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Ministério da Educação

Instituto Técnico Privado Naweji

Trabalho de F A I

A violência doméstica e o divórcio

Grupo: 03

Sala: 07
Classe: 10

Curso: Informática de gestão

Turma: Única

Turno: Manhã

Docente
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Luanda aos 08 de Janeiro de 2024


Integrantes 2

Nome Classificação
Engraça Palata Domingos
Evanílson Almeida Afonso
Filipe Aurélio
ÍNDICE 3

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................4

1) Violência doméstica.......................................................................................................................,....5
I. Formas de violências..............................................................................................................5
II. Violência doméstica em angola.............................................................................................6
III. Situação jurica........................................................................................................................7
2) Divorcio................................................................................................................................................8
I. Causas de divorcio..................................................................................................................9
II. Consequências do divórcio....................................................................................................10

CONCLUSÃO............................................................................................................................................11

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................................12
INTRODUÇÃO 4

Neste presente trabalho abordaremos sobre a violência doméstica e o divórcio suas causas e
consequências e seu ponto de vista social. A violência doméstica tem origem em todo um contexto
social. Ela é reflexo das amplas estruturas de desigualdade económica e social na sociedade.
Por ser um problema transversal, acontece em diferentes contextos, independentemente de factores
sociais, económicos, culturais, etários. Apesar de ser exercida, na grande maioria, sobre mulheres,
atinge directa, ou indirectamente crianças, idosos e outras pessoas mais vulneráveis ou com
deficiência física. Algumas investigações académicas chamam a atenção para um aparente aumento
das vítimas de sexo masculino.
Há estudos que indicam a existência, em algumas comunidades, de um caso de violência conjugal
em cada três casamentos. É um fenómeno que parece não ser desconhecido em nenhuma região do
globo, porém muitas das vezes é dai que nasce o divorcio desestruturando a família e causando danos
a sociedade.
A maior parte das vitimas de violência doméstica recorrem ao divórcio como solução de seus
problemas, sendo assim uma das causas, o divórcio é feito segundo os parâmetros legais e de acordo
as situações encontradas dentro do cônjuge.
Violência doméstica 5

Considera-se violência doméstica ―qualquer ato, conduta ou omissão que sirva para infligir,
reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou económicos, de modo
direto ou indireto (por meio de ameaças, enganos, coação ou qualquer outro meio) a qualquer pessoa
que habite no mesmo agregado doméstico privado (pessoas – crianças, jovens, mulheres adultas,
homens adultos ou idosos – a viver em alojamento comum) ou que, não habitando no mesmo
agregado doméstico privado que o agente da violência seja cônjuge ou companheiro marital ou ex-
cônjuge ou ex-companheiro marital‖.

As situações de violência contra a mulher resultam, principalmente, da relação hierárquica


estabelecida entre os sexos, sacramentada ao longo da história pela diferença de papéis instituídos
socialmente a homens e mulheres, fruto da educação diferenciada. Assim, o processo de ―fabricação
de machos e fêmeas‖, desenvolve-se por meio da escola família, igreja, amigos, vizinhança e
veículos de comunicação em massa. Sendo assim, aos homens, de maneira geral, são atribuídas
qualidades referentes ao espaço público, domínio e agressividade. Já às mulheres foi dada a insígnia
de ―sexo frágil‖, pelo fato de serem mais expressivas (afetivas, sensíveis), traços que se contrapõem
aos masculinos e, por isso mesmo, não são tão valorizados na sociedade (AZEVEDO, 1985, p. 45).

E esse ciclo de violência doméstica se repete cada vez com mais intensidade num intervalo de
tempo menor, e indefinidamente, podendo terminar em tragédias. Nesse sentido, a violência
doméstica compõe um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos.
Desse modo, a violência doméstica sofrida pela mulher, está inserida e constituída na sociedade
como um fenômeno cultural, muitas vezes, esta prática de violação humana é silenciada pela vítima,
que ainda sofre com as humilhações, seja por medo do seu agressor ou por não ter condições de
procurar o amparo da lei.

Portanto, pode-se definir violência contra mulher como: qualquer ato, conduta, ou manifestação
com base no gênero que cause danos, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher. Tal ato
muitas vezes visa à desestruturação da vítima, que na grande maioria dos casos, tem vergonha ou
medo de denunciar o seu agressor.
Formas de violência doméstica
 Violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal.

 A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento. Crenças
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação.

 A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter
ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso
da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que
a impeça de usar qualquer método, de qualquer modo contraceptivo ou que a force ao
patrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
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manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

 A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetivos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades.

 A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria.

 Violência Social
Isolamento social (restrição do contacto com a família e amigos, proibir o acesso ao telefone,
negar o acesso aos cuidados de saúde)
Controlo económico (negar o acesso ao dinheiro ou a outros recursos básicos, impedir a sua
participação no emprego e educação)
Ameaças (à integridade física, de prejuízos financeiros)

Violência doméstica em Angola


Atualmente a nossa sociedade vem tendo grandes índices de violência doméstica afetando
milhares de famílias em todo território nacional. O problema esta na integridade física da mulher,
pois também sofre danos psicológicos e sociais. Verifica-se a violência domestica não acontece por
determinados fatores, seja como raça, etnia ou classe social.

Causas da Violência Doméstica

É difícil de destacar com precisão as reais causas que levam a violência domestica por ser um
problema bastante complexo.
Segundo Machado e Gonçalves (2003) consideram fatores contribuintes para a violência:
• O isolamento (geográfico, físico, afetivo e social),
• O poder e o domínio ou a influência moral
E ainda consideram que as causas mais próximas que tendem para a violência doméstica estão
baseadas:
• Nas crenças e atitudes;
• Situações de stress (desemprego; problemas financeiros; gravidez; mudanças de papel – tais
como início da frequência de um curso ou novo emprego do outro);
• Frustração;
• Alcoolismo ou toxico-dependência;
• Vivências infantis de agressão ou de violência parental;
• Personalidade sádica;
• Perturbações mentais ou físicas;
As Consequências da Violência Doméstica
As Mulheres sobreviventes de violência sofrem, a longo prazo, graves danos emocionais,
psicológicos e físicos.
Consequências ao nível da saúde física
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• Nódoas negras
• Dores de cabeça
• Aborto espontâneo
• Hemorragias
• Fracturas
• Problemas ginecológicos
Consequências ao nível da saúde mental
• Baixa auto-estima
• Sentimento de incapacidade
• Ansiedade
• Irritabilidade
• Depressão
• Perda de memória
• Abuso de álcool e drogas
• Tentativas de suicídio
Consequências sociais
• Isolamento
• Dependência económica
• Perda do emprego (Muitas mulheres envolvidas em violência doméstica, perdem o emprego
ou são obrigadas a despedir-se, devido a: Assédio(telefonemas, visitas constantes)
• Baixas prolongadas
• Dificuldades de concentração
• Baixa de produtividade
• Sequestro em casa

Situação Jurídica da Violência Doméstica


O ordenamento jurídico angolano passou a incorporar, depois da competente promulgação, a
prática da violência doméstica como crime público, na sequência da aprovação, pela Assembleia
Nacional, da "Lei Contra a Violência Doméstica".

A lei que tipifica os casos de violência dentro do lar como um crime público resulta da
adequação da proposta do Executivo às recomendações sugeridas pelos parlamentares aquando da
sua discussão na especialidade no dia 13 de Janeiro de 2011.
O divórcio 8

O divórcio é a forma legal de encerrar um casamento civil. existem diferentes tipos de


divórcio, que atendem às diversas necessidades dos casais em processo de separação. O divórcio
pode ser feito de forma judicial ou extrajudicial, e pode ser consensual ou litigioso.
 Divórcio extrajudicial:
O divórcio extrajudicial é aquele feito em cartório, sem a necessidade de processo na Justiça. É o
tipo mais rápido e menos burocrático de divórcio, por bastar que os cônjuges compareçam ao
cartório com um advogado e assinem a escritura pública de divórcio, que será lavrada pelo
tabelião. O divórcio extrajudicial pode ser feito em qualquer cartório do país, independentemente
do local do casamento ou da residência dos cônjuges.
Para fazer o divórcio extrajudicial, é preciso que:
— O divórcio seja consensual, ou seja, que os cônjuges concordem sobre todos os termos da
separação;
— Não haja filhos menores de idade ou incapazes;
Quando o casal tem filhos menores, a separação, atualmente chamada de divórcio, será feita na
justiça, podendo ser amigável ou litigiosa. Quando a separação é amigável, o casal faz o acordo junto
com o advogado, já deixando tudo combinado. Combinam a divisão do patrimônio, pagamento de
pensão, visitas e guarda.
— A mulher não esteja grávida, ou tenha conhecimento de que esteja grávida;
— Haja a presença de um advogado, que pode ser contratado em conjunto pelos cônjuges ou
individualmente por cada um;
O divórcio extrajudicial tem algumas vantagens, como:
— A rapidez, pois pode ser feito em poucos dias ou até mesmo horas;
— A economia, ao evitar custas judiciais e honorários advocatícios mais altos;
— A privacidade, pois não há exposição pública dos motivos e das consequências da separação;
— A autonomia, pois os cônjuges podem definir livremente os termos do divórcio, desde que
respeitados os limites legais.
 Divórcio judicial consensual: O divórcio judicial consensual é aquele feito por meio de
um processo na Justiça, mas com o acordo entre os cônjuges sobre todos os termos da
separação. É o tipo indicado para os casos em que há filhos menores de idade ou incapazes,
ou quando a mulher está grávida ou tem conhecimento de que esteja grávida. Nesses casos,
é necessário que o juiz analise e homologue o acordo dos cônjuges, para garantir o melhor
interesse dos filhos e da gestante.
Para fazer o divórcio judicial consensual, é preciso que:
— O divórcio seja consensual, ou seja, que os cônjuges concordem sobre todos os termos da
separação, como a partilha de bens, a guarda dos filhos e a pensão alimentícia;
— Haja a presença de dois advogados, um para cada parte;
— Haja a manifestação do Ministério Público, que deve fiscalizar o cumprimento da lei e dos
direitos das partes e dos filhos.
O divórcio judicial consensual tem algumas vantagens, como:
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— A segurança jurídica, pois o acordo é homologado pelo juiz com força de sentença;
— A celeridade, pois o processo é mais simples e rápido do que o litigioso;
— A flexibilidade, pois os cônjuges podem definir livremente os termos do divórcio, desde que
respeitados os limites legais e o melhor interesse dos filhos.
 Divórcio judicial litigioso: O divórcio judicial litigioso é aquele feito por meio de um
processo na Justiça, mas sem o acordo entre os cônjuges sobre algum aspecto da separação.
É o tipo indicado para os casos em que há conflito ou divergência entre os cônjuges sobre a
partilha de bens, a guarda dos filhos, a pensão alimentícia ou o uso do nome de casado.
Nesses casos, é necessário que o juiz decida sobre os termos da separação, após ouvir as
partes e as testemunhas.
Para fazer o divórcio judicial litigioso, é preciso que:
— Haja a presença de dois advogados, um para cada parte;
— Haja a manifestação do Ministério Público, que deve fiscalizar o cumprimento da lei e dos
direitos das partes e dos filhos.
O divórcio judicial litigioso tem algumas desvantagens, como:
— A demora, pois o processo é mais complexo e demorado do que o consensual;
— O custo, por envolver custas judiciais e honorários advocatícios mais altos;
— A exposição, por haver divulgação pública dos motivos e das consequências da separação;
— A imposição, pois os cônjuges ficam sujeitos à decisão do juiz, que pode não atender aos seus
interesses ou expectativas.

As causas do divórcio

1. Adultério – Estatísticas indicam que 60% dos homens e 47% das mulheres já foram infiéis ao
cônjuge. Pesquisas indicam que isso tem acontecido por problemas no casamento, insatisfação com o
cônjuge, vontade de experimentar outro(a) parceiro(a), falta de amor e atração.

2. Dinheiro – Pesquisas indicam que a segunda maior causa do divórcio tem relação com o dinheiro.
Desejo de adquirir coisas que não necessitam, com o dinheiro que não têm e, muitas vezes, só para
impressionar outros.

3.Violência doméstica qualquer ato, conduta ou omissão que sirva para infligir, reiteradamente e
com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou económicos

O divórcio traz desconforto e marcas para o casal e para aqueles que convivem com ele. O
casal pode envolver-se com ofensas que produzem muitas amarguras. Pode levar também um dos ex-
cônjuges tentar tudo que pode de mau ao outro.
As relações matrimoniais entre os cônjuges cessam após o divórcio e como tal, deve se
proceder à respetiva partilha dos bens. E, qualquer dos cônjuges possui o direito à partilha dos bens,
podendo tal exigência ser efetuada por acordo(extrajudicialmente) ou em processo de inventário .
Em caso de divórcio, nenhum dos cônjuges pode na partilha receber mais do que receberia se o
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casamento tivesse sido celebrado segundo o regime de comunhão de adquiridos posto isto, podemos
extrair que qualquer dos cônjuges face ao decretamento do divórcio e, independentemente do tipo de
regime de casamento que tenham convencionado, apenas poderão levar a seu favor os bens que
levaram para o casamento como aqueles que adquiriram na constância do matrimónio a título
gratuito.

Consequências do divorcio
Como consequência o ex-casal pode enfrentar crises financeiras, outra consequência terrível diz
respeito aos filhos, especialmente quando menores, também trás embaraço no relacionamento
familiar, em festas de aniversario, natal, entre outas ocasiões. Os embaraços atingem a todos, pode
atingir ate a igreja: testemunho, aplicação da disciplina e relacionamento com os irmãos e amigos
antigos.

O divórcio causa danos psíquicos para as relações interpessoais dos indivíduos, são produzidos
quando após o desenlace conjugal ocorre acentuado distanciamento entre o filhos e os progenitores
que não permanecem com a guarda ,acarretando sus repercussões na convivência familiar
CONCLUSÃO 11

Em suma a violência domestica e o divorcio tem sido grandes promotores de desestruturação da


sociedade, Porem precisamos realizar campanhas e manifestações contra tais ações.

O divórcio não começa no momento de se assinar os papéis da separação. As causas, às vezes,


passam despercebidas, no dia a dia. Há necessidade de cuidarmos diariamente do nosso casamento,
resolvendo pequenos problemas antes que tomem proporções tão grandes a ponto de levar à
separação. Atitudes corriqueiras, hábitos diferentes, diferenças de opinião podem levar a atitudes
mais sérias e a desentendimentos que não se resolvem. Se não forem tratadas, as portas para a
separação estarão abertas.

A concepção tradicional de família foi-se perdendo ao longo dos tempos, tanto que hoje são poucas
as famílias compostas por ―pai, mãe e filho‖, predominando as famílias monoparentais. O conceito
de família monoparental remete-nos para a análise de dois institutos jurídicos, designadamente, o
divórcio (fim da comunhão de vida conjugal) e responsabilidades parentais (exercício comum por
ambos os progenitores).
Bibliografia 12

Loureiro, Ana Teresa Terreiro Bispo Coimbra, março de 2012 Divorcio e Responsabilidades
Parentais.pdf.

http://www.google.com/#sclient=psy-ab&hl=pt
PT&source=hp&q=Projecto+lei+509%2FX+responsabilidades+parentais&rlz=1
R2ADFA_pt-

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/quais-sao-os-tipos-de-divorcio-e-como-funcionam/1830981136

https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/5388/1/Priscilla%20Schindler.pdf

https://ibvm.org.br/causas-e-consequencias-do-divorcio/

https://www.monografias.com/pt/trabalhos3/violencia-domestica-angola/violencia-domestica-
angola2.shtml#:~:text=Monograf%C3%ADas,%C3%A0%20mulher%20gr%C3%A1vida

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