Fundamento geral do DIP., sua natureza e principais interesses
De acordo com Ferreira (s.d), a justiça do DIPr opera de um modo diferente da justiça material, pois, enquanto esta se realiza mediante a aplicação da sanção (consequência jurídica) da norma material a uma conduta nela subsumida, a justiça do DIPr é formal por as suas normas não dirimirem directamente o conflito que opõem as partes mas limitam-se a definir o ordenamento jurídico competente para resolver o caso. Diante de umas situações factuais admitem-se aplicações todas leis que no momento da sua constituição estiveram com ela em contacto, ou seja, tiveram uma ligação com a situação, por isso, são leis interessadas, para se chegar a lei recorre-se a normas de conflitos que indicam sector normativo específico (conceito-quadro), a lei de um determinado sistema, isto mediante um elemento que nos faz ligação a essa lei (o elemento de conexão). (Ferreira, s.d). A justiça do DIPr consiste em aplicarmos o ordenamento jurídico apontado pela norma de conflitos, o que pressupõe: localização dos factos com os ordenamentos jurídicos interessados e a determinação da lei que deve prevalecer. Doutrinas internacionalistas Com base nas doutrinas internacionalistas o problema do DIP., tendo essência e base superestadual, coloca-se no seio das ligações entre estados que ultrapassam a autonomia de cada Estado em única. Tem como característica atribuir ao DIP. o cargo de restringir a jurisdição de prática das soberanias Estaduais relativas à regulamento das conexões jurídico-privadas o DIP. (Ferreira, s.d). Doutrinas Internacionalistas - teoria da delegação: O DIP como direito estabilizador de ligações internacionais com características privado integrar-se-ia, por força desse seu objecto, no direito adequado da colectividade internacional. Por sua vez, incumbiria nas distintas disposições estaduais a capacidade para regrar tal matéria. (Ferreira, s.d). Doutrinas internacionalistas - associação à doutrina unilateralista: esta teoria afirma a existência de leis internacionais supraestaduais que partilham a capacidade legislativa entre diferentes Estados ou que, pelo menos, atribuem aos Estados algumas limitações de que não devem exceder sem violar direito internacional. Teoria dita do desdobramento funcional: busca decifrar a irregularidade da presença de normas de conflitos estaduais pela sua fonte e internacionais pelo seu objecto e função. (Ferreira, s.d). Os princípios do DIP Princípio da harmonia jurídica internacional que dá resposta primeira do direito de conflitos que é garantir o seguimento e uniformidade da valorização das conjunturas plurilocalizadas.(Ferreira, s.d). Princípio da harmonia material que defende o pensamento da unicidade do processo jurídico, ao pesnamento que determina que no seio do ordenamento jurídico as incoerências ou oposições de normas são intoleráveis. Para este princípio, todos casos que surgem casamento e da filiação tem de ser regularizadas por uma única lei, de maneira a efectuar a unidade da família. (Ferreira, s.d). Princípio da eficácia das decisões judiciais que determina que o Estado com melhor proficiência será aquele que em bom estado se encontrar para impor o acato das suas refras. (Ferreira, s.d).
Resolução do caso prático
Prioritariamente, aferimos os factores determinativos desta relação jurídica como sendo
objecto de regulação do DIP. Estamos perante um facto que entra em conexão com pelo menos duas ordens jurídicas, nomeadamente a Etiópia, em função da nacionalidade dos sujeitos e a da Alemanha em virtude de ser o lugar onde o casamento foi celebrado, pelo que, damos por aceitar o carácter internacional desta relação. O caso em consideração traz-nos o problema da validade do casamento entre dois cidadãos do mesmo pais, de raças diferentes que se casam em Alemanha a margem de sua lei pessoal, que determina como condição fulcral para o casamento a conjugabilidade de raças pelo que, a sede de tratamento desta matéria eh o direito de família. Tendo dado por aceite o carácter internacional desta relação. Assim temos os artigos 49 e 50 do CC que nos oferecem os elementos determinativos das ordens jurídicas em conexão com o facto. A Etiópia, nacionalidade dos nubentes, artigo 49 e a Alemanha lugar da celebração do acto, artigo 50 do CC. Assim, nos termos do artigo 49 do CC, a ordem jurídica aplicável eh a da Etiópia por ser a da nacionalidade dos sujeitos. Ocorre porem que da aplicação da ordem jurídica resulta uma intolerável violação de um dos princípios jurídicos fundamentais, o princípio da igualdade, consagrado na CRM, pelo que teremos de fazer operar o mecanismo da excepção da ordem pública internacional vertido no artigo 22 do CC por via da qual se precludirá a ordem jurídica da Etiópia.
Bibliografia Ferreira, M. M. (s.d). Direito internacional privado. ISCED: Beira
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