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Tal política pública equivocada ocorre no estado da Califórnia (EUA), onde o governo abrandou
a punição para uso de drogas e furtos até 950 dólares. O resultado foi a explosão de saques e
proliferação dos viciados pela facilidade de acesso às drogas por jovens em idade cada vez
mais precoce. Nesse universo, o usuário é peça fundamental na engrenagem que sustenta o
tráfico, pois, sem consumo, não há comércio. Com graves problemas sociais e de insegurança,
como seria o cenário diante da liberação das drogas no Brasil?
O objetivo da prisão não é o mesmo de séculos passados, quando o criminoso era objeto de
vingança do Estado, sujeito à execração pública e penas cruéis impostas por um soberano.
Atualmente, busca-se a ressocialização do detento - pelo menos, na teoria -, em oposição ao
que mostra a realidade de 82% de reincidência criminal.
Estatisticamente, somente 8% dos crimes de homicídio e 14% dos roubos são elucidados;
mesmo assim, temos uma população carcerária de 700 mil detentos. Nós que estamos do lado
de fora das grades - porque escolhemos não cometer crimes -, não aceitamos ajustes para
compensar a incompetência estatal na contenção da violência a qual sangra a sociedade
diariamente. Se as cadeias estão superlotadas, que se construam muitas outras - mas não
soltem os lobos!
Recusamos ficar à mercê da complacência daqueles que acalentam criminosos como “pobres
coitados”. Esse pensamento paternalista vai contra os anseios da maioria da população que
espera ver o criminoso pagando integralmente pelos crimes cometidos, sentindo o peso da
punição do Estado para que sirva de desestímulo a novos delitos.