Você está na página 1de 26

Sistema neuro-endócrino

Eixo hipotálamo-hipófise-gónadas

Reprodução masculina

Reprodução feminina

Efeitos no desenvolvimento

1
Regulação por Retoação Negativa
Hipotálamo-hipófise-gónadas

Estímulos externos e/ou internos

Núcleos hipotalâmicos
-
(infundibular)

Ciclo
Hormona libertadora de Neuro-hormona
Longo
gonadotrofinas (GnRH) GnRH
+
-
Adenohipófise
Ciclo
Hormonas Trópicas - FSH Curto
Gonadotrofinas LH Hormonas somáticas
– Esteróides sexuais
Tecidos somáticos
endócrinos - Gónadas Androgénios
Estrogénios

O eixo hipotálamo-hipófise-testículos está sob controlo do SNC porque o hipotálamo recebe informação nervosa de
outras áreas cerebrais. Na ausência de hormona libertadora de gonadotrofinas (GnRH), os testículos atrofiam e cessa a
produção de testosterona e de esperma.
O desenvolvimento do órgão de reprodução masculino depende da secreção pré-natal de androgénios e, durante
alguns meses após o nascimento, o bebé masculino tem níveis plasmáticos de gonadotrofinas e de testosterona quase
iguais ao de um rapaz a meio da puberdade. No entanto, alguns meses após o nascimento, os níveis plasmáticos de
gonadotrofinas e de androgénios regridem e mantém-se baixos durante a infância (pré-puberdade). Com a
aproximação da puberdade, são necessários níveis de testosterona muito mais elevados para a inibição retroativa da
libertação de GnRH do hipotálamo. Assim, ao aumentar a libertação de GnRH do hipotálamo, aumenta a libertação de
testosterona nos testículos e o limiar de testosterona para a inibição do hipotálamo vai aumentando até ser atingido o
padrão de equilíbrio inter-atuante típico do adulto (ver à frente).
Mecanismos e efeitos da atividade da testosterona
Como todas as hormonas esteroides, a testosterona é sintetizada a partir do colesterol e exerce a sua ação nas células
alvo através da ativação de genes específicos, do que resulta o aumento da síntese de determinadas proteínas. Em
algumas células alvo, a testosterona tem de ser convertida num outro esteroide para exercer os seu efeito. Na
próstata, é convertida em dihidrotestosterona (DHT) antes de se ligar ao núcleo das células; em alguns neurónios
cerebrais, é convertida em estradiol para exercer a sua ação metabólica. Estas transformações bioquímicas,
geralmente, ocorrem com um único passo enzimático porque a testosterona e outras hormonas das gónadas são muito
semelhantes na sua estrutura química.
Durante a puberdade, a testosterona é, não só responsável pela manutenção da espermatogénese, como também tem
múltiplos efeitos anabólicos no corpo. Estimula o crescimento das estruturas de reprodução acessórias (ductos,
glândulas e pénis) até ao padrão adulto e sua manutenção ao longo da vida. Deficiência na produção de testosterona
na adulto leva à atrofia das estruturas de reprodução acessórias, redução do volume de sémen e dificuldade na ereção
e na ejaculação.

2
Órgão de Reprodução Masculino
Reprodução masculina

Vista Dorsal Vista Lateral


Glândula Ureter
seminal
65% do fluido Bexiga
Ducto
ejaculatório
Próstata
35% do fluido
Glândula
Vaso bulbouretral
deferente 5% do fluido
Tecido erétil Cólon
Uretra

Pénis

Epidídimo
(armazena)
Glândula
Testículo bulbouretral
Osso púbico
Glande Escroto

Ureter – canal que liga a pélvis renal à bexiga.


Testículo – produção e diferenciação dos espermatozoides.
Epidídimo – recebe e armazena os espermatozoides.
Vaso (ducto) deferente – canal muscular (30-40 cm comp.) em continuação com o epidídimo; conduz os
espermatozoides ao ducto ejaculador (junção do ducto deferente com o ducto excretor da glândula seminal).
Glândula seminal – produz e excreta um fluido viscoso e alcalino responsável pela nutrição e motilidade dos
espermatozoides (ca. 60% do fluido seminal).
Próstata – Glândula exócrina que produz e excreta um fluido incolor ligeiramente alcalino (ca. 35% do fluido
seminal) rico em cálcio, zinco, ácido cítrico, fosfatase ácida (enzima proteolítica), albumina e antígeno específico
da próstata (PSA); as enzimas e o PSA contribuem para a diminuição da viscosidade do fluido seminal, facilitando
a motilidade dos espermatozoides.
Glândula bulbouretral – secreção do fluido pré-ejaculatório (ca. 5% do fluido seminal); este fluido é lubrificante e
anti-microbiano.
A alcalinidade do fluido seminal neutraliza a acidez do trato vaginal prolongando a vida dos espermatozoides
ejaculados; sémen = espermatozoides + fluido seminal.
O escroto é uma bolsa de pele que alberga os testículos fora da cavidade abdominal; a temperatura ótima para a
espermatogénese nos túbulos seminíferos dos testículos é ligeiramente inferior à temperatura corporal dos
mamíferos; os músculos do escroto contraem quando a temperatura ambiente baixa para aproximar os testículos
da cavidade corporal e têm o reflexo inverso quando a temperatura ambiente sobe.

3
Órgão de Reprodução Masculino
Reprodução masculina

Testículo Céls. de suporte


Vaso
ou Sertoli Espermatogónia (2n)
deferente Epididimo Lúmen túbulo
seminífero

Espermatogénese
Túbulo
seminífero

Céls. Intersticiais
ou Leydig
Espermatozoides (n)

Testosterona

Os espermatozoides diferenciam-se continuamente ao longo dos túbulos seminíferos.


As células intersticiais (no tecido testicular entre os túbulos seminíferos) ou de Leydig são estimuladas a produzir
testosterona pela ação da gonadotrofina LH (hormona luteinizante ou do corpo lúteo).
As células de sustentação (no interior dos túbulos seminíferos) ou de Sertoli são estimuladas a promover a
diferenciação dos espermatozoides a partir das espermatogónias pela testosterona produzida pelas células
intersticiais.

4
Parede túbulo seminífero
Espermatogónia (2n)
Reprodução masculina

Gametogénese Espermatócitos
primários (2n)
Meiose I
Espermatócitos Acrossoma
secundários (n)
Meiose II
Cabeça
Espermatídios (n)
Núcleo
Espermatídios em
Centríolo
diferenciação (n)

Mitocôndrias Peça média

Espermatozoide (n)
Lúmen túbulo seminífero

Cauda

Características sexuais secundárias masculinas – características induzidas pela testosterona nos


órgãos somáticos não envolvidos diretamente na reprodução, que aparecem durante a puberdade:
pelos púbicos, axilares e faciais, pilosidade corporal, alteração do tom de voz (mais grave) por
aumento da laringe, espessamento da pele que se torna mais oleosa, aumento da densidade óssea,
aumento do tamanho e massa da musculatura esquelética.
A fusão da placa óssea epifisária (crânio) e a paragem do crescimento do comprimento do esqueleto
ocorre em resposta ao aumento dos níveis plasmáticos de estrogénios que ocorrem no final da
puberdade em ambos os sexos.
A testosterona também faz aumentar a taxa metabólica basal e influencia o comportamento; é a base
da libido sexual masculina, seja em hetero- ou homossexuais. No sexo feminino, a libido sexual está
mais relacionada com os androgénios adrenais.
No embrião, a testosterona masculiniza o cérebro e, aparentemente, continua a ser responsável por
moldar certas regiões cerebrais no adulto (e.g. amígdala envolvida na excitação sexual).
O córtex adrenal também é produtor de androgénios, no entanto os seus níveis são incapazes de
manter as funções normais masculinas dependentes da testosterona testicular.

5
Hipotálamo

Núcleo 1
Reprodução masculina

Infundibular Masculinização
GnRH
Adenohipófise Capilares

7
8 2 Cérebro
Inibição
Inibina
FSH LH 4 Céls.
intersticiais 6

3 Testosterona
Célula suporte

Céls.
espermatogénicas Sexuais secundários

Túbulo Sexuais primários


seminífero

Regulação endócrina da função testicular pelo eixo hipotálamo-(adeno)-hipófise-gónadas


1. O hipotálamo (núcleo infundibular) liberta hormona libertadora de gonadotrofina (GnRH - neurossecreção) que chega às
células endócrinas da adeno-hipófise pelos capilares do sistema portal da hipófise.
2. Na adeno-hipófise, a GnRH induz a libertação de gonadotrofinas: hormona estimuladora do folículo (FSH) e hormona do
corpo lúteo (LH).
3. A FSH estimula indiretamente a espermatogénese nos túbulos seminíferos, atuando sobre as células de suporte
(Sertoli); induz estas células a produzirem uma proteína (androgen binding protein – ABP) que mantém a concentração de
testosterona na vizinhança das células espermatogénicas.
4. A LH liga-se às células intersticiais (Leydig) no tecido conjuntivo que envolve os túbulos seminíferos, induzindo a
produção e secreção de testosterona.
5. A testosterona é a hormona ativadora da espermatogénese.
6. Na corrente sanguínea, a testosterona vai exercer efeitos organizacionais de masculinização no aparelho reprodutor, em
outros tecidos e no comportamento: maturação dos órgãos sexuais (puberdade) e sua manutenção (adulto),
desenvolvimento e manutenção de características sexuais secundárias e libido.
7. O aumento dos níveis plasmáticos de testosterona tem efeito de retroação negativa na atividade secretora da adeno-
hipófise e do hipotálamo
8. A inibina é uma hormona proteica que é libertada pelas células de suporte, quando a produção de espermatozoides é
elevada; inibe a secreção de GnRH pelo hipotálamo e de gonadotrofinas pela adeno-hipófise. Quando há uma diminuição
da produção de espermatozoides, a secreção de inibina diminui acentuadamente.
A quantidade de testosterona e de espermatozoides produzidos reflete um equilíbrio entre três conjuntos interatuantes
de hormonas: GnRH, gonadotrofinas (LH, FSH) e hormonas gonadais (testosterona e inibina), que exercem regulação por
retroação negativa sobre o hipotálamo e a adeno-hipófise. Após este equilíbrio ser estabelecido durante a puberdade (ca.
de 3 anos), a quantidade de testosterona e de espermatozoides produzidos mantém-se relativamente estável no adulto.

6
Órgão de Reprodução Feminino
Reprodução feminina

Vista Dorsal Vista Lateral


Oviducto (trompas de falópio)
Cólon
Ovário

Bexiga

Fímbrias Útero
Ligamento
Endométrio
Ovário Canal cervical
Cérvice
Colo do útero Clitóris
(cérvix) Vagina Uretra Vagina

Lábio pequeno
Lábio grande

Ovário – produção e diferenciação de óvulos.


Trompa de falópio – tubo contrátil (ca. 10 cm comp.) que transporta os óvulos até à cavidade uterina; local
preferencial para a fecundação dos óvulos.
Endométrio – membrana mucosa que reveste a cavidade do útero.
Clitóris – principal órgão de prazer feminino.

7
Órgão de Reprodução Feminino - Endométrio
Reprodução feminina

Lúmen do útero

Epitélio
Capilares
Glândulas
Estrato Sinusoides venosos
Endométrio

Funcional Tecido conjuntivo

Artéria espiral
Artéria

Estrato
Basal Veia
Músculo liso
Miométrio Artéria radial

Artéria arcuata
Artéria radial

A parede do útero é constituída por três camadas: perimétrio, miométrio e endométrio. O perimétrio está
associado ao peritoneu da cavidade abdominal. O miométrio é a camada de musculatura lisa que contrai
ritmicamente durante o parto para a expulsão do bebé. O endométrio é a camada mucosa que delimita a
cavidade uterina.
O endométrio tem dois estratos principais:
• Estrato funcional: sofre alterações estruturais cíclicas (ca. 28 dias) causadas pelo ciclo de hormonas do ovário
e é destruído durante a menstruação.
• Estrato basal: responsável pela formação cíclica de novo estrato funcional no fim da menstruação e início de
novos ciclos ovárico e uterino; não é influenciado pelas hormonas do ovário.
O estrato funcional desenvolve numerosas glândulas uterinas exócrinas e extensa vascularização durante a fase
de proliferação do ciclo uterino. As artérias espirais degeneram e regeneram ciclicamente e é a sua degeneração
que causa a desagregação do estrato funcional durante a menstruação.

8
Órgão de Reprodução Feminino - Ovário
Estrogénios
Reprodução feminina

Céls. Mesovarium e
Corpo amarelo granulosas Folículo vasos sanguíneos
(degeneração) secundário
Córtex Oócito I (meiose I)
Epitélio
germinal
Folículo vesicular
Folículos
(maduro)
primários
Antrum
Oócito
Ligamento

Zona
pelúcida
Céls. da
Medula teca Androgénios
Oócito II
(meiose II)
Corpo Corona
Corpo amarelo (em
Progesterona amarelo desenvolvimento) radiata
Estrogénios
Inibina

No nascimento, estão presentes em cada ovário todos os oócitos primários e o potencial reprodutor feminino está
definido.
Ao entrar na puberdade, cerca de uma vez por mês, 6-12 oócitos primários (2n) iniciam a maturação.
O oócito em desenvolvimento é nutrido pelas células foliculares que o rodeiam. As células granulosas do folículo
produzem estrogénios e as células da teca folicular produzem androgénios.
Uma semana após o inicio da maturação, apenas um oócito primário (I) continua o desenvolvimento para oócito
secundário (II), completando a meiose I em resposta a um pico nos níveis de LH; os restantes oócitos I degeneram. A
meiose II, imediatamente antes da ovulação, origina um oócito secundário (n) que fica aprisionado na metafase II, só
completando a meiose II se for fecundado por um espermatozoide (ver figura seguinte).
Na ovulação, há rutura do folículo e o óvulo (oócito II) é libertado. As células restantes do folículo formam o corpo
amarelo produtor de estrogénios, progesterona e inibina. Se o óvulo não é fecundado, ocorre degeneração do corpo
amarelo.
Regulação hormonal do ciclo do ovário
Os acontecimentos cíclicos nos ovários são mais complicados do que os dos testículos, mas a regulação hormonal central
que os coloca em marcha na puberdade são semelhantes nos dois sexos. A GnRH, as gonadotrofinas da adeno-hipófise e,
no caso feminino, os estrogénios e a progesterona dos ovários interagem entre si para produzir os acontecimentos
cíclicos no ovário. No entanto, no sexo feminino há uma outra hormona que é importante na estimulação do hipotálamo
para libertar GnRH. O início da puberdade feminina está ligada à adiposidade e o mensageiro químico para o hipotálamo
é a leptina. Se os níveis plasmáticos de lípidos e leptina são baixos, a puberdade é atrasada por falta de estimulação
suficiente para o hipotálamo aumentar a produção e secreção de GnRH.
Durante a infância, os ovários crescem e libertam continuamente pequenas quantidades de estrogénios que inibem o
hipotálamo a libertar GnRH. Se os níveis de leptina forem os adequados, com o aproximar da puberdade, o hipotálamo
torna-se menos sensível à ação inibidora dos estrogénio e começa a libertar GnRH de forma cíclica e pulsátil, que por sua
vez estimula a libertação de gonadotrofinas pela adeno-hipófise, que estimulam a produção de estrogénios nos ovários.

9
Reprodução feminina

Gametogénese

Durante cerca de quatro anos após início da puberdade, os níveis de gonadotrofinas aumentam; durante este tempo,
as raparigas em puberdade não ovulam. O padrão cíclico do adulto é então atingido algum tempo após (2-3 anos) a
primeira menstruação, as interações hormonais estabilizam, os ciclos do ovário tornam-se regulares e ovulatórios (ver
figura seguinte).
Regulação endócrina do ovário pelo eixo hipotálamo-(adeno)-hipófise-gónadas
É assumido um ciclo de 28 dias.
1. GnRH estimula a secreção de gonadotrofinas. No dia 1, a GnRH do hipotálamo estimula a adeno-hipófise a produzir
e libertar FSH e LH.
2. FSH e LH estimulam o crescimento e maturação folicular, e a produção e libertação de estrogénios. A FSH exerce o
seu principal efeito sobre a células granulosas do folículo secundários ou vesicular. A LH, inicialmente, tem como alvo
as células da teca folicular. Com o crescimento do folículo, a LH estimula as células da teca a produzirem androgénios
que se difundem pela membrana e, nas células granulosas, são praticamente todos convertidos em estrogénios.
3. Retroação negativa. O aumento dos níveis de estrogénios no plasma exerce retroação negativa no hipotálamo e
adeno-hipófise, inibindo a libertação de FSH e LH e, simultaneamente, a adeno-hipófise sintetiza e acumula estas
gonadotrofinas. Nos ovários, os estrogénios intensificam o efeito da FSH na maturação do folículo, o que, por sua vez
aumenta a produção de estrogénios. Durante este período, as células granulosas libertam inibina que exerce também
efeito inibidor da libertação de FSH por retroação negativa. Apenas o folículo dominante sobrevive a esta diminuição
de FSH; os restantes folículos em desenvolvimento degeneram e o seu material é reabsorvido. Ainda é incerto o
mecanismo pelo qual há seleção de apenas um folículo para continuar o processo de maturação até à ovulação.
Em 1-2% de todas as ovulações, há libertação de mais do que um oócito secundário, o que pode conduzir à
fertilização de dois ou mais oócitos e levar ao nascimento de gémeos fraternos. Gémeos idênticos resultam da
fertilização de um único oócito seguido da separação subsequente do ovo em duas células idênticas que iniciam o

10
desenvolvimento embrionário.

10
Inibição Núcleo Hipotálamo
Hipotálamo 4 Inibição
Infundibular
5
GnRH
Reprodução feminina

GnRH

Estimulação
Capilares
Inibição Inibição
1
4
Progesterona
5 Estrogénios
Adenohipófise
Inibina
Pico LH
2 Folículo 6 8
3
FSH LH
7
Céls.
teca
ABP Folículo Oócito Corpo
Céls.
granulosas Androgénios maduro secundário amarelo

Inibina 2
Estrogénios

Fases foliculares iniciais e intermédias Fases foliculares finais e


corpo amarelo

4. Retroação positiva. O pequeno aumento inicial dos níveis plasmáticos de estrogénios(1) inibe o eixo hipotálamo-adeno-
hipófise, mas os elevados níveis de estrogénios produzidos pelo folículo dominante e pelos outros folículos ainda em maturação
tem o efeito contrário. Quando os níveis plasmáticos de estrogénios atingem um valor limiar, há um breve efeito de retroação
positiva no hipotálamo e adeno-hipófise.
5. Pico de LH. O efeito estimulador dos níveis plasmáticos de estrogénios provoca um rápido e transiente aumento da libertação
de LH (e de FSH mas em menor grau) entretanto acumulada nas células da adeno-hipófise.
6. Ovulação. O pico de LH estimula o oócito primário do folículo dominante a completar a meiose I e formar um oócito
secundário que inicia a meiose II até à metafase II. Por volta do dia 14, a LH estimula os acontecimentos conducentes à ovulação:
aumenta a permeabilidade vascular no ovário, estimula a libertação de prostaglandinas e despoleta o processo inflamatório que
permite a libertação de enzimas que ajudam ao enfraquecimento da parede do ovário na vizinhança do folículo secundário. É
desconhecido se a FSH desempenha alguma função neste processo. Imediatamente após a ovulação os níveis de estrogénios
decrescem, provavelmente em consequência do desaparecimento das células secretoras de estrogénios no folículo dominante.
7. Formação do corpo amarelo. O pico de LH permite também a transformação das células foliculares restantes para a formação
do corpo amarelo; esta nova estrutura endócrina no ovário produz progesterona e alguns estrogénios; a progesterona ajuda a
manter a hipertrofia de estrato funcional do endométrio uterino, sendo essencial para a gravidez caso haja fertilização do óvulo.
8. Retroação negativa inibe libertação de LH e FSH. O aumento dos níveis plasmáticos de estrogénios e progesterona devido ao
desenvolvimento do corpo amarelo exerce um forte efeito inibidor por retroação negativa sobre o hipotálamo e adeno-hipófise.
A concomitante libertação de inibina pelo corpo amarelo reforça este efeito inibidor. A diminuição dos níveis plasmáticos de
gonadotrofinas inibe a maturação de folículos adicionais e evita novos picos de LH que poderiam provocar a ovulação de oócitos
II adicionais.
Nos ciclos em que não há fecundação do óvulo, o estímulo (gonadotrofinas) para a manutenção do corpo amarelo termina e
ocorre a degeneração do corpo amarelo. Disto resulta um marcado declínio dos níveis plasmáticos de estrogénios e
progesterona.
(1)
Estrogénios: designação genérica das hormonas esteróides relacionadas com o controle da ovulação e desenvolvimento das

11
características femininas; os três principais estrogénios são: estrona, estradiol e estriol.

11
Concentração no plasma
Ø A variação cíclica dos níveis de
gonadotrofinas regula os
Correlação entre gonadotrofinas da adeno-hipófise e hormonas acontecimentos no ciclo do ovário.
do ovário com as alterações estruturais no ovário e no útero.
Reprodução feminina

Ø A variação cíclica dos folículos está


Fase ovário

correlacionada com as alterações no


endométrio uterino.

Folicular Dia 14 Corpo amarelo

Ø A variação cíclica das hormonas dos


Concentração

ovários provoca as alterações no


no plasma

endométrio no ciclo uterino. O elevado


nível de estrogénios é também
responsável pelo pico de LH/FSH
Fase endométrio

Estrato funcional

Estrato basal
Dias 1 5 10 15 20 25 28
Menstrual Proliferação Secretora

O ciclo uterino ou menstrual são as alterações cíclicas no endométrio uterino em correlação com as alterações cíclicas nos
níveis plasmáticos das hormonas dos ovários reguladas pelas gonadotrofinas da adeno-hipófise.
1. Dias 1-5: fase menstrual. Degeneração do estrato funcional do endométrio, altura em que as hormonas do ovário estão
nos seus níveis plasmáticos mais baixos e os níveis de gonadotrofinas começam a aumentar. O estrato funcional
hipertrofiado e dependente dos níveis de hormonas dos ovários, desliga-se do estrato basal num processo acompanhado
de hemorragia que dura 3-5 dias. Por volta do dia 5, os folículos nos ovários reiniciam a produção de estrogénios.
2. Dias 6-14: fase de proliferação (pré-ovulação). Há reconstrução do estrato funcional do endométrio, que inclui
aumento das glândulas exócrinas e do número de artérias espirais; o endométrio espessa e torna-se muito vascularizado.
Os estrogénios induzem a síntese de recetores de progesterona nas células endometriais preparando-as para a interação
com a progesterona. O aumento dos níveis de estrogénios torna o muco cervical menos viscoso, o que facilita a passagem
dos espermatozoides para o útero. A ovulação, que dura menos do que 5 min., ocorre no final da fase de proliferação do
endométrio.
3. Dias 15-28: fase secretora. Fase temporalmente mais constante, durante a qual há preparação do endométrio para a
implantação de um embrião. O aumento dos níveis plasmáticos de progesterona do corpo amarelo provoca uma
elaboração das artérias espirais e a conversão do estrato funcional numa mucosa secretora. As glândulas expandem-se,
enrolam-se e iniciam a secreção de glicogénio para a cavidade uterina. Os nutrientes destas glândulas alimentam o
embrião até estar totalmente implantado no endométrio. A progesterona torna o muco cervical novamente mais viscoso,
o que contribui para evitar a entrada de esperma e patogénicos, tornando o útero menos exposto ao ambiente externo na
eventualidade de um embrião iniciar a sua implantação no endométrio.
Se a fertilização não ocorrer, a diminuição dos níveis plasmáticos de LH deixa de suportar a existência do corpo amarelo e,
a sua degeneração provoca queda acentuada dos níveis plasmáticos de estrogénios e progesterona. Na ausência de níveis
adequados de progesterona, as artérias espirais colapsam e, ficando privadas de oxigénio e nutrientes, as restantes células
do estrato funcional morrem, iniciando-se o fluxo menstrual por volta do dia 28. O ciclo menstrual recomeça no primeiro
dia de fluxo menstrual

12
Fertilização e Implantação
4-células Mórula
Zigoto (2 dias)
Reprodução feminina

Zona (3 dias) Blastocisto


pelúcida (4 dias)
Zona
pelúcida

Esperma Cavidade

Blastocisto
Fertilização (7 dias)

Óvulo Ovário
(oócito II)
Cavidade

Útero
Óvulação Trofoblasto
Endométrio
Cavidade uterina

Colo do útero
(cérvix)

Uma implantação bem sucedida do embrião no endométrio demora cerca de 5 dias e está, geralmente, terminada
12 dias após a ovulação. A manutenção do corpo amarelo e continuada produção de progesterona e estrogénios
que mantém a hipertrofia do estrato funcional do endométrio é assegurada pela gonadotrofina coriónica humana
(hCG – hormona semelhante à LH) libertada pelas células do trofoblasto. A hCG substitui o controlo hipotálamo –
adeno-hipófise-ovários durante este período crítico. A membrana extraembrionária (córion), que se desenvolve a
partir do trofoblasto após a implantação, dá continuidade a este estímulo hormonal que mantém o espessamento
do endométrio durante esta fase inicial do desenvolvimento embrionário. Os níveis plasmáticos de CG aumentam
até ao final do segundo mês de gestação (ver figura seguinte); depois os níveis de CG diminuem acentuadamente
até atingirem um nível baixo no final de quarto mês, persistindo este nível até ao final da gravidez. Entre o
segundo e terceiro mês de gestação, a placenta assume a função de produção de estrogénios e progesterona até
ao final da gravidez. O corpo amarelo degenera e os ovários ficam inativos até ao parto. Atualmente, todos os
testes de gravidez usam anticorpos que detetam hCG na urina ou no plasma.
Inicialmente, o embrião obtém os nutrientes pela digestáo das células do endométrio, mas em meados do
segundo mês de gestação a placenta, que entretanto se desenvolveu, passa a fornecer nutrientes e oxigénio ao
embrião e a remover os produtos do seu metabolismo, através do sistema circulatória da progenitora. A placenta
torna-se um órgão totalmente funcional na sua função nutritiva, respiratória, excretora e endócrina em meados
do terceiro mês de gravidez.
Durante a gravidez, os níveis de estrogénios e progesterona continuam a aumentar e estimulam o crescimento e
maior diferenciação das glândulas mamárias, preparando-as para o aleitamento do bebé. A placenta produz
outras hormonas: lactogénio da placenta, tirotrofina coriónica e relaxina com importantes efeitos na progenitora.

13
Fertilização e Implantação
Ø A gonadotrofina coriónica (CG) interrompe o eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
Reprodução feminina

000200010270575674_R1_CH28_p1071-1100.qxd 11/2/2011 06:06 PM Page 1078

LH Pára
1078 U N I T 5 Continuity
FSH oscilação
bryonic mesoderm
phoblast (Figure 28.
The chorion develop

relativa no plasma
Human chorionic
gonadotropin especially elaborate
Placenta blood (Figure 28.7c).
Soon the mesode

Relative blood levels


richly vascularized by
CG Progesterona Estrogens
to the embryo as the
Estrogénios erosion produces lar
spaces, in the stratu
Figure 27.13, p. 1045
Concentração Progesterone
totally immersed in m
the endometrium th
stratum basalis becom
that surrounding the
bryo forms the deci
gether, the chorioni
Níveis disc-shaped placenta
Estrogénios mantém-se 0
0 44 88 12
12 16
16
20
20 24
24
Gestation (weeks)
28
28
32
32
36
36
The placenta det
elevados Ovulation Birth born, so the name o
and fertilization Semanas gestação which falls off ”)—is
Progesterona Ovulação e fertilização Parto cidua capsularis exp
Figure 28.6 Hormonal changes during pregnancy. The relative eventually fills and st
changes in maternal blood levels of three hormones that maintain
ing fetus grows, the
pregnancy are depicted, rather than actual blood concentrations.
pressed and degene
increase in number a
The placenta is usu
CG: a gonadotrofina coriónica secretada pela placenta após a implantação do embrião
of gestation (Figure no endométrio,
28.6). Between the secondmantém
and thirdo
tory, excretory, and
month, the placenta (which we describe next) assumes the role
corpo amarelo que continua a produzir estrogénio e progesterona; estas duas hormonas inibem por retroação
of progesterone and estrogen production for the remainder of month of pregnancy
negativa a libertação de GnRH durante a gravidez. the pregnancy. The corpus luteum then degenerates and the and nutrients are diff
ovaries remain inactive until after birth. All pregnancy tests and embryonic meta
rection. The barriers
Após as 12 semanas de gestação, os níveis de CG diminuem muito
used e, emare
today simultâneo, as that
antibody tests células dahCG
detect placenta
in a woman’s
two blood supplies ar
blood or urine.
passam a produzir estrogénios e progesterona; falha anómala na Initially,
transição the entre estas
implanted hormonas
embryo uterina
obtains its conduz
nutrition by di- à the chorionic villi an
desagregação do endométrio, consequente hemorragia e aborto do feto.
gesting the endometrial cells, but by the second month, the pla- ies. Although the ma
centa is providing nutrients and oxygen to the embryo and very close, they norm
carrying away embryonic metabolic wastes. Since placenta for- The placenta secre
Mecanismo de ação das pílulas contraceptivas orais of its syncytiotropho
mation is a continuation of the events of implantation, we will
Componentes: análogos de estradiol e progesterona ou só de progesterona.
consider it next, although we will be getting a little ahead of our- to produce the estro
selves as far as embryonic development is concerned. tures much more slow
A administração oral diária de doses pequenas de estradiol e progesterona mantém o eixo hipotálamo-hipófise- are inadequate when
erates and the pregn
gónadas no equilíbrio endócrino característico do período pós-ovulatório e pós-menstrual; i.e. níveis baixos de
C H E C K Y O U R U N D E R S TA N D I N G
blood levels of estrog
5. Which portion of the trophoblast accomplishes implantation?
gonadotrofinas (LH e FSH) mantidos por retroação negativa pelos níveis artificialmente mais altos (administrados) (see Figure 28.6). The
6. Marie, wondering if she is pregnant, buys an over-the-counter
ation of the mammar
de estradiol e progesterona; estes níveis são os típicos da fase de maturação
pregnancy testfolicular, mas
to assess this sendoHow
possibility. constantes não
will the blasto-
placenta also produce
permitem o aumento de gonadotrofinas necessário à maturação folicular. Consequentemente,
cyst, if present, “make itself known?”nenhum folículo
lactogen, human chor
28
primário entra em maturação e ocorre degeneração folicular à For taxa normal.
answers, see Appendix G. will describe the effec

• A pílula de estradiol inibe a ovulação. CHECK YOUR UND

• Placentation
A pílula combinada (estradiol+progesterona) inibe a ovulação e aumenta o espessamento da mucosa uterina, 7. What is the com
8. What endomet
! Describe placenta formation, and list placental functions.
em particular no colo do útero, fechando o canal cervical. to form the pla
9. Generally speak
Placentation (plas0en-ta!shun) refers to the formation of a
functional?
placenta (“flat cake”), a temporary organ that originates from
both embryonic and maternal (endometrial) tissues. Cells For answers, see Append
from the original inner cell mass give rise to a layer of extraem-

14
Efeitos das Hormonas da Placenta - Parto
Reprodução feminina

Cordão umbilical
Placenta
Útero Púbis
Cérvix
Vagina
Sacrum

1. Dilatação inicial (cólo do útero) 2. Dilatação final (cólo do útero)

Útero
Placenta

Períneo Cordão
umbilical

3. Expulsão (do feto) 4. Placenta (expulsão)

15
Efeitos das Hormonas da Placenta - Parto
3
Retroação +
Neuro-hipófise mãe
Reprodução feminina

Placenta Retroação positiva


3
2
1
Estrogénios Oxitocina
2
1
Útero - miométrio Contração
Recetores oxitocina Miométrio (útero)
2
Prostaglandinas
2
Feto
2
Contração úterina
vigorosa 3

1
Feto
Glucocorticoides adrenais

Início do parto
Aparentemente, é o feto que determina o momento do nascimento.
1. No final da gravidez, há aumento da produção de glucocorticoides (cortisol) pelo córtex adrenal do feto, que
estimulam células endócrinas da placenta a aumentar ainda mais a produção de estrogénios que vão: i) induzir a
expressão de maior número de recetores membranares para a oxitocina nas células do miométrio uterino; ii)
antagonizar a ação relaxante da progesterona nas células do miométrio; em consequência, há início de contrações
irregulares do miométrio. Adicionalmente, os pulmões do feto aumentam a produção de uma proteína
surfactante (SP-A) que despoleta resposta inflamatória no cérvix vaginal, que estimula o seu amaciamento e
preparação para o parto.
2. À medida que o momento do parto se aproxima, duas outras hormonas cooperam para converter as contrações
uterinas irregulares em contrações de parto mais fortes e regulares. Inicialmente, o feto liberta oxitocina que
induz as células da placenta a produzir e libertar prostaglandinas. Ambas as hormonas são potentes estimuladores
da contração do miométrio que nesta altura tem mais recetores de oxitocina (sensível à presença da oxitocina e
ao seu aumento). As contrações uterinas mais fortes causam dor e ansiedade na mãe que, em conjunto com
neurónios que medem o grau de contração do miométrio, constituem sinais para a neuro-hipófise libertar mais
oxitocina que, por sua vez, vai aumentar a força e o ritmo de contração do miométrio.
3. Com o hipotálamo envolvido, há início de um ciclo de retroação positiva entre o aumento da força de contração
do miométrio e mais libertação de oxitocina pela neuro-hipófise, permitindo as contrações uterinas que levam à
expulsão do feto pela vagina. Este processo é ajudado pelo facto de, em simultâneo, a proteína fetal que funciona
como adesivo para os tecidos fetais e maternos da placenta (fibronectina fetal), ser transformada num
lubrificante imediatamente antes do trabalho de parto ter iniciado.

16
Lactação – Oxitocina e Prolactina
Estrogénios
Até final gravidez
Placenta Progesterona
Reprodução feminina

Lactogénio

Estimulação de
Hormona libertadora
mecanorrecetores no Hipotálamo de prolactina
mamilo

Neuro-hipófise Adeno-hipófise

Oxitocina Prolactina

Contração de células
musculares nas
Retroação +

glândulas mamárias Aumenta produção


de leite nas glândulas
mamárias
Ejeção de leite pelos
ductos dos mamilos

Lactação: produção de leite pelas glândulas mamárias.


No final da gravidez, os níveis crescentes de estrogénios, progesterona e lactogénio produzidos pela placenta
estimulam o hipotálamo a libertar hormona libertadora de prolactina (PRF) que vai estimular a secreção de
prolactina pela adeno-hipófise. Dois a três dias após o parto, inicia-se a produção de leite para amamentar o
bebé. Antes do parto, as glândulas mamárias produzem colostro, um fluido amarelado com menos lactose do que
o leite , praticamente sem gordura, e com mais proteínas, vitamina A e minerais; rico em anticorpos IgA tal como
o leite. No bebé, estes anticorpos protegem o trato digestivo de infeções bacterianas e são absorvidos por
endocitose fornecendo a proteção imunitária inicial.
Após o parto, a secreção de prolactina diminui gradualmente e a produção continua de leite depende da
estimulação mecânica dos mamilos, geralmente proveniente do bebé a tentar mamar. Mecanorrecetores no
mamilo enviam impulsos no nervo aferente que ao chegarem ao hipotálamo estimulam a secreção de PRF da qual
resulta a secreção de prolactina que estimula a produção de leite. Os mesmos impulsos nervosos estimulam a
neuro-hipófise a libertar oxitocina que, atuando em células contráteis das glândulas mamárias, estimula a ejeção
de leite pelos ductos que abrem nos mamilos de ambos os seios e não apenas daquele que está a ser estimulado.
Enquanto os níveis plasmáticos de prolactina estão elevados, o hipotálamo produz beta-endorfina (hormona
péptidica) que inibe a libertação da GnRH do hipotálamo e, em consequência, não são libertadas gonadotrofinas
(FSH e LH) pela adeno-hipófise e o ciclo do ovário continua interrompido (não há ovulação) enquanto a mulher
estiver a amamentar. Este estado não é comum a todas as mulheres e há a possibilidade de reinicio do ciclo do
ovário mesmo enquanto está a haver amamentação.

17
Efeitos das Hormonas do Ovário
Hipotálamo
Reprodução feminina

Feminização
GnRH
Capilares

1
Cérebro

Adenohipófise

Estrogénios
FSH LH

2
Sexuais secundários
Progesterona
3

Sexuais primários

18
Efeito Organizador do Comportamento
Efeitos no Sexo Feminino Tratamento 3
Efeitos no desenvolvimento
Castrar recém-nascido
Tratamento 1 Tratamento 2
Castrar recém-nascido
Castrar adulto
Testosterona
Administração de
estrogénios Administração de
estrogénios (adulto) Administração de
estrogénios (adulto)

Administração de Administração de Administração de


testosterona testosterona testosterona

Comportamento
masculino

19
Efeito Organizador do Comportamento
Efeitos no Sexo Masculino Tratamento 3
Efeitos no desenvolvimento

Tratamento 2 Castrar recém-nascido


Tratamento 1
Castrar recém-nascido
Castrar adulto
Testosterona
Administração de
estrogénios Administração de
estrogénios (adulto) Administração de
estrogénios (adulto)

Administração de Administração de
testosterona Administração de
testosterona
testosterona

20
Hormonas envolvidas na Reprodução
Hipotálamo-hipófise-gónadas

Hormona Origem Alvo Estímulo Efeitos


Hormonas Sexuais Primárias - Esteroides
Nos órgãos de reprodução:
Estimula o crescimento e maturação dos órgãos de reprodução e
dos seios durante a puberdade e sua manutenção e função no
adulto.
Estimula a gametogénese e ovulação através da indução da
expressão de recetores para gonadotrofinas nas células foliculares.
Ovários: Estimula a fase proliferativa do ciclo uterino.
Estradiol Maioria
folículo e
dos FSH e LH Durante a gravidez, estimula o crescimento do útero e
(estrogénios) corpo
tecidos. alargamento da genitália externa e glândulas mamárias.
amarelo.
Características sexuais secundárias:
Crescimento ósseo em comprimento e feminização do esqueleto,
especialmente na pélvis; padrão feminino de distribuição de tecido
adiposo.
Em conjunto com androgénios adrenais, parcialmente responsável
pela libido feminina.
Coopera com os estrogénios na estimulação do crescimento dos
seios.
Ovário: Útero e
Estimula a fase secretora do ciclo uterino.
Progesterona Corpo glândulas LH
amarelo mamárias. Durante a gravidez, relaxa o miométrio e coopera com os
estrogénios na maturação das glândulas mamárias para a fase
produtora de leite.

Estrogénios
Nos órgãos de reprodução:
Estimula o crescimento e maturação dos órgãos de reprodução e dos seios durante a puberdade e sua manutenção e
função no adulto.
Estimula a gametogénese e ovulação através da indução da expressão de recetores para gonadotrofinas nas células
foliculares.
Estimula a fase proliferativa do ciclo uterino.
Estimula a produção de muco aquoso no colo uterino e a atividade dos cílios uterinos.
Estimula os espermatozoides no trato reprodutor.
Durante a gravidez, estimula o crescimento do útero e alargamento da genitália externa e glândulas mamárias.
Características sexuais secundárias:
Crescimento ósseo em comprimento e feminização do esqueleto, especialmente na pélvis. Hidratação da pele e
padrão feminino de tecido adiposo. Durante a gravidez, atua em conjunto com a relaxina (hormona da placenta) para
o amaciamento e relaxamento dos ligamentos pélvicos e sínfise púbica.
Efeitos metabólicos:
Geralmente anabólica. Estimula a reabsorção de sódio nos túbulos renais e, consequentemente, inibe a diurese (anti-
diurética). Aumenta os níveis plasmáticos de HDL (reduz LDL), tendo efeito protetor do sistema cardiovascular.
Efeitos neurais:
Em conjunto com androgénios adrenais (DHEA – dihidroepiandrosterona), parcialmente responsável pela libido
feminina.

21
Hipotálamo-hipófise-gónadas
Hormonas envolvidas na Reprodução

Hormona Origem Alvo Estímulo Efeitos


Hormonas Sexuais Primárias - Esteroides
Nos órgãos de reprodução:
Estimula o crescimento e maturação dos órgãos de reprodução
masculinos (ductos, glândula se genitália externa) durante a
puberdade e sua manutenção e função no adulto.
Necessária para a espermatogénese normal através dos efeitos da
ABP que mantém os seus níveis elevados na vizinhança das células
espermatogénicas.
Características sexuais secundárias:
Testosterona Testículos: Maioria Estimula o salto de crescimento que ocorre na puberdade;
(androgénios)
Céls. dos LH estimula o aumento da massa óssea e muscular na puberdade.
Leydig tecidos.
Estimula o crescimento da laringe cordas vocais tornando a voz
mais grave.
Aumenta a secreção de sebo e o crescimento piloso, em particular
na região facial, axilas, genitália e peito.
Geralmente anabólica, é hamatopoiética e estimula o
metabolismo basal.
No cérebro, promove a agressão e é responsável pela libido
masculina.

22
Hipotálamo-hipófise-gónadas

Hormonas envolvidas na Reprodução

Hormona Origem Alvo Estímulo Efeitos


Outras Hormonas - Péptidos
Distensão do colo do
Útero e
Neuro- útero e mamar estimulam Estimula a contração da musculatura lisa do útero e a
Oxitocina glândulas
hipófise a secreção; progesterona ejeção de leite das glândulas mamárias.
mamárias elevada inibe a secreção.
Células
Lactação: estimula a síntese de proteínas no leite e
Adeno- alveolares Estrogénios induzem a crescimento das glândulas mamárias; promove o
Prolactina hipófise (glândulas secreção; dopamina inibe
comportamento materno.
mamárias) a secreção.

23
• Hill, R.W., Wyse, G.A., and Anderson, M. (2012). Animal Physiology, 3rd Ed.,
Bibliografia

Sinauer Associates, Inc., Sunderland, Massachusetts, USA. Chapter 16 –


Endocrine and neuroendocrine physiology.
• Marieb, E. N. and Hoehn, K. N. (2014). Human Anatomy & Physiology, 10th Ed.
Pearson Education, Inc, N.Y., USA. Chapter 16 – The endocrine system +
Chapter 27 . The reproductive system + Chapter 28 – Pregnancy and human
development.
• Sadava, D., Hillis, D. M., Heller, H. C., & Berenbaum, M. R. (2011). Life: The
Science of Biology (9th ed.). Sunderland, U.S.A.: Sinauer Associates, Inc.
Chapter 41 – Animal hormones.

24

Você também pode gostar