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1.

Introdução
O mercado de logística está em constante desenvolvimento, com cada vez mais opções de
sistema de estocagem e movimentação. Por um lado, isso é ótimo, pois oferece alternativas
para as empresas. Por outro, exige constantes estudos e atualizações por parte dos gestores,
que precisam entender qual sistema melhor se encaixa nas suas necessidades.
O processo de estocagem é fundamental na manutenção da organização de um armazém,
bem como na otimização da produtividade operacional. É por meio de um bom processo de
estocagem que podemos contar com uma boa ocupação do espaço, boa utilização dos
recursos operacionais, otimização do tempo do pessoal operacional e facilidade no processo
de separação de pedidos, entre inúmeros outros benefícios.
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
 Compreender o sistema de estocagem
2.2. Objectivo específico
 Identificar as funções do sistema de estocagem
 Especificar as alternativas de estocagem
 Classificar os custos e taxas de sistema de estocagem
3. Estocagem
A estocagem pode ser entendida como um processo de armazenamento de produtos que já
têm um fim estabelecido. Ou seja, produtos que estão aguardando para serem utilizados, é
um tipo de armazenamento que pensa no trânsito dos produtos e não somente na sua
permanência no local.
3.1. Alternativas de estocagem
A estocagem é realizada nos termos de uma grande variedade de acordos financeiros e
jurídicos, cada um deles apresenta uma alternativa para o profissional de logística na
avaliação do projeto de seu sistema:
Propriedade de Espaço
A característica mais comum é a da empresa ou organização com capital investido em
espaço e no equipamento de manuseio de materiais da instalação de estocagem. Com esse
investimento, a empresa espera obter uma variedade de vantagens:
 Armazenagem mais barata;
 Maior grau de controle sobre as operações de armazenagem;
 A prioridade privada pode ser a única alternativa prática quando o produto exige;
 Os benefícios derivados da propriedade de imóveis;
 O espaço pode ser reformado no futuro para utilização com outras finalidades ;
 O espaço pode servir como base.
Armazéns particulares têm o potencial de oferecer melhor controle, menores custos e maior
flexibilidade sob condições de demanda substancial e constante, ou necessidade de
condições especiais de armazenagem/ estocagem.
Espaço Alugado
Milhares de empresas fazem negócios com a provisão de serviços de armazenagem a outras
companhias.
Há entre elas armazéns gerais, e também fornecedores de serviços logísticos a terceiros ou
agenciadores de transportes, ambos fornecendo armazenagem como parte de seu conjunto
de serviços.
Um armazém público procura sempre especializar-se a fim de servir a uma gama bem
maior de necessidades das empresas.
Assim quando comparados com os armazéns particulares, os armazéns públicos são muito
mais padronizados na configuração do espaço e na utilização de equipamentos multiusos.
3.2. Tipos de Armazéns
 Armazéns de commodities;
 Armazéns de volumes de granéis;
 Armazéns de temperatura controlada;
 Armazéns de produtos residenciais;
 Armazéns gerais de mercadorias;
 Miniarmazéns.
Na prática um armazém público pode não se ajustar estritamente a qualquer dos tipos acima
descritos
4. Vantagens Inerentes
 Nenhum capital imobilizado
Todos os custos de armazenagem para a empresa arrendatária são variáveis, ou seja, em
proporção direta ao grau de utilização dos serviços respectivos, quando a empresa tem
outras utilizações preferenciais para o capital e não dispõe de recursos para tal
investimento.
 Custos mais baixos
A armazenagem privada apresenta ineficiências decorrentes da sub ou superutilização de
espaço, equilibrando picos e vales sazonais dos níveis de estoque entre vários fabricantes a
fim de manter a utilização plena da capacidade de ocupação nos armazéns públicos.
 Localização Flexível
Fica mais fácil e menos dispendioso alterar os locais de armazenagem a fim de acompanhar
as mudanças de mercado, essa ausência de compromisso de longo prazo proporciona a
flexibilidade indispensável para manter uma rede logística ótima.
Serviços:
 Serviços de manuseio, estocagem e distribuição;
 Estocagem em trânsito;
 Estocagem alfandegada;
 Espaço com temperatura e umidade controlados;
 Espaço alugado;
 Espaço de escritório e mostruário;
 Informação sobre tráfego;
 Manuseio e distribuição de vagões e embarques consolidados;
 Estoques físicos;
 Plano de consolidação de fretes Serviços de embalagem e montagem;
 Postagem de pacotes, UPS e remessas expressas;
 Carga e descarga de vagões e caminhões;
 Conserto, conferência, amostragem, peso e inspeção;
 Cobranças de pagamento contra-entrega;
 Manutenção de cargas e entrega a clientes em listas especiais;
 Transporte local e de longa distância;
Deferimento de impostos são feitos com o governo envolvendo determinadas mercadorias;
O acordo tem como partes o proprietário e o governo, e garante que as mercadorias não
serão removidas do armazém antes do pagamento dos impostos e tarifas correspondentes.
A armazenagem de campo é o método segundo o qual o responsável pelo armazém público
ajuda o dono das mercadorias armazenadas a aumentar seu capital de giro.
A empresa do armazém público normalmente arrenda do proprietário das mercadorias uma
parte do armazém privado em que são estocados os bens e emite um recibo de
armazenagem;
O proprietário usa então esse recibo a fim de obter crédito, lançando mão das mercadorias
como caução do empréstimo.
Estabelecer o armazém em área própria economiza as despesas de transportar as
mercadorias para um armazém público e as despesas de estocagem enquanto ali
permanecerem.
 Exposição de estoques
Os produtores expõem uma amostra de suas mercadorias em armazéns públicos próximos
dos seus respectivos mercados, armazém público serve como uma filial do armazém ao
proporcionar todas as funções normalmente presentes no armazém particular.
 Controle dos estoques
Quando se dispõe de muitos estoques localizados em vários pontos do país, a manutenção
de registros precisos sobre os estoques disponíveis é quase sempre um problema, mesmo
quando a empresa dispõe de um sistema próprio de registro, os responsáveis pelos
armazéns públicos prestam assessoria neste campo mediante a manutenção de balanços
permanentes de estoques.
Se o responsável pelo armazém público, ou provedor de serviços similares, manuseia o
processamento dos pedidos e entregas para os seus clientes, a localização desses pedidos
torna-se mais um serviço disponível.
 Documentação e Considerações Legais
A responsabilidade legal dos responsáveis pelos armazéns públicos é o exercício de
cuidados razoáveis no manuseio e estocagem dos produtos sob sua guarda, o dono da
mercadoria pode ampliar sua garantia contra perdas e danos recorrendo à cobertura de
seguros especiais ou pela inclusão no contrato com o armazém público de uma cláusula
especial de responsabilidade, pela qual será cobrada uma tarifa extra.
Diversos tipos de documentos tornam-se importantes para assegurar uma operação
uniforme dos armazéns públicos.
Os principais são:
 Recibo de armazenamento
 Conhecimento de embarque
 Relatório de excesso, escassez e danos
 Relatório da situação do estoque
O recibo de armazenamento é o mais importante desses documentos, por discriminar os
produtos que estão sendo armazenados, bem como sua localização, seu proprietário, seus
destinatários e ainda os termos e condições do contrato de estocagem, os recibos de
armazenamento podem ser negociáveis e não negociáveis.
O conhecimento de embarque é o documento contratual usado na movimentação dos
produtos detalha as condições e os termos sob os quais um transportador põe os produtos
em trânsito.
O relatório de excesso, escassez e danos é emitido quando do recebimento dos produtos no
armazém, mas apenas quando estes não chegarem em boas condições ou da forma
discriminada no conhecimento de embarque.
O relatório de situação do estoque mostra a posição do estoque no armazém no final do mês
em termos de itens, quantidade e peso.
 Espaço Arrendado
O arrendamento de espaço representa, para muitas empresas, uma opção intermediária entre
alugar espaço por curto prazo num armazém público e o comprometimento de longo prazo
de um armazém privado, existem proprietários de armazéns para os quais poderá ser
vantajoso vender esses armazéns depois arrendar dos compradores o espaço de que tiverem
necessidade real.
 Estocagem em Trânsito
É o tempo que os produtos permanecem no equipamento de transporte durante a entrega
torna-se possível para o profissional da logística escolher um serviço de transporte que
tenha condições de reduzir significativamente ou até mesmo eliminar a necessidade de
armazenamento convencional.
Estoques são acumulados de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em
processos e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e
logística das empresas. Ballou (2001)
5. Tipos de Estocagem
A classificação por tipo de estocagem considera que os materiais podem ser classificados
em materiais de estocagem permanente e temporária.
• Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam
de ressuprimento constantes.
• Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material
não de estoque.
 Material de consumo: é aquele que, em razão de seu uso corrente, perde
normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos.
 Material permanente: é aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua
identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma
durabilidade superior a dois anos.
5.1. Necessidade de um sistema de estocagem
São quatro as razões básicas para que se use espaço de estocagem:
 Reduzir os custos de transporte e produção;
 Coordenar oferta e demanda;
 Assessorar no processo de produção;
 Colaborar no processo de comercialização.
Os sistemas de estocagem e manuseio possuem algumas funções. As instalações de
estocagem são projetadas a partir de quatro funções primárias: manutenção, consolidação,
fracionamento e combinação de estoques.

a) Manutenção: Tem como finalidade a proteção e manutenção ordenada do estoque. A


extensão do tempo para a manutenção e as especificações de estocagem é que determinam
o layout das instalações.

b) Consolidação: Os custos de transportes (fretes) podem ser diminuídos com a instalação


de um armazém, pois quando se adquire quantidades maiores, o preço do frete diminui. As
despesas com armazenagem compensam a cobrança de frete.

c) Fracionamento de volumes: o oposto a consolidação de cargas é o fracionamento de


volumes. No caso que os fretes são reduzidos na remessa de volumes, trata-se de
transportá-los para o armazém e deste, em volumes menores, para os clientes. O
fracionamento de volumes é comum em armazéns de distribuição ou terminais.

d) Combinação: um ponto de combinação permite adquirir produtos de diferentes


fornecedores e montar pedidos com uma grande quantidade, diversidade e despachá-los
para os clientes.

Há diferença entre um depósito em relação a um armazém de distribuição. Este tem como


finalidade utilizar o seu espaço para estocagem temporária, portanto, a sua principal
característica é a rapidez e agilidade nos fluxos dos produtos. Enquanto aquele tem como
função a estocagem semipermanente ou de longo prazo.

No limite, a armazenagem pode eliminar as funções de armazém e distribuição. A sua


dinâmica caracteriza, somente, com o recebimento e a expedição. Estes são denominados
de armazém de trânsito (cross docks) ou pontos de concentração (pool points). A
transferência dos produtos é completada em torno de 24 horas.

6. Funções de manuseio de materiais


São três as atividades principais no manuseio de materiais:

 Carga e descarga;
 Movimentação de para e estocagem;
 Atendimento de pedidos.

 Carga e descarga

É a primeira e última atividade na cadeia de eventos. A descarga é o recebimento de


produtos do equipamento de transporte. Em armazéns pequenos a descarga, geralmente, é
realizada em uma única etapa. Um exemplo, deste caso, é quando a empilhadeira transporta
o palete com produtos da área de stage e os leva para o seu endereço e os armazena. Em
armazéns de distribuição maiores, a descarga é realizada em duas etapas, sendo que, a
primeira é realizada por uma paleteira, manual ou elétrica, que leva o produto até o seu
endereço, e o armazenamento é realizado por uma empilhadeira (segunda etapa).

A carga é um processo semelhante a descarga, porém, com mais etapas. Havendo uma
etapa de conferência dos produtos antes do embarque no equipamento de transporte. Além
disso, há uma maior atenção no carregamento dos produtos, como amarrá-los e colocá-los
em embalagens reforçadas.

 Movimentação para e da estocagem

Entre as etapas de descarga até a de carga, existe produtos que são movimentados várias
vezes. A primeira movimentação é da área de descarga para o seu armazenamento,
depois é levado para a área de expedição (carga) para ser conferido e embarcado no
equipamento de transporte.

 Atendimento dos pedidos

O atendimento dos pedidos é a separação dos produtos armazenados, conforme ordens


de venda, para serem enviados aos clientes. É a parte mais onerosa da atividade de
manuseio de materiais, e, também, a mais delicada porque trata de pedidos com
pequenos volumes.
7. Custos de Estoques
Garcia et al (2006) separam em três áreas principais os custos associados à gestão de
estoques:
• Custos de manutenção de estoques: são custos proporcionais à quantidade armazenada e
ao tempo que esta fica em estoque. Um dos custos mais importante é o custo de
oportunidade do capital. Este representa a perda de receitas por ter o capital investido em
estoques em vez de o ter investido noutra atividade econômica. Uma interpretação comum
é considerar o custo de manutenção de estoque de um produto como uma pequena parte do
seu valor unitário.
• Custos de pedido ou aquisição: são custos referentes a uma nova encomenda, podendo
esses custos ser tanto variáveis como fixos. Os custos fixos associados a um pedido são o
envio da encomenda, receber essa mesma encomenda e inspeção. O exemplo principal de
custo variável é o preço unitário de compra dos artigos encomendados.
• Custos de falta: são custos derivados de quando não existe estoque suficiente para
satisfazer a procura dos clientes em um dado período de tempo. Como exemplos, temos
pagamento de multas contratuais, perdas de venda, deterioração da imagem da organização,
perda de market share, utilização de planos de contingência etc.
Por sua vez, para Francischini e Gurgel (2002), o custo de estoque pode ser desmembrado
em quatro partes, que auxiliam na determinação do nível de estoque a ser mantido:
• Custos de aquisição: valores pagos pela organização compradora pelo material adquirido.
• Custos de armazenagem: incorridos para manter o estoque disponível. Os cálculos desses
custos envolvem fatores como aluguel, seguros, perdas e danos, impostos, movimentações,
mão-de-obra, despesas e juros.
• Custos de pedido: valores gastos pela organização para que determinado lote de compra
possa ser solicitado ao fornecedor e entregue na organização compradora.
• Custos de falta: ocorrem quando a organização busca reduzir ao máximo seus estoques.
Segundo Slack (2016), são 7 os custos incorridos ao tomar uma decisão sobre quanto
estocar. Para ele, os três primeiros custos diminuirão à medida que o tamanho do pedido
aumenta, enquanto os próximos quatro, geralmente, aumentam à medida que o tamanho do
pedido aumenta:
 Custos de emitir o pedido: incluem preparação do pedido, comunicação com
fornecedores, organização para entrega, procedimentos de pagamento e manutenção
de registros internos da transação.
 Custos do desconto no preço: frequentemente, os fornecedores oferecem descontos
para grandes quantidade e penalidades de custo para pequenos pedidos.
 Custos de falta de estoque: se errarmos a decisão de quantidade pedida e ficarmos
sem estoque, haverá perda de faturamento (custos de oportunidade) de deixar de
suprir os clientes.
 Custos de capital de giro: é resultante do lapso de tempo entre pagar os fornecedores
e receber dos clientes. Os custos associados são os juros que pagamos ao banco pelo
empréstimo ou os custos de oportunidade de não investir o dinheiro de outra forma.
 Custos de estocagem: são associados à armazenagem física dos bens. Aluguel,
climatização e iluminação do armazém, assim como o seguro.
 Custos de obsolescência: quando encomendamos grandes quantidades, isso,
geralmente, resulta em itens estocados durante muito tempo. Isso aumenta o risco de
os itens tornarem- se obsoletos ou deteriorarem-se com o tempo.
 Custos de ineficiência operacional: conforme os filósofos do just-in-time, níveis de
estoque elevados que dificultam perceber a extensão total do problema na produção.

8. Métodos de controle ou reposição de estoque


 Sistema de duas gavetas (sistema de estoque mínimo)
 Uma gaveta é destinada ao armazenamento de materiais para suprir as necessidades
de determinado período;
 Após esta ficar vazia, o almoxarifado faz uma requisição de compra ao setor
responsável;
 Nesse intervalo (enquanto os itens da compra não chegam), são usados os materiais
da segunda gaveta, que funciona como um estoque de reserva.
 Sistema de reposição periódica (estoque máximo): pedidos de reposição dos
estoques são feitos em intervalos de tempo definidos para cada item
 Sistema de reposição contínua (máximos e mínimos): pedidos de reposição dos
estoques são feitos sempre que o estoque atingir uma determinada quantidade.
 Sistema de planejamento das necessidades de materiais (MRP): inter-relaciona
previsão de vendas, planejamento da produção, programação da produção,
programação de materiais, compras, contabilidade de custos e controle da produção.
 MRP II é baseado em um sistema integrado, que contém uma base de dados
acessada e utilizada por toda a empresa, de acordo com as necessidades funcionais
individuais.
 ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento de Recurso do
Empreendimento – da empresa toda) integra as atividades de planejamento, vendas
e marketing, finanças e recursos humanos.
 Estoque mínimo (estoque de segurança): quantidade mínima que deve existir em
estoque para cobrir eventuais atrasos no suprimento, sem o risco de faltas
 Tempo de reposição (tempo de ressuprimento): tempo total que se conta desde a
constatação da necessidade de se adquirir um material até a sua efetiva entrega na
organização.
 Ponto de pedido: ponto que, quando atingido, provoca a expedição de um novo
pedido de compra, em função do consumo médio, do tempo de reposição e do
estoque mínimo.

 Rotatividade ou giro dos estoques: considera a quantidade de vezes, em


determinado período, que o estoque médio que a organização mantém é vendido.

 Antigiro (taxa de cobertura ou cobertura de estoque): período de tempo em que um


dado estoque é capaz de atender à demanda da organização (consumo de todo o
estoque se não houver reposição).

 Nível de serviço (nível de atendimento): capacidade do estoque em atender o setor


produtivo.
 Estoque médio: contabilização dos estoques finais de cada período dividido pelo
número de períodos contabilizados.

 Estoque máximo: resultado da soma do estoque de segurança mais o lote de compra.

 Estoque de cobertura: indica por quanto tempo o estoque suportará o consumo sem
que haja reposição.

Métodos de avaliação de estoques


 Avaliação pelo custo médio: tem por base o preço de todas as retiradas ao preço
médio do suprimento total.

 Método PEPS (FIFO): primeiro a entrar, primeiro a sair – avalia o estoque pela
ordem cronológica das entradas, sendo que os itens que deram entrada em data mais
antiga serão os primeiros a sair.
 Método UEPS (LIFO): último a entrar, primeiro a sair – avalia o estoque pelo valor
do material que entrou por último.
 Custo de reposição: o valor do estoque é sempre atualizado em função dos preços
do mercado, e ainda tendo por base a elevação dos custos em curto prazo em relação
à inflação.
 Just In Time (JIT): o produto, o componente ou a matéria-prima chegam ao local
em que são utilizados somente quando necessário (quantidade certa, no tempo
certo e no ponto certo).
 Just In Case (JIC): mantém o nível de estoque alto a fim de evitar um backorder, ou
seja, quando um cliente tem uma demanda que a organização não consegue suprir.
 Kanban: sistema que utiliza cartões para processar os pedidos, movimentando as
peças entre as estações de trabalho, puxando-a para a próxima.
9. Taxas do Sistema de estocagem

Além dos custos mencionados acima, o sistema de estocagem também pode estar
sujeito a taxas adicionais, tais como:

 Taxas de armazenamento: Algumas empresas de logística ou centros de distribuição


cobram taxas pelos serviços de armazenagem, que podem variar de acordo com o
espaço ocupado e o tempo de armazenamento.
 Taxas de manuseio: Se os produtos demandarem um processo de manuseio
específico, como separação, embalagem ou etiquetagem, podem existir taxas
adicionais relacionadas a esses serviços.
 Taxas de armazenamento refrigerado: Caso seja necessário o uso de câmaras
frigorificos ou outros sistemas de controle de temperatura, pode haver taxas extras
associadas ao consumo de energia e manutenção desses equipamentos.

É importante considerar esses custos e taxas ao planejar o sistema de estocagem, a fim de


garantir uma gestão eficiente e financeiramente viável do estoque da empresa.
10. Conclusão

A estocagem diz respeito ao processo utilizado para acomodar matérias-primas, produtos


inacabados ou prontos para distribuição e comercialização. Em outras palavras, é a ação de
acumular itens em estoque, de modo que sejam facilmente identificados e manuseados (nas
operações de transporte, por exemplo), é importante ressaltar que a estocagem precisa
adotar alguns procedimentos que otimizem a segurança dos produtos e as operações da
equipe que trabalha no local isso significa, contar com uma estrutura de armazenagem
adequada aos produtos que serão estocados, limpeza e organização do espaço e um sistema
de controle que monitore e atualize a entrada e saída de mercadorias. Sendo assim, pode-se
afirmar que a estocagem é o conceito que representa as etapas de recebimento, separação e
acomodação das mercadorias, tornando-a parte do processo de armazenagem, que reúne
todas as fases da operação logística.
11. Referências bibliográficas

SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 4.ed.


São Paulo: Atlas, 2016.

FRANCISCHINI, P. G.; GURGEL, F. do A. Administração de materiais e do patrimônio.


São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

GARCIA, E. S.; REIS, L. M. T. V. dos; MACHADO, L. R.; FERREIRA FILHO, V. J. M.


Gestão de estoques: otimizando a logística e a cadeia de suprimentos. 1.ed. Rio de Janeiro:
E-Papers Serviços Editoriais, 2006.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4ª edição. Porto Alegre:
Bookman, 2001.

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