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O que é:
A doença de Fabry, também denominada por doença de Anderson-Fabry, é uma patologia
hereditária rara, transmitida de modo recessivo pelo cromossoma X, o cromossoma sexual
feminino. É causada pela deficiência da enzima alfa-galactosidase A e resulta no acúmulo
anormal de uma substância gordurosa chamada globotriaosilceramida nas células do corpo,
provocando problemas renais, cardíacos e do sistema nervoso. Esta foi descrita, pela primeira
vez em 1898, pelos Drs. William Anderson e Johannes Fabry, de forma independente. Estima-se
que apenas 1 em cada 20 a 40 mil homens apresente uma mutação responsável pelos sintomas
desta doença. Sendo esta uma condição genética, pode ocorrer em qualquer lugar do mundo,
independentemente de etnia ou localização geográfica.
Quais os Sintomas?
Os sintomas podem variar, mas geralmente incluem dor em extremidades, fadiga, sudação
excessiva, manchas vermelhas na pele, problemas gastrointestinais e renais, bem como
problemas cardíacos e neurológicos graves. Como também dores nos membros, alterações das
glândulas sudoríparas, alterações oculares, intolerância ao frio ou/e calor, problemas auditivos
e entre outros. Muitas vezes, pelo o fato de não ter sintomas em específico, acaba sendo
confundida com outras doenças ou acaba se demorando até de fato ser descoberta, o que
pode se tornar cada vez mais complicado na vida do paciente em questão. A doença
desenvolve-se ao longo do tempo e é progressiva (causa gradualmente mais danos no
organismo). Alguns sintomas podem piorar e podem desenvolver-se alguns sintomas novos. À
medida que a doença progride, pode dar origem a problemas de saúde graves. Os sintomas,
como ditos em cima, podem começar na infância e com frequência variam significativamente
de uma pessoa para a outra. Além disso, a doença pode se avançar silenciosamente no interior
do organismo, em muitos casos, não causando nenhum sintoma evidente ou
queixas/reclamações durante o seu avanço.
Dignóstico da Doença:
Quando um médico suspeita de doença de Fabry, poderá fazer perguntas acerca da história
familiar do doente. Devido à natureza da doença, em geral várias pessoas da família estão
afetadas e podem ter problemas graves de saúde como problemas renais, problemas cardíacos
ou AVCs. Demora anos, ou mesmo décadas, até que as pessoas com doença de Fabry sejam
diagnosticadas. Diagnosticar a doença a alguém pode ser um longo processo, envolvendo
vários médicos diferentes e uma vasta gama de testes. O processo habitual para os médicos
consiste na exclusão das condições mais comuns antes de considerar doenças raras como a
doença de Fabry. O diagnóstico definitivo é confirmado nos homens pela determinação de
atividade enzimática de alfa-galactosidase A, numa amostra de sangue, a fresco ou mesmo
seco em papel de filtro. Nas mulheres, é necessário teste genético, para caracterização, no
DNA, da mutação causal. O doente com doença precisa de ser submetido a uma série de
outros exames para descobrir exatamente a forma como a doença o está a afetar. Estes exames
podem incluir:
Conclusão:
Atualmente, não existe cura para a doença de Fabry. Os sintomas e problemas de saúde podem
ser geridos com diferentes tipos de tratamento. Quanto mais cedo sendo diagnosticada,
melhor controle da progressão da doença, melhorar a qualidade de vida e evitar lesões
internas nos órgãos que podem ser irreversíveis. Existem diferentes opções de tratamento para
a doença de Fabry, que podem incluir:
Atualmente, a expectativa de vida média dos pacientes não tratados está ao redor dos 50 anos.
Os medicamentos são muito recentes e ainda não houve tempo para se comprovar diminuição
da mortalidade, apesar das evidências de existir redução dos depósitos de GB3 e retardamento
da perda de função renal. Quanto mais cedo for iniciado o medicamento, melhores são os
resultados. O tratamento é para vida toda.