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unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

CÂMPUS DE JABOTICABAL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
Disciplina Diversidade Sexual e de Gênero no Cotidiano Escolar – 2023 75 horas/aula por semana
Profa Dra Rosemary Rodrigues de Oliveira.
Plano de Ensino
Objetivos da disciplina: que os alunos sejam capazes de:
a) refletir acerca das pluralidades das identidades de gênero, de existências e manifestações da diversidade humana, visando romper com processos de patologização de
identidade que não se alinham ao binarismo de gênero;
b) problematizar os processos de reprodução, no cotidiano escolar, de modelos e crenças estruturados sobre o gênero, bem como os processos discriminatórios daí
decorrentes;
c) analisar os processos de exclusão social enfrentados por aqueles que não atendem aos padrões de gênero hegemonicamente estabelecidos;
d) refletir acerca do papel da escola para a ruptura desses processos de discriminação e exclusão.
Cronograma:
Data Encontro Conteúdo

14/03 1 “Jogo: Em Seu Lugar”


Apresentação e discussão em conjunto do cronograma da disciplina e dos critérios iniciais de avaliação.

21/03 2 SILVA, Aniely. O que aprendi (e o que não aprendi) na escola. In: CÁSSIO, Fernando (Org). Educação contra a barbárie: por escolas
democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019. p.172-176.
Conceitos e noções preliminares sobre Diversidade Sexual e de Gênero.
SENKEVICS, Adriano, Souza; POLIDORO, Juliano Zequini. Corpo, gênero e ciência: na interface entre biologia e sociedade. Revista Biologia.
v. 9, n. 1, p. 16-21, 2012.

28/03 3 Exercício – Atividade extra-classe Trabalho sobre masculinidades tóxicas (atividade individual)

04/04 4 O Contexto Histórico Mundial dos Direitos da População LGBTQIA+ VECCHIATTI, Paulo Roberto Iotti. Manual da Homoafetividade, Da
possibilidade jurídica do casamento civil, da união estável e da adoção por casais homoafetivos. 3. ed. Spessotto, 2019.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber:
eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: Clacso, 2005a. p. 107-30.
Profa.

08/04 5 Corpo e gênero na escola


SEFFNER, Fernando. Um bocado de sexo, pouco giz, quase nada de apagador e muitas provas: cenas escolares envolvendo questões de gênero e
sexualidade. Revista de Estudos Feministas, v. 19, n.2, p. 561-572. 2011.

18/04 6 Prazo final para entrega do Trabalho sobre Masculinidades Tóxicas


Jogo – Valores em Jogo

25/04 7 Ideologia de Gênero


Cartilha contra ideologia de gênero. Disponível em:
https://portalconservador.com/wp-content/uploads/2015/06/CARTILHA-
ContraIdeologiaDeGenero-2015.pdf
OLIVEIRA, Érika Cecília Soares; LIBARDI; Suzana Santos; LIMA, Aline Dias dos Santos. Do planalto ao sertão: infância e gênero nas pautas
conservadoras. In: BRANCALEONI, Ana Paula Leivar; OLIVEIRA, Rosemary Rodrigues de; D'ÁGUA, Solange Vera Nunes de Lima (Orgs.)
Sujeitos e temas no campo do ensino: diversidades, linguagens e tecnologias. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2021. p. 118-138.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A invenção da "ideologia de gênero": a emergência de um cenário político-discursivo e a elaboração de uma
retórica reacionária antigênero. Rev. psicol. polít., São Paulo, v. 18, n. 43, p. 449-502, dez. 2018.

Manual de defesa contra a censura nas escolas. Disponível em:


https://www.manualdedefesadasescolas.org.br/
02/05 8 Orientação Grupo 1

09/05 9 Colóquio sobre Educação da Biologia-XIX CEBIO

16/05 10 Orientação Grupo 2

23/05 11 Orientação Grupo 3

30/05 12 Orientação Grupo 4

Participe da campanha “faça a professora Rose feliz”. Não envie seu texto aos fins de semana, madrugadas e feriados, ou ainda na véspera da data final de entrega, esperando que eu o leia!

06/06 13 Apresentação de Trabalho – Grupo 1

03/06 14 Apresentação de Trabalho – Grupo 2

20/06 15 Apresentação de Trabalho – Grupo 3

27/06 16 Apresentação de Trabalho – Grupo 4

04/07 Entrega do Catálogo de materiais paradidáticos sobre diversidade sexual e de gênero produzido pelos alunos da disciplina Diversidade Sexual e
de Gênero no Cotidiano Escolar – JABOTICABAL – 2022

Jaboticabal, 14 de março de 2023


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Profa. Dra. Rosemary Rodrigues de Oliveira
Avaliação: A avaliação é somativa e será resultante de avaliações individuais e em grupo, com igual peso.
O trabalho individual se constitui em roteiro de estudo dirigido sobre o tema “Masculinidades Tóxicas”. A esse trabalho será atribuída uma nota de 0 a 10.
Trabalho Masculinidades Tóxicas:
Assista os materiais audiovisuais abaixo listados e disserte sobre os temas propostos nas questões de 1 até 11:
(a) “Mulher gosta de Macho” ( https://www.youtube.com/watch?v=KTQLY2kSZZU&t=81s ) do programa “Mude a
Minha Ideia” do canal GNT;
(b) “Chá dos 5 - MASCULINIDADE TÓXICA feat. Rita Von Hunty” ( https://www.youtube.com/watch?v=9y1ibpUX-
uQ&t=390s) ;
(c) “O silêncio dos homens” (https://www.youtube.com/watch?v=NRom49UVXCE&t=926s );
(d) “A máscara que você vive” disponível no Facebook https://www.facebook.com/watch/?v=671188586899318
(e) “Masculinidade tóxica, violência doméstica e machismo” (https://www.youtube.com/watch?v=uiFjHFeqsM0)
1) No episódio “Mulher gosta de Macho”, Oscar Maroni reproduz uma série de estereótipos de gênero ao defender seu ponto de vista, principalmente quando conversa com
a moça mais jovem. Ele ‘explica como as mulheres pensam’ para a própria garota. Por que isso ocorre? Por que os homens tendem a acreditar que sabem mais que as
mulheres e a palestrar para elas?
2) Terry Crews é um dos homens que dá depoimentos no vídeo “Masculinidade tóxica, violência doméstica e machismo”. Recentemente ele disse que a “masculinidade
pode ser um culto” e que em relação a masculinidade tóxica “Os homens precisam ser desprogramados”. O que ele quis dizer com essas duas afirmações?
3) Cite sete exemplos de masculinidade tóxica que você consegue reconhecer no seu dia a dia.
4) Disserte sobre convenções sociais e situações cotidianas nas quais a ideia do masculino acaba sendo nociva para toda a sociedade.
5) Fale sobre a relação entre os impactos da masculinidade tóxica e saúde emocional dos homens.
6) Elabore um argumento que relacione a masculinidade tóxica e a expectativa de vida dos homens.
7) Estabeleça relação entre machismo, feminicídio e masculinidade tóxica.
8) Explique como a pornografia influencia na construção da sexualidade masculina.
9) Qual dos cinco vídeos você apreciou mais? Por quê?
10) Algum dos vídeos trouxe conhecimentos novos para você? Qual(is)?
11) Leia os textos: https://razoesparaacreditar.com/combatendo-masculinidade-toxica/ e http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/por-
que-levar-o-debate-sobre-masculinidade-toxica-para-as-escolas/ e responda: Qual o papel da escola na desconstrução de masculinidades tóxicas? Você
se sente preparado para atuar na escola dessa forma? Por quê?
12) Indique abaixo a lista de bibliografias que você utilizou para te auxiliar nas reflexões por você apresentadas.
O trabalho em grupo se constitui na confecção de um catálogo de materiais paradidáticos sobre diversidade sexual e de gênero. Para compor tal catálogo as temáticas, por
grupo são:
Grupo 1: Jogos e Aplicativos
Grupo 2: Podcasts variados
Grupo 3: Vídeos de Youtubers variados
Grupo 4: Livros infantis/livros infanto juvenis.
Associado ao catálogo é necessário que o grupo elabore uma síntese teórica que destaque: (a) a importância de se trabalhar conhecimentos relacionados à diversidade
sexual e de gênero em espaços educativos (espaços educativos se referem a quaisquer espaços formais ou não formais de ensino); (b) a importância dos recursos educativos
elencados por cada grupo para o trabalho com essa temática.
Os conceitos relacionados à sexualidade e gênero utilizados para recorte do trabalho dos grupos devem ser explicitados tendo por base fonte de referência confiável. A essa
síntese teórica será atribuída uma nota de 0 a 10.
É importante demonstrar que houve, por parte do grupo, uma busca de compreender como o recurso pode auxiliar nos processos de ensino de sexualidade e gênero.
A síntese teórica pode ter entre 6 e 12 páginas.
Todos os recursos devem conter: temáticas/objetivos e/ou conceitos que podem ser abordados; sugestão de nível de ensino; sugestão de utilização em classe; cuidados
necessários para utilização didática. (ver exemplo dos trabalhos de grupos de anos anteriores)
O grupo deve escolher um dos recursos apresentados no catálogo e elaborar uma proposta de ensino que o utilize.

Participe da campanha “faça a professora Rose feliz”. Não envie seu texto aos fins de semana, madrugadas e feriados, ou ainda na véspera da data final de entrega, esperando que eu o leia!

Os trabalhos em grupos serão apresentados para a turma.
A apresentação comporá a nota do trabalho em grupo.

Bibliografia da Disciplina –
Vídeos:
A Máscara em que você vive https://www.facebook.com/watch/?v=671188586899318
As aventuras de FlapJack “Falta alguma coisa” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_kkM9NcYkwk
A Área Cinza – documentário sobre Assexualidade Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s9tG4CPDCCw
Canal Minutos Psíquicos: Assexualidade Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Kp-_acBE0ms
Canal falando Nisso | Christian Dunker | Assexualidade e demissexualidade são patologias? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6NiP6pHp9A4
Canal Tempero Drag - Masculinidade Tóxica Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E-q0OTiNKcQ
Canal Tempero Drag - Gênero e Natureza Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vK3koIjeWoc
Canal Tempero Drag - A Mulher na Cultura Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eckNexb8fU4
Canal Tempero Drag - LGBTQIA+ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EREoc40JBr8
Canal Tempero Drag - Pensamento Binário Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PX4Ee8BFZXA
Judith Butler e a Teoria Queer Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TyIAeedhKgc
O que é o Queer? com Richard Miskolsci Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ar19rH0H6lM (a fala do Richard inicia aos 10:49 minutos do vídeo)
O silêncio dos homens Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NRom49UVXCE
Se essa escola fosse minha https://www.youtube.com/watch?v=NHJMDuhruz8
Textos:
BENTO, Berenice. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 2, Aug. 2011.
BEZERRA, Paulo Vitor. Avesso do excesso: a assexualidade. Faculdade de Ciências e Letras de Assis (tese de Doutorado). 2015.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
DIAS, Diego Madi. Brincar de gênero, uma conversa com Berenice Bento. Cadernos Pagu, n. 43, p. 475-497, 2014.
Cartilha contra ideologia de gênero. Disponível em:
https://portalconservador.com/wp-content/uploads/2015/06/CARTILHA-
ContraIdeologiaDeGenero-2015.pdf
GOMES, Camilla Magalhães. Gênero como categoria de análise decolonial. Civitas. v.18, n. 1, p. 65-82, 2018.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: SILVA, L. A. et al. Movimentos sociais urbanos, minorias e outros estudos. Ciências Sociais Hoje,
Brasília, ANPOCS n. 2, p. 223-244, 1983.
HENNING, Carlos Eduardo. Gênero, sexo e as negações do biologicismo. Revista Ártemis. v. 8, p. 57-67.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A invenção da "ideologia de gênero": a emergência de um cenário político-discursivo e a elaboração de uma retórica reacionária antigênero.
Rev. psicol. polít., São Paulo, v. 18, n. 43, p. 449-502, dez. 2018.
LIONÇO, Tatiane; DINIZ, D. (orgs). Homofobia e educação: um desafio ao silêncio. Brasília: Letras Livres: Ed UnB, 2009.
LOURO, Guacira Lopes. O Corpo Educado: Pedagogias da Sexualidade. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
Manual de defesa contra a censura nas escolas. Disponível em: https://www.manualdedefesadasescolas.org.br/
OLIVEIRA, Elisabete Regina Baptista. “Minha vida de ameba”: os scripts sexo-normativos e a construção social das assexualidades na internet e na escola. Faculdade de
Educação. USP. Tese de Doutorado. 2015.
OLIVEIRA, Érika Cecília Soares; LIBARDI; Suzana Santos; LIMA, Aline Dias dos Santos. Do planalto ao sertão: infância e gênero nas pautas conservadoras. In:
BRANCALEONI, Ana Paula Leivar; OLIVEIRA, Rosemary Rodrigues de; D'ÁGUA, Solange Vera Nunes de Lima (Orgs.) Sujeitos e temas no campo do ensino:
diversidades, linguagens e tecnologias. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2021. p. 118-138.
OLIVEIRA, Rosemary Rodrigues de; ROCHA, Késia dos Anjos; OLIVEIRA, Érika Cecília Soares. “Contraescritas feministas: educação das meninas de pedra”. Revista
Estudos Feministas, Florianópolis, v. 30, n. 2, e77563, 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ref/a/5rqGZj8JNm86swjTKQLvhQw/?lang=pt
PRECIADO, B. Multidões queer: notas para uma política dos "anormais". Revista de Estudos Feministas, v. 19, n. 1, 2011, p. 11-20.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais
– perspectivas latino-americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: Clacso, 2005a. p. 107-30.
SCOTT, Joan. A invisibilidade da experiência. Projeto História 16, São Paulo, fevereiro de 1998, pp.297-325.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, 16(2), jul/ dez. 1990, p. 5-22.
SEFFNER, Fernando. Derivas da masculinidade: representação, identidade e diferença no âmbito da masculinidade bissexual. Paco Editorial, 2016.
SEFFNER, Fernando. Sigam-me os bons: apuros e aflições nos enfrentamentos ao regime da heteronormatividade no espaço escolar. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.
39, n. 1, p. 145-159, Mar. 2013.
SEFFNER, Fernando. Um bocado de sexo, pouco giz, quase nada de apagador e muitas provas: cenas escolares envolvendo questões de gênero e sexualidade . Revista de
Estudos Feministas, v. 19, n.2, p. 561-572. 2011.

Participe da campanha “faça a professora Rose feliz”. Não envie seu texto aos fins de semana, madrugadas e feriados, ou ainda na véspera da data final de entrega, esperando que eu o leia!

SENKEVICS, Adriano, Souza; POLIDORO, Juliano Zequini. Corpo, gênero e ciência: na interface entre biologia e sociedade. Revista Biologia. v. 9, n. 1, p. 16-21, 2012.
SILVA, Aniely. O que aprendi (e o que não aprendi) na escola In: CÁSSIO, Fernando (Org). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de
ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019. p.4-9.
SOUZA, Rolf Malungo. Falomaquia: homens negros e brancos e a luta pelo prestígio da masculinidade em uma sociedade do ocidente. Revista Antropolítica, n. 34, p. 35-
52, 2013.
VECCHIATTI, Paulo Roberto Iotti. Manual da Homoafetividade, Da possibilidade jurídica do casamento civil, da união estável e da adoção por casais
homoafetivos. 3. ed. Spessotto, 2019.

Participe da campanha “faça a professora Rose feliz”. Não envie seu texto aos fins de semana, madrugadas e feriados, ou ainda na véspera da data final de entrega, esperando que eu o leia!

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