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A Constelação Organizacional está sendo cada vez mais utilizada como uma ferramenta de Consultoria
Sistêmica, para apoiar líderes e empresários que têm a missão de criar, construir, guiar e desenvolver empresas
e organizações.
Através deste modo de análise é possível perceber e trazer à luz a origem das dificuldades nas organizações,
assim como acessar novas informações e percepções sobre as mais variadas áreas, setores, produtos, equipes
ou até mesmo da organização como um todo. As constelações organizacionais já são usadas há muito tempo
nas empresas em momentos de fusões e aquisições, como forma de integração de funcionários, departamentos
e equipes e também para escolha de sócios e investidores. A constelação organizacional pode ser usada por
empresas de todos os tamanhos sem limitações seja em empresas familiares ou de grande porte.
A Constelação Empresarial ou Organizacional é um método que se pode esclarecer dúvidas, fortalecer a
liderança para que ela se torne a base capaz de sustentar o crescimento da organização. E têm se mostrado um
ótimo instrumento principalmente para se trazer à luz o que está oculto e atuando em uma dificuldade dentro
da empresa, como: dificuldades de liderança ou hierarquia, vendas, ineficiências, conflito definições de papéis
estratégicas e muitos outros campos das atividades empresariais.
A Constelação vai muito mais do que análises de mercado e balanços, daquilo que um consultor empresarial
pode. Vai além de tudo aquilo que faz uma empresa prosperar, ela atua, algumas vezes, em algo que parece
trabalhar contra todos os esforços. O que está oculto.
Muitas vezes, as empresas deparam-se com problemas do tipo: Param de crescer, não se desenvolvem os
clientes não se fidelizam fiéis ou desaparecem. Outras vezes, elas não conseguem inovar os produtos, os
funcionários vão embora sem motivo aparente ou estão em conflitos. Falta direção, pessoal desmotivado e
vários outros problemas. Para estes casos, onde as técnicas de gestão e de consultoria atingem resultados, a
Constelação Sistêmica Organizacional será uma boa indicação.
As leis do amor podem ser usadas para encontrar a origem dos problemas e dificuldades dentro das empresas.
O princípio do pertencimento, por exemplo, reconhece que uma pessoa faz parte de uma empresa por tempo
limitado. Dessa forma, o pertencimento está vinculado ao tempo entre a contratação e a demissão de um
funcionário, se isso ocorrer.
O equilíbrio está nas relações entre empresa e colaboradores, os colaboradores entre si, na relação da empresa
com o mercado que atua empresa e fornecedores, etc.
Há de se buscar o equilíbrio, nem mais nem menos, dentro da possibilidade e dos acordos de troca existentes
na organização.
Parte do material contido nesta apostila foi retirado de matérias dispostas em sites na internet e no livro de constelações
Organizacionais dos autores: Klaus Grochowiak e Joachim Castella. Editora Cultrix, SP.2007
De posse de todos essas informações trazidas por todos os sócios, o constelador ou consultor sistêmico fará
uma análise inicial sobre o sujeito e suas relações familiares e pontuará fatos que poderão estar influenciando
negativamente o sistema empresarial para então, levar para o campo individual de cada um. O que se sugere
é, depois de entrevistados, fazer a constelação individual com bonecos ou ancoras com cada sócio, para detectar
os possíveis traumas e também para que a constelação traga à luz o que está oculto no sistema de cada um e o
que está atuando no sistema empresarial. Em seguida, depois de feito as constelações individuais, partiremos
então para a próxima etapa: levar para o campo das constelações em grupo alguma dúvida que por ventura
surgir nas constelações com os bonecos, como por exemplo: verificar a possível falta de algum irmão, alguma
tragédia na família que vista ou mesmo sabida anteriormente, informada ou não pelo cliente, também possa
estar atuando; ou alguma exclusão que os representantes poderão nos informar e qualquer outra dúvida que
possa surgir nas constelações com os bonecos para que então possamos passar para a etapa seguinte. Visto o
que aconteceu no sistema de cada sócio iremos fazer uma constelação coletiva entre os sócios e a empresa,
também com representantes, para que o campo revele qual ou quais as questões ali reveladas estão atuando
negativamente sobre o sistema empresarial.
Nesta constelação já poderão ser feitos os movimentos de conciliação, de colocar a ordem no sistema familiar
de cada sócio e também começar a ir em busca da solução a partir do momento em que o sistema familiar se
equilibra.
A etapa seguinte será olhar para o sistema empresarial colocando desde o CNPJ (o atual, o antigo se tiver) a
RAZÃO SOCIAL e NOME FANTASIA olhando para a empresa e para cada sócio, para analisarmos quem
reconhece quem. Por exemplo: um CNPJ antigo pertencente a um açougue, provavelmente não reconhecerá
uma empresa onde ele será “aproveitado” para se instalar uma fabrica de sapatos. Ou uma razão social que
carregou uma empresa familiar por muitos anos não reconhecerá um novo sistema familiar caso a empresa seja
vendida e aí por diante.
Depois de olhar todas essas possibilidades e ver onde se encontra a dificuldade, ou as dificuldades que não
estamos vendo, o consultor deverá orientar os sócios como atuar de acordo com as leis sistêmicas para que a
empresa possa fluir e crescer:
• Muitas vezes o nome da razão social deverá ser trocado e devemos instruir para que, de preferência,
seja colocado os sobrenomes dos pais (pra tomarem a força que precisam).
• Não colocarem os filhos para “salvarem” os pais, pois acabarão por quebrar.
• Homenagem aos pais e à força criadora da empresa, colocando quadros com fotos destes em lugares
de destaques.
• E que seja feito com atitude e de coração, pois se feito somente como uma obrigação ou como parte
de uma consultoria sistêmica em que os sócios têm dificuldade de acreditar na força do sistema nada
disso se fará ou dará certo.
Instituto Ancestrais - Constelações Familiares
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A etapa seguinte será olhar os colaboradores ou funcionários da empresa e até mesmo parceiros e ex-sócios e
também aqueles que foram desligados da empresa e não saíram satisfeitos. Colocar no campo representantes
deles, dos sócios e da empresa. Deixar que as “almas” se movimentem por um determinado tempo e ir
perguntando os sentimentos de cada um. Nestes casos, quando são muitas pessoas, pedir ao cliente que ao
fazer a escolha dos representantes entregue um pequeno papel como o nome de quem a pessoa está
representando. Durante o movimento e a parada final, o que chamamos de “simetria oculta do amor”,
chegaremos a várias conclusões e levaremos ao conhecimento do cliente o que muitas vezes para ele será
surpreendente. A partir do que é visto ali iremos passar para as resoluções como as despedidas dos
funcionários, sócios ou parceiros juntamente com um reconhecimento e reconciliação e também liberação para
que estes sigam em frente, sem magoas ou ressentimentos, lembrando ao cliente que tudo isso deverá ser feito
com generosidade e sentimento de amor fraterno, pois caso contrário não surtirá efeito algum e será só um
teatro.
A partir daí ,o papel do consultor sistêmico é deixar com o cliente o que foi mostrado, perguntar a ele e aos
sócios se tem alguma dúvida e dizer que a consultoria termina ali, que a constelação empresarial mostrou o que
precisava mostrar e que a tomada de decisão cabe a eles, os sócios, no sentido de operar as mudanças
necessárias para que a empresa volte a fluir novamente, cresça ou se recupere das perdas ou qualquer outro
motivo que os tenha levado a buscar a consultoria sistêmica.