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JOSI MEDA
MANUAL DAS CONSTELAÇÕES EMPRESARIAIS
Inspirado no material de: Jan Jacob Stam - Instituto Bert Hellinger
O trabalho sistêmico está expandindo em todas as direções sem perder força. Um desses
desenvolvimentos é o trabalho sistêmico com organizações, iniciado com uma constelação de
organização por Bert Hellinger em 1995 em Kuftein, Áustria.
Embora Bert Hellinger por si mesmo tenha apenas uma limitada experiência com o
trabalhoem organizações, seus profundos insights deram um impulso neste campo quando nós
observamos as organizações com um olhar fenomenológico.
Com uma visão no todo, com estima e respeito, tomando-as como elas são, sem nem
interesse e nem intenção, com humildade. E exatamente esta visão e atitude interna trazem
a verdade sobre a organização à luz, umaverdade oculta até então.
Subitamente uma nova imagem vem à luz sobre como a organização funciona e isto
pode dar um impulso nos corações daqueles a quem isto importa. Bert Hellinger tem
ganhado sua experiência com trabalho sistêmico principalmente em sistemas familiares e só
recentemente em sistemas maiores como povos e culturas. Até o momento os mecanismos
subjacentes que estão funcionando em sistemas familiares parecem funcionar também em
sistemas organizacionais. Mas em qualquer caso há duas importantes diferenças que tornam
necessário permitir ao trabalho sistêmico com organizações ter seu próprio
desenvolvimento.
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Assim esse treinamento toma lugar no momento que o desenvolvimento das dinâmicas
sistêmicas nas organizações está ainda em sua infância, com uma plenitude de descobertas
ante nós.
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Você verá: em algum momento durante ou após o treinamento você vai esquecer tudo o que
aprendeu sobre escalas musicais e então nós estaremos fazendo música.
Eu desejo a você um bom e inspirador treinamento.
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II Se, por alguma razão, uma ou mais dessas leis são desrespeitadas, certas dinâmicas
aparecem. A direção na qual tais dinâmicas atuam é pela restauração do equilíbrio,
buscando assegurar a sobrevivência do sistema. Além disso, o sistema tem também
uma noção histórica. Dinâmicas bem conhecidas:
ü "Carregar" algo por outros
ü Seguir alguém que foi excluído do sistema
ü Eu farei isso em seu lugar
ü Sentir-se superior
ü Proteger alguém para que ele não vá embora ("Segurar" alguém no sistema)
ü Preencher a tarefa de outros
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1. Preparação interna
2. Com quem eu estou trabalhando?
3. Fatos -- entrevista e organograma
4. Que parte do sistema será colocada?
5. Que tipo de constelação é apropriada?
6. O posicionamento pelo cliente
7. Imagem da constelação
8. Informação dos representantes
9. Intervenções passo a passo em direção à imagem de solução
10. Fechando a constelação
11. Orientações finais ao cliente e aos representantes
Preparação interna
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Há alguns critérios que determinam se esse é o momento certo para fazer uma
constelação com a questão do cliente.
1. Qual é o peso sistêmico que pode ser sentido quando o cliente está falando?
2. Que categoria de sentimentos prevalecem?
3. O cliente está centrado?
4. Há uma apresentação clara e poderosa da questão?
5. Há permissão da organização do sistema? É legitimo constelar?
Se o cliente não é capaz de colocar a constelação, alguma ajuda pode ser dada. De outro modo
interrompa (temporariamente) a colocação. Interromper tem algumas vezes um efeitomais
forte que colocar uma constelação fraca na qual o facilitador faz todo o trabalho no lugar do
cliente.
Aqui nós perguntamos ao cliente sobre que partes do sistema são importantes. E
focamos naquilo que é mais necessário e essencial. Sistemas organizacionais são
frequentemente complexos. E os limites não são sempre claros. Os clientes pertencem
ao sistema? É frequentemente importante manter um olho no contexto social da
organização.
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A conclusão desse passo é a decisão sobre que parte do sistema será configurada.
Baseada na apresentação da questão, a energia sistêmica observada durante a
entrevista e os fatos obtidos, algumas ideias preliminares das dinâmicas possíveis
podem ocorrer. E assim surge a decisão sobre por qual parte da constelação deveremos
começar.
Quanto mais simples a constelação desde seu início, mais poderosa ela se torna. Um
elemento que pode ter uma poderosa influência no sistema pode ser incluído mais
tarde, ainda mais para checar sua influência.
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Diferentemente das constelações familiares, nas quais outros participantes não são
usualmente interessados pelo que acontece nas outras famílias, organizações são
frequentemente abertas ao público, são vigiadas, estão preocupadas com competição e
deste modo nem sempre aceitam trazer seus problemas e interesses a público.
É também muito possível que a dinâmica mais importante resida no sistema familiar
do cliente ou de outra pessoa-chave da organização; além do fato de que possam haver
outras pessoas presentes que trabalham em outras partes do sistema. É importante que
esses fatos sejam respeitados e que se considere de antemão qual é o modo apropriado
de trabalhar para esse cliente ou sistema.
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1. Esteja centrado
2. Posicione os representantes de acordo com uma imagem interna
atemporal. Nãode acordo com uma imagem construída ou uma imagem
de como as "coisas habitualmente são".
3. Cada representante é colocado, sem falar nada.
4. Dá uma olhada final para checar se tudo está posicionado corretamente.
Os representantes:
1. São convidados
2. Verifique se eles são capazes de serem representantes (emoções fortes,
acabar deter feito uma constelação ou ser um colega do cliente – tudo
isso pode "perturbar" a imagem da constelação).
3. Esqueça o que eles sabem sobre o sistema.
4. Abrem-se para a energia do sistema e assim para que surjam
sentimentos epensamentos.
5. Falam e se movem só quando são convidados a fazê-lo pelo facilitador.
O facilitador:
A imagem da constelação
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Fechando a constelação
Se há uma imagem de solução o cliente pode tomar essa imagem. O cliente pode tomar
seu lugar na constelação se isso é útil.
Por exemplo:
11. Para dar ou tomar algo de volta
12. Para honrar alguém
13. Para sentir que força há na constelação e sentir o fluxo de energia
extra.
Um bom passo à frente de cada vez é suficiente para o cliente. Se você quiser fazer
“mais”, então passa a ser o facilitador quem faz todo o trabalho no lugar do cliente.
Então a energia se esvai rapidamente.
Cliente:
14. Ele/ela aceitou a solução? Mudanças na cor da face,
respiração, postura,voz?
15. Pode-se ainda dar um apoio com um exercício de meditação,
uma sentença solucionadora, etc.
16. Condições sobre as quais uma imagem de uma
constelação pode se desenvolver:
A. Tempo – deixar a nova imagem fazer seu trabalho abaixo do nível
da consciência
B. Um pequeno ritual, fazer algo para restaurar o equilíbrio
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C. Não-fazer
D. Confusão e reversão são partes do processo
E. Ser acessível a alternativas
17. Querer manter a situação problemática é a solução mais
atrativa para o cliente.
Representantes:
Eles saíram dos papéis? Se não isso pode significar que;
o A constelação pode não ter sido solucionada (ou parte dela)
o O tema do próprio representante está em tela. Pode-se sair dos papéis através
de:
o Movimento, esfregar partes do corpo, deixar o papel no círculo da constelação.
o A pessoa que é representada usualmente se sente melhor quando o
representante abandona seu papel.
o Ao final da constelação o cliente chama dada pessoa por seu nome e agradece
a ela ou ele.
Para dar uma idéia de que elementos você pode incluir numa constelação
organizacionalnós daremos a você uma lista incompleta de checagem.
Em organizações o número de elementos possíveis a posicionar é muito mais numeroso
quenuma constelação familiar:
18. Fundadores
19. Financiadores
20. Acionistas
21. O conselho diretor
22. Gerência
23. Organizações-mãe
24. Chefe de departamentos e seus departamentos
25. Todo o pessoal, individualmente ou em blocos
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E algumas vezes:
26. Clientes e fornecedores
27. Aqueles que deram o nome a uma organização
28. Membros da família do dono
29. Conselheiros e consultores
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4. "A verdade" é um termo que nós usamos para aquilo que vem à luz.
5. Um fato, um evento na história da organização quando:
a. Algo ou alguém foi perdido ou excluído.
b. Uma dívida aparece.
c. A ordem foi perturbada ou invertida
6. Aquela verdade é a fonte da dinâmica, ligada ao evento original e desse
modo com os sentimentos primários.
7. Isso é porque é impossível encontrar soluções no presente.
8. Os elementos presos na dinâmica estão vinculados a sentimentos
secundários adotados e com eles não há solução possível.
Mudança de contexto
Eu não estou em minha força por causa de algo que está atuando em minha própria
família, país, etc. Eu estou mais na minha família que na organização.
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Exemplo: equipe com raízes judias e que recebem um benefício de um fundo para
vítimas do holocausto, permanecem vítimas e permanecem leais a sua família e povo. Desse
modo lhes falta força em seu trabalho.
• Transferência de um padrão.
Eu tomo um padrão comigo da minha família que se repete na organização. Tal pessoa está
plenamente presente na organização e com sua força mas os seus padrões familiares se
irradiam para seus colegas na organização.
Exemplo: uma mulher causa acidentes em seu trabalho. Em sua família de origem há
dinâmicas de agressores e vítimas e ela tomou a energia do agressor. Aquilo se irradia na
organização e, embora nem ela nem seus colegas, nem seu chefe, nem o médico da
companhia diriam isso abertamente, a mulher é um perigopara a organização.
Eu olho para alguém na organização e vejo alguém que pertence a um outro sistema,
família, organização, treinamento. Na sobreposição a pessoa de uma (parte do) sistema é
confundida com alguém de uma outra parte ou outro sistema. Quando um representante
emum sistema organizacional olha para o chefe com o olhar de uma criança ao invés de um
olhar de um adulto, essa é uma indicação de sobreposição.
Isso pode ser testado e resolvido de uma forma elegante. Atrás do representante do
chefe um outro representante do mesmo sexo é colocado. Após alguns segundos o primeiro
representante é colocado um ou dois metros ao lado, nesse caso preferivelmente à esquerda
(por causa da ordem).
Então o outro representante vem à vista do representante do cliente. Esse é então
questionado: "quem é esse(a)?". Se aquele é alguém do sistema familiar do cliente, a solução
é deixá-lo dizer ao membro da família:
• "Eu sou seu pai.
• Lá está seu chefe.
• Nós somos duas pessoas completamente diferentes.
• Nós não temos nada a ver um com o outro.
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• Eu sou seu pai e você é minha filha. E como filha você tem um lugar em meu
coração".
• O chefe então diz algo similar.
• Algumas vezes é necessário trabalhar um pouco, nesse caso, no lado do pai.
• Transferência de dinâmica.
• Repetição de um padrão.
Como uma equipe nós mostramos o mesmo padrão que nossa equipe de gerência e seus
conflitos não-solucionados. Em uma constelação você vê que atitudes e padrões entre
membros da equipe lembram fortemente atitudes e padrões dos membros da gerência. O
padrão, a estrutura das relações é repetida em uma outra camada.
Exemplo: o sistema de uma organização de trabalho social seguirá o mesmo padrão que
as famílias que eles estãotentando ajudar.
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Nós tentamos (em nosso conflito) resolver o conteúdo de um problema que não foi ainda
Se estivermos procurando uma solução então é bom restaurar a ordem e o chefe dirá ao
empregado: “Você é bom no seu trabalho e esse é o motivo pelo qual eu aprecio você.” Se
isto é dito de forma sincera o empregado poderá dizer: “E você é meu chefe e pode contar
comigo como seu empregado.” A triangulação assim como a parentização levam ao
obscurecimento da clareza da ordem. Para trabalhar em direção à solução é importante que
as frases ajudem a esclarecer quem é quem.
“Você chegou depois de mim”, “Eu sou o chefe e você o empregado.” Isso pode começar
com um movimento interno que leva a um limite claramente definido. Isso dá a cada um na
organização a oportunidade de ser autônomo e ao mesmo tempo os vincula entre si.
Exemplo:
Um gerente de projetos está identificado com a meta do projeto. Durante o período
de implantação do projeto surge uma resistência inexplicável. Os empregados não vêem
o gerente de projetos mas só a meta do projeto; algumas vezes pode ocorrer que o
gerentede projetos tenha tomado para si uma tarefa que não é sua.
A solução virá assim: verifique onde na organização a meta realmente pertence, traga
essa pessoa para a cena e des-identifique a meta e o gerente de projetos. Similar ao
método de des-emaranhar uma sobreposição (imagem dupla).
Seguindo o exemplo, você pode deixar um representante de um empregado olhar
para o gerente de projetos e você pergunta: “Se este empregado fosse mais do que só
um empregado, seria possível que algo surgisse perante ou atrás dele?”
Enquanto pergunta isso você mantém sua “mão cataléptica” (como se ela estivesse
tocando as costas de um representante invisível) sucessivamente primeiro perante e
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Exemplo: um gerente para um empregado mas não é realmente capaz de vê-lo. Isso é
geralmente causado pelo fato do gerente estar ligado a alguém ou algo diferente. Ou algo
deum outro contexto ou ligado a algo em outra parte da organização.
Por exemplo: seu chefe ou uma meta ou um grupo de clientes. Isso pode muitas vezes ser
resolvido simplesmente colocando-os face a face e deixando-os olharem-se um ao outro até
que eles possam REALMENTE ver um ao outro. Você pode ajudar nisso levando o
empregado ao gerente ou deixando esse último dizer ao empregado: “Eu não posso vê-lo
pois estou ligado a outra coisa”. E se isso for sentido como verdadeiro, você pode continuar
com “Eu não podia vê- lo, mas agora estou começando a ver”.
• Seguir alguém.
Alguém tende a seguir inconscientemente uma pessoa que não foi honrada ou que deixou
o solucionado por aqueles onde esse problema pertence.
Exemplo: tensões entre objetivos novos e antigos de uma organização; entre um nome
novo e o velho nome; produtos novose velhos; tensão entre dois fundadores.
Nós tentamos trazer algo à cena que alguém mais não pode ver ou que foi excluído.
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Essas dinâmicas aparecem freqüentemente. Algumas vezes você se baterá com elas porque
você se viu paralisado em uma constelação. A camada onde o sintoma se mostra é colocada,
mas dentro dessa camada ou dessa equipe nenhuma verdade pode ser encontrada que possa
explicar o início da constelação.
Se você não achar uma firme base sistêmica de explicação para o conflito na equipe, então
é bom verificar se esse conflito não tem sido resolvido ainda em outro nível. Exige-se coragem
para envolver o outro nível.
Mas infelizmente constelações não têm o objetivo de que o facilitador seja capaz de fazer
mais do que o sistema necessita. Não é sempre um fato que a dinâmica em outra camada da
estrutura também tenha que ser resolvida.
O risco é que algo íntimo sobre a equipe de gerência venha à luz para os empregados. Se
os empregados sentem-se melhores que o timeda gerência isso pode funcionar mal porque a
ordem foi invertida.
Identificações pessoais
Alguém na organização está identificado com algo ou alguém que não é sua tarefa.
Isso não é sobre equipes inteiras, ou um padrão, mas sobre dinâmicas simples nas quais
uma pessoa tem sido "empregada" por algo ou alguém.
Aliás, nós temos de ser cuidadosos com a noção de identificação. Não é sobre a
identificação de uma pessoa completamente com alguém mais. É sempre sobre uma parte
de alguém se identificando com uma parte de alguém mais.
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uma estafa! Essa dinâmica pode ser testada dando ao representante algo pesado para
carregar, por exemplo, uma pilha de livros, imediatamente isso mostrará se esse peso é
realmente carregado pelo representante. A solução vai nessa direção: “Carregar suas
próprias cargas o faz forte”.
O representante dá o peso de volta àquele por quem ele o carregava e diz: “Caro..., eu
carreguei isso por você e agora estou devolvendo a você.” O representante que recebeo
peso de volta sente se ele ou ela pode receber a carga, toma-a e observa se ela é realmente
sua.
É frequentemente necessário devolver uma parte. É também possível que o peso tenha
que ser repassado ainda para outra pessoa anterior, até que fique claro a quem ele pertence.
Isso não fica apenas perceptível pela reação verbal do representante, mas também pela
expressão facial e postura: alguém que carrega seu ou suas próprias coisas,mesmo que
sejam pesadas, torna-se um pouquinho maior e irradia força.
• Triangulação
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• Parentização
Eu me sinto melhor que meu chefe; eu tenho que chegar a uma posição acima dele. O
movimento é que alguém se sente acima de outro que tem uma posição mais alta na ordem
(de acordo com a dinâmica do sistema). E desse modo a ordem fica perturbada. Isso pode ser
visto na constelação de vários modos.
Na postura, a cabeça fica um pouquinho para trás e algumas vezes surge um olhar de
desdém. A pessoa no nível mais baixo fica ou tende a ficar numa posição dominante em
relação à pessoa mais alta que ela na hierarquia. A pessoa mais alta na hierarquia não é
olhada.
O representante tem um tom de voz arrogante em suas frases. Pedirmos que o empregado
diga “Eu sou só o empregado” pode testar essa dinâmica. Para restaurar a ordem algumas
vezes é necessário que o empregado reverencie levemente a pessoa no nívelmais alto da
hierarquia.
Parentização na organização leva a uma inquietude e perda de energia. A atenção é muito
mais focada na própria posição que a pessoa ocupa do que em seu trabalho. Uma pessoa que
entre na organização e observe, pode ver rapidamente essa dinâmica em ação. Uma pessoa
que atua como especialista pode se sentir superior a seu chefe, o que é real naquilo que se
refere a sua competência específica. Mas ao mesmo tempo ela se sentesuperior ao chefe em
tudo, inclusive como se ela é quem fosse o administrador.
Alguém projeta a dinâmica de sua própria organização para outra organização. Um tipo
de fenômeno tal como “amor a primeira vista”. Na outra organização o sua própria
organização é reconhecida e desse modo nos sentimos ligados.
Na realidade então a outra organização é “usada” e não é vista de fato, ficando
,portanto, excluída. É um modo infantilde olhar a outra organização. Nós podemos ver que,
por exemplo, em processos de fusão quando as pessoas ficam eufóricas em relação ao
parceiro de fusão recém-encontrado.
Uma possível solução é colocar o que está atuando no contexto de fundo do passado e
o que pertence ao presente, atrás do parceiro de fusão. Então se torna sério e a organização
pode ser realmente vista, com outra dignidade.
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Inspirado no material de: Jan Jacob Stam - Instituto Bert Hellinger
Pessoas são vistas como posições e posições como pessoas. Uma importante característica
das organizações é que elas são na verdade um grupo de posições (funções). As pessoas
ocupam tais posições. As posições são funções sistêmicas para a organização; só aquelas
funções sistêmicas que são importantes para a existência da organização podem continuar a
existir por um longo tempo.
Algumas vezes um lugar ou posição não existe numa organização. Exemplo: em uma
prefeitura uma nova função foi criada, simplesmente nomeando alguém para aquela função.
A pessoa sentia desde o início que aquela função não existia e permanecia em busca de uma
posição apropriada. Você pode ver isso na constelação porque a pessoa fica procurando um
lugar certo para ela. Isso pode ser testado quando não colocamos tal pessoa no inicio da
constelação, mas depois acrescentando-a e verificando como os demais elementos reagem
a isso.
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a dinâmica essencial do sistema possa surgir e a constelação possa ter lugar. Ajudar para
que a questão mais clara possível surja dá um enorme poder à constelação e essa é a
importante tarefa do facilitador.
Uma parte importante são as intervenções do facilitador durante a constelação. Isso é
freqüentemente percebido como a parte mais difícil e no treinamento ampliaremos nossa
atenção a esse ponto.
• Sentenças solucionadoras
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Inspirado no material de: Jan Jacob Stam - Instituto Bert Hellinger
A constelação ajuda-nos a ver qual é a história que está nos bastidores. Quando nós
olhamos para o início de uma constelação, perguntamos olhando para ela: “O que está
atuando nos bastidores? Qual é a verdade que está querendo vir à luz?”
Só quando essa verdade veio a luz, a verdade que “explica, clareia” o motivo pelo
qual aquela constelação original é como é, é possível instalar-se uma nova ordem e
trabalharcom as sentenças solucionadoras.
Quando uma verdade emerge, se apresenta, é reconhecida imediatamente por todos.
Então a energia da solução pode fluir.
1. Partindo da constelação inicial tente encontrar: que verdade, que dinâmica levou
a essa configuração. Para obter isso você pode:
a. Completar o que está faltando
b. Testar
c. Afirmativas que mostram a verdade, por exemplo: “meu trabalho em
primeiro lugar e você, minha esposa é a número dois”. Essas afirmativas
podem parecer como sentenças solucionadoras por sua forma, mas elas
buscam algo mais. Elas são frequentemente dolorosas, mas com emoções
primárias. Elas revelam aquilo que muitas vezes foi mantido oculto por um
longo tempo.
2. Re-ordenação
3. Sentenças solucionadoras e rituais
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Energia sistêmica
Energia sistêmica é uma forma de energia que pertence ao sistema como um todo; é
vinculante e se origina na consciência coletiva do sistema. É uma energia diferente daquela
energia de um indivíduo.
Como todo mundo e também o cliente viveu toda sua vida no sistema de energia de
suafamília, é difícil para ele se tornar diretamente consciente disso. Em organizações é um
pouco diferente.
Das pessoas que são recém-chegadas numa organização você algumas vezes ouve
afirmações que fazem você pensar sobre as experiências com a energia sistêmica da
organização para a qual eles começaram a trabalhar.
Foi ouvido por um consultor a seguinte frase: “É ótimo ser o administrador provisório
aqui,mas eu não gostaria de estar na folha de pagamento [definitiva] nem por um dia”.
Tanto mais as pessoas trabalham em uma organização, mais difícil será frequentemente
para elas estarem conscientes da energia sistêmica.
Parece haver diferentes meios de entrar em contato com a energia sistêmica de outra
pessoaou sistema.
Via diálogo, no qual a pessoa fala sobre seu sistema familiar ou organizacional.
Visualmente, observando a imagem global (gestalt) da constelação. Sinestesicamente, por
exemplo, caminhando através da constelação.
Também é possível que as palavras de um cliente levem a uma reação sinestésica,
atravésde uma imagem visual do facilitador, por exemplo, um arrepio nas costas.
O corpo humano é capaz de sentir essa energia sistêmica. Como [ele faz isso],
entretanto, é que varia de pessoa para pessoa.
O campo da energia sistêmica parece não ter o mesmo “peso” em todos os lugares.
Isso pode ser observado na constelação. Algumas vezes você pode ver que a pressão se
torna tão alta que o representantes ou a pessoas da audiência quase se sentem obrigadas a
levantar para mudar de lugar.
Quanto mais o facilitador e os representantes entram num estado interno chamado por
Hellinger de “centro vazio”, mais é possível para eles entrar em contato com a energia
sistêmica do cliente e do sistema no qual ele ou ela faz parte. E então a sua [do facilitador e
dos representantes] própria energia sistêmica se recolhe a um segundo plano.
Representantes deixam-se ser colocados no campo de energia do sistema do
cliente. Desse modo eles não passam de um “sensor” especial empático, sem
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julgamento [dessecampo].
Removendo os representantes da constelação você pode sentir na disposição ou
resistênciade seus corpos o que muda na pressão do sistema; se ela está aumentando ou
diminuindo.
Quando um representante reage, estando em sua função ou papel e em contato com
a energia do sistema, nós obtemos reações precisas do sistema como um todo. Isto é
frequentemente acompanhado de emoções primárias.
Quando um representante reage como se ele ou ela fosse a pessoa real [fora do
papel] na família, a constelação obtém uma outra qualidade completamente diferente e
parece mais com um psicodrama.
É por isso que é importante que o facilitador conduza os representantes para seus
papéis e funções [na constelação] – como “diretor”, “cliente”, etc.
Especialmente nas constelações organizacionais, participantes que são escolhidos um
pouco mais tarde como representantes frequentemente tem uma idéia sobre o caso descrito
pelo cliente. A atenção do facilitador é necessária para ver se o representante reage a partir
de sua observação o não a partir de sua opinião.
Categorias de sentimentos
• Emoções primárias
Emoções primárias emergem como uma reação direta a um estímulo do mundo externo:
Luto por uma perda. Dor por uma ferida. Alegria por um presente. Raiva por uma injustiça.
Elas são construtivas e trazem a pessoa envolvida para um papel ativo. Mesmo expressas
com pouca intensidade elas ainda são poderosas.
As pessoas presentes sentem que essas emoções são reais, autênticas. Esses
sentimentosnão duram mais do que o necessário.
As emoções dos representantes, embora de fato sejam tomadas a partir do sistema do
cliente, são frequentemente primárias.
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• Emoções secundárias
• Emoções sistêmicas
São sentimentos ou emoções assumidos por outra pessoa do sistema. Como, muito
frequentemente, esses sentimentos tem estado com o cliente desde que elepode se lembrar,
a pessoa em questão dificilmente está consciente deles. Emoções assumidas por outros
parecem ser próprias.
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Primeiramente pelo efeito que tem sobre os outros. Como no caso das emoções sistêmicas
o cliente está em contato com a energia do sistema, essa energia também é percebida pelos
outros e eles usualmente tem uma espécie de radar sinestésico que dá um sinal como um
arrepio nas costas, os olhos ficam fora de foco, formigamentos, etc.
É apropriado apontar de forma respeitosa ao cliente que esses sentimentos são assumidos e
não próprios dele. Isso pode ajudar a abrir-lhe os olhos sobre seus emaranhamentos.
Como esses sentimentos estão tão entranhados, é difícil para o cliente reconhecê-los
emudá-los.
Hellinger fala sobre a postura filosófica que leva à abordagem fenomenológica. Ela está
emcontraste com a abordagem científica, que olha para explicações, experimentos e teorias.
Essa postura fenomenológica significa manter-se ao fundo e ser modesto. Você se
subordina ao sistema ou situação como um todo e olha para ela sem querer explicar ou
esclarecer nada. E concorda a partir de seu coração que as coisas são exatamente como
são. E ao mesmo tempo você é também parte do sistema maior total. Isso é, em minha
opinião, o que Bert Hellinger chama de “centro vazio”.
Para ser capaz de guiar uma constelação, você precisa estar em contato com a energia
sistêmica do sistema ao qual o cliente pertence. Estar em contato significa ser capaz de
perceber a energia sistêmica sem ser arrastado por ela.
• Energia sistêmica no facilitador:
• Estar aberto à energia sistêmica é parte da preparação interna.
• Energia sistêmica no cliente:
• A entrevista introdutória é parcialmente responsável por trazer o cliente
de volta em contato com a energia sistêmica de seu próprio sistema.
• Essa energia sistêmica se torna disponível através do cliente para o
facilitador e os representantes.
• Energia sistêmica na constelação:
• De início é útil procurar durante a constelação em qual lugar você está
mais emcontato com a energia sistêmica.
• A regra de ouro é achar a distancia apropriada desse lugar de modo a
estar emcontato e ser capaz de ver a imagem inteira da constelação e o
campo do sistema.
• Onde, na constelação, está a maior energia?
• Energia sistêmica na audiência:
• A audiência frequentemente dá sinais de quais são as conseqüências das
mudanças na energia sistêmica.
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2. Liderança firme
Quando você, como facilitador, fez todo o possível para achar o começo de uma
direçãopara a solução e quando você então tem a coragem de dar um passo em
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direção ao não- conhecido, você algumas vezes obtém um insight , uma dês-coberta
que leva à solução.
Cada constelação é diferente. Mesmo se a dinâmica na constelação for muito
obvia é útil abrir-se ao desconhecido e a surpresas. Uma forma extrema disso é confiar
nos movimentos próprios dos representantes na constelação.
Usualmente só quando há dois ou no máximo três representantes. Como
facilitador você então vai se retirar sem, entretanto, deixar de lado a liderança.
• Temas próprios
Quando estiver colocando você deverá estar consciente da diferença entre o tema
do cliente e seus próprios temas que estejam sendo tocados ou que surjam. Se seus
próprios temas começarem a dominar, a constelação precisará ser interrompida.
Quando você como facilitador estiver em contato com a energia sistêmica então é
possível que numa roda em algum outro lugar: “Nós fumamos.” Imaginem como ela
se sente.
Em organizações a questão é frequentemente sobre a que grupo as pessoas
pertencem: pertencer ao clube de todos os chefes de departamentos de uma certa
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região foi algumasvezes mais importante do que pertencer a sua própria organização.
Como é que então se pode ver que o vínculo e a lealdade é freqüentemente maior no nível
mais baixo que no nível mais alto da hierarquia? E o que, nesse contexto significa ser leal auma
marca?
A consciência pessoal também nos guia quando há uma troca entre as pessoas.
Quando alguém recebeu algo essa pessoa sentirá a necessidade de dar a outra pessoa algo
de voltade forma a igualar o equilíbrio da consciência.
Quando a outra pessoa der algo de volta, um pouquinho mais do que a primeira,
esta tenderá a dar de volta algo para a segunda. E assim uma troca frutífera pode crescer
deforma gradativa.
Isso pode funcionar dessa forma entre parceiros numa relação mas também em
situações detrabalho. Alguém dá seus talentos, seus esforços a uma organização. Essa dá de
volta segurança, continuidade, reconhecimento e uma estrutura para se fazer o trabalho e
um salário.
Isso pode levar o empregado a fazer um pouquinho mais e dar o melhor de si. E assim
você pode também imaginar o que pode levar tal troca a se esgotar. O que faria aligação se
romper.
Um forte desequilíbrio no dar e no receber faz com que alguém não possa ficar. Uma
secretária dá constantemente mais do que seu chefe pediu. Ela também limpa, dá presentes
e faz tarefas extras. O chefe se sente mais e mais oprimido e embora eles tenhamfalado sobre
isso várias vezes, a única solução foi dar a ela um outro lugar.
O equilíbrio do dar e receber também funciona quando alguém fez uma injustiça.
Então surge um direito ou uma necessidade de fazer também uma injustiça ao outro, ou ao
menosdemandar algo que restaure o equilíbrio de forma que eles possam olhar de volta um
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• Consciência pessoal
A consciência pessoal nos liga ao nosso grupo. Nossa família, nossa região de
nascimento, nossa religião, nossa cultura, nossa língua e nosso pais. Ela também nos
liga ao nosso trabalho, nossos colegas e à organização da qual fazemos parte. A
consciência pessoal funciona como um tipo de órgão sensorial de equilíbrio.
Está em nossa consciência e nos guia pelos sentimentos de culpa e inocência.
Ela trabalha diretamente e nos dá informações sobre pelo menos as seguintes áreas:
• Vínculo: você ainda pertence ao grupo ou não?
• Equilíbrio entre o dar e o receber: eu devo algo a alguém ou ele é quem me deve
algo?
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• Vínculo
instituições aos quais você é grato, podem ser respeitados quando você passa seus novos
insights a frente, por exemplo, quando você os publica.
Uma administradora muito competente em Amsterdã foi a líder de um grupo de
empregados e se preocupava porque eles não alcançavam tanto quanto seria esperado
porseu grau de treinamento e experiência.
O que surgiu foi que vários empregados eram de origem judaica e recebiam dinheiro
de umfundo para parentes de vítimas do holocausto. Então a administradora percebeu que
o fato deles terem recebido esse dinheiro contribuiu para o fato de se sentirem como vítimas
e assim elas limitavam suas possibilidades. Ela voltou ao trabalho com novos insights.
Qual é o tamanho do aperto de mão necessário para que a pessoa envolvida e a
organização se sintam reconhecidos e livres novamente? Qual é o pagamento apropriado
para um consultor de tal forma que a organização e o consultor se sintam livres novamente
no fim?
O nosso “barômetro interno de preços” pode nos dar uma idéia. Imagine que você
ganha duas vezes mais dinheiro por um serviço ou produto que você entregou. Isso faria a
transação mais forte ou mais fraca? Isso faz você e o outro sistema se sentirem mais livres
ou mais vinculados? E o que acontece se você tivesse recebido a metade do valor? Ou dois
terços?
• Ordem
A seqüência de cursos que alguém fez pode ser importante ou os diferentes empregos
queuma pessoa teve podem influenciar sua consciência pessoal.
Quando um engenheiro decide se tornar um trabalhador social ele terá uma força
completamente diferente se ele respeita sua profissão anterior do que se ele rejeita essa
parte de sua vida e a considera uma parte perdida de sua vida e uma escolha errada.
• A consciência coletiva
• Vínculo
Um sistema não permite que membros sejam perdidos ou sejam excluídos, sem que
hajamais tarde uma compensação no sistema.
Quando um fundador é mais tarde afastado da empresa de uma forma injusta isso
pode serperceptível por muito tempo também pelas pessoas que entraram na organização
muito mais tarde e que nunca conheceram a pessoa do fundador.
A exclusão também acontece quando uma pessoa é nomeada para uma função
decorativa (que não tem realmente uma tarefa) ou quando as demais pessoas da
organização falam sobre ela de forma arrogante ou moralista.
Se 4 funções são criadas após uma fusão de 4 cidadezinhas numa metrópole maior
de maneira que os 4 chefes de seção das cidadezinhas possam manter seu lugar onde na
verdade só havia necessidade de 3 cargos, o quarto chefe fica excluído, embora ele ainda
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A consciência coletiva parece “agarrar” alguém para esse propósito mais tarde.
Essa função da consciência coletiva nas organizações pode ser vista quando alguém parece
carregar um fardo desproporcional que não parece ter nada a ver com o que essa pessoa
fez na organização.
Algumas vezes você tem a impressão de que alguém está tentando maquiar algo e
não é claro o que ou por quem está fazendo isso. E nunca parece suficiente. Você pode ver
algumas vezes isso na postura das pessoas, cabeça baixa e como se carregando uma carga,
épercebido como desagradável pelos colegas e ao mesmo tempo inexplicável.
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• Ordem
O que é trágico sobre a função das duas formas de consciência é que elas podem
atuar umacontra a outra. Alguém pode fazer algo com boa consciência pessoal enquanto
outro assumirá as penalidades por essa ação devido à função da consciência coletiva.
Quando nós olhamos para as organizações mantendo isso em mente, uma nova imagem
aparece.
Quando vemos a coerência de tudo e tentamos imaginar o que aconteceu na
organização, o que faz as coisas funcionarem como funcionam agora. E se tentarmos
imaginar que luta está acontecendo entre a consciência pessoal e a consciência coletiva,
então muitas pressuposições e julgamentos desaparecem.
Se um diretor demite imediatamente um empregado que tratou mal os pacientes, o
diretor age com base em sua consciência pessoal. O agressor se assume culpado de ter
tratado mal os pacientes e portanto de ter quebrado as regras da organização e perde o
direito de pertencer à organização. Mas pela exclusão do agressor é infringida a consciência
coletiva.Anos mais tarde esse tema reaparece constantemente como um tumor escondido,
causando uma inquietude na organização, sem que haja razões claras para as pessoas
envolvidas.
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• Amando no problema
Uma linda sentença de Jakob Schneider, um terapeuta alemão com grande experiência
emconstelações é: como ele ou ela ama no[através do] problema?
É sobre o modo de olharmos para as pessoas nas organizações que lutam com dilemas da
consciência pessoal e coletiva.
Você olha para alguém ou uma situação e se pergunta: de que forma cada um está
ligadoaos mecanismos da consciência pessoal e coletiva?
Você olha isso sem querer ou esperar mudar algo, sem querer ajudar, sem julgamentos
masdisposto a ver as coisas tal qual são.
Se você é o consultor de uma organização como aquela citada acima e se você dissesse
ao diretor que ele não está manuseando a coisa corretamente ao despedir o agressor, é
possível que ele feche seu coração e exclua o consultor.
• A saída
A pergunta agora é: como você pode ajudar? Há um caminho que nos permita escapar
da armadilha das duas consciências ou estamos a sua mercê? Há um modo de nos
libertarmosdo que aconteceu no passado?
Percepções sobre a função das consciências, mesmo que só no início ou em uma fase
aindaprematura, já são libertadores.
Pela observação sistemática das pessoas, situações de trabalho e organizações surge a
possibilidade de ver através dos eventos o que aconteceu no fundo. Só observar isso já abre
novas possibilidades e espaço para um novo movimento. Uma constelação ajuda a trazer
luz para as funções das consciências.
Mas é só um método, como o uso de um aparelho de raios-X. É muito mais importante estar
em contato com a pergunta: “O que possivelmente acontece no fundo, na organização real?”
“Que evento [com conseqüências] de longo alcance está influenciando aqui?”Quem ou o
que foi excluído aqui?” “O que aconteceu paracausar tanto dano em tantas pessoas?”
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• Diagnóstico
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Uma clara indicação em geral é que um problema é reconhecido mas é difícil de definir
precisamente e é ainda mais difícil mostrar-lhe as causas. Ou várias pessoas tem uma
explicação completamente diferente do problema, cada uma a partir de sua própria
perspectiva.
A causa não pode ser encontrada na estrutura da organização. Ela não reside nafunção
das pessoas na organização.
Ela não reside na [falta de] habilidade técnica ou de gerenciamento dos empregados ou
executivos. Ela não reside na filosofia da companhia ou dos sistemas de gerenciamento. Já
houveram três consultores contratados para o assunto e nada realmente mudou. Pessoas
falam sobre uma “doença” da companhia sem serem capazes de especificar qual ela é.
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Abaixo estão alguns sintomas que são notados mais durante o processo porque eles
aparecem através das observações do cliente ou do facilitador.
Há muita pesquisa a ser feita para se saber se há uma certa hierarquia em diferentes
campos de problemas. Nós temos de resolver primeiro, por exemplo, os problemas
sistêmicos antes que as ferramentas de gerenciamento apropriadas sejam desenvolvidas?
Ou os dois campos estão [hierarquicamente] posicionados lado a lado?
No momento eu tenho a tendência a pensar em uma faixa de possibilidades.
Estar vinculado a um sistema familiar com emaranhamentos acessórios dá a você uma certa
faixa de possibilidades como pessoa. Certas dinâmicas em uma organização determinam lá
as possibilidades dentro daquela faixa de possibilidades. Então o curso pode ser traçado
dentro dessa faixa e novos desenvolvimentos podem ser iniciados.
Uma constelação organizacional pode ser útil para que tipo de problema?
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1. O líder está oculto entre os empregados. Padrão: o líder fica em algum lugar, sem
ter visão sobre os empregados (frequentemente) desorientados, os quais não
estão conectados entre si.
2. Líder orientado para seu chefe. Padrão: o líder frequentemente olha ansiosamente
para seu próprio chefe, buscando apoio. Desse modo o líder não vê seus próprios
empregados.
3. Atlas. Padrão: o líder fica no meio da constelação e todos os empregados olham
para ele. O líder frequentemente se sente poderoso mas sobrecarregado.
4. Meio-lider. Padrão: o líder só vê parte de seus empregados. Aqueles que o
consideram como o líder, não os outros empregados. A equipe é dividida. Isso
também pode acontecer depois de fusões de departamentos.
5. Equipe sem liderança. Quando há um time sem liderança, ou várias pessoas lutando
pela liderança, então isso fica claro bem rapidamente na constelação quem ou quais
subsistemas lideram ou tem influência. Isso acontece às vezes em sistemas tipo
“rede”.
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6. Liderança sabotada. Se o líder se sente forte, mas é percebido como fraco por seus
empregados na constelação, é útil tentar e ver se há um sabotador ou um líder
ocultona surdina. Frequentemente é alguém que não se sente apreciado.
7. Perda de apoio no cenário de fundo. Padrão: os empregados se sentem bem com
seu líder, mas o líder se sente fraco e duvida de suas próprias habilidades de
liderança. Então é útil colocar o próximo nível mais alto da hierarquia ou alguém da
família deorigem para oferecer apoio.
8. O consultor como gerente. Na constelação emerge que o consultor (interno ou
externo) é quem está na tarefa de gerenciador do sistema. Isso pode ser visto na
constelação do sistema porque o consultor não tem uma visão geral sobre o sistema
inteiro.
As principais diretrizes são as mesmas como nas constelações familiares. Há alguns pontos
importantes.
Quanto mais alta [na hierarquia] for a pessoa que faz a constelação, maior será o
efeito naorganização. Para evitar comportamento arrogante do nível mais baixo (no fundo
do meu coração eu sou melhor que vocês meus chefes) devemos considerar trabalhar só
com uma ou pelo menos com o mínimo de camadas possível.
Primeiro o conselho diretor, então possivelmente os gerentes. E então primeiro uma
constelação feita pelo chefe do conselho administrativo, depois se necessário os outros
membros do conselho.
Em constelações feitas só para uma organização é frequentemente necessário
convidar representantes de fora, assim como no caso de constelações usadas para
finalidades de diagnóstico ou de design.
Mas se uma constelação é usada como método de produzir mudanças é melhor que
as pessoas envolvidas estejam presentes para ajudar a processar os rituais e as sentenças
de solução.
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De modo a não ter muitos representantes na constelação, o que faz a visão geral e força
diminuírem, é necessário condensar tanto quanto possível.
Comece com os elementos-chave, de tal forma que haja no máximo 5 a 7
representantes. O que mais for necessário pode ser acrescentado depois. E assim o efeito
do acréscimo posterior de um elemento na constelação pode ser percebido mais
claramente.
Um outro modo de condensar é tomar uma pessoa por um grupo de pessoas, uma
equipe ou um departamento. Para os clientes masculinos, um homem e para os femininos,
uma mulher.
Funciona bem perguntar ao cliente: “Se nós colocarmos tais pessoas, estaremos
esquecendo algum elemento essencial?”
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impulso que se desenvolve por si mais tarde. Esse é o motivo pelo qual uma constelação
pode ser feita com mais freqüência com uma parte da organização sem perder força.
Tarefas emaranhadas:
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Questionário
Algumas perguntas que você, como um empregado, gestor ou consultor pode perguntar
se você quiser ter uma impressão se há uma dinâmica sistêmica importante atuando
numa organização.
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PRÁTICAS
1. Faça um inventário.
• Como você está aqui?
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5. Coloque os representantes
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Reflexão
10 minutos de feedback sobre as dinâmicas
Tempo: cerca de 30 minutos por participante.
O facilitador escolhe um conselheiro para si (coach). Ele pode consultar o “coach” durante
as paradas de uma constelação.
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Reflexão:
O que guia o facilitador durante as intervenções?
• 5 minutos de feedback para o facilitador
• 5 minutos de feedback sobre a constelação
Tempo necessário: aproximadamente 45 minutos por participante.
Máximo de 30 minutos
10 minutes feedback para o facilitador acerca de sua liderança
6. Discussão sobre as dinâmicas.
6 - Sentenças solucionadoras
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Exemplo: O facilitador diz ao representante: “Olhe para seu colaborador e diga: “Eu
vejo que você. ........................ ”. O representante completará a sentença.
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8 - Do coaching à constelação
Em duplas: uma pessoa é o coach, a outra o cliente [que traz a questão para o coaching].
1. Comecem a discussão de coaching.
2. Faça perguntas sistêmicas.
3. Conduza essa discussão até uma constelação de duas pessoas.
4. O coach sugere que ele mesmo seja o representante para...
5. Peça ao cliente que se posicione primeiro.
6. O cliente posiciona então o coach como representante.
7. O cliente retoma seu lugar na constelação.
8. Dê à constelação tempo e espaço para que venha aquilo que quer vir.
9. Se necessário, troque as posições e use sentenças solucionadoras.
10. Finalizem e dêem feedback sobre as indicações “naturais” evidentes e sugestões que
surgiram da constelação.
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Variação
Se várias posições são necessárias o cliente pode posicioná-las com a ajuda de pedaços de
papel, sapatos ou outros objetos e o coach toma as diferentes posições como representante,
alternadamente.
Liderança
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Estado interno:
• Trabalhando a partir da observação ou do conhecimento
• Centrado
• A partir do centro vazio
Afora a constelação:
• Você sabe seus próprios limites?
• Você aceita que comete erros?
• Você assume sua responsabilidade?
Contexto:
Conhecimento do campo das organizações e questões organizacionais.
Aproveite!!!
Bons Estudos
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