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DE
PROFESSORES
Witness Lee
TREINAMENTO DE
PROFESSORES
CONTEÚDO
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TREINAMENTO DE
PROFESSORES
CAPÍTULO UM
A COMPREENSÃO ADEQUADA DO ENSINAMENTO
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A natureza da Escola da Verdade de Verão na verdade não é uma questão
de ensinar, mas de ministrar ou servir. O propósito de nossa escola de verão é
ministrar algo aos jovens. Podemos usar um restaurante como ilustração. Um
restaurante não é para ensinar sobre comida, mas para servir comida. Aqueles
que servem num restaurante não dão meramente um cardápio às pessoas e então
as ensinam sobre comida. Antes, aqueles que servem suprem os outros com
diferentes pratos de comida para comer. O princípio deve ser o mesmo com o que
chamamos de a Escola da Verdade de Verão. De certo modo, nossa escola de
verão é um tipo de escola, mas de fato deve ser um “restaurante.” Nossa intenção
não é dar aos jovens um “cardápio” e então ensiná-los sobre Deus. Nossa
intenção é servir, ministrar, Deus como diferentes “pratos” para comer. Assim, a
natureza da Escola da Verdade de Verão é uma questão de ministrar, de servir, o
Deus Triúno para os jovens.
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A SINGULARIDADE DA BÍBLIA
O Sopro Santo
Espírito e Vida
A Espada do Espírito
Segunda Timóteo 3:16 não só diz que as Escrituras são o sopro de Deus,
mas também que as Escrituras é “útil para o ensino, para repreensão, para
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correção, para educação na justiça”. Do lado de Deus a Bíblia é o sopro de Deus.
Do nosso lado a Bíblia é para recebermos beneficio em quatro questões — ensino,
convicção ou repreensão, correção e educação. A ordem aqui é significativa. Por
que o ensino e não instrução vem primeiro? Por que correção vem antes de
educação e repreensão antes de correção? E por que ensino vem primeiro? A
ordem é primeiro ensino e então repreensão, correção e educação.
Agora podemos ver que para a Bíblia ser útil para o ensino significa que ela
é útil para desvendar, para descortinar o véu. Um véu não pode ser retirado de
repente; não pode ser descortinado todo de uma vez. Pelo contrário, o véu é
descortinado um pouco de cada vez. Repetidas vezes e em sessão após sessão,
você precisa descortinar o véu gradativamente. Se você fizer isso, sua maneira de
ensinar será um descortinamento. Esse tipo de ensinamento sempre apresenta
uma revelação aos outros. Aqueles que estão debaixo de tal ensinamento poderão
ver algo concernente ao Deus Triúno.
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reprovado pelo que ele vê. Aqueles que estão debaixo de seu ensinamento verão
algo, e o que eles virem os condenarão, os reprovarão.
Sempre que virmos algo de Deus, percebemos nossos erros, males, faltas e
nossos pecados. O resultado é que somos reprovados; somos repreendidos. Essa
reprovação vem da revelação que recebemos. Porém, frequentemente em nossa
leitura das Escrituras, lemos sem receber qualquer revelação, e assim não há
nenhuma reprovação. Mas quando em nossa leitura das Escrituras recebermos
uma revelação, a revelação nos reprovará e nos repreenderá.
Correção
Educação na Justiça
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homem nem somos reprovados diretamente por Deus — somos reprovados pelo
ensinamento da Palavra. Quando somos reprovados dessa maneira, somos
corrigidos espontaneamente, e quando somos corrigidos nós temos a educação na
justiça. O resultado é que somos ajustados.
Você pode ser um homem bom, mas não um homem-Deus. Isso significa
que com você há um o extra [Goød vs God]. Você deveria ter apenas um o, mas
em vez de um você tem dois. Quanto mais você recebe ensinamento, revelação,
mais esse o extra será cortado. Entretanto, é difícil libertar-se de uma vez por
todas do segundo o, pois isso é como a barba de um homem que aparece
novamente após ele ter-se barbeado ou como a grama que cresce novamente após
o gramado ter sido aparado. Por experiência sabemos que o segundo o sempre
volta. Talvez com você esse o extra só estivesse parcialmente cortado, e a parte
que foi raspada aguarda para voltar novamente. Se essa for a nossa situação,
então somos um homem de Deus — um homem-Deus — com um o extra. Nós
precisamos do ensinamento das Escrituras para raspar fora esse o muitas e
muitas vezes.
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com o homem. O resultado, o desfecho, será que o homem de Deus se tornará
completo e equipado para toda boa obra.
TREINAMENTO DE
PROFESSORES
CAPÍTULO DOIS
Por experiência nós sabemos que para que haja muito espírito em nossa
leitura e ensino da Bíblia, precisamos de muita oração. Devemos ser uma pessoa
de oração. Em outras palavras, devemos ser uma pessoa que está continuamente
respirando o Senhor, uma pessoa que está sempre inalando Deus. Nossa leitura
da Bíblia deve ser um tipo de inalar, e nosso ensino da Bíblia deve ser um tipo de
exalar. Quando você estiver ensinando uma classe na Escola da Verdade de
Verão, você deve estar exalando Deus para seus alunos.
Ao ensinar a Bíblia a outros, você deve ser muito rígido com você,
ajustando-se muitas e muitas vezes. Durante um período de aula você pode
precisar ajustar-se várias vezes. Se você fracassar nas primeiras vezes que
ensinar, você deve voltar-se ao Senhor com muita oração. Ore ao Senhor,
inspirando Deus para dentro de você. Então, tendo se tornado uma pessoa de
oração, uma pessoa que inala Deus, volte-se para sua classe e exale o que você
recebeu de Deus.
Em Mateus 4:4 o Senhor Jesus disse, “Não só de pão viverá o homem, mas
de toda de palavra que procede da boca de Deus.” Aqui vemos que a palavra que
procede da boca de Deus é nossa verdadeira comida. Isto indica que a Bíblia não
é apenas para dar vida, mas também para nutrir. Quando ensinar a Bíblia a
outros, você deve nutri-los. Espero que todos os jovens em sua classe tenham a
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percepção de que eles não estão apenas sendo ensinados, mas também sendo
nutridos. Se eles serão nutridos ou não pelo seu ensino dependerá de você.
Todos nós precisamos ser pessoas vivas, aqueles que são canais vivos com
as palavras de Deus que procede de nós. A palavra de Deus procede da boca de
Deus, e nós devemos também deixá-la proceder de nós como um canal. Pode
acontecer de nas reuniões determinado irmão ler a Bíblia ou ensinar usando a
Bíblia e nós não recebermos nutrimento, mas pode ser que outro irmão faça a
mesma coisa e seremos nutridos. A razão para essa diferença é que o primeiro
irmão leu ou falou sem qualquer espírito, mas o segundo irmão leu ou falou com
muito espírito. O princípio é o mesmo ao ensinar sua classe na Escola da
Verdade de Verão. Seu ensino deve ser no espírito e deve ser com espírito.
Quando estiver ensinando, você precisa ser um canal vivo por meio do qual a
palavra de Deus proceda. Se você for tal canal vivo, então os alunos em sua
classe receberão alimento espiritual para a nutrição deles.
Vamos voltar agora para Efésios 6:17. Aqui Paulo nos incumbe de receber
“a espada do Espírito o qual Espírito é a palavra de Deus.” Quando eu era um
jovem cristão, não entendia como a palavra de Deus poderia ser uma espada.
Entendia o que significava ser iluminado pela Bíblia, por meio da leitura da Bíblia
eu era iluminado. Até certo ponto, através da Bíblia eu também era repreendido,
era corrigido, e era ensinado para ser correto com Deus e o homem. Mas não
sabia como a Bíblia poderia se tornar uma espada, uma arma ofensiva para lidar
com o inimigo. Para entender isso requer experiência espiritual.
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espada para lutar com o inimigo, devemos tocar a Bíblia de uma maneira cheia
do Espírito.
Efésios, um livro sobre a igreja como o Corpo de Cristo, fala sobre a vida do
Corpo, a unidade do Corpo (4:4), e o Corpo que é a plenitude Daquele que a tudo
enche em todas as coisas (1:23). Precisamos perceber que coisas como nossa
opinião, idéias, temperamento, emoção, vida natural e pontos de vista são
frequentemente usados pelos poderes das trevas no ar para danificar a vida do
Corpo. Como irmãos e irmãs na igreja, todos nós temos nossas emoções, idéias,
opiniões e vida natural, e todos nós temos nossos próprios pontos de vista.
Frequentemente somos ofendidos, não devido aos males causados pelos outros,
mas simplesmente devido a nossa emoção ou opinião. Uma cadeira não pode ser
ofendida, porque não tem sentimentos. Não importa como você trata uma
cadeira, ela não ficará ofendida. Porém, é fácil para os irmãos e irmãs na igreja
serem ofendidos.
Isso é algo que aprendi através de muitos anos de experiência. Eu não sou
uma pessoa “marmórea” que não pode ser ofendida. Tenho sido ofendido frequen-
temente por outros na vida da igreja ou em minha vida familiar. Como tenho sido
capaz de passar através de todas as ofensas? Eu consigo passar por receber a
palavra como o Espírito. A palavra que recebo como o Espírito se torna então a
espada para matar o inimigo. Aparentemente a espada do Espírito mata minha
emoção; na verdade ela mata o espírito maligno nos ares que tira proveito de
minha emoção. Considerando que minha emoção é neutralizada diretamente, o
espírito maligno é destruído indiretamente. Dessa maneira tenho sido capaz de
suportar as ofensas.
Quando alguns ouvem isso eles podem dizer, “Irmão Lee, me mostre um
versículo que pode matar sua emoção diretamente e pode matar o poder maligno
nos ares indiretamente”. Esta não é uma questão de um versículo particular que
toca nossa emoção, mas uma questão de aplicar Efésios 6:17 de maneira
experiencial. Suponha que à noite eu seja ofendido por um dos presbíteros. Por
temer o Senhor, eu não ouso falar sobre isso com outros. Na manhã seguinte me
levanto para contatar o Senhor na Palavra. Não leio qualquer versículo que toque
a questão da minha emoção. Em vez disso, eu simplesmente começo a ler a Bíblia
com o exercício do espírito. Eu posso ler Gênesis 1:1: “No princípio, criou Deus os
céus e a terra.” Quando leio este versículo, recebo a palavra de maneira viva como
o Espírito, e o Espírito que é a palavra se torna a espada que mata minha emoção
diretamente e mata o poder maligno indiretamente. Espontaneamente, a ofensa
desaparece, e nenhum dano é causado à igreja. Entretanto, se permitirmos a
ofensa permanecer, isso causará sérios danos à vida da igreja. Creio que muitos
de nós temos experienciado receber a palavra de Deus dessa maneira.
Sem a palavra como o Espírito para ser a espada que mata, não haveria
maneira de sermos preservados na vida da igreja durante tantos anos. Por mais
de meio século, eu tenho viajado, visitando as igrejas, e contatado milhares de
santos. Sem a palavra como o Espírito para matar todos os inimigos, eu não
estaria ainda aqui ministrando. Se tivesse me permitido permanecer ofendido
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com determinada igreja ou santo, eu teria acabado com o ministério. Fui preser-
vado na vida da igreja e no ministério pelo matar da palavra como o Espírito.
Um Antibiótico Espiritual
Em 1 Timóteo 2:4 Paulo nos fala que Deus “deseja que todos os homens
sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” Hoje parece que a
maioria dos cristãos só levam os outros à salvação de Deus; eles não vão além
para levá-los ao pleno conhecimento da verdade. O propósito da Escola da
Verdade de Verão não é só levar os nossos jovens à salvação de Deus, mas
também ao pleno conhecimento da verdade. Neste versículo verdade não significa
doutrina; significa realidade e denota todas as coisas reais reveladas na Palavra
de Deus que é principalmente Cristo como a corporificação de Deus e a igreja
como o Corpo de Cristo. Toda pessoa salva deve ter um pleno conhecimento, uma
compreensão plena, dessas coisas. Em nossa escola de verão, devemos nos
empenhar para levar os jovens ao conhecimento experiencial da realidade do
Deus Triúno. Para fazer isso, nós mesmos precisamos ser pessoas que estão
nessa realidade.
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TREINAMENTO DE
PROFESSORES
CAPÍTULO TRÊS
A palavra grega para economia quer dizer “lei doméstica” o que implica dis-
tribuição. Esta palavra denota um gerenciamento doméstico, uma administração
doméstica, um governo doméstico, e, derivativamente, uma dispensação, um
plano, ou uma economia para administração (distribuição); consequentemente,
também é uma economia doméstica. A economia de Deus na fé é a Sua economia
doméstica, a Sua administração doméstica que é dispensar-Se em Cristo ao Seu
povo escolhido para ter uma casa que O expresse, a qual é a igreja (3:15), o Corpo
de Cristo. O ministério de Paulo centrava-se na economia de Deus (Cl 1:25; 1Co
9:17), enquanto que os ensinamentos diferentes dos dissidentes eram usados
pelo inimigo de Deus para distrair o Seu povo da Sua economia.
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Não Distrair por Outras Coisas Bíblicas
Quando você ensina na Escola da Verdade de Verão, você não deve ter
nenhum encargo, nenhuma perspectiva, ou qualquer visão diferente da economia
de Deus. Você precisa não só estar encarregado com a economia de Deus, mas
também encharcado e saturado com a economia de Deus. Em seu ensinamento
você deve conhecer somente uma coisa — a economia de Deus. Você deve ser
capaz de declarar, “A economia de Deus é meu encargo, minha perspectiva e
minha visão”. Todo o meu ser tem que estar saturado da economia de Deus, e eu
nada sei além disso.” Certamente, você ensinará muitas lições diferentes, mas
cada lição será estruturada com a economia de Deus. Somente quando tiver
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clareza acerca desse assunto básico você saberá o que pretendemos fazer na
Escola da Verdade de Verão.
Nesta conjuntura precisamos fazer uma pergunta: Qual era o dom de Deus
que Timóteo foi encarregado de reavivar a chama? O povo pentecostal pode dizer
que esse era o dom de falar em línguas, mas isto é duvidoso, especialmente
devido ao fato de que nos escritos mais recentes de Paulo raramente são mencio-
nadas as coisas miraculosas. Acredito que, primeiro, o dom no versículo 6 é o
dom da vida eterna. Um dom, claro que, deve ser dado por alguém. Deus
seguramente nos deu algo, e a primeira coisa que Ele nos deu foi a vida divina.
Todos nós recebemos a vida eterna, a vida divina. Também creio que, segundo, o
dom aqui é o dom do Espírito divino. A vida eterna e o Espírito divino, ou o
Espírito eterno, são ambos o próprio Deus.
Deus nos deu duas coisas preciosas — Sua vida divina e Seu Espírito
divino. Agora precisamos reavivar a chama do dom de Deus. O primeiro passo ao
reavivar o dom não é exercitar; o primeiro passo é abrir todas as “portas” e
“janelas.” Precisamos abrir todo nosso ser. Abra sua mente, emoção e vontade.
Abra toda sua alma, abra seu coração, e abra seu espírito. Todas as manhãs
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precisamos ir ao Senhor e nos abrir a Ele. Porém, frequentemente nós podemos
gastar tempo com o Senhor sem abrir o nosso ser a Ele. Em tal situação o fogo
não queima.
Até aqui, temos visto que devemos ensinar a economia de Deus e que
devemos reavivar a chama do dom de Deus, abrindo todo nosso ser e invocando o
nome do Senhor Jesus. Além disso, certamente precisamos exercitar nosso espí-
rito. Depois de encarregar Timóteo de reavivar a chama do dom de Deus, Paulo
continuou a dizer, “Porque Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de
poder, de amor e de sobriedade” (1:7). O espírito aqui denota nosso espírito,
regenerado e habitado pelo Espírito Santo (Jo 3:6; Rm 8:16). Reavivar a chama do
dom de Deus está relacionado ao nosso espírito regenerado. De poder se refere a
nossa vontade; de amor, à nossa emoção; e de sobriedade, à nossa mente. Isso
indica que ter uma vontade forte, uma emoção amorosa, e uma mente sóbria tem
muito a ver com ter um espírito forte para o exercício do dom de Deus que está
em nós.
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Todos nós devemos ser aqueles que ensinam a economia de Deus, que
reaviva a chama do dom de Deus, que invoca o nome do Senhor Jesus e que
exercita nosso espírito. Neste ponto precisamos considerar uma outra questão
crucial — ser pessoas de oração.
Não tenho dúvida que, como crentes em Cristo, vocês receberam a vida
eterna e o Espírito divino, mas estou preocupado de que você vá para sua classe
com “água gelada” em vez de uma chama. Temos enfatizado o fato de que para ter
uma chama você precisa deixar o vento entrar por meio de se abrir ao Senhor.
Todas as manhãs você precisa trazer o vento para reavivar a chama do dom de
Deus. Porém, suponha que você tenha tido um problema desagradável com seu
cônjuge, e agora parece impossível reavivar a chama. Pode levar vários dias para
você ser capaz mais uma vez de reavivar a chama por si mesmo, mas isso será
muito mais fácil fazer se você orar com um pequeno grupo de santos. Se orar por
si mesmo, você pode conservar a lembrança sobre a situação com seu cônjuge e
assim pode não ter caminho para reavivar a chama. Porém, se você orar com
outros, eles reavivarão a chama dentro de você. Por fim você também poderá orar
e reavivá-los. Então o vento entrará, e você terá uma chama.
Você sabe o que é uma reunião viva? Uma reunião viva é uma reunião que
tem uma atmosfera de oração. Todos aqueles que falam pelo Senhor sabem que é
fácil falar numa reunião onde há uma atmosfera de oração. Caso contrário, será
muito difícil falar, pois você pode sentir como se estivesse falando num cemitério.
Quando você ensinar uma classe na Escola da Verdade de Verão, não tome
o caminho de dar mensagens ou conferências. Em vez disso, você precisa ter
conversas pessoais com os jovens, ensinando cada ponto experiencialmente.
Quando estiver falando com eles, você deve ficar atento sobre cada um, prestando
atenção particular às expressões deles. Isso o ajudará a conhecer as necessidades
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de seus alunos. Então na próxima aula você deverá se empenhar para satisfazer
essas necessidades. Enquanto o Senhor conduz você, você pode falar com alguém
em particular e então pedir-lhe que ore com você. Desse modo você os ajudará a
se abrirem, fortalecerá o espírito de oração deles, e os introduzirá na experiência
das verdades que está apresentando.
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TREINAMENTO DE
PROFESSORES
CAPÍTULO QUATRO
CONHECER A ESTRUTURA DA VERDADE, SER SATURADO COM
A VERDADE, E TRANSFORMAR DOUTRINA EM EXPERIÊNCIA
Quando se preparar para ensinar, você não deve pôr sua confiança somen-
te no livro de exercícios nem no compêndio. Você precisa se aprofundar na
verdade a respeito da plena salvação de Deus. Isso significa que você precisa ser
saturado com um conhecimento completo, percepção e experiência do Deus
Triúno com Sua redenção todo-inclusiva em relação a todos os aspectos da
condição caída do homem. Se preparar para ensinar, não é adequado simples-
mente ler o livro de exercícios. Como um professor na Escola da Verdade de
Verão, você precisa ser encharcado e saturado com a verdade. Espero que você
seja impressionado com sua necessidade de aprofundar na verdade divina que é
a realidade do Pai, o Filho e o Espírito e de Sua redenção todo-inclusiva compre-
endida em relação à condição do homem caído.
Quando ouvir isso, você pode ficar aborrecido e sentir que não está qualifi-
cado para ensinar os jovens. Eu rogo a você que não se sinta dessa maneira. Sua
experiência pode ser limitada, mas a quantidade de experiência que você tem o
qualifica.
Uma vez mais eu desejo mostrar que você precisa ser encharcado completa-
mente e saturado com a verdade divina. A escola de verão não só deve ser uma
escola para os alunos, mas também a todos os professores. Espero que você seja
o primeiro a aprender a verdade. Você não pode ensinar outros sem primeiro
ensinar a si mesmo. Do mesmo modo, você não pode ministrar determinada coisa
a outros sem você mesmo primeiro experimentar e desfrutar essa questão. Você
pode ministrar a outros somente o que você mesmo desfrutou. Caso contrário,
seu ensino será meramente doutrinal e assim será em vão.
Creio que ensinar na Escola da Verdade de Verão será uma boa oportu-
nidade para você aprender algo. Se tentar transformar cada ponto nas lições em
experiência, você mesmo será ajudado. Você pode perceber que não sabe como
transformar doutrina em experiência, porque é carente de experiência. Isso o
exporá, e então você saberá onde está. Você verá que pode conhecer muitas
coisas como doutrinas, mas não as conhece na experiência. Então quando estiver
preparando uma lição, você pode começar a conferir a si mesmo considerando
sua experiência. Você pode se perguntar ponto por ponto, “Eu tenho a experiên-
cia desse assunto? Minha experiência desse ponto é adequada? Eu sou capaz de
ensinar outros sobre esse ponto de maneira experiencial?” Você pode concluir
que sua experiência nem mesmo é adequada para um testemunho, muito menos
para ensinar uma classe de jovens. Isso pode levá-lo a orar, “Senhor, tenha
misericórdia de mim. Preciso de alguma experiência desse assunto.” Essa é a
maneira de se preparar para ensinar cada lição.