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Atitude abúlica que se opõe à atitude eufórica da fase futurista e sensacionista: cético
angustiado, abúlico, torna-se o poeta da reflexão metafísica, tentando encontrar um sentido
para o mistério da vida
Aspetos intimistas: tédio, cansaço perante a vida + nostalgia da infância + afastamento dos
outros
presente do conjuntivo com valor exortativo ( “falem”, v.6; “Tirem”, v.7) abundância de frases
imperativas (“Não me tragam estéticas!”, v.5): - função apelativa: rejeição da civilização
moderna e das verdades que a sociedade tem para oferecer, atitude resultante do cansaço face
às imposições/normas da vida.
“Que mal fiz eu aos deuses todos?” (v.11) pergunta retórica: espanto do próprio sujeito
lírico pelo facto de não se deixar levar pelas deslumbrantes conquistas da civilização
moderna, isto é, admiração por ser diferente das outras pessoas
não se insere no sistema social que o envolve e grita a sua diferença de forma pungente,
reivindicando para si mesmo a condição daquele que tem consciência de que entre o seu
“eu” e os outros existe um abismo intransponível.
Temas
- inexorabilidade da morte
- recusa da estética, da moral, das ciências, das artes da civilização moderna: rejeição das
verdades que a sociedade tem para oferecer
- direito à solidão e ao silêncio
- infância como símbolo da felicidade perdida
- agressividade e incompatibilidade entre o “eu” e os outros (sente-se marginalizado,
incompreendido)
- afastamento total face à realidade que o cerca