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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE


GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

FRANCISCO MACEDO DA ROCHA NETO


FULANO DA SILVA
CICRANO DE SOUZA
BELTRANO DE MELO

Operação de frenectomia lingual em paciente adulto: um relato de caso

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de graduação em
Odontologia, do Centro Universitário
Estácio do Recife, como requisito parcial
para obtenção do título cirurgião-dentista.
Orientador: XUXA MENEGHUEL

RECIFE
2024
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RESUMO

1 INTRODUÇÃO
A frenectomia lingual é um procedimento cirúrgico realizado para remover ou
modificar o freio lingual, uma pequena dobra de tecido que conecta a parte inferior
da língua ao assoalho da boca (CAHÚ et al, 2024). Este estudo de caso aborda a
frenectomia lingual realizada em um homem adulto como solução para o freio lingual
curto, um problema que pode afetar significativamente a função oral e a qualidade
de vida. O freio lingual, uma dobra de tecido que conecta a parte inferior da língua
ao assoalho da boca, quando apresenta características anormais, como ser curto,
espesso ou mal posicionado, pode restringir a movimentação da língua, causando
dificuldades na fala, mastigação e deglutição.
O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da frenectomia lingual com foco
na melhora da mobilidade da língua, na fala e na função de deglutição.
Será realizada uma metodologia em duas etapas: uma revisão integrativa e
um estudo de caso. Na revisão, serão selecionadas produções científicas dos
portais LILACS, SciELO, MEDLINE e periódicos da CAPES sobre "frenectomia
lingual" em "pacientes adultos". Até 5 artigos relevantes serão escolhidos seguindo
critérios de relevância, publicação recente e correspondência com as palavras-
chave. Será elaborado um quadro sinótico para sintetizar os dados coletados. No
estudo de caso, será descrita a condição do paciente adulto selecionado, seu
histórico médico e odontológico, e a importância da frenectomia lingual. Será
detalhada a técnica cirúrgica, incluindo anestesia, local da incisão e cuidados pós-
operatórios. A avaliação clínica e funcional será realizada em intervalos específicos,
com medidas objetivas para avaliar a melhora da mobilidade da língua, fala e
deglutição. Por fim, será discutida a eficácia da frenectomia lingual em pacientes
adultos. Para isso, será realizado um relato de caso prospectivo, documentando
desde a avaliação inicial até os resultados pós-operatórios.
A justificativa para este estudo reside na importância da frenectomia lingual
na correção de problemas relacionados ao freio lingual em pacientes adultos, tais
como restrições na movimentação da língua, dificuldades na fala, mastigação e
deglutição. Apesar da eficácia desse procedimento cirúrgico, o acesso a ele muitas
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vezes é limitado devido a diversos fatores, incluindo a falta de estrutura adequada


nas unidades de saúde, a falta de informação que preocupa os pais e a falta de
habilidade por parte dos profissionais de saúde. Portanto, é fundamental investigar e
avaliar a eficácia da frenectomia lingual em pacientes adultos, a fim de evidenciar
sua importância clínica e promover um acesso mais democrático a essa intervenção
cirúrgica.

METODOLOGIA
A metodologia utilizada será feita em duas etapas: a) primeiramente será
realizada uma revisão integrativa e; b) em seguida será realizado a exposição de um
estudo de caso.
Para a revisão integrativa, as produções científicas selecionadas serão dos
portais Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Internacional em Ciências da
Saúde (MEDLINE) e periódicos da CAPES. Por meio de busca dos artigos mais
relevantes do tema, com dados quantitativos e qualitativos sobre relação entre
“frenectomia lingual” e “pacientes adultos”, e palavras-chave correlatas. Serão
selecionados até 5 artigos, dos mais relevantes, para se fazer a revisão temática,
seguindo os princípios de Marcela Tavares de Souza et al (2010). Os critérios de
seleção dos artigos serão 1) artigos publicados nos últimos 10 anos; 2) que tivessem
relevância no tema; e por fim 3) os que possuíssem as palavras-chave
correspondente ao tema e termos correlatos. Por fim, foi um quadro sinótico anexo
com vistas na melhor exposição dos dados coletados na revisão temática,
sintetizando categorias e pontos-chave do tema debatido.
A metodologia utilizada no estudo de caso será a descrição das
características do paciente adulto selecionado para o estudo, incluindo idade, sexo,
histórico médico e odontológico relevante. Além disso, mais especificamente, será
abordado o problema clínico do freio lingual no paciente, assim como importância da
frenectomia lingual para melhorar a função oral e a qualidade de vida do paciente.
Em seguida, será detalhado a técnica cirúrgica utilizada para a frenectomia
lingual no paciente. Será incluído informações sobre a anestesia utilizada, o local da
incisão, a técnica de excisão do freio lingual e os cuidados pós-operatórios.
Após o detalhamento da técnica cirúrgica, partiremos para a avaliação clínica
e funcional da língua após a frenectomia, em intervalos de tempo determinados (por
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exemplo, 1 semana, 1 mês, 3 meses pós-operatório) será relatado. Será utilizado


medidas objetivas para avaliar a melhora da mobilidade da língua, a fala e a função
de deglutição. Com os resultados apresentados, será feito, por fim, uma discussão
sobre o procedimento do pré ao o pós-operatório, apresentando a eficácia da
frenectomia lingual em pacientes adultos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Revisão Integrativa
De acordo com James Hupp (2015), A frenectomia lingual é um procedimento
cirúrgico que visa corrigir uma inserção anormal do freio lingual, geralmente consiste
em mucosa, tecido conjuntivo fibroso denso e, ocasionalmente, fibras superiores do
músculo genioglosso. Essa inserção conecta a ponta da língua à superfície posterior
do rebordo alveolar mandibular. Mesmo quando não há necessidade de prótese,
essa inserção pode afetar a fala. É o que popularmente chama-se língua presa.
A frenectomia lingual é considerado um procedimento cirúrgico relativamente
simples para corrigir a inserção anormal do freio lingual. Primeiro, é realizada a
anestesia bilateral do nervo lingual e uma infiltração na área anterior para garantir
que o paciente não sinta dor durante o procedimento. Em seguida, a ponta da língua
é controlada, geralmente puxando-a com uma sutura, para facilitar a visualização e
acesso ao freio.
A liberação cirúrgica do freio lingual envolve uma incisão transversal na base
da língua, seguida por um fechamento linear, liberando completamente a porção
anterior da língua. Durante o procedimento, uma pinça hemostática é colocada na
base do freio lingual por cerca de três minutos para reduzir o sangramento. Após a
remoção da pinça, uma incisão é feita na área pinçada e as bordas laterais da ferida
são dissecadas e fechadas paralelamente à linha média da língua.
Vale o adendo que, embora o autor recomende que para essa cirurgia basta a
anestesia bilateral do nervo lingual e anestesia infiltrativa local, alguns profissionais
preferem na técnica anestésica utilizar bloqueio dos nervos alveolares inferiores,
direito e esquerdo junto ao nervo lingual, bilateral
Por fim, é importante ter cuidado para evitar danos aos vasos sanguíneos da
base da língua, ao assoalho da boca e às aberturas dos ductos das glândulas
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submandibulares, pois o traumatismo a essas estruturas pode resultar em


sangramento pós-operatório e obstrução do fluxo salivar.
O artigo "Aspectos anatômicos e funcionais da língua após frenectomia em
gemelares: relato de casos clínicos" relata dois casos clínicos de gêmeas de 10
anos de idade, do sexo feminino, que passaram por frenectomia lingual. O estudo
visa avaliar os aspectos anatômicos e funcionais da língua antes e 15 dias após o
procedimento cirúrgico.
Os casos foram avaliados por odontopediatras e fonoaudiólogos, utilizando o
Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua. Os resultados mostraram melhora no
desempenho anatômico e funcional da língua após a cirurgia em ambas as
pacientes. No entanto, uma das pacientes ainda apresentava algumas alterações,
especialmente ao elevar a língua, mesmo após 15 dias da cirurgia. Em relação à
fala, apenas a paciente com mais alterações fonéticas anteriores permaneceu com
algumas alterações após o período pós-operatório.
A discussão enfatiza que algumas dificuldades de mobilidade da língua e
alterações na fala podem persistir após a frenectomia, sugerindo a necessidade de
intervenção fonoaudiológica específica. Conclui-se que ambos os casos
demonstraram melhora no desempenho anatômico e funcional da língua após a
cirurgia.
Esses resultados destacam a importância da abordagem multidisciplinar no
tratamento de distúrbios relacionados ao frênulo lingual, com colaboração entre
odontopediatras e fonoaudiólogos para alcançar melhores resultados funcionais e de
qualidade de vida para os pacientes.
Um estudo realizado com uma quantidade maior de pessoas corrobora com
estas conclusões, como no caso do artigo "Eficácia da frenectomia na melhora da
mobilidade e funções da língua: relato de casos clínicos" é descrito minuciosamente
a avaliação de 53 sujeitos que nunca haviam passado por fonoterapia ou cirurgia do
frênulo. Foi utilizado um protocolo específico para avaliar o frênulo lingual,
identificando dez sujeitos com evidências de alteração, os quais foram
encaminhados para a cirurgia de frenectomia.
Após a realização da frenectomia, os sujeitos foram novamente avaliados
pelo mesmo protocolo para verificar as mudanças ocorridas na mobilidade e funções
da língua. Os resultados mostraram que, após 30 dias da cirurgia, houve
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modificação na forma da ponta da língua, bem como melhora nos movimentos,


fechamento labial e na fala.
Esses achados fornecem evidências significativas sobre os benefícios da
frenectomia na melhoria da mobilidade e funções da língua, especialmente em
pacientes com alterações no frênulo lingual. O estudo destaca a eficácia desse
procedimento cirúrgico na correção de distúrbios linguais e ressalta a importância de
abordagens terapêuticas específicas para melhorar a qualidade de vida dos
pacientes.
Entretanto, infelizmente, nem todos tem acesso a este procedimento simples, não
democratizando o acesso à saúde bucal. É o que aponta o estudo de Virgínia
Queiroz et al (2022), ao estudar a percepção dos cirurgiões-dentistas da atenção
primária em saúde quanto à indicação dos mantenedores de espaço. Os autores
deste estudo avaliam 27 profissionais de saúde bucal no Sertão pernambucano, ao
realizar o teste da linguinha. O primeiro índice de desigualdade identificada é o fato
de apenas 37% dos pacientes serem da área rural numa região predominantemente
de área rural, no qual a principal atividade econômica primária é a agricultura. Outro
fator que chama atenção é que 63% são endodontista, com áreas mais focadas na
estética em detrimento da saúde e atenção básica.
Foram questionados aos profissionais se eles realizam cirurgias de
frenectomia, e 70,4% responderam que não. Quando há a necessidade, é
encaminhado para o Centro de Especialidades Odontológica (CEO) da região. No
entanto, muitos dentistas evitam fazer frenectomias linguais por falta de estrutura
adequada nos postos de saúde, preocupações dos pais e falta de habilidade para o
procedimento. Isso mostra que o acesso à cirurgia de frenectomia lingual ainda não
é democrático, já que muitos pacientes não conseguem se beneficiar dela devido às
condições precárias nos locais de atendimento.

Estudo de caso
O paciente em questão é um homem adulto de 00 anos de idade, que
apresentava os sintomas TAIS e TAIS; sua queixa era ESSA; após a análise clínica
X e o exame Y foi identificado que ele continha um quadro de anquiloglossia
(especificidade do quadro, se grave, simples, se especial, se congênita, enfim...). Foi
lhe recomendado o tratamento X e Y e a cirugia de frenectomia.
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Etapas do procedimento cirúrgico


Primeiramente foi administrado a A) anestesia, manipulando Mepivocaina ad
a 2%. B) – Em seguida, foi realizada a estabilização da língua

C) Foi aplicado a promoção da hemostasia, pressionado por meio de pinças


hemostáticas, por dois a três minutos.
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D) Em seguida, utilizando bisturi e lamina de numero 15, é realizado o corte firme


para, retirada de primeira camada, composta por partes fibromucosas;

E) Após a retirada dessa primeira camada, há a exposição no musculo genioglosso,


qual deve-se analisar a necessidade de maior relaxamento de mesmo. Na
especificidade do caso comentado, o paciente tinha a sua limitação presente apenas
na camada fibromucosa, não tendo necessidade de liberação do musculo
genioglosso.
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F) Após a análise, é solicitado ao paciente que relaxe a língua para verificar a


mobilidade demonstrando maior elasticidade após a retirada do tecido fibroso.

G) Para a realização da sutura, pode ser necessário divulsionar a primeira camada


de tecido, aumentando a elasticidade do mesmo e promovendo uma sutura mais
segura e eficaz, a divulsão é feita com uma tesoura curva, tipo mayo com ponta sem
corte.
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H) Utilizando fio de sutura de nylon, 0.4 ou 0.6, com pontos não contínuos.
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Cuidados pós-operatórios

CONCLUSÕES
(A DESENVOLVER)

REFERÊNCIAS
CAHÚ, A. K. M et al. Frenotomy in a newborn: Clinical case report. Research,
Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 3, p. e6813344318, 2024. DOI:
10.33448/rsd-v13i3.44318. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44318. Acesso em: 27 mar. 2024.

HUPP, James et al. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2015, 692 p.

RINALDI, Gabriela. Aspectos anatômicos e funcionais da língua após


frenectomia em gemelares: relato de casos clínicos. Rev. Fac. Odontol. Porto
Alegre (Online); 62(2): 17-26, dez. 2021. Disponível em:
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https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1451790 Acesso em:


30/03/2024

SOUZA, Marcela Tavares et al. Revisão integrativa: o que é e como fazer.


Einstein,
8 (1 Pt 1): p. 102-6. 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_abstract&pid=S1679-
45082010000100102&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 23/03/2023

QUEIROZ, Virginia et al. A percepção dos cirurgiões-dentistas da atenção


primária em saúde quanto à indicação dos mantenedores de espaço.
Rev.Multi.Sert. v.04, n.1, p. 66-72, Jan-Mar, 2022. Disponível em:
https://www.revistamultisertao.com.br/index.php/revista/article/view/396/251 Acesso
em: 23/03/2024

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