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NOME: Vanessa Aparecida de Almeida RA: 109703

PARA QUE SERVE O DIREITO PENAL?

O direito penal é um sistema de normas jurídicas que regulam o


poder de punir do estado, estabelecendo por busca o crime como fato e uma pena como
consequência.

As premissas para a existência desse poder seriam a existência


de um fato definido como um crime, que é atribuída uma consequência, e que tal
consequência jurídica seja um direito subjetivo do bem comum, representado pelo
Estado, ou seja, a partir do momento que um indivíduo cometa determinado fato, e este
fato esteja previamente definido como crime, surge para o Estado o seu direito
subjetivo, o ius puniendi, efetivamente aplicando essa sanção prevista.

Dessa forma, o direito penal possui a função, que de por meio


de uma sanção criminal, previne a reiteração de condutas criminosas por meio social e
tem como objetivo de proteger a comunidade das transgressões que eventualmente
lesionam bens jurídicos essenciais ás manutenção da vida em harmônio.

OS PRINCIPIOS DA IGUALDADE

Os princípios da igualdade dentro do direito penal fazem com


que seja possível em determinadas situações um tratamento desigual entre os
indivíduos embora praticado um fato semelhante, considerando a desigualdade.

Dessa forma, a relação justiça penal, pode-se observar que estes


princípios é um dos menos observado, no que diz respeito à aplicação da lei penal, sendo
muitas das vezes violado. É nítido que a aplicação da lei penal, principalmente no brasil,
é dirigida a um público alvo, aos pobres e miseráveis.

A seletividade do Direito Penal, é um sinal evidente de que o


princípio da igualdade não está sendo observado em muitos países. A todo instante, este
princípio é quebrado, violado e consequentemente gera na sociedade um sentimento
de revolta e impunidade.
Portanto, a violação desse princípio ofende não somente a
constituição, e sim a essência do próprio ser humano. Estas desigualdades devido a
dominação de classe social, ou até mesmo racial sobre outra faz com que o Direito Penal,
muitas vezes se torne um sistema seletivo com base no poder econômico e
consequentemente refletindo na aplicação da pena.

Assim, o princípio da igualdade deverá ser aplicado de forma que


se alcance a sua plenitude, a ideia de igualdade não só perante a lei, mas a todo o Direito
e perante a justiça. Destacando, a necessidade de observância do Direito Penal à luz
deste princípio e de um Estado Democrático de Direito. Somente assim, poderá atingir
uma real e efetiva igualdade e a verdadeira justiça.

O PRINCIPIO DA FRATERNIDADE

Já o princípio da fraternidade é reconhecido no meio social


como algo social e religioso, mas não como categoria jurídica, porém, já está inserido na
Constituição Federal de 1988, ao lado de outros princípios revolucionários, como a
igualdade e a liberdade sendo seu ponto de equilíbrio.

A sociedade possui uma visão pobre do que é o Princípio da


Fraternidade, reconhecendo apenas como ideal filosófico, religioso, social, mas nunca é
lembrado como categoria jurídica estando inserida de forma explícita e implícita

Esta dificuldade da sociedade em analisar o Princípio da


Fraternidade sob uma perspectiva jurídica está em sua essência por entender que seria
apenas os valores naturais da pessoa humana que foi amplamente difundida pela
Doutrina Religiosa possuindo apenas o sentido de bondade e compaixão ao próximo
sendo que isto é uma obrigação com todos para conviver em harmonia, sendo
desnecessária sua positivação.

O Princípio da Fraternidade e Direito não se excluem, pelo


contrário, se completam com objetivo de reconhecer a igualdade entre todos os seres
humanos objetivando a igualdade com dignidade de forma dinâmica com possibilidade
da pessoa entender sua própria realização em comunidade, sua participação no meio
social harmonizando o relacionamento entre todos.

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANO

O princípio da Dignidade da pessoa Humana é assegurado a


todo ser humano, apenas pelo fato de sua existência, ou seja, tão-somente ter vida o
Humana é dotado de direitos que devem ser preservados, a dignidade constitui um valor
universal, sem observar as diferenças físicas, psicológicas, intelectuais e até mesmo as
condutas de cada um, sendo estas, erradas ou certas.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 surgiu numa


conjuntura pós ditadura e de abertura política em que se buscava a realização e a defesa
de direitos fundamentais em toda sua extensão. Com ela surge então o Estado
Democrático de Direito, que visa a garantia dos direitos sociais e individuais, bem como
o desenvolvimento, a igualdade, o bem-estar e a justiça social.

No processo penal brasileiro, onde vigora o superado dogma da


busca da verdade real, de origem totalitária, a pessoa humana é transformada em um
verdadeiro objeto do processo, com prisões preventivas que visam muito mais uma
antecipação de pena do que a segurança do Juízo, sob as estritas condições do artigo
312 do Código de Processo Penal.

A dignidade da pessoa humana, valor básico embasador de


todos os outros direitos humanos, vem sendo incessantemente violada em prol de uma
tão sonhada segurança e da pela busca verdade real na esfera do processo penal. Dentro
dessa linha de raciocínio, imprescindível se faz reconhecer que os direitos existenciais
componentes da dignidade humana, pertencem aos indivíduos na mesma proporção.
Assim sendo, não há que se falar em mais ou menos dignidade, ou seja, um homem não
perde a sua dignidade, por pior que seja a sua conduta.
REFERENCIAS

http://re.granbery.edu.br/artigos/MzU1.pdf

http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7
039

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=110842

http://diegobayer.jusbrasil.com.br/artigos/121943155/principios-fundamentais-do-direito-
processual-penal-parte-01
Reflexão sobre o vídeo Você conhece o significado das palavras Sawabona
e Shikoba?

O vídeo ele passa a mensagem de que a tribo acredita que cada


um de nós vem ao mundo para o bem e deseja segurança, amor, paz e felicidade a
todos. E que durante a nossa busca pelo nosso lugar no mundo, ao longo de nossas
vidas, podemos cometer erros.

Eles acreditam que o desejo das pessoas de sentir que são


especiais e os bons seres às vezes os leva a falhar. Então, eles se reúnem para corrigir e
se reconectar com sua verdadeira natureza, lembrando quem elas são realmente, para
que possam retomar a sua vida.

Quando isso acontece, todos repetem a palavra “Sawabona”,


que significa “Eu respeito você, valorizo você, e você é importante para mim” e essa
pessoa responde “Shikoba”, que significa “então eu sou bom e existo para você”. Este
ato de reconhecimento reconstrói o interior danificado da pessoa que cometeu o erro,
deixando-a saber que são amados e valorizados.

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