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Daniel Edson Alves e Silva – OAB/MG 158.

749
Isabelle Cássia Silva Porteles – OAB/MG 204.417
Yasmin Melo Xavier Braga – OAB/MG 228.904
Phelipe Graciano Melo – estagiário

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE DO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - TJMG

GILMAR RODRIGUES SILVA vem por seu procurador in fine assinado, nos autos da
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C ANULAÇÃO DE MULTA E
DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO, inconformado, data maxima venia com
o v. acórdão prolatado em apelação cível, vem interpor o presente RECURSO ESPECIAL
para apreciação do c. Superior Tribunal de Justiça – STJ com fulcro no artigo 105, III, a e c da
Constituição Federal, com as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que se digne a
recebê-las, processá-las e fazê-las subir a mencionada Corte, na forma da lei.

Termos em que, pede deferimento.

Campo Belo/MG, 11 de março de 2024.

Daniel Edson Alves e Silva


OAB/MG - 158.749

Daniel Edson Alves e Silva Sociedade Individual de Advocacia


CNPJ/MF: 41.771.632/0001-36 - Insc. Municipal: 1010008994
Rua Santos Dumont, 271, Centro, Campo Belo/MG, CEP 37.270-000
Rua Tupinambás, 159, Caetano Mascarenhas, Oliveira/MG, CEP 35.540-000
( (35) 3832-2865 / 9 9777-7522. Endereço eletrônico: <advdanieledson@yahoo.com.br>
Campo Belo – Candeias - Perdões – Lavras – Oliveira
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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) MINISTRO (A) PRESIDENTE DO SUPERIOR


TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ

PROCESSO DE ORIGEM: 5003443-20.2022.8.13.0112

APELAÇÃO CÍVEL Nº: 1.0000.23.312580-6/001

RECORRENTE: GILMAR RODRIGUES SILVA;

RECORRIDO: AGÊNCIA GOIANA DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTES –


GOINFRA e ESTADO DE GOIAS.

RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL

Colenda Turma Julgadora,

Em que pese à inenarrável cultura e o notório saber jurídico dos ilustres componentes da
13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, impõe-se a reforma do v.
acórdão recorrido, pelas razões de fato e de direito aduzidas a seguir.

DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO

Como preconiza o disposto no artigo 102, inc. III, alínea a e c, da Constituição Federal,
das decisões de última instância proferidas pelos tribunais regionais caberá Recurso Especial
para Superior Tribunal de Justiça - STJ.

Da análise dos autos restaram as seguintes conclusões:

1. O acórdão recorrido foi julgado em última instância pelo Tribunal mineiro;

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2. O acórdão caminhou, data vênia, em sentido contrário à Lei Federal, lhe afrontando,
contradizendo e negando-lhe vigência;

3. Há dissídio jurisprudencial quanto à questão suscitada no feito.

Logo, tendo em vista que o recorrente foi sucumbente, à luz do art. 105, III, alíneas a e c
da Constituição Federal, é cabível o presente RECURSO ESPECIAL como meio de alcançar o
fim desejado, qual seja, a reforma do acórdão para determinar a reforma da sentença de primeiro
grau.

DA DESNECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DO PREPARO RECURSAL ANTE A


CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

A parte recorrente esclarece que é beneficiário da gratuidade processual, e, portanto,


isento do recolhimento de tais custas, conforme deferido em (ID. 96426904654).

PRELIMINARMENTE
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

A colenda 13ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na pessoa
do i. relator do presente caso, entendeu não ser aplicável ao caso em apreço o dano moral aos
recorridos em decorrência da autuação indevida do veículo do recorrente.

Com efeito, entende o recorrente que o v. Acórdão exarado diverge das decisões de
outros tribunais, preenchendo, portanto, o pressuposto da alínea c do artigo, 105, da Constituição
Federal.

Não se trata, destarte, de análise de matéria fática, o que é vedado em sede especial, mas
à matéria de direito, estando assim de acordo com a jurisprudência do STJ por violar a

Constituição Federal art. art. 5º, V, X, LXXV e 37,§6º.


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BREVE SÍNTESE DOS FATOS E DO DIREITO

Trata-se de Ação o de Indenização por danos morais c/c anulação de multa e declaração
de inexistência de débito c/c obrigação de fazer (exclusão da penalidade no prontuário).

Os fatos decorreram em virtude de uma errônea autuação no automóvel, pertencente ao


recorrente, com objetivo de proporcionar a oportunidade de exercitar seu legítimo direito de
ampla defesa e do exercício pleno de contraditório frente ao seu direito de manifestar quanto
injustiça a qual sofreu.

Em decorrência da injustiça no dia 24/04/2022 foi imputada ao recorrente uma multa no


valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos) por conduzir veículo
automotor em mau estado de conservação, porém, o recorrente nunca viajou para o Estado de
Goiás, quiçá dirigindo ou emprestando seu veículo a terceiro em “mau estado de conservação”,
fato este inverídico que é comprovado por fotos juntadas no processo.

Por todo o exposto, o recorrente ingressou com ação contra o recorrido nos sentido de:

1. Declarar a anulação da multa, bem como a inexistência de débito;

2. Condenar as requeridas à obrigação de fazer consistente na anulação dos pontos içados no


prontuário do autor (em face de multa objeto da lide);

3. A condenação das apeladas solidariamente ao pagamento de indenização por danos morais;

4. A condenação dos recorridos ao pagamento de honorários de sucumbência.

Instruído o feito, foi sentenciada improcedente a demanda (ID 9841752552 - Pág. 1),
sendo todos os pedidos do recorrente julgados não procedentes (salvo a condenação das
requeridas ao pagamento dos honorários sucumbenciais), extinguindo o feito, com resolução de

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mérito, nos termos do art. 487, inc. I, do CPC, seja pela perda superveniente do interesse de agir,
posto que a autuação foi “cancelada” em sede de contestação, e, pelo reconhecimento da
ilegitimidade passiva do Estado de Goiás/GO.

E no que tange os Danos Morais, o juízo a quo rejeitou o pedido formulado na inicial, nos
termos do art. 487, inc. I, do CPC.

No entanto, o recorrente com o devido respeito, entende que a decisão está incompatível
com a realidade dos fatos, acerca das provas apresentadas nos autos, pois apesar de não existirem
débitos para que sejam declarados inexistentes (no relacionamento entre o recorrente e
recorridos), data venia, o recorrente faz jus ao recebimento de indenização por danos
morais, face não somente à série de constrangimentos sofridos em decorrência da falha
advindas dos serviços prestados pelos recorridos, mas também por todo o esforço que
exerceu em busca de provar a síntese dos fatos.

Logo, tendo em vista que o recorrente foi sucumbente, à luz do art. 105, III, alíneas a e c da
Constituição Federal, é cabível o presente RECURSO ESPECIAL como meio de alcançar o fim
desejado, qual seja, a reforma do acórdão para determinar a reforma da sentença de primeiro grau.

DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA

É fundamental trazer neste momento, o que a legislação estabelece, sobre o dano que foi
causado ao recorrente, sendo evidente a obrigação em repará-lo:

Observe o art. 186 do CC e o art. 227 do CC:

Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.(grifo nosso)

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Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo. (grifo nosso)

É indiscutível a existência do prequestionamento no caso em questão, visto que a situação


real relatada, faz expressa menção ao que prevê o art. 105, III, a e c, da Constituição Federal.

Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou


última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais
dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
recorrida:

a) contrariar tratado ou Lei Federal, ou negar-lhes vigência;

(...)

c) Dar a Lei Federal interpretação divergente da que lhe haja


atribuído outro tribunal.

Nesse interim, faz-se mister destacar que a norma legal acima apontada foi inteiramente
prequestionada, data venia, bastando, para confirmar tal assertiva, uma simples leitura
perfunctória dos autos, especialmente, da petição inicial, das manifestações incidentais, da
sentença, da peça de apelação, do próprio acordão recorrido, manejados pelo recorrente.

Atentemo-nos, ainda, que em plena consonância com a exigência de se ter a matéria


prequestionada para fins de admissibilidade do REsp, a temática em apreço já foi assunto em
outras decisões semelhantes, conforme entendimentos já firmados em outros Tribunais:

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RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS E MATERIAIS. MULTA DE TRÂNSITO
INFRAÇÃO APLICADA DE FORMA INDEVIDA. DANO MORAL
CONFIGURADO. FIXADO EM R$ QUANTUM 3.000,00.
SENTENÇA REFORMADA.
Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJPR-4ª Turma Recursal -
0016861-84.2015.8.16.0173 - Umuarama - Rel.: Juiz Aldemar Sternadt -
J. 13.09.2017).(grifo nosso)

APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


MULTA DE TRÂNSITO CUMULADA COM REPETIÇÃO DE
INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
RESPONSABILIDE CIVIL OBJETIVA. DANO MORAL "IN RE
IPSA". QUANTUM REPARATÓRIO, CRITÉRIOS ESTABELECIDOS
PARA FIXAÇÃO. 1 - Aplica-se a responsabilidade civil objetiva em
decorrência da cobrança indevida de multa de trânsito, uma vez que
o DETRAN/GO é responsável por eventuais falhas na prestação de
seus serviços, imputando-lhe a obrigação de indenizar ato lesivo
causado a terceiro, nos termos do artigo 37, $ 6º, da Constituição
Federal, sendo despiciendo a demonstração de dolo e/ou culpa. 2 -
Comprovada a cobrança indevida de multa em nome do atual proprietário
do veículo, eis que houve a regular transferência de propriedade do bem,
configura-se dano moral in re ipsa, ora presumido e correlato à própria
ilicitude do ato. 3 - A fixação do quantum indenizatório deve observar os
princípios da proporcionalidade e razoabilidade, em consonância com a
função pedagógica e punitiva, bem como a capacidade econômica do
ofensor e do ofendido, sendo a quantia de R$ 3.000,00 (tres mil reais)
apta a compensar os danos experimentados, 4 - Face ao parcial
provimento da apelação cível, não há falar se em majoração da verba

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honorária recursal. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E


PARCIALMENTE PROVIDA.TJ- GO. (grifo nosso)

DIREITO CIVIL. MULTAS DE TRÂNSITO. PONTUAÇÃO


INDEVIDA ANOTADA NO PRONTUÁRIO DA PROPRIETÁRIA
DO VEÍCULO AUTOMOTOR NO DEPARTAMENTO DE
TRÂNSITO. DANO MORAL.
OCORRÊNCIA. I O A anotação indevida de infrações de trânsito no
prontuário do proprietário do veículo perante a autoridade de
trânsito caracteriza constrangimento moral a ser compensado,
porquanto hábil a gerar ofensa aos atributos de personalidade. I O
arbitramento do valor da compensação do dano moral deve ser informado
por critérios de proporcionalidade e razoabilidade, observando-se as
condições económicas das partes envolvidas, a natureza e a extensão do
dano. III O Negou-se provimento ao recurso. TJ- RS.(grifo nosso)

ADMINISTRATIVO. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.


INFRAÇÃO. PROCEDIMENTO. MULTA DE TRÂNSITO.
EQUÍVOCO DO AGENTE NA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
INFRATOR. DANO MORAL HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1.
Não há como defender a legalidade do procedimento administrativo
adotado pelo agente de trânsito, uma vez que o Auto de Infração que
gerou a imposição da penalidade de multa, contém erro com relação
à placa do veículo autuado, atribuindo o mesmo fato (infração) a dois
automóveis diferentes. 2. Não pairando qualquer dúvida sobre a prova do
fato e do nexo causal entre ele e o dano, cabivel a indenização por danos
morais. Em relação ao quantum fixado a esse título, tenho que a sentença
não merece reparos estando, inclusive, em consonância com a
jurisprudência do Egrégio STJ.B. Mantida a condenação em honorários

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advocatícios, 4, Apelação e remessa oficial improvidas.TRF4 – SC.


(grifo nosso)

Assim, verifica-se que no presente caso, não foi observado os parâmetros corretos para
analisar o pedido recursal no que tange os danos causados ao recorrente.

A decisão aqui atacada, além de ter violado/negado vigência ao artigo 5°, V, X, LXXV
e 37,§6º da Constituição Federal e arts. 186 e 927 do Código Civil violaram claramente os
princípios constitucionais implícitos da dignidade da pessoa humana , do devido processo legal
e da ampla defesa, cujas maiores considerações serão analisadas mais à frente.

Dessa forma, somente se pode concluir que a disciplina atinente à negativa de vigência
à Lei supra apontada foi claramente analisada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, tendo
sido, portanto, está prequestionada a matéria de conformidade plena e direta com as
determinações normativas atinentes à espécie, devendo o presente Recurso Especial ser
devidamente recebido e processado regularmente, com o consequente envio de suas razões ao
Superior Tribunal de Justiça para a competente análise de mérito.

DAS RAZÕES PARA A REFORMA DO ACÓRDÃO

Como se vê o acórdão recorrido violou frontalmente o artigo 105, III, c da CF, pois
inúmeros acórdãos de outros Tribunais, especialmente desse e. STJ já acolheram o
entendimento contrario ao prolatado no acórdão recorrido.

O principal objetivo deste Recurso Especial é de que aconteça a aplicação correta do


que prevê o Código Civil em seus arts. 186 e 927 e principalmente no que tange a nossa
Constituição Federal em seus artigos Constituição Federal art. art. 5º, V, X, LXXV e 37,§6º, a
respeito da obrigação de indenizar o dano causado por aquele que o causou.

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Nessa mesma linha, corroborando ainda mais ao argumento para a reforma do acórdão
junta julgado de tribunal sobre assunto semelhante à matéria. In verbis:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO -


DANOS MORAIS - OCORRÊNCIA POLICIAL -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO (ART, 37, $ 69,
DA CR/88)- DANO E NEXO DE CAUSALIDADE -
DEMONSTRADOS - DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO -
SENTENÇA MANTIDA.
Comprovado o liame de causalidade entre a conduta do agente público
e o dano ocorrido , não se tendo verificado a ocorrência de qualquer
das causas excludentes da responsabilidade, tem-se por certo o dever de
reparação, sendo essa a inteligência do art. 37, 5 6°, do CPC. Há
configuração de responsabilidade objetiva do Estado , com o
consequente dever de indenizar , na hipótese de atuação policial que
violou os princípios de razoabilidade e proporcionalidade, que causa
evidente prejuízo moral . TJ- MG. (grifo nosso)

Neste sentido a responsabilidade solidária entre o Estado e a Agência Goiana de


Infraestrutura e Transporte – GOINFRA, que conforme o art. 37, § 6º da Constituição Federal,
estabelece que:

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998).

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

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agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito


de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa . (grifo
nosso)

Com esse enfoque, urge transcrever o magistério de Rafael Carvalho Rezende:

O art. 37, § 6.º, da Constituição de 1988 consolida, definitivamente,


a responsabilidade civil objetiva das pessoas de direito público e
alarga a sua incidência para englobar as pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviços públicos, assegurando o direito de
regresso em face de seus respectivos agentes que respondem de forma
subjetiva. De acordo com a referida norma: “As pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros , assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. O art. 43 do Código
Civil de 2002, ao contrário do Código anterior, reafirma a
responsabilidade objetiva do Estado prevista na atual Constituição .
Atualmente, portanto, a regra é a responsabilidade objetiva das
pessoas de direito público e das pessoas de direito privado
prestadoras de serviços públicos , bem como a responsabilidade
pessoal e subjetiva dos agentes públicos . [ ... ] 1 (grifo nosso).

Ora, observa-se dos julgados supra colacionados, que, tanto o juízo de primeiro grau,
quanto o de segundo grau, decidiu contrariamente ao entendimento majoritário dos tribunais,
inclusive do entendimento consolidado neste próprio tribunal, mostrando assim de fato a
existência de divergência jurisprudencial entre a decisão do acórdão paradigma e do acórdão
recorrido.

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Isto porque, não há como afastar a aplicabilidade do art. 37, § 6º da Constituição


Federal do caso concreto, tendo em vista que a responsabilidade dos recorridos é objetiva,
sendo que deste modo, descabe a comprovação de negligência.

Por todo o exposto, resta claro legitimidade do Estado pela responsabilidade


objetiva, posto que, o Estado é responsável pelas condutas praticadas pelos seus agentes , e
no presente caso, é evidente que a falta de fiscalização , acarretou o prejuízo causado ao
recorrente, visto que a ele foi imputado uma infração em outro Estado , sem sequer ter
saído de casa com o seu carro , evidenciando que não cometeu ilícito algum e mesmo assim
teve seu direito terrivelmente infligido , correndo o risco até de perder sua carteira de
motorista.

DAS RAZÕES PARA A REFORMA DO ACÓRDÃO RECORRIDO DO MÉRITO – DA


CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL

As partes recorridas imputaram ao recorrido uma multa no valor de R$ 195,23 (cento e


noventa e cinco reais e vinte e três centavos) por conduzir veículo automotor em mau estado de
conservação, porém, o recorrente nunca viajou para o Estado de Goiás, quiçá dirigindo ou
emprestando seu veículo a terceiro em “mau estado de conservação”, fato este inverídico que é
comprovado por fotos que foram juntadas no processo.

Deste modo a surpresa e desagrado sofrido do veículo ser autuado de forma injusta,
justificam a pretensão indenizatória, somando-se com o iminente medo que sofreu sobre o risco
de perder 5 (cinco) pontos em sua CNH. Inclusive diante a indignação também teve que
desgastar a realizar boletim de ocorrência nº 2022-024834932-001, bem como procurar ajuda
jurídica para o auxilia-lo. Tal situação ultrapassa a seara dos meros aborrecimentos cotidianos,
ocasionando danos morais e materiais, conforme artigo 5º, inciso X, da CF, o qual
expressamente, determina que:

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Rua Tupinambás, 159, Caetano Mascarenhas, Oliveira/MG, CEP 35.540-000
( (35) 3832-2865 / 9 9777-7522. Endereço eletrônico: <advdanieledson@yahoo.com.br>
Campo Belo – Candeias - Perdões – Lavras – Oliveira
Daniel Edson Alves e Silva – OAB/MG 158.749
Isabelle Cássia Silva Porteles – OAB/MG 204.417
Yasmin Melo Xavier Braga – OAB/MG 228.904
Phelipe Graciano Melo – estagiário

"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem


das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação" . (grifo nosso)

Dispõe também o art. 186, do CC:

"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito".

Determina, ainda, o art. 927 do CC:

"Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo".

Logo, a caracterização do nexo de causalidade e a conduta ilícita dos recorridos se


mostram plausíveis, em razão da falha na prestação de serviços latente, imputando uma multa
indevida ao apelante, devendo ser ainda destacado que o apelante, caracterizando a boa- fé,
tentou resolver seu problema administrativamente, tendo sido todo o seu esforço em vão.

Desse modo, conclui-se que aquele que por ato ilícito causar dano a outrem tem a
obrigação de indenizá-lo.

Sendo assim no presente caso, é evidente o direito indenizatório por danos morais, e neste
sentido a jurisprudência manifesta-se que:

RECURSO INOMINADO. TRÂNSITO. AÇÃO ANULATÓRIA DE


ATO ADMINISTRATIVO C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS.
PLACA DE AUTOMÓVEL CLONADO. COMUNICAÇÃO AO ENTE
PÚBLICO QUE LAVROU A INFRAÇÃO DE TRÂNSITO.
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AUTORIDADE PÚBLICA QUE, APÓS CIÊNCIA E PROVAS DO


ILÍCITO MANTEVE A SANÇÃO IMPOSTAS A PESSOA QUE NÃO
PRATICOU O ILÍCITO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE DE
LICENCIAMENTO E PAGAMENTO DE TAXAS SEM O
PAGAMENTO INDEVIDO DA MULTA DE TRANSITO.
COBRANÇA INDEVIDA. DANO MORAL CONFIGURADO.
QUANTUM FIXADO EM R$5.000,00. SENTENÇA REFORMADA.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. TJPR- 4ª
Turma Recursal - XXXXX-43.2020.8.16.0030 - Foz do Iguaçu - Rel.:
JUIZ DE DIREITO DA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS
ESPECIAIS ALDEMAR STERNADT - J. 16.11.202.(grifo nosso)

DIREITO CIVIL. MULTAS DE TRÂNSITO. PONTUAÇÃO


INDEVIDA ANOTADA NO PRONTUÁRIO DA PROPRIETÁRIA
DO VEÍCULO AUTOMOTOR NO DEPARTAMENTO DE
TRÂNSITO. DANO MORAL. OCORRÊNCIA. 1. A anotação
indevida de infrações de trânsito no prontuário do proprietário do
veículo perante a autoridade de trânsito caracteriza constrangimento
moral a ser compensado, porquanto hábil a gerar ofensa aos atributos
da personalidade. 2. E O arbitramento do valor da compensação do dano
moral deve ser informado por critérios de proporcionalidade e
razoabilidade, observando-se as condições econômicas das partes
envolvidas, a natureza e a extensão do dano. 3. E Negou-se provimento
ao recurso. Tribunal de Justica do Distrito Federal e Territórios TJ-DF -
Apelação Cível: APC XXXXX (grifo nosso)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


MULTA DE TRÂNSITO CUMULADA COM REPETIÇÃO DE
INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
RESPONSABILIDE CIVIL OBJETIVA. DANO MORAL "IN RE

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IPSA". QUANTUM REPARATÓRIO. CRITÉRIOS ESTABELECIDOS


PARA FIXAÇÃO.1 - Aplica-se a responsabilidade civil objetiva em
decorrência da cobrança indevida de multa de trânsito, uma vez que
o DETRAN/GO é responsável por eventuais falhas na prestação de
seus serviços, imputando-lhe a obrigação de indenizar ato lesivo
causado a terceiro, nos termos do artigo 37, $ 6°, da Constituição
Federal, sendo despiciendo a demonstração de dolo e/ou culpa. 2 -
Comprovada a cobrança indevida de multa em nome do atual proprietário
do veículo, eis que houve a regular transferência de propriedade do bem,
configura-se dano moral in re ipsa, ora presumido e correlato à própria
ilicitude do ato. 3 - A fixação do quantum indenizatório deve observar
os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, em consonância
com a função pedagógica e punitiva, bem como a capacidade
econômica do ofensor e do ofendido, sendo a quantia de R$ 3.000,00
(três mil reais) apta a compensar os danos experimentados. 4 - Face
ao parcial provimento da apelação cível, não há falar se em majoração da
verba honorária recursal. 2 ° Grau Tribunal de Justiça de Goiás. TJ-GO -
APELACAO: APL XXXXX- 82.2015.8.09.0137.(grifo nosso)

AGRAVOS INOMINADOS. AÇÃO ORDINÁRIA. IMPOSIÇÃO


INDEVIDA DE MULTA DE TRÂNSITO. DANO MORAL
CONFIGURADO. 1 - A multa indevida aplicada à autora teve a
exigibilidade do pagamento suspensa por força da decisão antecipatória
da tutela jurisdicional e o cancelamento foi determinado na sentença. A
questão recursal se resume à legitimidade passiva do Detran/RJ e à
alegação de dano moral. 2- A legitimidade passiva do Detran/RJ está
demonstrada pelo documento de "Notificação de Imposição de
Penalidade" que instrui a inicial, o qual menciona a existência do
"Convênio PCRJ/DETRAN/RJ". 3- Dano moral configurado, com
sofrimento e angústia muito além do mero aborrecimento, de forma

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a atingir a dignidade da autora, pois embora evidente que a multa


referente a um ônibus fora indevidamente imposta à mesma,
proprietária de um automóvel da marca gol, a demandante não conseguiu
cancelar a multa, administrativamente, tendo sido obrigada a se socorrer
do Poder Judiciário, a fim de obter a tutela jurisdicional, com o fito de
realizar a vistoria do seu veículo.
Quantum indenizatório arbitrado em respeito aos princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade. Agravos inominados aos quais se
nega provimento. (grifo nosso)

APELAÇÃO CIVIL. PROCESSO CIVIL. MULTA DE TRÂNSITO.


EQUÍVOCO DO AGENTE NA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
INFRATOR. DANO MORAL. EVENTO DANOSO
CONFIGURADO. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. Hipótese em que o
Auto de Infração que gerou a imposição da penalidade de multa
contém erro com relação à placa do veículo autuado. 2. Quanto aos
danos morais, objeto da apelação, verifica-se que o fato não teve maiores
repercussões perante terceiros, pois a autora, mediante o ajuizamento da
presente ação, conseguiu suspender a exigibilidade da multa, objeto do
auto de Infração de trânsito. 3. Não obstante a União ter reconhecido o
equívoco em Juízo, a revisão da decisão administrativa só ocorreu em
razão do ajuizamento da ação, o que caracteriza dano moral, embora em
menor extensão. 4. Para a fixação do quantum reparatório, devem ser
levados em conta, entre outros fatores, a condição social da autora, as
circunstâncias em que ocorreu o evento danoso, bem como a sua
repercussão, e, ainda, a capacidade econômica da demandada. 5.
Hipótese em que o montante fixado, R$ 2.000,00 (dois mil reais), se
mostra adequado para reparar o dano. 5. Apelação desprovida. Tribunal
Regional Federal da 1ª Região TRF-1 – APELAÇÃO CIVEL (AC): AC
XXXXX-83.2008.4.01.4100. (grifo nosso)

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Portanto, por todo o exposto, e com o devido respeito, não resta a menor dúvida da
ilicitude e ao direito da indenização almejada, considerando que o apelante nunca foi ao estado
de Goiás, sendo claro que se trata de um equívoco grosseiro das requeridas, que muito
constrangem o recorrente com a perda de 5 (cinco) pontos em seu imaculado prontuário já que
O mesmo é habilitado há décadas e nunca antes fora multado por infrações análogos se tratando
de um exímio motorista de trânsito.

Diante disso, suplica o recorrente que o recurso especial seja reconhecido e provido, uma
vez que não pairam dúvidas acerca do dano, do nexo de causalidade e do ato ilícito (negligência
das recorridas).

DA RELEVÂNCIA DA QUESTÃO DEBATIDA

Considerando a importância do respeito aos direitos estabelecidos na Carta Magna,


mister que o presente recurso seja admitido em sua origem e devidamente processado em
uma das Turmas do Superior Tribunal de Justiça.

O tema tem relevância, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva


decorrente do um erro de prestação de serviço de um agente do Estado, gerando, portanto,
uma situação de injustiça, uma vez que o recorrente foi autuado e correu o risco de perder
ponto em sua carteira de habilitação, além dos diversos meios de soluções que teve que se
diligenciar para solucionar a situação, sem mesmo nenhum ato ilegal ter sido provocado
pelo recorrente.

Portanto, considerando a importância de se pacificar o tema ora ventilado, requer a


admissibilidade do presente recurso bem como sua remessa para posterior processamento
no Tribunal da Cidadania.

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CONCLUSÃO

Ante todo o exposto, despojadamente roga ao (a) i. relator (a) que:

a) Seja o presente Recurso Especial devidamente Admitido na Origem, e posteriormente


remetida ao egrégio Superior Tribunal de Justiça para julgamento de mérito, já que
ocorreu o competente prequestionamento da matéria, como também ficou demonstrada a
negativa de vigência do art. 105, III, a e c da CF/88 pelo acordão atacado;

b) Seja dado provimento ao presente recurso especial, emitindo-se nova decisão à


sentença/acórdão objurgados, ante as razões supra pormenorizadas, a fim de que seja
julgada procedente a pretensão do recorrente para condenar as recorridas
solidariamente ao pagamento da verba indenizatória por danos morais no valor de R$
19.523,00 (dezenove mil quinhentos vinte e três reais), qual seja, 100x (cem vezes) o
valor da multa, ou outro importe que o i. Julgador entender como justo e equitativo para o
caso, a ser arbitrado no acórdão;

c) E por fim requer a condenação do recorrido nas custas e honorários advocatícios


sucumbenciais (majorados pelo trabalho adicional de segunda instância).

Nestes termos, pede deferimento.

Campo Belo, 11 de março de 2024.

Daniel Edson Alves e Silva


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