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QUESTÕES

COMENTADAS

REVALIDA
APRESENTAÇÃO

Prezado aluno,

Nós, da Medcel, sabemos quantos desafios e obstáculos você e­ nfrentou para


chegar até aqui. Você superou os seus próprios l­imites e é uma i­nspiração
para o nosso time!

Agora, nessa reta final de estudos, queremos continuar te ­apoiando e te


preparando para que atinja todas as suas metas.

Esta coleção foi preparada por uma equipe de mais de 100 p ­ rofissionais,
que se orgulha de fornecer o melhor material do mercado para que você
se prepare para as provas e possa realizar os seus sonhos.

Este livro é apenas um dos objetos de aprendizagem que ­disponibilizamos


para você. Em sua plataforma exclusiva de e­ studos, é possível encontrar
outros formatos para o seu preparo, conforme o seu tempo e a sua fase
de estudos. Estamos determinados a lhe oferecer meios que mais se
adaptam a você e sua rotina, porque sabemos que o melhor jeito de
estudar é o seu.

Conte com nosso suporte em mais este desafio de sua carreira.

Bons estudos!
Um grande abraço,
Time Medcel
ASSESSORIA DIDÁTICA

Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues Cibele Marino Pereira


Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Graduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA). Especialis-
(FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Dermatologia pela Faculda- ta em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital do Pari (São Paulo). Mem-
de de Medicina de Jundiaí (FMJ). Professor assistente do Serviço de Der- bro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fellow
matologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU). em Oncologia Ortopédica pelo Hospital A. C. Camargo. Pós-graduanda em
Fisiologia do Exercício Aplicada à Clínica pela Universidade Federal de São
Andrey Augusto Malvestiti Paulo (UNIFESP). Ortopedista no Hospital Municipal do Jabaquara Dr. Ar-
Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo thur Ribeiro de Saboya.
(FCMSCSP). Especialista em Dermatologia pela Irmandade da Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de Especialista em Dermato- Daniel Cruz Nogueira
logia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), de onde é membro Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
efetivo. Médico dermatologista das equipes de Checkup e Mapeamento (UFMS). Especialista em Oftalmologia pela Santa Casa de Misericórdia de
Corporal e Dermatoscopia Digital do Hospital Israelita Albert Einstein. São Paulo. Fellow em Retina pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de
Médico assistente do Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX-SP) do Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Membro do Hospital
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São dos Olhos de Dourados - Dourados - MS. Preceptor de catarata na Santa
Paulo (HC-FMUSP). Casa de Misericórdia de São Paulo. Estágio em retina e vítreo na University
of California, San Francisco (UCSF - EUA).
Andrezza Bertolaci Medina
Graduada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Especialista em Durval Alex Gomes e Costa
Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médica hematologis- (UFTM). Especialista em Infectologia pelo Hospital Heliópolis. Doutor em
ta do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Doenças Infecciosas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do
Antonela Siqueira Catania Hospital Heliópolis. Coordenador da Preceptoria Médica da Residência de
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Infectologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela UNIFESP. Pós-doutora
em Endocrinologia pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Eduardo Bertolli
São Paulo (FSP/USP). Título de especialista em Endocrinologia e Metabo- Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica
logia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Cirurgia Geral pela PUC-SP. Títu-
lo de especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Antonio Paulo Durante (CBC). Especialista em Cirurgia Oncológica pelo Hospital do Câncer A. C.
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especia- Camargo, onde atua como médico titular do Serviço de Emergência e do
lista em Cirurgia Geral e em Cirurgia Pediátrica e mestre em Gastroente- Núcleo de Câncer de Pele. Título de especialista em Cancerologia Cirúrgica
rologia Cirúrgica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Membro titular do CBC e da So-
(HSPE-SP). Doutor em Experimentação Cirúrgica e Cirurgia Pediátrica pela ciedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Instrutor de ATLS® pelo
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Núcleo da Santa Casa de São Paulo.
Cirurgia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica e em
Videocirurgia pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia (SOBRACIL). As- Fábio Roberto Cabar
sistente do Serviço de Cirurgia Pediátrica do HSPE-SP e do Hospital Muni- Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
cipal Infantil Menino Jesus. (FMUSP). Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP,
onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia.
Bárbara Beatriz Garcia Raskovisch Bartholo Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Gineco-
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Ja- logia e Obstetrícia (FEBRASGO).
neiro (UNIRIO). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mestranda em Obstetrícia pela UERJ. ​ Gabriel Fernando Todeschi Variane
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Pau-
Bruna Savioli lo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria pela Irmandade da Santa Casa
Graduada em Ciências Médicas pela Universidade Metropolitana de Santos de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de especialista em Pedia-
(UNIMES). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia pelo Hospi- tria (TEP) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Especializando em
tal do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Pós-graduanda Neonatologia pelo Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria
em Ciências Aplicadas em Reumatologia pela Universidade Federal de São da ISCMSP. Instrutor do Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria
Paulo (UNIFESP). Médica preceptora do Serviço de Residência de Clínica – PALS (Pediatric Advanced Life Support) –, treinado e credenciado pela
Médica do HSPE-SP. American Heart Association.

Bruno Peres Paulucci Hélio A. Carneiro


Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
(FMUSP). Especialista em Otorrinolaringologia e subespecialista em Cirur- Especialista em Cirurgia Oncológica pela Fundação Antônio Prudente
gia Plástica facial pelo HC-FMUSP, onde também cursou doutorado e é mé- (A.C.Camargo Cancer Center). Cirurgião geral e oncológico dos Hospitais
dico colaborador. Pós-graduado em Medicina Estética e Cirurgia Plástica Adventista, Paulistano e PREVENT.
Facial pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITEP). Membro da Associa-
ção Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF) Jeane Lima e Silva Carneiro
e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial (ABCPF). Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Espe-
cialista em Medicina de Família e Comunidade pela Pontifícia Universida-
César Augusto Guerra de Católica do Paraná (PUC-PR). Cursando mestrado em Ciências (área de
Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica e em Geriatria pela concentração: Medicina Preventiva) pela Faculdade de Medicina da Univer-
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é preceptor da unida- sidade de São Paulo (FMUSP). Preceptora na Universidade Nove de Julho
de hospitalar da Residência de Geriatria. (UNINOVE).
Kelly Roveran Genga Renato Akira Nishina Kuwajima
Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Graduado em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Es-
Clínica Médica pela Casa de Saúde Santa Marcelina, em Hematologia pela pecialista em Clínica Médica pela Irmandade da Santa Casa de Misericór-
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Terapia Intensiva pelo dia de São Paulo (ISCMSP) e em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzane-
Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). se. Médico emergencista do Hospital do Câncer A. C. Camargo.

Licia Milena de Oliveira Ronald Reverdito


Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Pau- Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
lo (FCMSCSP) e em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). (UFMS). Especialista em Cirurgia Geral pela Associação Beneficente de
Especialista em Psiquiatria e em Medicina Legal pelo Hospital das Clínicas Campo Grande – Hospital Santa Casa e em Cirurgia do Aparelho Digestivo
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade
(AMBAN) do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP. Título de especialista Talita Colombo
em Psiquiatria e Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira de Psiquia- Graduada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNO-
tria. Médica assistente do Instituto de Psiquiatria no HC-FMUSP. Membro CHAPECÓ). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Complexo Hos-
da comissão científica e do ambulatório de laudos do NUFOR (Núcleo de pitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e pela Universidade
Estudos de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica da Faculdade de Me- Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Especialista em
dicina da Universidade de São Paulo). Perita oficial do Juizado Especial Reprodução Humana pelo Hospital São Lucas da Pontifícia Universida-
Federal de São Paulo. de Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Médica plantonista do Centro
Obstétrico do Hospital Dom João Becker.
Luana Bessa
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Cea- Tatiana Mayumi Veiga Iriyoda
rá (UFC). Especialista em Pediatria pelo Instituto da Criança do Hospital Graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Es-
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC- pecialista em Clínica Médica e em Reumatologia pela UEL. Especialista em
-FMUSP). Médica plantonista do pronto-socorro infantil dos Hospitais Aperfeiçoamento em Dor pela Faculdade de Medicina da Universidade de
Sepaco e Cruz Azul. São Paulo (FMUSP). Título de especialista em Reumatologia pela Socieda-
de Brasileira de Reumatologia (SBR).
Lucas Primo de Carvalho Alves
Graduado em Medicina e doutorando em Psiquiatria pela Universidade Thatiane Fernandes
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Psiquiatria pelo Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). ​ (UERJ). Especialista em Psiquiatria pelo Hospital Universitário Pedro Er-
nesto, da UERJ, e em Psiquiatria Forense pelo Hospital das Clínicas da
Lúcia Cláudia Pereira Barcellos Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas de especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
(UFPel). Especialista em Gastroenterologia e em Endoscopia pelo Hospital Médica assistente do Núcleo de Psiquiatria Forense (NUFOR) do HC-
do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Título de especia- -FMUSP. Perita da Justiça Federal do Estado de São Paulo.
lista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia
(FBG). Título de especialista em Endoscopia pela Sociedade Brasileira de Thiago Fernandes Diaz
Endoscopia (SOBED). Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em
Clínica Médica e Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Me-
Lygia de Souza Lima Lauand dicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico nefrologista da
Graduada em Medicina pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo
de São Paulo (ISCMSP). Especialista em Pediatria e Puericultura e em e da Clínica Renal Class/Grupo CHR. Médico chefe de plantão do Hospital
Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica pela ISCMSP, departamen- Estadual de Vila Alpina.
tos dos quais é médica assistente. Médica preceptora da Residência Mé-
dica de Pediatria do Hospital Municipal da Criança e do Adolescente de Thiago Prudente Bártholo
Guarulhos, SP. Graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ). Especialista em Clínica Médica e em Pneumologia pela UERJ. Pós-
Mariana Fabbri Guazzelli de Oliveira Pereira Sartorelli -graduado em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor e em Tabagis-
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Médi-
(FMUSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clíni- co pneumologista da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN)
cas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). e da UERJ. Chefe do Gabinete Médico do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro).
Mestre em Pneumologia e doutorando em Pneumologia pela UERJ, onde
é coordenador dos ambulatórios de Asma e de Tabagismo.
Mariana Póvoa
Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista
em Pediatria pelo Instituto de Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ, e
Victor Celso Cenciper Fiorini
Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica pela Universidade
em Cardiopediatria pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Instrutora
Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Neurologia pelo Hospital
de Pediatria do Centro de Treinamento Berkeley, cardiopediatra e eco-
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-
cardiografista do grupo Baby Cor e plantonista do Hospital Pro Criança
-FMUSP). Título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasi-
Jutta Batista.
leira de Clínica Médica (SBCM) e em Neurologia pela Academia Brasileira
de Neurologia, onde é membro titular. Professor de Neurologia do Centro
Marina Gemma Universitário São Camilo e médico neurologista do corpo clínico dos Hos-
Graduada em Obstetrícia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da pitais Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Santa Catarina.
Universidade de São Paulo (EACH-USP). Mestre em Ciências pela Faculda-
de de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Professora
assistente junto ao curso de Obstetrícia da EACH-USP.

Rafael Mattosinhos Spera


Graduado em Medicina pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia
de São Paulo (ISCMSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela
ISCMSP.
SUMÁRIO

QUESTÕES - Clínica Médica...............................................................11

QUESTÕES - Clínica Cirúrgica...........................................................93

QUESTÕES - Ginecologia e Obstetrícia........................................ 155

QUESTÕES - Pediatria..................................................................... 203

QUESTÕES - Epidemiologia............................................................ 253

COMENTÁRIOS - Clínica Médica................................................... 299

COMENTÁRIOS - Clínica Cirúrgica................................................ 367

COMENTÁRIOS - Ginecologia e Obstetrícia................................ 411

COMENTÁRIOS - Pediatria............................................................. 463

COMENTÁRIOS - Epidemiologia.................................................... 507


QUESTÕES
COMENTADAS

REVALIDA

Clínica Médica
Questões
Questões
Clínica Médica

2017 - INEP intensivo em razão de quadro de sepse grave. Segundo


1. Um homem de 55 anos procura atendimento em Uni- relato de familiar, o paciente iniciou, há cerca de 4 dias,
dade Básica de Saúde (UBS) por apresentar furunculose quadro de tosse produtiva e febre alta. Fez uso de sin-
de repetição. Durante a investigação de fator predispo- tomáticos (mucolítico e antitérmico) sem obter melhora.
nente, cogita-se a possibilidade de infecção pelo vírus Há 24 horas, passou a apresentar diminuição importan-
da imunodeficiência humana (HIV). O paciente relata te de débito urinário e, há 3 horas, prostração e rebaixa-
que não tem filhos e vive em união estável há cerca de mento do nível de consciência. O exame físico demons-
20 anos. Nega uso de preservativo nas relações sexuais tra temperatura axilar = 38,6°C, frequência cardíaca =
com sua parceira e afirma não ter relacionamentos ex- 112bpm, frequência respiratória = 33irpm (com tiragem
traconjugais. Refere 4 parceiras prévias a atual e afirma intercostal) e pressão arterial = 68x40mmHg. Solicita-
que sempre fez uso de preservativo nas relações sexuais dos exames complementares de urgência, o hemogra-
com essas parceiras. Nega transfusões sanguíneas ou ci- ma revela 26.000 leucócitos/mm3 (valor de referência:
rurgias prévias. Em face desse quadro, o médico deve: 4.000 a 10.000/mm3) e 16% bastões (valor de referên-
a) solicitar sorologia anti-HIV, sem ser necessário pedir cia: 0 a 5%). Diante desse quadro, a conduta inicial apro-
autorização ao paciente; e, sendo a sorologia positiva, priada deve ser:
iniciar o tratamento antirretroviral se a contagem de a) colher hemoculturas e iniciar imediatamente ressus-
linfócitos T CD4+ for ≤350 células/mm3, nada devendo citação volêmica e antibioticoterapia direcionada a
informar à parceira, de modo a manter o sigilo médico germes atípicos com claritromicina
recomendado pelo Código de Ética Médica b) colher hemoculturas e iniciar imediatamente ressus-
b) solicitar sorologia anti-HIV, caso autorizado pelo citação volêmica e antibioticoterapia intravenosa de
paciente após o aconselhamento pré-teste, e, sen- amplo espectro com ceftriaxona e azitromicina
do positiva, iniciar o tratamento antirretroviral se a c) colher secreção traqueal para bacterioscopia e cultu-
contagem de linfócitos T CD4+ for ≤500 células/mm3; ra e solicitar tomografia computadorizada de tórax
e solicitar, ainda, que o paciente leve sua parceira à de alta resolução, para definir esquema antibiótico
UBS para oferecer-lhe aconselhamento e testagem d) colher secreção traqueal para bacterioscopia e cultura
anti-HIV e solicitar radiografia de tórax em AP no leito, aguar-
c) solicitar sorologia anti-HIV, caso autorizado pelo pa- dando resultados para início da antibioticoterapia
ciente após aconselhamento pré-teste, e, sendo posi-
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
tiva, iniciar o tratamento antirretroviral se a conta- Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
gem dos linfócitos T CD4+ for ≤500 células/mm3; e,
ainda, convocar, de imediato, a parceira do paciente 2017 - INEP
para aconselhamento e testagem, comunicando-lhe o 3. Uma criança de 10 anos, vítima de mordedura de seu
diagnóstico do parceiro próprio cão na região da bochecha direita, é conduzida
d) solicitar sorologia anti-HIV, sem haver necessidade pelos pais à Unidade de Pronto Atendimento, apresen-
de pedir autorização ao paciente, e, sendo a sorolo- tando ferida de aproximadamente 3cm de extensão e
gia positiva, iniciar o tratamento antirretroviral se 1,5cm de profundidade, sem comprometimento de mús-
a contagem de linfócitos T CD4+ for ≤350 células/ culos ou vasos. Os pais informam que a criança teve fe-
mm3; e, ainda, aguardar a oportunidade de testagem rimento no pé esquerdo há 8 meses, quando fez uso de
da parceira do paciente, quando ela for à UBS, para 3 doses da vacinação antitetânica. O médico de plantão
comunicar-lhe o diagnóstico do parceiro lavou copiosamente a ferida com água e sabão e fez lim-
peza com solução degermante de polivinilpirrolidona.
Questões

Tenho domínio do assunto Refazer essa questão


Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
Recomendou, ainda, a observação do cão por 10 dias.
Além das providências tomadas, quais condutas deve-
2017 - INEP rão ser adotadas pelo médico?
2. Um homem de 38 anos, portador de diabetes mellitus a) fechamento da ferida por 2ª intenção, profilaxia con-
tipo 1 desde os 12 anos, sem tratamento regular de sua tra raiva (14 doses da vacina) e antibioticoprofilaxia
doença de base, foi admitido no centro de tratamento por 5 a 7 dias
Comentários
Clínica Médica

Questão 1. Trata-se de uma questão que abordou concei- Os antibióticos devem ser orientados conforme reco-
tos importantes relacionados à infecção por HIV/AIDS. mendações para pneumonia. Macrolídeos isoladamente
Foram exigidos 3 conhecimentos: somente são adequados para tratamento domiciliar; não
- A testagem anti-HIV só pode ser realizada com a con- há dúvidas, pela própria definição de sepse grave, de que
cordância do paciente; a rigor, essa regra vale para esse indivíduo deve permanecer internado. Assim, o es-
qualquer conduta médica, ainda que rotineiramente ig- quema da alternativa “b” é o adequado.
noremos – médicos e pacientes – essa rotina. No caso Gabarito = B
específico do HIV, como o resultado do exame pode ter
impacto relevante na vida do indivíduo, essa recomen- Questão 3. A medida inicial de tratamento inclui lavar com
dação acaba sendo expressa; água e sabão abundantemente, aplicar polivinilpirrolido-
- Um pequeno deslize do examinador, mas que não inva- na ou clorexidina. Depois disso, a criança deve ser avalia-
lida a questão. Atualmente, preconizamos o tratamen- da para profilaxia para tétano (já tem vacinação anterior,
to do HIV tão logo a sorologia seja positiva, indepen- portanto não há necessidade) e avaliar o fechamento ou
dentemente da contagem de CD4 – seria “mais correto” não da ferida, que pode ser realizado por medidas estéti-
se houvesse alternativa nesses termos; no entanto, cas em locais como a face – caso dessa criança. A profila-
ainda que sugerida pelo Ministério, a recomendação xia contra raiva depende do cão (se é possível observá-lo
com evidência científica é iniciar com CD4 <500/mm3. por 10 dias, se ele é conhecido, se tem suspeita de raiva)
Enfim, quando abaixo de 500, o tratamento estará for- e se o acidente é leve ou grave. Nesse caso, o acidente é
malmente indicado; acima de 500, a decisão é individu- grave e o cão é conhecido, por isso sem suspeita de raiva
alizada, com tendência maior a iniciar o esquema; no momento da agressão. Nesse caso, inicia-se o trata-
- O paciente deve levar a parceira para aconselhamento mento com 2 doses da vacina contra raiva, 1 no dia zero e
e testagem; apenas nos casos em que há recusa do pa- outra no dia 3, e observa-se o animal por 10 dias. No caso
ciente de seguir as orientações fornecidas pela equipe de a suspeita de raiva ser descartada após o 10º dia de
de saúde, para a proteção de terceiros, é que a convo- observação, suspende-se o esquema profilático e encer-
cação pode ser sumária, com quebra do sigilo. ra-se o caso. Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar
Gabarito = B raivoso, completa-se o esquema até 4 doses, e aplica-se 1
dose entre o 7º e o 10º dias e 1 dose no 14º dia. O paciente
Questão 2. Questão de cunho prático importante, com deve ser orientado a informar imediatamente a unidade
quadro que provavelmente representa pneumonia de saúde caso o animal morra, desapareça ou se torne
adquirida na comunidade. Na questão, o examinador raivoso, já que podem ser necessárias novas intervenções
sequer exigiu que definíssemos a presença de sepse de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prossegui-
conforme os novos critérios – já caracterizou o quadro mento do esquema de vacinação.
como sepse grave (termo que os novos critérios têm Gabarito = C
abolido).
Vejamos como estabelecer o raciocínio na questão: Questão 4. Há diversas formas de entender a resposta
1 - Há “sepse grave” com hipotensão de foco pulmonar. correta, mas observemos as mensagens do caso: viagem
2 - Na presença de hipotensão, a medida imediata inicial no verão e síndrome febril aguda com rash cutâneo au-
sempre será ressuscitação volêmica. tolimitado. Ainda que pudéssemos pensar que o verão
Comentários

3 - Na presença de sepse, deve-se colher culturas e ini- tivesse sido citado para sugerir lesão cutânea por fotos-
ciar antibióticos. sensibilidade, que pode estar presente no lúpus, o qua-
4 - Se a sepse estiver caracterizada como de foco pul- dro jamais seria autolimitado, muito menos apresentaria
monar (os sintomas indicam isso), muito provavelmente síndrome febril aguda. Observe-se ainda que, ao final do
haverá pneumonia, e o exame de imagem é importante, caso, o examinador torna menos provável ainda a hipó-
mas não deve retardar o início do tratamento. tese, citando normalidade de hemograma e exame de
5 - Hemoculturas devem ser colhidas; secreção traque- urina. Enfim, faltam dados para lúpus.
al é reservada para os casos de pneumonia nosocomial Artrite reumatoide e osteoartrose são doenças crôni-
com ventilação mecânica. cas. Outrossim, na primeira, nunca há o envolvimento

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