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Logística aduaneira:

Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA)

Afinal, o que é a Declaração de Trânsito Aduaneiro?


A Declaração de Trânsito Aduaneiro é o documento utilizado para a realização de um despacho em
trânsito aduaneiro, como o próprio nome sugere. Esse regime especial é o que proporciona a
possibilidade de transportar mercadorias sob o controle da aduana, dentro do território nacional.

Nesse sentido, a carga é retirada no local chamado Zona Primária (que pode ser um porto, por
exemplo) e é transferida para uma Zona Secundária (o chamado EADI, ou Porto Seco — um terminal
alfandegário).

Sendo assim, pode-se dizer que a DTA cobre dois casos, em especial:

1. de entrada (ou passagem) em que as cargas estão sujeitas à emissão de uma fatura comercial;
2. de entrada (ou passagem) em que as cargas não estão sujeitas à emissão de fatura comercial,
como os itens relacionados na IN SRF nº 248, de 2002, quando eles estão acobertados por um
conhecimento de transporte internacional.
Vale ressaltar que a utilização da DTA é permitida somente nos casos em que as cargas são
amparadas pelo conhecimento de transporte internacional.

Quais são suas vantagens e desvantagens?


Essa opção, assim como proporciona vantagens, também gera algumas desvantagens operacionais.

Vantagens
 permite remover os itens da Zona Primária (onde os custos são bem elevados) e levá-los para
uma Zona Secundária (que possui os custos de armazenagem reduzidos);
 suspensão de tributos;
 segurança no manuseio e armazenagem da carga.

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Desvantagens
 pode aumentar o tempo de desembaraço em até 3 dias;
 tempo de transito na remoção da carga da Zona Primaria para Secundaria.

Quais cuidados devem ser tomados no preenchimento da DTA?


Inconsistências no preenchimento da declaração podem fazer com que ela seja invalidada, ou
mesmo que a empresa sofra sanções. Sendo assim, é necessário ter alguns cuidados antes e durante
essa tarefa. Dentre os principais, podemos citar 3:

1. Analisar o custo benefício da operação


Uma das principais vantagens que essa opção oferece é a redução dos custos operacionais,
removendo as cargas da Zona Primária.

Entretanto, como existe o tempo de trânsito até a Zona Secundária, o custo com esse transporte e a
possibilidade de ter um prazo maior para concluir o desembaraço; é necessário avaliar se, no fim das
contas, essa é realmente a escolha mais viável.

2. Verificar se a transportadora está habilitada na Receita Federal


Deve-se incluir no SISCOMEX todos os envolvidos no processo de transporte, que vai da Zona
Primária até o EADI, o que envolve o cadastramento da transportadora e o envio de diversos
documentos.

Isso é necessário para garantir que o Governo não será onerado no caso de sinistros com a carga (o
que faz com que seja necessário apresentar o seguro-garantia).

Além disso, a Receita ainda exige que seja informada uma estimativa do tempo total de transporte e,
ainda, a comunicação de quaisquer imprevistos que possam ocorrer, acarretando em atrasos.

3. Planejar a opção com antecedência


Como a utilização da DTA envolve algumas particularidades e exigências, como já citado, antes de
optar por ela, deve-se fazer um planejamento e a análise de viabilidade, já que isso envolve prazos e

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custos — dois fatores críticos para a eficiência da logística aduaneira.A Declaração de Trânsito
Aduaneiro pode ser um grande facilitador no que diz respeito ao gasto e à burocracia que se
enfrenta ao liberar as cargas. No entanto, precisa ser bem elaborada, uma vez que pode não ser a
melhor opção, dependendo do caso.

Dropshipping e cross docking: o que são,


diferenças e importância
No mundo do comércio eletrônico, a busca por soluções flexíveis se tornou uma prática constante.
Afinal, além de se comunicar, estimular o desejo da compra e atender às necessidades do cliente, é
preciso pensar no estoque e na logística. Por isso, neste post, vamos falar sobre dropshipping e cross
docking.
Se você se preocupa em otimizar processos e reduzir custos para aumentar a margem de lucro, saiba
que é fundamental escolher entre ter o próprio estoque ou trabalhar com a mercadoria de um
parceiro. No último caso, ele fica responsável pela parte burocrática depois que o produto é vendido.
Continue a leitura para entender de que forma isso pode ser feito:

O que é dropshipping?
É uma prática que consiste em utilizar estoque de terceiros para a venda de produtos, uma vez que
muitos empreendedores não têm condições de investir em mercadorias no começo do negócio.
Em outras palavras, o dropshipping permite revender artigos de outros lojistas — mas a sua loja é a
vitrine principal. Normalmente, todo o sistema de entrega é feito pelo fabricante.

O que é cross docking?


É um sistema de logística que não exige o armazenamento dos produtos no centro de distribuição.
Nesse caso, a loja faz um acordo com o fornecedor para manter uma quantidade X de um
determinado item e fixa o tempo da reposição.
Quando um pedido é feito, a loja avisa o cliente sobre o prazo da entrega com base no que foi
acertado com o fornecedor. Como o nome sugere, o cross docking cruza as docas entre o fornecedor
e a empresa a fim de diminuir os riscos do estoque e os custos operacionais.

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Vamos comparar dropshippinge cross docking?
O dropshipping funciona como uma solução que inclui a parceria com fornecedores e dispensa o
gerenciamento de um estoque próprio. Quando o consumidor conclui uma compra, o lojista recebe,
fica com o lucro e solicita o produto do fornecedor, que embala e faz a entrega ao cliente.

No cross docking, conforme o usuário efetua uma compra, o lojista solicita que o fornecedor envie o
produto a um centro de distribuição. Depois disso, um sistema de redistribuição entra em cena e
despacha para o cliente. Em alguns casos, o próprio escritório da loja virtual funciona como um tipo
de armazém intermediário.
O que ambos têm em comum é que reduzem bastante os gastos de uma empresa na fase inicial,
sobretudo quando a gestão de dados e tráfego é eficiente. Isso acontece porque usar o estoque de
outra pessoa não requer investimentos.
O baixo custo abrange, também, as despesas fixas. Você não precisa gastar com catálogos, ter um
espaço físico com equipamentos nem pagar aluguel, energia, água etc. Além disso, esses sistemas
permitem trabalhar com uma grande variedade de produtos por meio de um tablet ou de um
computador, em qualquer lugar ou horário.

Quais são as vantagens e as desvantagens do dropshipping?

Esse modelo de logística apresenta muitas vantagens:


Baixo custo
Não precisa investir na compra de estoque, no armazenamento da mercadoria nem no envio. Tudo
isso ajuda a minimizar os custos.

Mínimo risco operacional


O produto só é comprado quando se tem certeza de que a venda foi feita, ou seja, é extremamente
seguro.

Facilidade de operar
Não é necessário desenvolver infraestrutura interna, já que o fornecedor cuida de todo o processo
de coleta, embalagem e envio.

Aumento de mix de produtos


O fato de não depender do investimento em estoque dá mais liberdade para agregar novos
produtos.

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Podemos apresentar como desvantagens:
Menor margem
Geralmente, é possível negociar um preço bem melhor quando o pedido é grande. No dropshipping,
assim como no cross docking, você só compra quando o pedido é realizado. Isso significa que não dá
para barganhar o preço.

Falta de alinhamento com o catálogo


Se a sua loja não for informada sobre a disponibilidade dos produtos, pode acontecer uma falta de
alinhamento com o estoque disponível. Por isso, fique atualizado com esses números.

Comunicação incerta com o cliente


Quando o cliente compra 2 produtos de diferentes fornecedores, recebe a mesma quantidade de
pedidos. Portanto, essa comunicação deve ser clara e objetiva para não causar aborrecimentos.

Valor alto do envio


O valor da entrega é multiplicado pela quantidade de fornecedores. Em caso de muitos parceiros,
esse custo pode ficar alto para o consumidor e resultar em reclamações ou desistências de compra.

Quais são as vantagens e as desvantagens do cross docking?

Como benefícios, podemos apontar:

Redução de gastos
Assim como no dropshipping, os gastos com compra de estoque também são dispensáveis. As
despesas com o transporte dos produtos são baixas porque a carga dos fornecedores é concentrada.
Além disso, a distribuição é otimizada para uma região específica.

Agilidade no atendimento
Aqui, o estoque é substituído por um centro de distribuição que tem como principal objetivo gerar
eficiência. O fornecedor prepara e envia a mercadoria o mais rápido possível para o comprador.

Fim do produto em falta


Na medida em que os produtos são enviados e que o prazo de reposição está definido, o risco de o
cliente ficar sem o produto é praticamente 0.

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Riscos de adotar o cross docking:

Falta de sincronia
Um dos riscos do cross docking é o gestor não conseguir sincronizar as operações dentro do
sistema just in time (no momento certo). Assim, qualquer incidente no fluxo normal pode acarretar
uma reação em cadeia ruim de contornar.

Gestão da cadeia de suprimentos


A ideia central do cross docking é a redução dos níveis de estoque. Se houver atrasos no processo e
acúmulo de produtos no armazém, a empresa vai ter prejuízo.

Avarias
Outro problema de acumular produtos por mais tempo que o programado é que isso abre margens
para ocorrências como danos, falhas ou trocas. Em consequência disso, a relação com fornecedores
e clientes fica comprometida.

Licenciamento de importação: conheça


todos os tipos
Também chamada de LI, a licença é um documento emitido no SISCOMEX, software que integra as
atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, cujo acesso
é restrito à Aduana, Secex, Bacen, importador, depositário ou transportador.
Com base nas informações do produto, tais como peso bruto e líquido, NCM, regime tributário,
cobertura cambial, Incoterm, dados do exportador, dados do fabricante, etc., o importador, ou
agente aduaneiro, solicita no sistema a licença de importação, que é necessária apenas para
determinadas mercadorias.

Quais os licenciamentos de importação?


A importação de mercadorias como alimentos, medicamentos e brinquedos exige a emissão de LI.

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Para saber exatamente quais as mercadorias que demandam o documento, o importador precisa
consultar o NCM da mesma, na seção “Tratamento Administrativo”, disponível na página do
SISCOMEX, e verificar se a operação pretendida se enquadra nos termos dos artigos 14 e 15 da
Portaria SECEX n.º 23/2011.

Os regimes adequados para cada mercadoria são:

 licença dispensada: abrange produtos cuja necessidade de autorização é dispensada;


 licença automática: alguns produtos exigem licença, mas ela é concedida de forma automática,
sem que haja necessidade de requerê-la junto ao SISCOMEX;
 licença não automática: geralmente, são produtos que requerem certificação concedida pelo
INMETRO, Anvisa, IBAMA, DECEX e outros (vide seção “Órgãos Anuentes na Importação” no
sistema SISCOMEX), a estes são exigidos que seja requerida uma LI.

Quanto tempo leva para seu deferimento?


Ao fazer sua solicitação no SISCOMEX, o sistema alerta o órgão responsável pelo seu controle (Decex,
IBAMA, MAPA, Anvisa etc.) e esse, após o registro, emite o deferimento que demora de 3 a 60 dias, de
acordo com a demanda, com o produto a ser analisado e com os processos realizados em cada
órgão.

Após 90 dias da emissão, pode ser solicitado prorrogação por igual período, uma única vez.

O prazo de validade da LI, em geral, é de 90 dias a partir da data do deferimento.

Qual a classificação de LI por tempo de deferimento?


A LI também pode ser classificada quanto ao prazo para ser autorizado o processo de requisição:

 LI antes do embarque: quando o registro do licenciamento de importação e seu deferimento


ocorrem antes do embarque da mercadoria;
 LI pós-embarque: quando é necessária a vistoria da carga no porto ou aeroporto na chegada
da mercadoria. A LI é feita antes do embarque, mas o consentimento definitivo só é dado após a
devida fiscalização.

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Quais outros procedimentos a serem tomados?
A LI deve ser vinculada à Declaração de Importação (DI) no momento do seu registro, que
corresponde ao início do despacho.

Assim, ocorrerá uma vinculação automática no preenchimento da declaração de importação, por isso
a LI deve ser emitida com informações corretas e completas.

Quais as penalidades pela não utilização da LI?


Se na chegada da mercadoria não houver LI ou se esta for emitida após o embarque, seu processo
será selecionado para o Canal Amarelo ou Canal Vermelho, com inspeção rigorosa e incidência de
multa de 30% do valor aduaneiro (mercadoria + frete internacional + seguro internacional), cujo valor
mínimo deve ser de R$ 500,00, e valor máximo de R$ 5 000,00 para LI solicitada pós-embarque, e
sem valor máximo estipulado para LI ausente.

Em algumas situações pode ser concedido desconto de 50% ao valor dessa multa.

Entenda o regime de entreposto


aduaneiro e como ele funciona
O Entreposto Aduaneiro é um regime especial de comércio exterior, com base no Art. 404 do
Regulamento Aduaneiro, que permite armazenar mercadorias estrangeiras, em local alfandegado

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credenciado pela Secretaria da Receita Federal (SRF), com suspensão do pagamento de tributos
federais, como PIS/PASEP e COFINS de importação.
Explicaremos para você, nesse artigo, um pouco mais sobre esse regime. Confira!

Fatos do entreposto aduaneiro

Locais permissionários
 porto seco;
 recinto alfandegado de uso público;
 instalação portuária de uso público;
 instalação portuária de uso privativo misto;
 plataformas marítimas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural,
contratadas por empresas sediadas no exterior;
 recinto de uso privativo (Trading Companies — permissionário nesse caso, que assume o
compromisso de reenvio) — somente em caráter temporário para exposição dos objetos em
museus, feiras, congressos etc.

Mercadorias permitidas
 partes, peças, máquinas, equipamentos de informática, elétricos, mecânicos ou
eletromecânicos e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves,
embarcações ou outros veículos no próprio recinto alfandegado;
 provisões de bordo utilizadas em meios de transporte comerciais internacionais;
 outros produtos importados que, consignados a pessoa física ou jurídica com estabelecimento
no Brasil, sejam destinadas à posterior exportação.

Casos não permitidos


 mercadorias cuja importação seja proibida;
 bens usados;
 produtos importados com cobertura cambial (não se aplica a mercadorias destinadas à
exportação);
 quando o beneficiário for administrador do recinto de armazenamento da mercadoria.

Operações permitidas no regime


As mercadorias admitidas no regime poderão ser destinadas à exposição, demonstração, testes de
funcionamento, industrialização (acondicionamento, recondicionamento, montagem, beneficiamento
e transformação — esse somente no caso de alimentos para consumo a bordo de transporte

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comercial internacional), etiquetagem e marcação (para atender às exigências do comprador
estrangeiro), manutenção e reparo.

Tempo de permanência
Os bens poderão permanecer no recinto durante vigência de contrato ou duração do evento, porém,
pelo prazo máximo de um ano, que poderá ser prorrogado ao total de dois, contados da data de
admissão.

Em algumas situações especiais, poderá ser concedida nova prorrogação, respeitado o limite de três
anos de permanência.

Destinação do bem ao final da permanência


No final do período de permanência, deve ocorrer, em até quarenta e cinco dias, o despacho para
consumo dos bens, sua reexportação, exportação ou transferência para outro regime aduaneiro
especial. A não ocorrência desses fatos configura abandono das mercadorias.

Documentação necessária para o entreposto aduaneiro:


 proforma invoice;
 conhecimento de carga (B/L ou AWB);
 declaração de admissão (DA);
 commercial invoice emitida pelo exportador com descrição da forma de pagamento negociada
para fins de fechamento do câmbio;
 declaração de importação (DI);
 conhecimento de importação (CI);
 nota fiscal de entrada.

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Passo a passo para a realização do entreposto aduaneiro
Cabe ao exportador:

1. eleger um consignatário que será responsável, durante todo o período, pela carga;
2. contratar o frete internacional;
3. contratar seguro de transporte;
4. emitir uma Proforma Invoice informando lote da mercadoria, que o produto não tem
cobertura cambial e qual importador será o consignatário.

Cabe ao despachante aduaneiro:

1. iniciar, em porte do conhecimento de carga (que contenha o local de entreposto aduaneiro) e


da Proforma Invoice (com lote especificado), o processo de despacho aduaneiro da mercadoria a
ser entreposta, no portal SISCOMEX, onde será gerada uma declaração de admissão (a DA deverá
ser registrada no prazo máximo de 120 dias da data da entrada das mercadorias no recinto
alfandegado) com desembaraço normal de carga parametrizada;
2. no caso de indeferimento da aplicação do regime, poderá apresentar recurso no prazo de dez
dias, a partir da data da ciência, ao titular da unidade;
3. nacionalizar totalmente ou parcialmente a carga na admissão sem cobertura cambial.

Cabe ao importador:

1. fazer a declaração de importação e pagar os devidos impostos do lote registrado no portal


SISCOMEX;
2. fazer NF de Entrada apenas do lote registrado na DI (Declaração de Importação). A cada nova
invoice, incorrerá um novo despacho aduaneiro e seus consequentes custos.
O entreposto aduaneiro possibilita flexibilidade nas negociações comerciais e a geração de crédito
rotativo imediato ao importador, já que seu recibo serve como garantia para desconto em até 80%
do valor em bancos. Além disso, a permanência provisória em locais entrepostos, diminui possíveis
congestionamentos em portos, por exemplo.

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Certificação OEA: o que é e qual a sua
importância
A Certificação OEA (Operador Econômico Autorizado) estabelece vínculo entre o Estado, a Receita
Federal e o profissional que se compromete a exercer a atividade de importação e exportação de
maneira regular e idônea.

Esse documento surgiu em 2005, durante uma convenção da OMA (Organização Mundial Aduaneira)
em Bruxelas. No Brasil, o programa foi implantado em 2015.
Confira informações sobre a certificação OEA e sua importância para o comércio exterior:

A importância dessa certificação para os operadores


Sua obtenção é voluntária a qualquer intermediador em operações de comércio exterior e, embora
haja distinções entre as modalidades, todas têm como objetivo promover a integração entre as
partes, de modo a evitar terrorismo e trânsito ilegal de mercadorias.

Modalidades de OEA e seus benefícios


Existem benefícios que são comuns a todos:

 utilização da logomarca “AEO” e divulgação no site da RF;


 estabelecimento de um ponto de contato para esclarecimento de dúvidas;
 prioridade de análise de pedido de certificação em outra modalidade;
 prioridade concedida pelas aduanas estrangeiras;
 participação no Fórum Consultivo do Programa;
 dispensa de exigências formalizadas na habilitação a regimes aduaneiros especiais ou
aplicados em áreas que já tenham sido cumpridas ao receber a certificação;
 participação em seminários e treinamentos organizados pelo agente responsável.

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Operadores com certificação OEA — Segurança
Os benefícios específicos para essa categoria são:

 redução do percentual de canais na exportação em relação aos demais;


 parametrização e conferência imediata das declarações de exportação no processamento feito
pelas unidades locais da RF nos termos de ato específico emitido pela Coana;
 dispensa de garantia no trânsito aduaneiro no caso de transportador.

Operadores com certificação OEA Conformidade — Nível 1


Inclui os benefícios listados anteriormente e os exclusivos:

 resposta à consulta de classificação fiscal em até 40 dias;


 dispensa de garantia na admissão temporária para utilização econômica, do exame
documental e da verificação da mercadoria;
 armazenamento prioritário da mercadoria no prazo de 24 horas;
 retificação de DIs em lotes reduzidos.

Operadores com certificação OEA Conformidade — Nível 2


Inclui os benefícios listados anteriormente e os exclusivos:

 registro da documentação de importação antes da chegada da carga no modal marítimo;


 redução do percentual de canais na importação.
Além disso, a DI registrada para o regime aduaneiro de Admissão Temporária poderá ser selecionada
para o canal verde, onde exame documental e verificação de mercadoria são dispensados.

Em 17 de novembro de 2017, a Coana publicou uma portaria que instituiu o Despacho sobre Águas,
que consiste em operação de importação exclusiva do meio aquaviário na qual é feito o registro da
DI na unidade de despacho e o deferimento imediato da LI.

Quando encaminhada ao canal verde, o depositário obtém desembaraço total na chegada e


redespacho da carga.

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Operadores com certificação OEA — Pleno
Inclui todos os benefícios concedidos nas modalidades de Segurança e Conformidade Nível 2.

Vantagens e benefícios em Acordos de Reconhecimento Mútuo


Os benefícios incluem simplificação, agilidade e confidencialidade de processos nesse tipo de acordo.

Para o país, amplia uma imagem positiva no mercado externo, atraindo mais investimentos. À
aduana, há melhoria de controles e análises de risco, diminuindo a burocratização relativa ao
despacho aduaneiro.

Como tirar a certificação OEA


O procedimento é feito em um software desenvolvido pela Receita Federal, onde:

1. a empresa deverá ser importadora, exportadora, transportadora, agente de carga, depositária,


operadora portuária ou aeroportuária e despachante aduaneira;
2. o questionário de autoavaliação deverá ser preenchido;
3. aos interessados na certificação OEA Conformidade Nível 2 e Pleno, será solicitado relatório
complementar de validação cuja qualificação técnica será determinada por uma equipe
responsável independente;
4. o representante da empresa deverá comparecer presencialmente a qualquer unidade de
atendimento da RF para a solicitação de abertura do dossiê digital de atendimento;
5. deverá ser apresentada, no prazo de 30 dias e pela internet, toda a documentação listada
anteriormente com uso do Certificado Digital ICP-Brasil;
6. será feita a análise pelo Centro de Certificação e Monitoramento dos Operadores Econômicos
Autorizados (Centro OEA).

É importante que os agentes operadores estabeleçam uma relação com a aduana e a RF, não as
vendo como obstáculos na cadeia logística, mas sim como aliadas no desenvolvimento econômico do
país.

PÚBLICA
Entenda o que é demurrage de container
Os produtos importados pela via marítima são transportados em containers e permanecem neles
desde o desembaraço aduaneiro até o envio ao destinatário. O prazo máximo de uso de um
container é de 30 dias.
Porém, quando esse período se estende por mais de um mês, o cliente sofre algumas sanções. Você
sabe o que é demurrage de container? Veja, agora, como ela afeta os custos do frete da mercadoria e
aprenda a evitá-la!

O que é demurrage de container?


Quando o importador ultrapassa o período de 30 dias em posse de um container, é cobrada a
sobrestadia ou demurrage, como é mais conhecida. É uma multa originária do atraso na
desocupação do recipiente.
Sua cobrança tem previsão legal no Código Comercial brasileiro e precisa estar prevista no contrato.
Não havendo previsão contratual, ela não poderá se aplicada.

PÚBLICA
Qual é o custo da sobrestadia?
A demurrage é cobrada por diária, em dólar. Cada transportador tem sua tabela de valores e o preço
total pode ultrapassar o do equipamento.
O container não é local de armazenamento de carga e sim um equipamento de transporte. A sua
retenção pode, inclusive, causar dano indenizável a terceiros que porventura tenham reservado o
recipiente. Tudo isso aumenta muito o custo do frete, gerando impactos diretos no lucro da
importação. Por isso, é importante saber como evitá-la.

Como reduzi-la?
Remoção para porto seco
Uma forma de evitar a demurrage é agir junto a seu despachante aduaneiropara remover a
mercadoria o mais rápido possível. Havendo atraso na liberação do produto, é possível utilizar um
terminal de porto.
O chamado porto seco cobra taxas bem mais baratas, além de ser mais flexível na negociação de
descontos.

Troca de container
Uma outra saída é a troca de container. O importador compra um equipamento com as mesmas
especificações e o repassa ao armador — nome dado ao transportador — no prazo combinado.
Posteriormente, ao desocupar o recipiente, vende-o e recupera o dinheiro da compra.

Desova da mercadoria
Pode-se ainda realizar o pedido de desova da mercadoria. Existem empresas especializadas neste
tipo de procedimento, com custo bem menor que o valor da sobrestadia. Desovam-se os produtos e
o container é devolvido dentro do prazo contratual.

Leasing de container
A última dica é o leasing de container. O importador arrenda o equipamento e, ao final do uso,
decide se compra ou não. Apesar de não ser uma modalidade muito utilizada no Brasil, é possível
encontrar empresas que realizam essa operação.
Essas 4 dicas evitam a cobrança da sobrestadia. Isso reduz os custos com o frete de mercadoria
importada via transporte marítimo.
No caso de dificuldades junto à Receita Federal para desova ou remoção para o porto seco, algumas
medidas judiciais podem ser tomadas. As decisões, nesses casos, têm sido favoráveis para o
importador. A esfera judicial pode ser utilizada, ainda, em caso de o transportador recusar a troca de
container.

PÚBLICA
GATT: entenda o que é este acordo
internacional
Certamente, quem trabalha em logística e transporte aduaneiro já ouviu falar do GATT, ainda que
não saiba direito do que se trata. Em verdade, são acordos comerciais entre países, que cumpriram
— e ainda cumprem, como você verá a seguir — um importante papel na regulamentação das trocas
internacionais.

PÚBLICA
E se você tem interesse no assunto, continue a leitura deste post e obtenha uma noção inicial do que
significou esse importante instrumento de comércio entre várias nações ao redor do mundo.

Breve histórico
Em 1944, países aliados se reuniram nos Estados Unidos da América (EUA), com o objetivo de
estabelecer regras para a economia internacional após o término da 2ª Guerra Mundial (que viria a
ocorrer em 1945). Foi o chamado Acordo de Bretton Woods, que pretendia criar três instituições: o
Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD, também conhecido como Banco
Mundial), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a OIC (Organização Internacional do Comércio).

Dessas, as duas primeiras foram, de fato, criadas (BIRD e FMI), o que não ocorreu com a OIC
(sobretudo pela discordância dos EUA). Em seu lugar, surgiu o Acordo Geral de Tarifas e Comércio
(GATT), que vigorou por 50 anos (de 1944 a 1994). As regras e princípios firmados em suas diversas
fases de negociações continuam em pleno vigor, hoje incorporados pela Organização Mundial do
Comércio (OMC), criada em 1995.

Conceito de GATT
Primeiramente, você deve entender que o GATT não foi um órgão internacional, mas apenas acordos
estabelecidos entre seus membros. Seu principal objetivo era a liberação do comércio internacional,
por meio da redução ou mesmo da eliminação de obstáculos tarifários (impostos incidentes nas
importações e exportações) e não tarifários (por exemplo, quotas de importação, dentre vários
outros mecanismos de restrição).
Mas veja que o citado objetivo representava antes um meio, um forma de atingir um alvo maior, qual
seja: o crescimento econômico dos países pertencentes ao Acordo, sobretudo daqueles
considerados menos desenvolvidos (subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento).

Funcionamento
O GATT funcionou por meio de Rodadas de Negociações: longas reuniões, nas quais os
representantes dos países buscavam um consenso sobre as propostas em pauta. Dentre elas, as de
maior destaque foram a “Rodada Kennedy” (1964-1967), a “Rodada Tóquio” (1973-1979) e a “Rodada
Uruguai” (1986-1993). Dessa última, surgiu a OMC, organismo que praticamente funciona desse
mesmo modo, no que se refere às discussões quanto aos acordos comerciais disputados.

Dentre os vários princípios estabelecidos, destacamos os dois abaixo, considerados fundamentais


(pilares das negociações):

PÚBLICA
 princípio da nação mais favorecida: se um membro (nação) conceder um privilégio a outro
membro, deverá estendê-lo a todos os demais parceiros comerciais (por exemplo: se o Brasil
conceder uma redução no preço da soja vendida para a Argentina, automaticamente todos os
demais membros do GATT se beneficiarão dessa vantagem);
 princípio do tratamento nacional: o produto ou serviço que ingressar no país
mediante importação deverá ser tratado da mesma forma que aquele produzido internamente
(por exemplo: se o Brasil importar veículos da Argentina, sobre eles não poderá recair uma
tributação pelo IPVA maior do que os similares nacionais).

PÚBLICA
Conheça as vantagens e desvantagens da
cabotagem no Brasil
A cabotagem no Brasil está longe de atingir todas as suas potencialidades, constituindo um quadro
negativo quando se tem em mente que o nosso país possui dimensões continentais e fartos recursos
naturais à disposição.

Mas esse fato tem uma explicação histórica: ao priorizar o transporte rodoviário, optou-se por uma
modalidade das mais caras, paralelamente à falta de atenção com as formas mais seguras e
econômicas.

Cabotagem
Trata-se de um processo de transporte por via marítima, limitado à área costeira, ainda que o
percurso inclua trechos de rios ou lagos. Os produtos são movimentados de um porto a outro dentro
do país, diferentemente da navegação de longo curso, aquela que envolve portos de vários países.

A movimentação de cargas via cabotagem apresenta várias vantagens em relação a outras


modalidades, seja quanto aos riscos envolvidos, seja quanto ao valor dos fretes. Mas há também
algumas desvantagens, muitas delas, como no caso brasileiro, associadas à falta de investimentos
nesse campo.

Vantagens
O Brasil tem grande potencial de desenvolvimento no setor, decorrente de fatores como suas
condições naturais (aproximadamente oito mil quilômetros de costa navegável), sua infraestrutura
portuária bastante desenvolvida, com considerável número de portos, e o fato de a maioria da
população viver próximo às regiões litorâneas.

Entretanto, ele não é explorado de forma satisfatória, principalmente em razão da predominância do


modal rodoviário. Vejamos cinco vantagens da cabotagem:

1. Segurança
Esse tipo de deslocamento de mercadorias oferece menor risco de roubos e desvios de
carga quando comparado com o transporte em rodovias.

PÚBLICA
2. Alta capacidade de carga
Permite movimentar grande volume de produtos acondicionados em contêineres.

3. Reduzido impacto no meio ambiente


Pequeno potencial de agressão à natureza (pouco poluente e com mínimas possibilidades de
ocorrência de acidentes).

4. Baixo consumo energético


Menor consumo de combustíveis, o que lhe confere grande eficiência energética (capacidade de
movimentação de mercadorias por unidade de combustível consumido).

5. Benefícios sociais
O uso intensivo da cabotagem diminuiria consideravelmente a frota de caminhões nas estradas, com
a consequente redução de gastos com manutenção, além da acentuada queda do número de
acidentes e mortes.

Desvantagens
Como mencionado, a movimentação ocorre entre portos nacionais, portanto uma operação
eminentemente doméstica (dentro do país). Apesar disso, os órgãos responsáveis por sua
fiscalização — como a Anvisa e a Polícia Federal — classificam a atividade como sendo de comércio
exterior, do que decorrem as inevitáveis burocracias em sua inspeção e regulamentação.

1. Lentidão
A lenta velocidade de deslocamento inviabiliza a entrega de bens dentro de prazos muito curtos.

2. Rotas limitadas
Restrições relativas às rotas disponíveis, devido à falta de investimentos governamentais, assim
como à deficiente integração entre os vários modais de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo,
aquaviário e dutoviário).

PÚBLICA
3. Elevados preços dos combustíveis
Altos gastos com combustíveis em função de seu preço, visto não haver benefícios fiscais (isenção de
impostos), como ocorre com o óleo diesel para caminhões.

4. Restrição ao capital estrangeiro


A legislação brasileira exige que a atividade seja realizada por navios com bandeira nacional, fator
que restringe a entrada de capitais estrangeiros no setor.

Logística reversa: entenda o que é e


quais são seus impactos

A logística reversa trata do fluxo dos produtos — do ponto onde ele é consumido até sua origem ou
algum intermediário, como os pontos de reciclagem. Em outras palavras, ela faz o processo inverso
ao da logística tradicional. Um bom exemplo prático desse modelo é o retorno das embalagens de
bebidas para as fábricas, partindo do ponto de venda.

Quais impactos ela causa nos negócios?


Uma implantação eficaz da logística reversa proporciona diversas vantagens para as empresas.
Entre as principais, estão:

Melhora a imagem da empresa no mercado


A ideia de sustentabilidade tem ganhado mais destaque ultimamente e empresas que resolvem
aderir a ela transmitem a imagem de “empresa sustentável” ao público em geral, melhorando sua
projeção no mercado.

Reduz os custos operacionais


O principal motivo para a redução dos custos se dá pelo aproveitamento dos veículos que
retornariam vazios para a base após a finalização das entregas. Nesses casos, o planejamento das

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rotas pode contemplar o percurso de volta para fazer a logística reversa e diluir o custo
operacional — tornando-o menor.

Também existe a possibilidade de reaproveitar embalagens e paletes para realizar novos envios e
diminuir o gasto com esses materiais, como no exemplo das garrafas de bebida, citado inicialmente.

Ajuda a aumentar a satisfação dos clientes


Situações em que há necessidade de realizar trocas e devoluções costumam ser motivo de muito
estresse com o cliente, prejudicando a experiência que ele tem com a empresa e, dependendo do
atendimento, causando uma imagem negativa e até a perda desse consumidor.

Nesse contexto, a logística reversa pode ser aproveitada para coletar esses itens no destino — visto
que, por lei, esses retornos não devem gerar custos para o consumidor — e entregá-los na empresa,
para que o envio correto seja realizado. Apesar de não diminuir o transtorno, uma tratativa eficiente
pode se tornar um meio de mostrar um bom atendimento e estreitar a relação com seu público.

Como evitar problemas?


Em muitos casos, a logística reversa é um processo necessário para o sucesso do negócio,
especialmente por estar ligada ao relacionamento com o cliente e à aplicação prática da
sustentabilidade. Entretanto, se não for bem planejada e executada, pode acarretar falhas e
prejuízos para o negócio. Para evitá-los, vale a pena contar com 3 pontos principais:

Padronização dos processos


Ela serve para estruturar as atividades referentes à logística reversa e formalizar o fluxo de trabalho,
garantindo que o método implementado seja o melhor para os resultados e que todos os
colaboradores o adotem como planejado.

Investimento em TI
Nesse caso, a tecnologia tem o papel de auxiliar no planejamento e dimensionamento do envio de
veículos, além do rastreamento e monitoramento das rotas.

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Melhorias operacionais
O ideal é fazer melhorias contínuas nos processos. Para isso, vale a pena investir no
acompanhamento de indicadores de desempenho, que ajudam a monitorar os custos e a eficiência
da operação.

A logística reversa possui um papel muito importante para as empresas no que diz respeito à
adequação às leis (no caso do descarte correto de materiais), melhoria no atendimento prestado ao
cliente e à sustentabilidade. Entretanto, ela precisa ser cuidadosamente planejada e implementada,
visto que qualquer falha pode representar risco de grandes prejuízos financeiros.

Despachante aduaneiro e suas atividades


O despachante aduaneiro é o profissional que representa empresas de exportação e importação,
transportadoras e armazéns alfandegados, perante os órgãos governamentais e outras entidades.

Entre os conhecimentos necessários para a realização dessa atividade, estão os procedimentos


aduaneiros, logísticos, fiscais, tributários e comerciais que envolvem a liberação das cargas
(importadas ou exportadas) na aduana.

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Quais atividades ele realiza?
 preparação, entrada e acompanhamento do processo de despacho aduaneiro, bem como a
apresentação da documentação referente a ele;
 envios dos documentos relacionados ao despacho aduaneiro, inclusive termos de
responsabilidade;
 recebimento de intimações, notificações, autos de infração, despachos, decisões, entre outros,
relacionados ao despacho aduaneiro;
 acompanhamento da verificação da mercadoria na conferência aduaneira, inclusive da
retirada de amostras para assistência técnica e perícia;
 recebimento das mercadorias desembaraçadas;
 solicitação e acompanhamento de vistoria aduaneira;
 desistência de vistoria aduaneira.

Qual é a sua importância para o mercado?


Dado seu conhecimento sobre o assunto, o despachante aduaneiro é quem ajuda as empresas a
formularem a declaração aduaneira de importação ou exportação, definindo qual é a destinação
correta das mercadorias e qual regime tributário é o mais adequado para tal operação — evitando
que sejam pagos impostos em excesso.

Contudo, com mercados cada vez mais dinâmicos e exigentes, sua função deixa de ser somente a de
ajudar no desembaraço das cargas. Para realizar bem essa atividade, é necessário também conhecer
os processos dos seus clientes, principalmente no que diz respeito às questões de armazenamento e
entrega dos produtos.

Além disso, ele também acaba por exercer uma função de consultor, aconselhando sobre:

 a melhor forma de armazenamento;


 as embalagens necessárias;
 os procedimentos adequados, entre outras coisas.
Tudo isso aliado aos conhecimentos referentes à legislação e a atualização sobre novas práticas de
mercado.

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