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Abandono Afetivo

Nome de todos os acadêmicos

Ana Paula Lisboa de Oliveira RGM 21987190


Nathan Ferrer Penachioni RGM 23079029
Vitor Galhardo de Oliveira RGM 23193212
Victor Lossasso Secco RGM 23082101
Giovanna Velasco Fanti RGM 23405121

Introdução

Este trabalho tem o intuito de realizar uma análise da relação entre pais e filhos,
bem como as possíveis consequências que o abandono afetivo, de um ou até
mesmo dos dois genitores podem trazer para a vida da criança e seu
desenvolvimento adulto, este trabalho também possuí o interesse de abordar a
responsabilidade civil, e as mudanças trazidas para o direito de família na
Constituição Federal de 1988.
Assim, ao longo do texto o trabalho discorremos acerca da importância da família
e das relações familiares, bem como decisões dos Tribunais de Justiça, que
demostra qual o entendimento e a necessidade de danos morais pelo abandono
afetivo e com o intuito de buscar quais as perspectivas da nossa legislação para
o tema em tela.

Princípio da dignidade da pessoa humana.


A luz dos artigos 1°, inciso III e 226 § 7, da nossa constituição Federal, ensina
que deve ser garantido a dignidade humanidade e a paternidade responsável.
O artigo 227, transcrito in verbis:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de
2010).
Nota- se que o artigo supra transcrito, garante que o menor deve ter
prioridade a educação, vida entre outros, deixando cristalino que o abandono
seria uma forma de negligenciar sua prole.
Ao analisarmos um trecho da nobre doutrinadora, Beatriz Helena Braganholo aprendemos que
o direito Constitucional, possuí um papel de suma importância ao regular as relações humanas,
antes mesmo do Direito de Família, os interesses individuais são equivalentes as necessidades
fundamenteis do homem, por este motivo possuí o dever de propiciar meios para que sua prole
viva, e corresponda a necessidade fundamental do homem.

“O Direito Constitucional é, mais do que nunca, responsável por regular as relações


humanas, antes ditas meramente privadas e enquadradas como reguladas pelo
Direito Civil. Seus interesses individuais são correspondentes a necessidades
fundamentais do homem, tendo o dever de propiciar meios que levem a viver e
relacionar de uma forma mais solidária, com respeito pelo outro.”

Já sobre a família é composta por pessoas e todas merecem atenção em nosso


ordenamento jurídico, conforme os nobres ensinamentos de Eduardo Silva:

O Direito de Família tem a sua estrutura de base no princípio absoluto da dignidade


humana e deste modo promove a sua ligação com todas as outras normas ainda
em vigorosa conexão com o direito familista, pois configurando um único sistema e
um único propósito, que está em assegurar a comunhão plena de vida, e não só dos
cônjuges, dos unidos estavelmente, mas de cada integrante da sociedade familiar.

PRINCIPIO DA AFETIVIDADE

Nesse tópico nossa doutrina entende que existe uma possibilidade de reduzir a
hierarquia familiar existente, não estando diretamente ligada a união familiar a
hierarquia e sim ao AFETO, segundo o nobre doutrinador, vejamos:

O afeto é a mola propulsora dos laços familiares e das relações interpessoais


movidas pelo sentimento e pelo amor, para ao fim e ao cabo dar sentido e dignidade
à existência humana. A afetividade deve estar presente nos vínculos de filiação e de
parentesco, variando tão somente na sua intensidade e nas especificidades do caso
concreto. Necessariamente os vínculos consanguíneos não se sobrepõem aos liames
afetivos, podendo até ser afirmada, em muitos casos, a prevalência destes sobre
aqueles. O afeto decorre da liberdade que todo indivíduo deve ter de afeiçoar-se um
ao outro.

O doutrinador continua seus ensinamentos nesse sentido:

A sobrevivência humana também depende e muito da interação do afeto, é valor


supremo, necessidade ingente, bastando atentar para as demandas que estão
surgindo para apurar responsabilidade civil pela ausência do afeto.

Neste mesmo sentido Giselle Câmara Groening ensina nobremente que o amor é
uma condição pra entender o outro e a si, desta forma desenvolvendo uma
personalidade um tanto quanto saudável.

Por fim, a luz do artigo 1.596 do Código Civil ensina que a afetividade é fundamental
para união familiar, tanto assim o é que prevê a maternidade e paternidade
socioafetiva e vínculos adotivos.
Outrossim, a Ministra Nanci, em um acordão ataca uma tese que reitera os
ensinamentos da Doutrinadora Gisely, a ministra aborda em sua tese que "amar é
uma faculdade, cuidar é um dever" (STJ- Min. Nancy Andrighi - noticiário de
13/05/2012).

Desta forma, torna-se cada vez mais complexo e valido o debate sobre o abandono
afetivo.

Até que ponto é obrigação? E até que ponto torna-se negligencia que é digna de
punição.

Bibliografia

Constituição (planalto.gov.br)

L10406compilada (planalto.gov.br)

BRAGANHOLO, Beatriz Helena. Artigo de revista: Novo desafio do direito de família


contemporâneo, 2005

BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 878.941/DF (2006/0086284-0), Min.


Nancy Andrighi, julgamento em 21.08, 2007.

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