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Tubarões possuem receptores de eletricidade

para detectarem suas presas. As ampolas de


Lorenzini estão localizadas na zona ventral da cabeça do
tubarão; são pequenas aberturas que permitem ao tubarão
perceber as vibrações no meio, alteração da temperatura da água, pressão e especialmente de
descargas elétricas. São canais sensitivos ligados a pequenas ampolas que contém
eletrorreceptores capazes, também, de detectarem as correntes elétricas dos músculos de
outros organismos. Com estes órgãos, conseguem detectar a presença de outros animais mesmo
que não os consigam ver, ouvir ou cheirar. As ampolas de Lorenzini sentem um campo elétrico até
20.000 vezes menor que 1 volt, equivalente à batida do coração de um peixe.

Assim, além de possuirem o sistema de linhas laterais, um fino sulco ao longo dos flancos do
corpo contendo muitas pequenas aberturas que contém células nervosas sensíveis à pressão (algo
como um sentido do tato a distância), como os outros peixes, os tubarões têm ainda um sentido
extra: conseguem perceber o campo elétrico de seres vivos. A linha lateral consiste de milhares
de poros distribuídos em fileira. Internamente, esses poros se comunicam com um canal cheio de
células ciliadas nervosas denominadas neuromastos (neuromástias), as quais captam as vibrações
de um peixe ferido, por exemplo, ou qualquer outro movimento que saia do ritmo normal de
vibrações.

Os animais, inclusive os homens, emitem um campo elétrico produzido pelo próprio organismo.
Como os tubarões têm receptores de eletricidade, descobrem, por exemplo, se um peixe está
escondido sob a areia, mesmo se entocado em fendas ou enterrado nos sedimentos. Em
comportamento muito parecido com o dos caçadores de minas humanos, o tubarão passa por uma
área e subitamente volta a nadar sobre ela; após algumas voltas por cima de algo que parece
apenas areia, ele arremete de encontro ao substrato e sai dali com o peixe na boca. As ampolas
também servem para eles detectarem outros animais presentes na água em torno, mesmo
quando bastante turva.

Pesquisadores na África do Sul e na Austrália começaram a trabalhar num escudo elétrico, a ser
colocado a cerca de 400 metros da costa, como forma de proteger os banhistas de ataques de
tubarões. O escudo emite um sinal elétrico considerado desagradável para os tubarões, permitindo
mantê-los afastados das praias mais concorridas. Os escudos elétricos não causam qualquer dano
aos tubarões, apenas os fazem sentir "desconfortáveis". Protótipos desta tecnologia já foram
utilisados nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, onde os triatletas que nadaram no porto de
Sydney foram assim protegidos.

Fontes:
http://www.simbiotica.org/
http://server.com/WebApps/mail-list-archive.cgi?id=65673;entry_id=607
http://www.geocities.com/maquaticos/tubaroes.htm#lorenzini
http://www.aqua.brz.net/rep/marinho109.htm
http://www.unb.br/ib/zoo/docente/rbcav/rb-aula/prat-chon.htm
http://www.discoverybrasil.com/tubaroes/anatomy/sharks.swf
http://curlygirl.no.sapo.pt/condrites.htm

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