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Caso sobre “Judicialização da Saúde”

Compartilho com vocês o que aconteceu recentemente com o pai de um amigo. Para
manter a privacidade das partes, irei considerar o nome do meu amigo “Carlos” e o nome do
pai dele “José”

Em novembro de 2019 José começou a sentir incômodo na sua visão. Foi juntamente
com seu filho, Carlos, a uma clínica popular. Lá foi testada sua acuidade visual e a médica o
diagnosticou com “degeneração macular relacionada à idade”. Após esse episódio foi ao
Hospital Leiria de Andrade para uma varredura de andrade. Dessa forma, o diagnóstico foi
fechado de acordo com a médica do serviço popular.

Ademais, a médica disse que a única maneira de iniciar o tratamento rápido seria por
meio da “judicialização” e ela recomendou que eles (pai e filho) procurassem a defensoria
pública para agilizar.

Enquanto não saísse a judicialização o mais recomendado foi eles conseguirem


dinheiro e fosse fazendo as aplicações das injeções intravítrea que custa R$1.200,00 cada.
Nesse caso, seu José iria precisar de 2 a 3 ou até 16 injeções.

Após pesquisas na internet, Carlos não encontrou muita coisa relacionada a


defensoria pública com relação a judicialização em saúde. Assim sendo, os dois foram a
defensoria pública. A atendente falou que não dava para abrir o processo com os documentos
particulares, pois tinha que ser encaminhado pelo SUS. Ela deu uma guia de consulta para o
posto de saúde.

Eles foram ao posto no mesmo dia que foram a defensoria e conseguiram a última
ficha do posto do bairro no serviço de emergência. Foi falado da obrigatoriedade do cartão
do SUS. A médica se compadeceu, nas palavras de Carlos, e olhou os exames que tinham
sido feitos. Por meio disso, concordou com a diagnóstico da médica da clínica popular.

No outro dia foram a defensoria pública, novamente. Nesse caso, foram atendidos por
uma outra atendente que falou que ainda precisariam de outros documentos,como uma
tentativa de consulta feita diretamente pela secretaria de saúde do município. Ela deu uma
guia de solicitação e pediu para refazer novamente a guia que a médica tinha feito no posto
de saúde, sendo que ela não explicou o porquê disso.

Nesse mesmo dia, foram ao posto e falou com a coordenadora do posto. Ela
conseguiu uma consulta com o médico. O médico deu um “sermão” muito grande dizendo
que a médica que tinha atendido seu José antes já tinha dado o laudo necessário. Carlos
disse que o médico fez simplesmente o que a médica já tinha feito.

Nesse dia, saíram do posto 13h e 16h foram fazer a solicitação de consulta no
oftalmologista diretamente para a secretaria de saúde e isso em uma sexta-feira. Carlos falou
que chegaram faltando 5-10 min paras 17h e mesmo assim foram atendidos. Foi dado uma
guia de solicitação de consulta.
Dessa forma, os documentos solicitados foram: guia de encaminhamento do posto,
guia de encaminhamento da secretaria de saúde, cpf, rg, renda (no caso é aposentado),
cartão SUS e exames. Com isso, finalmente deu entrada no processo na defensoria pública
e uma atendente ainda questionou outros documentos. Ela chegou a fazer uma ligação que
demorou entre 5-7 min, quando, conseguiram fechar o processo. Ela disse que aguardassem
a prefeitura entrar em contato para marcar a consulta com o médico e isso poderia levar 1
mês. Paralelo a isso, eles foram em uma clínica privada e tiveram que pagar exame de
Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e a aplicação de uma injeção. Sendo a consulta R$
240,00, o exame R$ 480,00 e a injeção R$1.400,00. Muito custoso tudo isso.

Nesse sentido, esperaram e após 2-3 dias receberam a ligação da Secretaria Estadual
de Saúde. Na ligação foi informado para pegarem os documentos para serem atendidos pelo
oftalmologista. A surpresa que tiveram foi que seu José não precisaria ir mais à consulta. O
tratamento começou agora dia 10 de janeiro.

Todo o processo começou por volta do dia 10 de novembro e demorou uns 40 dias
até a ligação da Secretaria Estadual de Saúde. Ou seja, por volta do dia 20 de dezembro de
2019. O medicamento é uma análogo do “Panvel” que custa por volta de R$4.609,65 com a
composição (Lucentis 10mg/ml 1 Frasco 0,23ml + Seringa + Agulha Suspensão Injetável
Intravítrea).

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