que hoje designa situações absurdas como as descritas em seus livros.
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Olavo Bilac
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CINEOLHAR
As últimas doze horas de vida de Jesus
filmadas com um realismo extraordinário e
perturbador fez deste filme um dos mais
polêmicos da carreira do diretor e ator Mel
Gibson. Baseado em extensas pesquisas sobre
a cultura e formas de execução da época,
vemos de forma crua e cruel todo o sacrifício
suportado pelo Homem de Nazaré durante a
sua prisão, julgamento e condenação que o
levaram a ser crucificado. É um filme
obrigatório para quem se denomina cristão,
mas exige. além de uma profunda reflexão
sobre os fatos, um extremo senso de coragem
A paixão de Cristo (The Passion of The
para assistir as cenas e sua violência Christ) - 2004 - 2h 07min
mostrada sem filtros. Direção: de Mel Gibson
Com: Elenco: Jim Caviezel, Maia
Morgenstern, Christo Jivkov
RESENHA HQ
YESHUA ABSOLUTO
A história de Jesus já foi revisitada em diversas mídias,
com visões e interpretações diferentes, ora mais
próximas daquilo descrito nos Evangelhos, ora
distorcendo ou polemizando seu conteúdo. Em Yeshua,
Laudo Ferreira (desenho e roteiro), junto a Omar Viñole
(arte final), busca trazer uma nova dimensão a
biografia do Mestre. Uma visão intimista e pessoal, fruto
de anos de estudos, leituras históricas dos evangelhos
canônicos e apócrifos e outros documentos e carregado
de sua visão pessoal de Jesus e sua caminhada
profética e apostólica.
KIKOSOFIA
EDIÇÃO DE MARÇO DE 2024
Francisco Moreira