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ARMÉNIO REGO
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Abundam na história líderes e organiza- Conciliando teoria e prática, e apresen-
LIDERANÇA
95 ções que colapsam quando, aparente- tando pistas para a ação, este livro res- 95
LIDERANÇA
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mente, se encontram no cume do sucesso. ponde a questões como:
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Este paradoxo acontece, frequentemente, • Porque é que a humildade nos líderes é
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quando a autoconfiança, o poder e o importante para a eficácia da liderança,
sucesso se transformam em arrogância e
H U M I L DA D E E S O B E R B A a inovação e o desempenho das equipas
-1
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soberba. A tentação híper-narcísica trans- e das organizações?
LIDERANÇA
5 porta o líder para o interior de uma bolha, 5
assim perdendo contacto com as pessoas • O que significa ser um líder humbicioso
(humilde e ambicioso)? H U M I L DA D E E S O B E R B A
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e as realidades. Este perigo é potencial-
mente letal, quer para o próprio, quer • É possível ser-se um líder simultanea-
02 Sí
para as organizações que lidera. mente humilde e narcisista?
Estudioso e com vasta experiência na • O que acontece quando os líderes per-
área da liderança, o autor, apoiando-se manecem muito tempo no poder, são 2.ª EDIÇÃO
em muitos exemplos (nos campos empre- bem-sucedidos e se deixam contaminar AT U A L I Z A D A
|2 s
sarial, político, militar e desportivo) e pela soberba?
ampla investigação, apresenta a humil- • Porque é que a soberba dos líderes pode
dade como o antídoto adequado para Arménio Rego
e
conduzir a escândalos, bancarrotas e
tais perigos e refuta a crença segundo a desastres?
qual as duras realidades da liderança não Professor catedrático na Católica Porto
• Como exercer o poder sem contrair a
AC içõ
se compaginam com as «fraquezas da Business School, onde dirige o LEAD.Lab.
soberba?
humildade». A humildade não representa Autor e coautor de numerosos livros
H U M I L DA D E E S O B E R B A
humilhação, fraqueza ou défice de auto- • Porque é que os freios e contrapesos aju- nas áreas da liderança e da gestão de
estima, sendo antes a capacidade de «ter dam os líderes a «manter os pés na terra» pessoas (incluindo: Que líder sou eu?,
os pés assentes na terra» – estar ciente e a evitar a soberba? 2018; Positive Organizational Behavior,
das forças e fraquezas próprias, reconhe- • A recomendação «Lembra-te que és mor- 2019; The Virtues of Leadership, 2012).
FN Ed
cer as qualidades e os contributos dos tal» continua válida? Tem ampla experiência em formação
outros, e ter vontade para aprender. A de executivos, coaching e consulto-
• É arriscado ser excessivamente humilde? ria nas mesmas áreas. Publicou artigos
humildade dos líderes é, pois – desde que
acompanhada de determinação, coragem científicos em revistas como Human
Líderes e futuros líderes aprenderão muito
e competência – uma força. Em oposição, Relations, Journal of Management, Jour-
com este livro. Sobretudo a tornarem-se nal of Occupational Health Psycho-
a soberba pode ser uma doença perigosa (e a conservarem-se) líderes humildes, evi- logy, Organization Studies e The Lea-
para os líderes, as organizações e mesmo
Seja humbicioso
©
tando o perigo da arrogância e soberba, dership Quarterly. Move-o o desejo de
a comunidade. preservando a sua autoestima e contri- contribuir para o desenvolvimento
buindo para o sucesso dos liderados e A humildade e a ambição da liderança responsável, em prol do
100 das organizações. para ser um líder eficaz desenvolvimento de equipas e de 100
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organizações mais virtuosas. 95
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Ao Tomás e à Joana – que nunca deixem de ter
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«os pés assentes na terra».
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À memória de meus extremosos pais
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– com quem eu deveria ter aprendido mais e mais cedo.
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02 Sí
Destino dos proveitos deste livro
A educação é um dos maiores facilitadores da mobilidade social. É também um
direito individual e um meio de construção de uma sociedade mais justa e desen-
volvida. Por essa razão, a totalidade dos direitos de autor resultantes da venda
deste livro financiará bolsas de apoio à formação de alunos universitários. Com um
|2 s
contributo significativo, a Sílabo também se associou à iniciativa. O autor, a Cató-
lica Porto Business School e o LEAD.Lab ficam gratos por esse apoio – e pela gene-
e
rosidade das leitoras e leitores que adquiram este livro.
Agradecimentos
AC içõ
2.ª EDIÇÃO
Atualizada
FN Ed
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EDIÇÕES SÍLABO
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É expressamente proibido reproduzir, no todo ou em parte, sob qualquer
forma ou meio gráfico, eletrónico ou mecânico, inclusive fotocópia, este livro.
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As transgressões serão passíveis das penalizações previstas na legislação em vigor.
Não participe ou encoraje a pirataria eletrónica de materiais protegidos.
-1
O seu apoio aos direitos dos autores será apreciado.
l
Visite a Sílabo na rede
02 Sí
www.silabo.pt
|2 s e
AC içõ
FICHA TÉCNICA:
Título: Liderança – Humildade e Soberba
Autor: Arménio Rego
FN Ed
R. Cidade de Manchester, 2
1170-100 Lisboa
Tel.: 218130345
e-mail: silabo@silabo.pt
www.silabo.pt
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Índice
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Nota sobre linguagem de género 11
Porquê a negação? 24
Estrutura do livro 26
A quem pode interessar? 28
A realidade também se constrói 28
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Capítulo 1
1
Humildade nos líderes: vício ou virtude?
3- a b
Humus 59
-1
As componentes intrapessoal e interpessoal da humildade 62
O triângulo da humildade expressa pelos líderes 63
l
Arrogância = ignorância convicção 66
02 Sí
O que a humildade não é 69
Tão introvertidos, tão tímidos – e tão arrogantes 72
Modéstias, imodéstias e falsas modéstias 74
Humildade nos líderes: força ou fraqueza? 78
|2 s
A visão pessimista 80
A visão otimista 85
e
Joias (mais ou menos) invisíveis 87
AC içõ
Capítulo 3
O acelerador e o travão 95
«Conhece-te a ti mesmo» 98
Mente aberta 99
(Ir)realidades Potemkin 101
©
1
Em prol do desenvolvimento e do desempenho dos liderados 127
3- a b
Criatividade e comportamento inovador dos liderados 129
-1
Líderes humildes promovendo a eficácia das equipas 130
Líderes humildes encorajando a criatividade e a inovação
das equipas 132
l
A humildade do CEO 134
02 Sí
A falta de humildade do CEO destrói valor? 135
É possível ser humilde e narcisista? 138
O impacto do perfil paradoxal na inovação 139
Líderes humbiciosos 141
|2 s
Não há bela sem senão 145
Um oxímoro ou um desafio? 146
e
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Capítulo 4
1
Faz sentido defender a húbris? 187
3- a b
-1
Capítulo 5
l
e desportivo
02 Sí
A húbris no desporto 189
A húbris dos atletas 193
Será Cristiano Ronaldo a personificação da húbris? 195
|2 s
«E se não for?» 199
Como explicar a contradição? 204
e
«Bela e arrogante» 206
A soberba da «dama de ferro» 208
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Capítulo 6
1
«Lembra-te que és mortal» – um antídoto para a húbris 244
3- a b
«O que não está certo na nossa teoria?» 248
-1
Pistas para a tomada de decisões complexas 250
«Não me tragam problemas» é um grande problema 252
Freios e contrapesos 256
l
Deve ser usada como critério de seleção? 260
02 Sí
Indicadores de húbris 261
A criação de antídotos culturais e sistémicos contra a húbris 263
Pode ser aprendida e desenvolvida? 268
É arriscado ser excessivamente humilde? 271
|2 s
O contexto importa 273
e
Os custos da ação camaleónica 274
Em prol da liderança responsável e da sustentabilidade social 276
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Referências 277
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Nota sobre linguagem de género
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Sendo a liderança exercida por homens e mulheres, faria sentido
denominar ambos os géneros quando nos referimos à pessoa que a
exerce. Fizemos a tentativa – mas o conforto do/a leitor/a não ficaria
acautelado. O/A leitor/a seria confrontado/a com dificuldades de lei-
tura em frases como a que agora lê. Um/a líder desejoso/a de uma lei-
|2 s
tura simples não compreenderia a nossa escolha. Esperamos a com-
preensão do/a leitor/a para a nossa opção – quando nos referimos ao
e
líder, queremos significar um líder ou uma líder.
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Dez notas prévias
sobre boa liderança
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Líderes humildes, desde que sejam também dotados de outras vir-
tudes e competências, são melhores líderes.1 Os soberbos podem ser
uma fonte de sofrimento. Durante a crise pandémica, líderes sem pingo
|2 s
de humildade – como Trump ou Bolsonaro – foram incapazes de imple-
mentar respostas eficazes contra a devastação gerada pelo vírus.2 Outros
e
líderes, frequentemente mulheres, mostraram abertura ao conheci-
mento científico, adotaram estilos de liderança mais participativos e
escaparam aos perigos do excesso de autoconfiança3 – em suma, foram
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1
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2. Ser virtuoso não corresponde a ser «santinho». Quem lidera uma
equipa, uma organização ou um país confronta-se com dilemas
-1
morais e situações complexas que requerem coragem e sabedoria
prática – e não «fundamentalismo» perante as consequências dos
atos praticados. Ser simplesmente humilde para parecer «bonzi-
l
nho» e virtuoso é uma grande manifestação de défice de humildade!
02 Sí
3. A boa liderança é simultaneamente virtuosa e eficaz. Não se é virtuoso
se não se procurar a eficácia. E não se é eficaz, pelo menos no longo
prazo, se não se for virtuoso. A boa liderança requer, pois, sagaci-
dade, coragem, humildade e sabedoria prática – para se alcançar
|2 s
bons resultados através de bons meios.
4. A boa liderança, simultaneamente virtuosa e focada na eficácia, é
e
testada sobretudo em momentos críticos e nas situações difíceis –
quando as virtudes são postas à prova. É fácil ser honesto quando
AC içõ
1
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Ficamos confusos quando nos damos conta de que alguns ídolos
empresariais bem-sucedidos não demonstram ponta de virtude.
-1
Mas importaria que prestássemos atenção a dois pontos essenciais.
Primeiro: essas pessoas dão mostras de virtudes noutras «comuni-
dades» em que operam. Caso contrário, seriam alvo de desconfiança
l
e retaliação. Não conseguiriam viver como seres sociais.
02 Sí
Segundo: o sucesso de líderes que desprezam as práticas virtuosas
pode desembocar num destino miserável. Quando caem do pedestal,
esses líderes são abandonados por muitos dos seus fãs e apanigua-
dos. O que ocorreu com Roy Cohn, o famigerado antigo advogado de
Trump, é ilustrativo. Foi com Roy que Trump aprendeu a nunca
|2 s
pedir desculpas, a nunca assumir um erro e a atacar as vítimas que
tinham o «desplante» de processá-lo pelas suas condutas impró-
e
prias.1 Ambos atuavam como «cães de ataque» – afirmou Wayne
Barrett, um veterano jornalista político.2 Roy Cohn teve um papel tão
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1
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humanas, importa falar delas, escrever sobre elas e discutir as suas
vantagens e os desafios e riscos associados.
-1
10. Portanto, importa falar, sem pregar sermões, a linguagem das virtu-
des. Este livro centra-se nesse ponto: a humildade dos líderes, desde
que acompanhada de outras virtudes, pode ser uma fonte de boa
l
liderança. Em oposição, a soberba pode ser o caminho para o desas-
02 Sí
tre. Para sustentarmos os argumentos, socorremo-nos de inúmeros
casos e dos resultados das investigações.
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Introdução
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Porque a humildade
é incompreendida?
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«Embora a arrogância faça as manchetes, é a humildade que faz a dife-
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rença».
Bill Taylor1
dor até que Fuld chegasse pela porta traseira. Quando chegava (...)
havia apenas um percurso de 5 metros durante o qual o rei Fuld era
exposto à ralé (...). No Lehman Brothers, ou se baixava a cabeça e
mantinha-se o emprego, ou perdia-se ambos».
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A queda de Ícaro, cuja cera das suas asas se derreteu após ter-se aproximado excessiva-
mente do sol.1
(1) Autor da pintura («A queda de Ícaro»): Jacob Peter Gowy. Museu do Prado. Extraída de
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gowy-icaro-prado.jpg. Imagem no domínio público.
(2) Hougaard & Carter (2018).
INTRODUÇÃO – PORQUE A HUMILDADE É INCOMPREENDIDA? 19
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deu-se conta de algo que o incomodava: via muito poucas pessoas.
Aquelas com quem se cruzava eram os poucos executivos que também
1
3- a b
trabalhavam no vigésimo andar. Raramente interagia com outros empre-
gados. Decidiu então mover-se para um piso inferior, num espaço
-1
aberto onde havia uma secretária disponível. Quando o indagaram
sobre a mudança, explicou:
«Se não me encontro com as pessoas, não consigo saber o que elas
l
pensam. E se não consigo tomar o pulso à organização, não posso
02 Sí
liderar eficazmente».1
rezam que «a árvore mais alta é a que recebe mais vento» e «estica
demasiado a cabeça e ela ser-te-á cortada».5 Em Portugal, rezam os adá-
gios que «quanto mais alto se sobe, maior é a queda» e «a presunção é
a mãe de todas as asneiras». Também o mito de Dédalo e Ícaro alerta
05 o
para a necessidade de mantermos «os pés assentes na terra» e não tom-
barmos por via do deslumbramento com voos demasiado altos. A vir-
1
3- a b
tude da humildade está presente em todas as maiores tradições filosó-
ficas e religiosas,1 o que parece significar que representa um valor essen-
-1
cial para o relacionamento decente entre os humanos.
Quando se discute a relevância da humildade para a liderança, o
terreno torna-se, porém, bastante escorregadio. Luke Johnson escreveu
l
no Financial Times que «não devemos esperar que os empreendedores
02 Sí
sejam humildes».2 Este argumento, implícita ou explicitamente, preva-
lece em muitas discussões sobre as qualidades desejáveis num líder.
«Humildade» e «liderança» são termos raramente contidos na mesma
frase, pelo menos na literatura sobre empresas e negócios. Há uma
teoria implícita, uma espécie de preconceito, contra a humildade na
|2 s
liderança. Na sua base, estão cinco razões fundamentais (síntese no
Quadro I.1).3
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A primeira é a incompreensão do que é a humildade. Frequente-
mente, confunde-se humildade com fraca autoestima, baixo nível de
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mente, se encontram no cume do sucesso. ponde a questões como:
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quando a autoconfiança, o poder e o importante para a eficácia da liderança,
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• O que significa ser um líder humbicioso
(humilde e ambicioso)? H U M I L DA D E E S O B E R B A 0
mente letal, quer para o próprio, quer • É possível ser-se um líder simultanea-
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para as organizações que lidera. mente humilde e narcisista?
Estudioso e com vasta experiência na • O que acontece quando os líderes per-
área da liderança, o autor, apoiando-se manecem muito tempo no poder, são 2.ª EDIÇÃO
em muitos exemplos (nos campos empre- bem-sucedidos e se deixam contaminar AT U A L I Z A D A
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sarial, político, militar e desportivo) e pela soberba?
ampla investigação, apresenta a humil- • Porque é que a soberba dos líderes pode
dade como o antídoto adequado para Arménio Rego
e
tais perigos e refuta a crença segundo a
qual as duras realidades da liderança não
conduzir a escândalos, bancarrotas e
desastres?
• Como exercer o poder sem contrair a Professor catedrático na Católica Porto
AC içõ
se compaginam com as «fraquezas da Business School, onde dirige o LEAD.Lab.
soberba?
humildade». A humildade não representa Autor e coautor de numerosos livros
H U M I L DA D E E S O B E R B A
humilhação, fraqueza ou défice de auto- • Porque é que os freios e contrapesos aju- nas áreas da liderança e da gestão de
estima, sendo antes a capacidade de «ter dam os líderes a «manter os pés na terra» pessoas (incluindo: Que líder sou eu?,
os pés assentes na terra» – estar ciente e a evitar a soberba? 2018; Positive Organizational Behavior,
das forças e fraquezas próprias, reconhe- • A recomendação «Lembra-te que és mor- 2019; The Virtues of Leadership, 2012).
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cer as qualidades e os contributos dos tal» continua válida? Tem ampla experiência em formação
outros, e ter vontade para aprender. A de executivos, coaching e consulto-
• É arriscado ser excessivamente humilde? ria nas mesmas áreas. Publicou artigos
humildade dos líderes é, pois – desde que
acompanhada de determinação, coragem científicos em revistas como Human
Líderes e futuros líderes aprenderão muito
e competência – uma força. Em oposição, Relations, Journal of Management, Jour-
com este livro. Sobretudo a tornarem-se nal of Occupational Health Psycho-
a soberba pode ser uma doença perigosa (e a conservarem-se) líderes humildes, evi- logy, Organization Studies e The Lea-
para os líderes, as organizações e mesmo
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