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Porto
Dezembro de 2021
Índice
1. Introdução .................................................................................. 3
2. Conceito ..................................................................................... 4
5. Causas ........................................................................................ 6
6. Tratamento ................................................................................. 6
7. Conclusão .................................................................................. 9
8. Bibliografia ............................................................................... 10
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1. Introdução
O presente trabalho, intitulado “síndrome progeria hutchinson-gilford” surge no
âmbito da unidade curricular “necessidades educativas especiais” que integra o plano
de estudos de CTeSP em Acompanhamento de Crianças e Jovens, frequentado no
Instituto Politécnico da Maia – IPMAIA.
A escolha deste tema deve-se ao facto de saber que existe apenas em Portugal
uma menina com esta síndrome, que devido à doença não aguentou e acabou por
falecer recentemente com apenas 23 anos.
A seguinte anotação foi registada no jornal St. James Gazette em 1754: "Em 19
de Março de 1754 morreu, em Glamorganshire, de mera velhice e decomposição da
natureza, aos 17 anos e dois meses, Hopkins Hopkins, o pequeno galês, recentemente
exibido em Londres. Ele nunca pesou mais de 7,7 kg, e nos últimos três anos, não mais
que 5,5 kg.". Em 1886, Hutchinson descreveu um paciente semelhante. Mais tarde,
Gilford estudou esse menino e um outro paciente e denominou a condição de “progeria",
que significa envelhecimento prematuro (Jones et al., 2013).
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2. Conceito
A palavra síndrome é derivada do grego syndromé, que significa reunião,
concurso. Logo, na medicina, traduz-se por estado mórbido (enfermo, doente, relativo à
doença) caracterizando-se por um aglomerado de sintomas e sinais clínicos, podendo
resultar de mais de uma causa. Por outras palavras, a síndrome não é uma doença,
mas sim uma condição médica. Esta condição também recebe o nome de síndroma ou
síndromo.
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Assim, sabemos que a principal característica desta doença rara é o facto de um
bebé/criança ter a aparência de um idoso, por isto esta desenvolve os seguintes
aspectos:
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Pode-se constatar, que apesar da doença se manifestar de forma rara, existiu até
pouco tempo uma criança em Portugal que desenvolveu a síndrome. Ela, natural de
Viseu, destacou-se na imprensa internacional em 2019 depois de expor a sua condição
incomum (figura 1). Apesar de ter uma previsão de longevidade baixa (13 a 14 anos), a
famosa da internet superou os prognósticos e viveu até aos 23 anos. Segundo
entrevistas, Claúdia referiu sempre ter um lema: “viver a vida ao máximo” e recusou-se,
até aos seus últimos dias, deixar que seus problemas definam ou limitem a sua condição
de vida. A criança, retratava o seu cotidiano, as suas limitações e o seu estilo de vida
na internet, onde atraiu milhares de visualizações e seguidores. A jovem destacou que
“vivia a sua vida como se a progeria não vivesse dentro dela” e visitava outros pacientes
com progeria ao redor do mundo, cerca de 350 a 400 pessoas sofrem desta síndrome.
5. Causas
O desenvolvimento de progéria tem sido associado a mutações aleatórias no
gene LMNA, que tem a função de sintetizar proteínas (principalmente lamelas A e C)
essenciais para a formação de filamentos que conferem força e resistência às
membranas celulares, além de dar forma ao núcleo das células.
6. Tratamento
Como foi referindo ao longo deste trabalho não existe uma cura para a síndrome
de Hutchinson-Gilford. Logo, o tratamento centra-se nos sintomas e na melhoria da
qualidade de vida das pessoas afetadas.
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Dado que a progeria tem a sua origem em mutações genéticas, atualmente não
existem tratamentos eficazes para modificar as suas manifestações. É por isto que a
gestão de casos de progeria é principalmente sintomática.
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O risco aumentado de acidentes cardíacos e cerebrovasculares pode ser
combatido através do uso de medicamentos como Estatinas (usados para reduzir os
níveis de colesterol) e ácido acetilsalicílico, mais conhecido como "aspirina". Às vezes,
a cirurgia de revascularização miocárdica também é realizada. Problemas respiratórios,
esqueléticos, musculares e renais e de outros tipos, ainda, são tratados de maneira
similar: tratando as manifestações sem intervir no nível genético.
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7. Conclusão
No decorrer do trabalho, pode-se perceber que síndrome não significa doença e que há
síndromes que não tem cura, pois aquilo que se pode fazer é aprender a viver com esta
condição genética.
A progeria, apesar de rara, é uma síndrome difícil de lidar, pois carrega muito estigma
visto que causa uma condição duradora onde a criança sofre determinados preconceitos
e onde esta já sabe que não irá ter muito mais tempo de vida.
A jovem portuguesa que faleceu aos 23 anos, ensinou-nos que a vida é um sopro e que
todos nós somos feitos de carne e osso, de sentimentos, recordações e memórias e que
as pessoas da mesma forma que chegam até nós também se vão embora com a mesma
intensidade pois somos todos uma passagem neste mundo redondo a que chamamos
terra.
Este trabalho foi por si só bastante enriquecedor pois permitiu melhorar o conhecimento
desta síndrome pouco conhecida atualmente no qual, mais tarde será bastante
importante para poder trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais e
será necessário no meu percurso profissional como técnica de acompanhamento de
crianças e jovens.
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8. Bibliografia
BIOSOM, Equipe. Saiba tudo sobre a progeria. 2021. Biosom. Disponível em:
biosom.com.br/blog/saude/progeria. Acesso em: 03 dez. 2021.
Campos, J., Faria, C., e Domingues, A. (2006). Envelhecimento fora do tempo. Acta
Pediátrica Portuguesa., 37(6), pp. 223-225.
Flash (ed.). Morreu Claúdia Amaral: a jovem que envelhecia 7 vezes mais depressa.
a jovem que envelhecia 7 vezes mais depressa. 2021. Disponível em:
www.flash.pt/celebridades/nacional/detalhe/morreu-claudia-amaral-a-jovem-que-
envelhecia-7-vezes-mais-depressa-tinha-23-anos-mas-apresentava-ter-muito-mais.
Acesso em: 03 dez. 2021.
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