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Processo Nº ...
CONTESTAÇÃO
I. PRELIMINAR
Incompetência do Juizado
Primeiramente cabe ressaltar que, verifica-se a incompetência absoluta do
Juizado Cível pois, mediante previsão do artigo 337, inciso II do Código de Processo
Civil, para que a retirada de um animal seja feita baseada em sua periculosidade é
necessário que seja feita uma perícia pelo médico veterinário, o que não cabe em um
Juizado Cível.
“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: [...]
Ademais, o artigo 35 da lei 9.099/95 afirma que quando a prova do fato exigir, o
Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a apresentação de
parecer técnico.
Artigo 292 inciso V – Para explicar o motivo do valor da causa estar errado.
II. MÉRITO
Neste mesmo entendimento, o Tribunal de Justiça de São Paulo diz que salvo
quando o animal causa risco aos condôminos o condomínio deverá permitir a presença
de animais de estimação, logo, a retirada do animal deve ser desconsiderada.
“AÇÃO PARA PERMANÊNCIA DE ANIMAIS EM APARTAMENTO.
Sentença de procedência.Apela o réu sustentando que o regimento interno do
condomínio autoriza somente a manutenção de um animal e não dois cães,
como pleiteado pela autora e concedido pela sentença. Descabimento.
Exercício do direito de propriedade não deve ser obstado por convenção ou
regulamento interno, salvo se causar risco ou incômodo aos demais
moradores. Inexiste motivo para admitir a limitação no caso concreto.
Presença de dois cães de pequeno porte, inofensivos e que não interferem no
sossego dos demais habitantes do prédio. Incidência do princípio da
razoabilidade, segundo o tolerável no convívio social.Apelante não inovou o
que já havia sido exposto nos autos e rebatido na sentença. Motivação da
sentença adotada como fundamentação do julgamento em segundo grau.
Adoção do art. 252 do RITJ.Recurso improvido. TJ-SP - Apelação APL
9105791972003826 SP 9105791- 97.2003.8.26.0000 (TJ-SP)”
Todavia, a cadela de estimação do autor, embora seja de pequeno porte, já
mordeu alguns moradores e late excessivamente durante o dia o que causa dano ao
direito de vizinhança abordado no artigo 1.277 do Código Civil mas, nem mesmo por
esta razão, o réu ajuizou uma ação contra o autor pois, em seu entendimento, o conflito
poderia ter sido resolvido de maneira amigável. Com ação ajuizada em sua face cabe ao
réu, então, requerer a preservação do direito à vizinhança.
“Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de
fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde
dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.”
V. DAS PROVAS
Protesta-se pela produção de prova documental e testemunhal.
Rol de testemunhas:
1) ...
2) ...
3) ...
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL, DATA
Advogado/OAB