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ÉRIC MURILO DE SOUZA ANDRADE SANTOS

JULIANA BATATINHA DA SILVA ALVES

MAIANE SILVA PEREIRA

TRABALHO DIREITO ADMINISTRATIVO ll

Vitória da Conquista – Bahia

2024
ÉRIC MURILO DE SOUZA ANDRADE SANTOS

JULIANA BATATINHA DA SILVA ALVES

MAIANE SILVA PEREIRA

TRABALHO DIREITO ADMINISTRATIVO ll

Trabalho apresentado como requisito para a


obtenção de média na disciplina de Direito
Administrativo ll.

Vitória da Conquista – Bahia

2024
PROBLEMAS DA GESTÃO PÚBLICA MUNICIAL NO BRASIL

Os municípios compõem a federação brasileira, junto com os estados e a


União. Possuem autonomia garantida pela Constituição Federal e são os
principais responsáveis pelos assuntos de interesse local. Na organização da
administração pública municipal, ainda há problemas e desafios a
serem superados, sejam eles políticos, administrativos ou financeiros. Vamos
observar a evolução do papel dos municípios no país e os principais problemas
que eles enfrentam hoje em termos de gestão.

PROBLEMAS DE GESTÃO MUNICIPAL

Os municípios enfrentam alguns desafios que retardam o processo de


modernização da administração local. ainda persistem modelos de
administração marcados pelo patrimonialismo e pela burocracia.

Ineficiência na prestação de serviços públicos

Segundo a Constituição, os municípios devem organizar e prestar, direta


ou indiretamente, os serviços públicos de interesse local. O problema é que a
definição de “serviços públicos de interesse local” é muito vaga. Por isso, muitas
vezes municípios, estados e governo federal oferecem serviços
concorrentemente, gerando ineficiência na prestação dos serviços públicos. Em
muitos lugares é grande a oferta de serviços para determinadas áreas,
enquanto outros serviços não são bem executados, pois nenhum dos entes se
responsabiliza diretamente por nenhum deles.

Municípios de pequeno porte: dependência financeira

Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, a grande maioria deles é de


pequeno porte – ou seja, possui menos de 20 mil habitantes.

Além disso, municípios de pequeno porte reproduzem, ainda na


atualidade – e apesar das reformas administrativas que têm ocorrido no Brasil
desde 1988 – as características da gestão patrimonialista, sendo comuns
práticas personalistas, clientelistas e a troca de favores, como forma de
permanecer no poder e garantir privilégios.

Dentre essas características peculiares e desafiadoras estão:

Receita: os municípios de pequeno porte possuem baixa capacidade de


arrecadação própria, gerando grande dependência das transferências
intergovernamentais vindas do Governos Federal e Estadual – principalmente do
Fundo de Participação dos Municípios e dos repasses do
ICMS. Isso os torna financeiramente dependentes do estado e da União,
restringindo assim a autonomia que lhe é conferida. A arrecadação por impostos
próprios muitas vezes é pequena. Uma das principais causas é política: as
prefeituras não querem cobrar impostos diretamente à população, nem ser
diretamente cobrados pela população sobre o retorno dessa verba à sociedade.
Isso indica que, tributariamente, ainda há grande centralização no Brasil –
principalmente pelo governo federal.

Economia: a base econômica é predominantemente agropecuária, com


baixo valor agregado e prevalência da agricultura familiar. A economia local é
considerada uma ‘economia sem produção’, já que a produção nesses
municípios não chega a gerar renda considerável para movimentação da
economia por si só, dependendo das ações do governo para movimentação da
economia.

Renda: a maior parte da renda dos municípios de pequeno porte vem de


benefícios da previdência (aposentadorias, pensões e outros
benefícios), tornando-os conhecidos como municípios previdenciários. Os
benefícios pagos pela Previdência Social são o principal motor da economia
de 70% das cidades brasileiras. Nelas, os benefícios previdenciários superam
o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como a maior fonte pública de
renda.

https://www.politize.com.br/dicionario/sistemas-de-governo/

https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2184/1/Caso_Inovacoes.pdf

https://repositorio.idp.edu.br/handle/123456789/2413

https://www.cnmp.mp.br/portal/todas-as-noticias/17203-corregedoria-
nacional-do-ministerio-publico-lanca-coletanea-sobre-fomento-a-atuacao-
resolutiva-do-ministerio-publico

PROBLEMA DE ESCASSEZ DE RECURSOS FINANCEIROS

A Escola Estadual Monteiro Lobato, localizada em um bairro de baixa


renda, enfrenta uma situação de escassez de recursos financeiros. Devido à falta
de verbas, a escola está com problemas para fornecer materiais didáticos
adequados, realizar manutenção nas instalações físicas, oferecer atividades
extracurriculares e promover melhorias na infraestrutura, como a instalação de
ar condicionado em salas de aula, necessários especialmente durante os meses
de calor intenso.

Para abordar essa questão, a direção da Escola Estadual Professora


Maria Silva pode buscar soluções baseadas em duas fontes do Direito:

Legislação Orçamentária Estadual:

A direção da escola pode utilizar a legislação orçamentária estadual como


base para solicitar mais recursos financeiros. A Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) estabelecem os recursos disponíveis
para cada área, incluindo a educação. A direção da escola pode argumentar junto
às autoridades estaduais competentes, como a Secretaria de Educação, que a
falta de recursos financeiros está comprometendo a qualidade da educação
oferecida aos alunos da escola e solicitar uma revisão do orçamento destinado
à educação, a fim de garantir uma verba adequada para suprir as necessidades
da Escola Estadual Professora Maria Silva.

Princípios Constitucionais da Educação:

Além da legislação orçamentária, a direção da escola pode invocar os


princípios constitucionais relacionados à educação. A Constituição Federal de
1988 estabelece a educação como um direito de todos e um dever do Estado,
garantindo o acesso à educação de qualidade, inclusive em escolas públicas. A
direção da Escola Estadual Professora Maria Silva pode argumentar que a falta
de recursos financeiros está prejudicando o cumprimento desses princípios
constitucionais, pois está afetando diretamente a qualidade da educação
oferecida aos alunos. Dessa forma, pode-se pressionar as autoridades estaduais
a agirem de acordo com esses princípios e garantirem os recursos necessários
para a escola.

Portanto, a direção da Escola Estadual Professora Maria Silva pode


buscar soluções para a escassez de recursos financeiros utilizando tanto a
legislação orçamentária estadual quanto os princípios constitucionais
relacionados à educação como fundamentos para garantir uma educação de
qualidade aos alunos da escola.

https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-
uniao/cidadao/entenda/cursopo/planejamento

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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