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Daniel Edson Alves e Silva – OAB/MG 158.

749
Isabelle Cássia Silva Porteles – OAB/MG 204.417
Yasmin Melo Xavier Braga-OAB/MG 228.904
Phelipe Graciano Melo - estagiário

À _________ CÂMARA CÍVEL DO FORO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS


GERAIS – TJMG

ANA SILVESTRE DE SOUZA,

Inscrita no Cadastro de Pessoa Física sob o n.º 949.572.236-53, portadora da Cédula de


Identidade n.º 7.880.746/MG, residente e domiciliada na rua Treze de Maio, nº 88, Centro, em
Campo Belo/MG, CEP: 37.270-000, vem por intermédio de seu procurador subscrevente in fine,
não se conformando com a r. decisão interlocutória proferida nos autos da EXECUÇÃO DE
PRÉ – EXECUTIVIDADE interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, pelas
razões a seguir expendidas.

DO PREPARO

Ressalta-se que a agravante é pobre na acepção legal do termo, não tendo condições
financeiras de arcar com as custas processuais e eventuais honorários advocatícios, sem
prejuízo do seu sustento próprio e o de sua família. Nesse sentido, junta declaração de
hipossuficiência (doc. em anexo).

Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pelo art. 5º
LXXIV, da CF/88 e pelo art. 98 e ss c/c art. 99 do CPC/15.

DO NOME E ENDEREÇO COMPLETO DOS ADVOGADOS

Informa, outrossim, com vistas ao preenchimento do art. 1.016, IV, do CPC, o nome e
endereço completo dos advogados da agravante: Daniel Edson Alves e Silva, brasileiro, solteiro,
advogado, regularmente inscrito nos quadros da OAB/MG sob o n° 158.749, portador do CPF
Daniel Edson Alves e Silva Sociedade Individual de Advocacia
CNPJ/MF: 41.771.632/0001-36 - Insc. Municipal: 1010008994
Rua Santos Dumont, 271, Centro, Campo Belo/MG, CEP 37.270-000
Rua Tupinambás, 159, Caetano Mascarenhas, Oliveira/MG, CEP 35.540-000
( (35) 3832-2865 / 9 9777-7522. Endereço eletrônico: advdanieledson@yahoo.com.br
Perdões – Lavras – Candeias – Campo Belo – Oliveira
Daniel Edson Alves e Silva – OAB/MG 158.749
Isabelle Cássia Silva Porteles – OAB/MG 204.417
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060.302.236-74, RG 18.122.776, SSP/MG, endereço eletrônico


<advdanieledson@yahoo.com.br>, com escritório profissional estabelecido na rua Santos
Dumont, 271, Centro, em Campo Belo/MG, CEP 37.270-000.

DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS

A agravante apresenta cópia integral dos autos eletrônicos (de origem) à apreciação desta
Egrégia Câmara, declaradas autênticas pelos procuradores das mesmas, nos termos do artigo
425, IV do Código de Processo Civil, e, para uma melhor análise da questão.

Informa também que em cumprimento ao art. 1.018, § 2º, do CPC/15, juntará


oportunamente, cópia do presente recurso ao processo de origem. Diante disso, pleiteia-se o
processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído a uma das Câmaras Cíveis
deste excelso Tribunal de Justiça para que seja submetida à devida análise e ao final seja o
mesmo provido.

Respeitosamente, pede deferimento.

Campo Belo/MG, 1 de abril de 2024.

Daniel Edson Alves e Silva


OAB/MG - 158.749

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À ____________ CÂMARA CÍVEL DO FORO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE


MINAS GERAIS – TJMG

RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo de Origem: 0801622-29.2018.8.10.0024

Comarca de Origem: SEGUNDA VARA CÍVEL DE CAMPO BELO DO ESTADO DE MINAS


GERAIS;

Agravante: ANA SILVESTRE DE SOUZA;

Agravado: ESTADO DO MARANHAO - CNPJ: 06.354.468/0001-60.

EGRÉGIO TRIBUNAL,

COLENDA CÂMARA,

Com o devido respeito pugna-se pela reforma da r. decisão do juiz de primeira


instância, que indeferiu a exceção de pré - executividade, nos autos do processo 0801622-
29.2018.8.10.0024, em que figura como (agravado) ESTADO DO MARANHAO.

DA BREVE SÍNTESE DOS FATOS

O agravado propôs ação de execução fiscal em desfavor da agravante e outros, em julho


de 2018, alegando ser este devedor do valor de R$ 26.634,00 (vinte e seis mil e seiscentos e
trinta e quatro reais).

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Entretanto, o título apresentado não se mostra exigível contra a agravante, motivo pelo
qual necessário se fez a apresentação da Exceção de Pré-Executividade.

Ora, a agravante é uma pessoa com mais de 70 (setenta) anos de idade que nunca exerceu
qualquer atividade empresarial, se tratando de uma simples dona de casa, que passou os últimos
44 (quarenta e quatro) anos de sua vida unicamente cuidando de sua filha que é excepcional.

Portanto, é fato público e notório que a agravante nunca teve qualquer relação com a
empresa Courobom Comercio de Couros LTDA, se tratando de uma pessoa extremamente
humilde, que fora vítima de um “golpe”.

O golpe mencionado se explica quando o marido da agravante faleceu, o sr. Wilson a


procurou e pediu que a mesma assinasse diversos papeis, falando para ela que a documentação
seria para resolver as questões do funeral de seu esposo.

Leiga, a agravante assinou a documentação pensando se tratar de uma finalidade, sendo


que na verdade fora enganada, e o sr. Wilson que a incluiu sem qualquer conhecimento aos
quadros da empresa executada.

Portanto, é absolutamente injusta a situação da sra. Ana, pelo que requer sua imediata
exclusão da presente lide

Todavia, em sede de cognição sumária, entendeu o i. magistrado que:

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“A propósito, o Superior Tribunal de Justiça, no tema repetitivo


n. 108, sedimentou que: “Não cabe exceção de pré
executividade em execução fiscal promovida contra sócio que
figura como responsável na Certidão de Dívida Ativa - CDA”.
Por reconhecer a inadequação da via eleita, rejeito a Exceção
de Pré-Executividade em tela”.

A decisão merece prosperar, pois a agravante em momento algum concordou em ser


sócia da empresa executada, assim como, não sabia na ocasião que estava assinando um
contrato, tendo em vista, que foi induzida a erro pelo sócio da empresa, o Sr. Marconi Wilson
Andrade Coitinho, motivo pelo qual requer a reforma da decisão proferida.

DO CABIMENTO DO PEDIDO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

O entendimento doutrinário e jurisprudencial é que o instituto da Exceção de Pré-


Executividade pode ser arguido a qualquer tempo, por simples petição, independente de
segurança do Juízo, desde que desnecessária qualquer dilação probatória, ou seja, por prova
documental inequívoca, comprovando a inviabilidade da execução.

No presente caso, verifica-se a possibilidade da presente Exceção de pré-


executividade porquanto a excipiente (agravante) é parte ilegítima na ação.

Portanto, cabível a apresentação de Exceção de Pré-Executividade no caso em apreço,


conforme igualmente restará demonstrado nas razões de fatos e direitos abaixo expostas.

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DAS RAZÕES DE REFORMA DA NEGATIVA DE EXCEÇÃO DA PRÉ –


EXECUTIVIDADE

A agravante em momento algum concordou em ser sócia da empresa executada, assim


como, não sabia na ocasião que estava assinando um contrato, tendo em vista, que foi induzida a
erro pelo sócio da empresa, o Sr. Marconi Wilson Andrade Coitinho.

Destaca-se que, conforme os documentos anexo, na sentença do processo de n°


0020282-04.201.8.26.0004 do Tribunal de Justiça de São Paulo/SP, foi reconhecido que uma
das supostas sócias da empresa, foi vitima de fraude grosseira, e foi declarada a inexistência
das relações jurídicas entre as partes, posto que, a assinatura da vitima lançada no contrato
era falsa, sendo reconhecida através de pericia realizada nos autos.

Nesse sentido, é de suma importância destacar um trecho da sentença citada acima:

“Por sua vez, ela nega que tenha ingressado na sociedade, batendo-se
pela falsidade das assinaturas que foram lançadas no ato constitutivo.

A controvérsia refere-se à inexistência de consenso da requerente em


particular da constituição da sociedade requerida.

De fato, é imprescindível para a constituição da sociedade o consenso


dos sócios, sendo que a vontade deve ser livremente manifestada,
devendo ser isenta de vícios Por isto, como a requerente sustenta que não
participou do ato e que as assinaturas exaradas nos documentos são
falsas, foi deferida a prova técnica pericial grafotécnica.
Segundo o laudo pericial (fls. 261/274): "E falsa a assinatura atribuida a
requerente que figura na alteração contratual da empresa COUROBOM
COMÉRCIO DE COUROS LTDA- ME, juntada reproduzida às fis.

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21/22 dos autos, descrita no capítulo 'Peça de Exame', tendo em vista que
não se identifica graficamente com as assinaturas paradigmas
disponibilizadas à perícia, portanto, não emanou do punho de Marcia
Andreia Ferreira Batista Castilho"

Restou comprovado, portanto, que a requerente não anuiu com a constituição da


sociedade.

A constituição da pessoa jurídica, mormente as de natureza contratual, deve observar os


elementos de existência, validade e eficácia do negócio jurídico, bem como está sujeita aos
vícios de consentimento, sociais, anulabilidade e nulidade, conforme se depreende dos arts. 104 a
184 do Código Civil.

Ademais, registre-se que é de grande importância nas sociedades contratuais à figura


especial do sócio, o que se denomina de 'affectio societatis', que é o vínculo entre os sócios na
consecução dos objetivos sociais.

No caso, é possível concluir que a constituição da sociedade não contou com a


anuência da sócia, pois ela sequer sabia da existência da sociedade, o que demonstra
inexistir o requisito da 'affectio societatis´.

Nesse contexto, considerando que restou demonstrado que a agravante não quis
contratar e que sua inserção no quadro social ocorreu de modo fraudulento, deve ser
reconhecida a invalidade do ato de adesão viciado, porém permanecendo íntegra a sociedade
em relação aos demais sócios, inclusive, devendo ser salientado que nenhum deles suscitou a
existência de fraudo em relação as suas inclusões no contrato social.

Nesse sentido:
Negócio Jurídico, Constituição de sociedade empresária em nome das

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apelantes, Simulação, Anulação do negócio simulado com a manutenção


do dissimulado (art. 167 do CC). Comprovação de que as apelantes
apenas serviram de meio para a simulação do negócio pelo apelado.
Manutenção do negocio dissimulado apenas na pessoa do apelado,
Responsabilidade perante terceiros de boa fé de todas as partes
envolvidas. Sentença reformada. Recurso provido. CTJSP. AP 0007423-
51.2013,8.26.0100. Rel. Hamid Bdine, j. em 16,03.2016).

Portanto não é cabível prosperar decisão que não conhece da exceção de pré-
executividade em execução fiscal, pois a agravante não figura como responsável na
Certidão de Dívida Ativa – CDA, tendo em vista que foi vítima de erro grosseiro.

Desse modo, de rigor, a procedência do pedido, declarando a inexistência da relação


jurídica da agravante e conhecer da exceção de pré - executividade.

INCLUSÃO INDEVIDA DA EXECUTADA NA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA

A Fazenda Pública Estadual propôs execução fiscal contra a empresa, bem como em
desfavor da suposta sócia, ou seja, a agravante, tendo como objeto a cobrança de dívida tributária
referente às CDA n° 097111 a 097197 e 097237 a 097239/2018, no que diz respeito à multa pela
não apresentação da escrituração fiscal digital EFD no prazo, tendo como data do fato gerador os
anos de 2016, 2017 e 2018, tendo atribuído à causa o valor de R$ 26.634,00 (vinte e seis mil e
seiscentos e trinta e quatro reais).

Porém, conforme o exposto, a agravante é pessoa ilegítima no polo passivo da ação,


assim fica evidenciado, que na presente demanda, houve a inclusão indevida da executada
nas certidões de dividas ativas acostadas nos autos, posto isto, requer que o nome da excipiente
seja retirado do cadastro das dívidas ativas, acostadas nos autos, n° 097111 a 097197 e 097237 a
097239/2018, ID 12604894 - Pág. 1 a 90.

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Nesse sentido, é de suma importância destacar o entendimento jurisprudencial sobre a


presente demanda:

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO CONTRA


SÓCIOS DA EMPRESA EXECUTADA. INSERÇÃO DO NOME
DE TERCEIRO ("LARANJA") NO CONTRATO SOCIAL DA
EMPRESA SEM O SEU CONHECIMENTO. EXCIPIENTE
PARTE ILEGÍTIMA NA EXECUÇÃO. Comprovado que o excipiente
fora vítima de fraude perpetrada pela empresa executada no processo
principal, ao ter incluído seu nome no contrato social da empresa, na
condição de sócio, sem que disso tivesse conhecimento, torna manifesta a
sua ilegitimidade passiva na execução. Agravo de petição desprovido.
(grifo nosso)

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL AGRAVO INTERNO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL.
ILEGITIMIDADE PASSIVA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE DEFERIDA PELA INSTÂNCIA ORDINÁRIA
ANTE A CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA DE TODOS OS
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO SEU CONHECIMENTO.
ENTENDIMENTO CONSONANTE A ORIENTAÇÃO DESTA
CORTE, CONSOLIDADA EM SÚMULA E EM RECURSO
REPETITIVO (RESP 1. 104.900/ES - TEMA 103 E SÚMULA 393
/STJ), DE QUE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É
CABÍVEL QUANDO AS PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS FORAM
DEMONSTRADAS À SOCIEDADE, NÃO DEMANDANDO
DILAÇÃO PROBATÓRIA. AGRAVO INTERNO DO ESTADO DO
AMAZONAS A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A Primeira Seção

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do Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do julgamento do REsp.


1.104.900/ES, sob a sistemática do art. 543-C do CPC/1973 (Tema 103),
consagrou o entendimento de que a exceção de pré-executividade
somente é cabível nas situações em que não se faz necessária dilação
probatória ou em que as questões possam ser conhecidas de ofício pelo
magistrado. Incidência da Súmula XXXXX/STJ. 2. É o caso dos autos,
em que a alegação de ilegitimidade passiva da ora agravada pode ser
acolhida de plano, ante a constatação de que foram carreados aos
autos todos os elementos necessários ao seu reconhecimento, tal como
expressamente consignado no acórdão recorrido. 3. Outrossim, a análise
da suficiência ou não das provas pré-constituídas não é possível em
recurso especial (AgRg no AREsp XXXXX/RJ, Rel. Min. BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe 4/12/2015). 4. Agravo
Interno do ESTADO DO AMAZONAS a que se nega provimento. (grifo
nosso)

Por conseguinte, requer que o nome da agravante seja retirado do cadastro das
dívidas ativas, acostadas nos autos.

Assim, requer seja cancelada a penhora realizada em nome da agravante, posto que, a
mesma não é parte legitima na ação.

CONCLUSÃO – PEDIDO FINAL DO AGRAVO

Ante as razões expostas, humildemente, requer o conhecimento da exceção da pré -


executividade, pois a sua inserção no quadro social ocorreu de modo fraudulento, devendo
ser reconhecida a invalidade do ato de adesão viciado, conforme a sentença anexa nos autos
referente ao processo de n° 0020282-04.201.8.26.0004 do Tribunal de Justiça de São
Paulo/SP, que foi reconhecido que uma das supostas sócias da empresa, foi vitima de

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fraude grosseira, e foi declarada a inexistência das relações jurídicas entre as partes, posto
que, a assinatura da vitima lançada no contrato era falsa, sendo reconhecida através de
pericia realizada nos autos;

Requer ainda, que seja determinada a intimação do i. magistrado de 1ª instância,


para que em observância às razões do agravo, possa fazer uso do exercício do juízo de
retratação, para fins de reforma da decisão vergastada nos termos recursais, conforme disposto
no art. 1.018, §1° do CPC/15.

Por fim, requer seja dado provimento ao presente agravo, a fim de reformar a decisão
interlocutória para conhecer a exceção de pré – executividade, retirando a agravante do
cadastro das dívidas ativas e cancelar a penhora realizada em nome, posto que a mesma
não é parte legítima na ação.

Nestes termos, pede deferimento.

Campo Belo/MG, 1 de abril de 2024.

Daniel Edson Alves e Silva


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