Seminário Grãos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS E BIOLOGICAS E DA SAÚDE

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS
DISCIPLINA: MANEJO E PÓS COLHEITA DE GRÃOS
PROF DRª : Juliana Rodrigues Donadon
ALUNAS: ELIANE MORAIS

PERLA NOÉ
SANDRA P. FRAGOSO
CERTIFICAÇÃO DE
UNIDADES
ARMAZENADORAS
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
• Certificação: avaliação da Conformidade é um
processo sistematizado, devidamente
acompanhado e avaliado, que propicia um
adequado grau de confiança aos
consumidores, de que um produto/serviço ou
processo atende a requisitos pré-
estabelecidos em normas ou regulamentos
(MAPA, 2012).
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
• Certificação de unidades armazenadora: é um
reconhecimento formal, concedido por um
organismo acreditado pelo Inmetro, de que
uma entidade tem competência técnica para
realizar serviços específicos, dentro de um
padrão mínimo de qualidade e os portadores
atendem aos requisitos técnicos estabelecidos
pelo MAPA para o exercício daquela
atividade(Sistema Nacional de Certificação de
Unidades Armazenadoras, 2009).
POR
POR QUE
QUECERTIFICAR
CERTIFICARAAUNIDADE
UNIDADE
ARMAZENADORA
ARMAZENADORA
• globalização dos mercados e o aumento da
competitividade;
• segmento de armazenagem apresenta
algumas fragilidades quanto ao manuseio e a
guarda da produção;
• criação do Sistema Nacional de Certificação de
Unidades Armazenadoras, coordenado pelo
MAPA
PILARES
PILARES
• Os requisitos técnicos operacionais;
• A capacitação da mão-de-obra que trabalha
nos armazéns;
• Documentação que comprova o manejo
adotado pelo armazenador.
ÉÉOBRIGATÓRIO
OBRIGATÓRIO
• Unidades Armazenadoras (UA) que prestam
serviços remunerados de armazenagem de
produtos de terceiros, inclusive estoques
públicos;
• Poderá haver a ampliação da exigência para
outras unidades armazenadoras.
OBJETIVODA
OBJETIVO DA CERTIFICAÇÃO
CERTIFICAÇÃO NAS UA
• Fortalecer a relação do setor armazenador
com o setor produtivo e a sociedade;
• Reduzir as perdas que ocorrem durante o
processo de armazenamento;
• Reconhecimento, nacional e internacional,
de que este processo de armazenamento
atende aos requisitos legais e de mercado
estabelecidos.
BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO
• Redução das perdas.

• Melhoria das relações comerciais.
• Melhoria da imagem da empresa.
• Maior facilidade de acesso ao mercador externo.
• Diminuição dos controles e avaliações por parte dos
seus clientes.
• Possibilidade de praticar o comércio de produtos

similares aos recebidos em depósito.
• Autorização para emissão dos títulos lastreados por

produtos depositados (Warrant Agropecuário-WA,
Certificado de Depósito Agropecuário - CDA, e outros).
- Certificado de Depósito agropecuário: título de crédito
representativo de promessa de entrega de produtos
agropecuários
- Warrant Agropecuário: título de crédito representativo

de promessa de pagamento em dinheiro que confere direito
de penhor sobre o CDA correspondente, assim como o
produto nele descrito
PROCEDIMENTOS DA CERTIFICAÇÃO
• O armazenador deve conhecer os requisitos técnicos

obrigatórios aprovados por meio da Instrução
Normativa MAPA N.º 33/2007 e Instrução Normativa
MAPA nº 29/2011 e adequar a sua estrutura
armazenadora a essas exigências.
• O armazenador deve enviar uma solicitação formal a

um dos Organismos de Certificação de Produto - OCP,
acreditado pelo Inmetro, para a certificação,
contendo os seguintes documentos:
- declaração de atendimento aos requisitos;
- documento de constituição da empresa;
- regimento interno do armazém; e
- termo de nomeação do fiel depositário.
• O OCP analisa a documentação apresentada pelo

armazenador.
- Não havendo não-conformidade, o OCP, de comum acordo
com o armazenador, realiza a auditoria inicial nos processos
da unidade armazenadora.
- Estando os processos em conformidade, o OCP concede,
após apreciação pela Comissão de Certificação, a licença
para o uso da identificação da certificação.
OBRIGAÇÕES DO DEPOSITÁRIO
• Acatar todas as condições estabelecidas nos

Requisitos Técnicos Obrigatórios ou
Recomendados para Certificação de Unidades
Armazenadoras em Ambiente Natural
aprovados pelo MAPA, nas disposições legais e
contratuais referentes ao licenciamento,
independentemente de sua transcrição.
• Acatar as decisões pertinentes à certificação

tomadas pelo OCP. Caso haja discordância das
decisões, o depositário deve recorrer formalmente,
em primeira instância, ao OCP, e em última
instância ao Inmetro.
•Facilitaros trabalhos de auditoria e de

acompanhamento que atendam aos critérios do
Regulamento de Avaliação da Conformidade.
Obrigações do depositário
• Manter as condições técnico-organizacionais que

serviram de base para a obtenção da licença para o
uso da identificação da certificação. No caso de
alterações nas condições técnicas e operacionais, e
na documentação pertinente, para qualificação dos
armazéns, o depositário deverá comunicar o fato ao
OCP.
• Ter um profissional da área agrícola, habilitado pelo

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREA, conforme legislação vigente.
HISTÓRICO DAS LEGISLAÇÕES
• Lei n.º 9.973, de 29/05/2000
Art. 2º : Cria o sistema de certificação no âmbito do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
• Decreto nº 3.855, de 03/07/2001

Art. 16 : Institui o sistema de certificação para qualificação dos armazéns
(condições técnicas, operacionais e documentação) e o vincula ao
Sistema Brasileiro de Certificação (SBC).
• IN 33, de 12/07/07 do MAPA : Divulga os Requisitos Técnicos, demais regras

e cria o Comitê Consultivo.
HISTÓRICO DAS LEGISLAÇÕES
• IN 41, de 04/09/07 do MAPA : Altera os prazos para a certificação.
• IN 12 de 8 de maio de 2009: Nova redação da IN 33.
• IN 3 de 8 de Janeiro de 2010: Nova redação da IN 12
• Instrução Normativa MAPA 41, de 14/12/2010 (Altera escalonamento e a

data da implantação)
• Instrução Normativa MAPA 29, de 08/06/2011 (Altera os Requisitos Técnicos

Obrigatórios e Recomendados)
ESCALONAMENTO IN 41/2010
• Art. 2º Às empresas armazenadoras que tenham certificado 75%

(setenta e cinco por cento) das suas unidades até o final da 5ª etapa
(31/12/2016), será concedido prazo de mais quatro anos, para que as
Unidades Armazenadoras remanescentes, de difícil ou impossível
adaptação, possam sofrer as intervenções necessárias, findo o qual,
somente poderão ser utilizadas para prestarem serviços de
armazenagem de produtos agropecuários, em caráter estritamente
emergencial.
• Unidades Armazenadoras que tiverem até três CNPJs ou até três CDAs,
com capacidade estática máxima total de 20.000 toneladas, será da
seguinte forma:
IN 29/2011
• Os requisitos técnicos foram classificados como obrigatórios (O) e
recomendados (R), sendo os obrigatórios subdivididos em:
REQUISITOS TÉCNICOS OBRIGATÓRIOS OU RECOMENDADOS PARA A
CERTIFICAÇÃO DE UNIDADES
ARMAZENADORAS EM AMBIENTE NATURAL
1. CADASTRAMENTO: É o levantamento sistemático de

unidades armazenadoras quanto a sua localização, característica
técnico-operacional e capacidade de armazenagem.
2. LOCALIZAÇÃO: antes da construção da unidade armazenadora ou

da ampliação da sua capacidade estática, sejam feitos
levantamento topográfico e avaliação do lençol freático do local da
obra, com vistas a evitar problemas futuros.
2.LOCALIZAÇÃO
3. INFRAESTRUTURA: trânsito permanente, sinalizações

verticais de trânsito e de fluxo de veículos, a
pavimentação obrigatória, meios de comunicação e
energia elétrica.
3. INFRAESTRUTURA
4. ISOLAMENTO E ACESSO
• Cercas ou similares
• O acesso através de portões.
• Cercamento do complexo.
• Criação de animais
• Residência isolada.
• Serviço de segurança interna e/ou externa
5. AMBIENTE DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO:

• Obrigatória a existência de estacionamento com acesso ao público (usuários/
clientes).
• Obrigatória a existência de instalações sanitárias para atendimento aos clientes e
usuários, podendo as mesmas ser de uso compartilhado com os funcionários
5. AMBIENTE DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO

6. ESCRITÓRIO:
• Possuir arquivo físico e/ou digital para guarda dos
documentos bem como, equipamentos de
informática.
6. ESCRITÓRIO:
7. SISTEMA DE PESAGEM
• É obrigatória a existência de balança de plataforma móvel , desde que não haja
balança de plataforma rodoviária.
• Na inexistência de balança rodoviária própria, a unidade armazenadora deve
apresentar contrato de uso de balança de terceiros, devidamente aferida.
7. SISTEMA DE PESAGEM
• 8. SISTEMA DE AMOSTRAGEM: conjunto de

equipamentos e normas operacionais que visam à obtenção
de amostra representativa da carga ou do lote da mercadoria
que está sendo avaliada.
Amostradores básicos:
• Amostradores básicos:
• Calador para sacaria
• Calador para produto a granel
• Amostrador pneumático
• Amostrador de fluxo
• Sonda manual
8. SISTEMA DE AMOSTRAGEM
• Sistema de Homogeneização
• Arquivo de amostras
Normas e procedimentos para amostragem:

• Procedimento de amostragem para produtos ensacados
• Procedimento de amostragem para produtos em big-bag
• Procedimento de amostragem para produtos enfardados
• Procedimento de amostragem para produtos a granel
• O produto coletado na amostragem deve ser homogeneizado,

extraindo-se quantidades de amostras de acordo com o
estabelecido.
• Guardadas por três dias e as relativas aos produtos secos e limpos

(expedidos ou armazenados) pelo prazo definido.
9. DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DE PRODUTO

Processo de classificação e determinação da qualidade de um lote, que
pode ser em diferentes épocas durante o período de armazenagem
do produto.
• RECINTO DE ANÁLISE
• Determinador de umidade método indireto

– Obrigatório
Determinador de umidade método direto

Recomendado
• Determinador de umidade de fluxo

– Recomendado para armazéns a granel
•Determinador de impurezas mecânico

Recomendado
• Indicador de transgenia
– Recomendado
• Indicador de toxinas
Recomendado
• Balança de precisão e Balança hectolítrica

– Obrigatório
• Engenho de prova
– Obrigatório para arroz em casca a utilização do engenho de
prova - informação de rendimento
• Jogos de peneiras
Obrigatório
• Acessórios
– Recomendável : Lupas, paquímetros, pinças etc...
9. DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DE
PRODUTO
10. SISTEMA DE LIMPEZA: reduzir o teor de impurezas e de

matérias estranhas existentes na massa de grãos, permitindo
eficiente secagem e adequada aeração para uma boa conservação
• Procedimentos
Para comprovar a metodologia adotada, a unidade armazenadora deve
dispor de normas operacionais
11. SISTEMA DE SECAGEM: redução de água

da massa de grãos, objetivando a armazenagem
segura dos produtos agrícolas.
Produto deve atingir os seguintes teores de

umidade:
12. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DO PRODUTO:dispositivos e

equipamentos para recepção e expedição dos grãos e de outros produtos,
em condições operacionais adequadas, e os meios usados para transporte
dos produtos agropecuários na unidade armazenadora ex: moega.
13. SISTEMA DE ARMAZENAGEM:

• Sistema de controle elétrico
• Sistema de termometria
• Sistema de aeração
• Espalhador de grãos
• Higienização (e controle sanitário) nas unidades armazenadoras,
instalações físicas, equipamentos e pátio
• Controle de pragas e roedores
• Estrados
• Sistema de exaustão
• Local para a guarda de agrotóxicos
14.SISTEMA DE SEGURANÇA:
• Sistema de captação de material particulado
• Sistema de ventilação para ambientes confinados e
semiconfinados
• Sistema de combate de incêndio
• Indicador de gases ou detector de gases
• Sistema de proteção contra fenômenos naturais
• PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
15.ARMAZENAMENTO DE ALGODÃO EM PLUMA SOB

ESTRUTURA DE LONA: destinada exclusivamente à
estocagem de fardos de algodão em pluma
16. DEMAIS REQUISITOS:

CONCLUSÃO
A padronização dos processos realizados dentro da UA
seguida da certificação, é apontada pelos especialistas
necessária para melhorar a qualidade no setor, reduzir os
desperdícios e perdas que ocorrem durante os processos
(Schefer, 2009)5.
As normas e procedimentos exigidos na certificação,
exigem esforços dos depositários no que se refere a
adequação da infraestrutura, qualificação da mão-de-
obra e dinheiro para financiar as mudanças a serem
feitas.
REFERÊNCIAS
Referências
BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento – MAPA. Armazéns.

Disponível em www.agricultura.gov.br/vegetal/serviços-relacionados. Acessado em
01/07/2013.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento – MAPA. Sistema

Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras. Disponível em
www.agricultura.gov.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname=93
38.PDF
Acessado em 01/07/2013
BRASIL. Companhia Nacional de Abastecimento - Conab. Certificação de Unidades

Armazenadoras.Disponível em http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1238&t=2
Acessado em 01/07/2013.
OBRIGADA!!!

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CENTRO DE CIÊNCIAS E BIOLOGICAS E DA SAÚDE

DISCIPLINA: MANEJO E PÓS COLHEITA DE GRÃOS

PROF DRª : Juliana Rodrigues Donadon

ALUNAS: ELIANE MORAIS

• Redução das perdas.

• Possibilidade de praticar o comércio de produtos

• Autorização para emissão dos títulos lastreados por

- Warrant Agropecuário: título de crédito representativo

• O armazenador deve conhecer os requisitos técnicos

• O armazenador deve enviar uma solicitação formal a

• O OCP analisa a documentação apresentada pelo

• Acatar todas as condições estabelecidas nos

• Acatar as decisões pertinentes à certificação

•Facilitaros trabalhos de auditoria e de

• Manter as condições técnico-organizacionais que

• Ter um profissional da área agrícola, habilitado pelo

• Decreto nº 3.855, de 03/07/2001

• IN 33, de 12/07/07 do MAPA : Divulga os Requisitos Técnicos, demais regras

• IN 12 de 8 de maio de 2009: Nova redação da IN 33.

• IN 3 de 8 de Janeiro de 2010: Nova redação da IN 12

• Instrução Normativa MAPA 41, de 14/12/2010 (Altera escalonamento e a

• Instrução Normativa MAPA 29, de 08/06/2011 (Altera os Requisitos Técnicos

• Art. 2º Às empresas armazenadoras que tenham certificado 75%

1. CADASTRAMENTO: É o levantamento sistemático de

2. LOCALIZAÇÃO: antes da construção da unidade armazenadora ou

3. INFRAESTRUTURA: trânsito permanente, sinalizações

5. AMBIENTE DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO:

5. AMBIENTE DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO

• 8. SISTEMA DE AMOSTRAGEM: conjunto de

Normas e procedimentos para amostragem:

• O produto coletado na amostragem deve ser homogeneizado,

• Guardadas por três dias e as relativas aos produtos secos e limpos

9. DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DE PRODUTO

• Determinador de umidade método indireto

Determinador de umidade método direto

• Determinador de umidade de fluxo

•Determinador de impurezas mecânico

• Balança de precisão e Balança hectolítrica

10. SISTEMA DE LIMPEZA: reduzir o teor de impurezas e de

11. SISTEMA DE SECAGEM: redução de água

Produto deve atingir os seguintes teores de

12. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DO PRODUTO:dispositivos e

13. SISTEMA DE ARMAZENAGEM:

15.ARMAZENAMENTO DE ALGODÃO EM PLUMA SOB

16. DEMAIS REQUISITOS:

BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento – MAPA. Armazéns.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento – MAPA. Sistema

BRASIL. Companhia Nacional de Abastecimento - Conab. Certificação de Unidades

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