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Introdução
O suicídio pode ser definido como um ato pelo qual um ser humano decide pôr
fim a sua própria vida. Geralmente, esta decisão limite vem como resultado da
experiência de um episódio traumático, como a morte inesperada de um ente
querido, um acidente, um estupro, um assalto violento, entre outros, que o indivíduo
não conseguiu superar.
É um comportamento com determinantes multifatoriais, resultado da interação
de fatores psicológicos, biológicos, genéticos, culturais e sócio demográficos.
Nos últimos anos tem-se aumentado a demanda em intervenções de socorro
a pessoas com distúrbios psiquiátricos, dos quais, os mais comuns são: depressão,
esquizofrenia, paranoia, stress emocional, dependentes de drogas ou medicamentos
estimulantes e alcoolismo. Estas situações podem desencadear pensamentos
suicidas em vítimas potenciais. Outras condições que podem proporcionar alto risco
de suicídio são as desordens afetivas e as econômicas.
O comportamento suicida abrange os “Gestos Suicidas”, as “Tentativas de
Suicídio” e o Suicídio Consumado.
Os planos de suicídio e as ações que tem poucas possibilidades de levar a
morte são chamados “Gestos Suicidas”. Em alguns casos, essas pessoas tem a
intenção apenas de chamar a atenção para si, o que não significa que o socorrista
deve negligenciar a situação, pois as estatísticas indicam que, aproximadamente
10% das pessoas, que fazem gestos suicidas, acabam se matando. Elas o fazem por
erro ou porque foram desafiadas de tal modo, que se sentem obrigadas a se matar
para serem coerentes. Esta última situação tende a ocorrer porque as pessoas
ligadas a um histórico ficam, frequentemente, irritadas com o comportamento teatral
da vítima e tendem a provocá-la ou hostilizá-la, como por exemplo, verifica-se em
algumas tentativas de suicídio em edifícios elevados em que os suicidas são
incitados a saltar, pelo público expectador.
As ações suicidas com intenção de morte, que não atingem o seu propósito,
chamam-se “Tentativas de Suicídio”. Algumas pessoas que tentam suicidar-se são
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Basta aparecer uma pessoa no alto de um prédio ou torre para formar uma
pequena multidão embaixo. Com o passar do tempo, a multidão especula sobre os
reais motivos, até o inevitável: “pula, pula!”.
Portanto, é imprescindível isolar o local e impedir a formação de uma multidão.
Quando não for possível realizar um isolamento satisfatório, a polícia deverá advertir
a multidão sobre o risco do incentivo, bem como das implicações legais de tal ato.
Elemento Surpresa
Quando não é possível convencer o suicida a sair dessa situação de risco e a
equipe considerar seguro fazer a abordagem e agarrar o mesmo, deve sempre contar
com o elemento surpresa, desviando a atenção do suicida para outro foco que não
os bombeiros empenhados no resgate, estando devidamente ancorados.