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Eixo hipotálamo-hipófise-gónadas
Reprodução masculina
Reprodução feminina
Efeitos no desenvolvimento
1
Regulação por Retoação Negativa
Hipotálamo-hipófise-gónadas
Núcleos hipotalâmicos
-
(infundibular)
Ciclo
Hormona libertadora de Neuro-hormona
Longo
gonadotrofinas (GnRH) GnRH
+
-
Adenohipófise
Ciclo
Hormonas Trópicas - FSH Curto
Gonadotrofinas LH Hormonas somáticas
– Esteróides sexuais
Tecidos somáticos
endócrinos - Gónadas Androgénios
Estrogénios
O eixo hipotálamo-hipófise-testículos está sob controlo do SNC porque o hipotálamo recebe informação nervosa de
outras áreas cerebrais. Na ausência de hormona libertadora de gonadotrofinas (GnRH), os testículos atrofiam e cessa a
produção de testosterona e de esperma.
O desenvolvimento do órgão de reprodução masculino depende da secreção pré-natal de androgénios e, durante
alguns meses após o nascimento, o bebé masculino tem níveis plasmáticos de gonadotrofinas e de testosterona quase
iguais ao de um rapaz a meio da puberdade. No entanto, alguns meses após o nascimento, os níveis plasmáticos de
gonadotrofinas e de androgénios regridem e mantém-se baixos durante a infância (pré-puberdade). Com a
aproximação da puberdade, são necessários níveis de testosterona muito mais elevados para a inibição retroativa da
libertação de GnRH do hipotálamo. Assim, ao aumentar a libertação de GnRH do hipotálamo, aumenta a libertação de
testosterona nos testículos e o limiar de testosterona para a inibição do hipotálamo vai aumentando até ser atingido o
padrão de equilíbrio inter-atuante típico do adulto (ver à frente).
Mecanismos e efeitos da atividade da testosterona
Como todas as hormonas esteroides, a testosterona é sintetizada a partir do colesterol e exerce a sua ação nas células
alvo através da ativação de genes específicos, do que resulta o aumento da síntese de determinadas proteínas. Em
algumas células alvo, a testosterona tem de ser convertida num outro esteroide para exercer os seu efeito. Na
próstata, é convertida em dihidrotestosterona (DHT) antes de se ligar ao núcleo das células; em alguns neurónios
cerebrais, é convertida em estradiol para exercer a sua ação metabólica. Estas transformações bioquímicas,
geralmente, ocorrem com um único passo enzimático porque a testosterona e outras hormonas das gónadas são muito
semelhantes na sua estrutura química.
Durante a puberdade, a testosterona é, não só responsável pela manutenção da espermatogénese, como também tem
múltiplos efeitos anabólicos no corpo. Estimula o crescimento das estruturas de reprodução acessórias (ductos,
glândulas e pénis) até ao padrão adulto e sua manutenção ao longo da vida. Deficiência na produção de testosterona
na adulto leva à atrofia das estruturas de reprodução acessórias, redução do volume de sémen e dificuldade na ereção
e na ejaculação.
2
Órgão de Reprodução Masculino
Reprodução masculina
Pénis
Epidídimo
(armazena)
Glândula
Testículo bulbouretral
Osso púbico
Glande Escroto
3
Órgão de Reprodução Masculino
Reprodução masculina
Espermatogénese
Túbulo
seminífero
Céls. Intersticiais
ou Leydig
Espermatozoides (n)
Testosterona
4
Parede túbulo seminífero
Espermatogónia (2n)
Reprodução masculina
Gametogénese Espermatócitos
primários (2n)
Meiose I
Espermatócitos Acrossoma
secundários (n)
Meiose II
Cabeça
Espermatídios (n)
Núcleo
Espermatídios em
Centríolo
diferenciação (n)
Espermatozoide (n)
Lúmen túbulo seminífero
Cauda
5
Hipotálamo
Núcleo 1
Reprodução masculina
Infundibular Masculinização
GnRH
Adenohipófise Capilares
7
8 2 Cérebro
Inibição
Inibina
FSH LH 4 Céls.
intersticiais 6
3 Testosterona
Célula suporte
Céls.
espermatogénicas Sexuais secundários
6
Órgão de Reprodução Feminino
Reprodução feminina
Bexiga
Fímbrias Útero
Ligamento
Endométrio
Ovário Canal cervical
Cérvice
Colo do útero Clitóris
(cérvix) Vagina Uretra Vagina
Lábio pequeno
Lábio grande
7
Órgão de Reprodução Feminino - Endométrio
Reprodução feminina
Lúmen do útero
Epitélio
Capilares
Glândulas
Estrato Sinusoides venosos
Endométrio
Artéria espiral
Artéria
Estrato
Basal Veia
Músculo liso
Miométrio Artéria radial
Artéria arcuata
Artéria radial
A parede do útero é constituída por três camadas: perimétrio, miométrio e endométrio. O perimétrio está
associado ao peritoneu da cavidade abdominal. O miométrio é a camada de musculatura lisa que contrai
ritmicamente durante o parto para a expulsão do bebé. O endométrio é a camada mucosa que delimita a
cavidade uterina.
O endométrio tem dois estratos principais:
• Estrato funcional: sofre alterações estruturais cíclicas (ca. 28 dias) causadas pelo ciclo de hormonas do ovário
e é destruído durante a menstruação.
• Estrato basal: responsável pela formação cíclica de novo estrato funcional no fim da menstruação e início de
novos ciclos ovárico e uterino; não é influenciado pelas hormonas do ovário.
O estrato funcional desenvolve numerosas glândulas uterinas exócrinas e extensa vascularização durante a fase
de proliferação do ciclo uterino. As artérias espirais degeneram e regeneram ciclicamente e é a sua degeneração
que causa a desagregação do estrato funcional durante a menstruação.
8
Órgão de Reprodução Feminino - Ovário
Estrogénios
Reprodução feminina
Céls. Mesovarium e
Corpo amarelo granulosas Folículo vasos sanguíneos
(degeneração) secundário
Córtex Oócito I (meiose I)
Epitélio
germinal
Folículo vesicular
Folículos
(maduro)
primários
Antrum
Oócito
Ligamento
Zona
pelúcida
Céls. da
Medula teca Androgénios
Oócito II
(meiose II)
Corpo Corona
Corpo amarelo (em
Progesterona amarelo desenvolvimento) radiata
Estrogénios
Inibina
No nascimento, estão presentes em cada ovário todos os oócitos primários e o potencial reprodutor feminino está
definido.
Ao entrar na puberdade, cerca de uma vez por mês, 6-12 oócitos primários (2n) iniciam a maturação.
O oócito em desenvolvimento é nutrido pelas células foliculares que o rodeiam. As células granulosas do folículo
produzem estrogénios e as células da teca folicular produzem androgénios.
Uma semana após o inicio da maturação, apenas um oócito primário (I) continua o desenvolvimento para oócito
secundário (II), completando a meiose I em resposta a um pico nos níveis de LH; os restantes oócitos I degeneram. A
meiose II, imediatamente antes da ovulação, origina um oócito secundário (n) que fica aprisionado na metafase II, só
completando a meiose II se for fecundado por um espermatozoide (ver figura seguinte).
Na ovulação, há rutura do folículo e o óvulo (oócito II) é libertado. As células restantes do folículo formam o corpo
amarelo produtor de estrogénios, progesterona e inibina. Se o óvulo não é fecundado, ocorre degeneração do corpo
amarelo.
Regulação hormonal do ciclo do ovário
Os acontecimentos cíclicos nos ovários são mais complicados do que os dos testículos, mas a regulação hormonal central
que os coloca em marcha na puberdade são semelhantes nos dois sexos. A GnRH, as gonadotrofinas da adeno-hipófise e,
no caso feminino, os estrogénios e a progesterona dos ovários interagem entre si para produzir os acontecimentos
cíclicos no ovário. No entanto, no sexo feminino há uma outra hormona que é importante na estimulação do hipotálamo
para libertar GnRH. O início da puberdade feminina está ligada à adiposidade e o mensageiro químico para o hipotálamo
é a leptina. Se os níveis plasmáticos de lípidos e leptina são baixos, a puberdade é atrasada por falta de estimulação
suficiente para o hipotálamo aumentar a produção e secreção de GnRH.
Durante a infância, os ovários crescem e libertam continuamente pequenas quantidades de estrogénios que inibem o
hipotálamo a libertar GnRH. Se os níveis de leptina forem os adequados, com o aproximar da puberdade, o hipotálamo
torna-se menos sensível à ação inibidora dos estrogénio e começa a libertar GnRH de forma cíclica e pulsátil, que por sua
vez estimula a libertação de gonadotrofinas pela adeno-hipófise, que estimulam a produção de estrogénios nos ovários.
9
Reprodução feminina
Gametogénese
Durante cerca de quatro anos após início da puberdade, os níveis de gonadotrofinas aumentam; durante este tempo,
as raparigas em puberdade não ovulam. O padrão cíclico do adulto é então atingido algum tempo após (2-3 anos) a
primeira menstruação, as interações hormonais estabilizam, os ciclos do ovário tornam-se regulares e ovulatórios (ver
figura seguinte).
Regulação endócrina do ovário pelo eixo hipotálamo-(adeno)-hipófise-gónadas
É assumido um ciclo de 28 dias.
1. GnRH estimula a secreção de gonadotrofinas. No dia 1, a GnRH do hipotálamo estimula a adeno-hipófise a produzir
e libertar FSH e LH.
2. FSH e LH estimulam o crescimento e maturação folicular, e a produção e libertação de estrogénios. A FSH exerce o
seu principal efeito sobre a células granulosas do folículo secundários ou vesicular. A LH, inicialmente, tem como alvo
as células da teca folicular. Com o crescimento do folículo, a LH estimula as células da teca a produzirem androgénios
que se difundem pela membrana e, nas células granulosas, são praticamente todos convertidos em estrogénios.
3. Retroação negativa. O aumento dos níveis de estrogénios no plasma exerce retroação negativa no hipotálamo e
adeno-hipófise, inibindo a libertação de FSH e LH e, simultaneamente, a adeno-hipófise sintetiza e acumula estas
gonadotrofinas. Nos ovários, os estrogénios intensificam o efeito da FSH na maturação do folículo, o que, por sua vez
aumenta a produção de estrogénios. Durante este período, as células granulosas libertam inibina que exerce também
efeito inibidor da libertação de FSH por retroação negativa. Apenas o folículo dominante sobrevive a esta diminuição
de FSH; os restantes folículos em desenvolvimento degeneram e o seu material é reabsorvido. Ainda é incerto o
mecanismo pelo qual há seleção de apenas um folículo para continuar o processo de maturação até à ovulação.
Em 1-2% de todas as ovulações, há libertação de mais do que um oócito secundário, o que pode conduzir à
fertilização de dois ou mais oócitos e levar ao nascimento de gémeos fraternos. Gémeos idênticos resultam da
fertilização de um único oócito seguido da separação subsequente do ovo em duas células idênticas que iniciam o
10
desenvolvimento embrionário.
10
Inibição Núcleo Hipotálamo
Hipotálamo 4 Inibição
Infundibular
5
GnRH
Reprodução feminina
GnRH
Estimulação
Capilares
Inibição Inibição
1
4
Progesterona
5 Estrogénios
Adenohipófise
Inibina
Pico LH
2 Folículo 6 8
3
FSH LH
7
Céls.
teca
ABP Folículo Oócito Corpo
Céls.
granulosas Androgénios maduro secundário amarelo
Inibina 2
Estrogénios
4. Retroação positiva. O pequeno aumento inicial dos níveis plasmáticos de estrogénios(1) inibe o eixo hipotálamo-adeno-
hipófise, mas os elevados níveis de estrogénios produzidos pelo folículo dominante e pelos outros folículos ainda em maturação
tem o efeito contrário. Quando os níveis plasmáticos de estrogénios atingem um valor limiar, há um breve efeito de retroação
positiva no hipotálamo e adeno-hipófise.
5. Pico de LH. O efeito estimulador dos níveis plasmáticos de estrogénios provoca um rápido e transiente aumento da libertação
de LH (e de FSH mas em menor grau) entretanto acumulada nas células da adeno-hipófise.
6. Ovulação. O pico de LH estimula o oócito primário do folículo dominante a completar a meiose I e formar um oócito
secundário que inicia a meiose II até à metafase II. Por volta do dia 14, a LH estimula os acontecimentos conducentes à ovulação:
aumenta a permeabilidade vascular no ovário, estimula a libertação de prostaglandinas e despoleta o processo inflamatório que
permite a libertação de enzimas que ajudam ao enfraquecimento da parede do ovário na vizinhança do folículo secundário. É
desconhecido se a FSH desempenha alguma função neste processo. Imediatamente após a ovulação os níveis de estrogénios
decrescem, provavelmente em consequência do desaparecimento das células secretoras de estrogénios no folículo dominante.
7. Formação do corpo amarelo. O pico de LH permite também a transformação das células foliculares restantes para a formação
do corpo amarelo; esta nova estrutura endócrina no ovário produz progesterona e alguns estrogénios; a progesterona ajuda a
manter a hipertrofia de estrato funcional do endométrio uterino, sendo essencial para a gravidez caso haja fertilização do óvulo.
8. Retroação negativa inibe libertação de LH e FSH. O aumento dos níveis plasmáticos de estrogénios e progesterona devido ao
desenvolvimento do corpo amarelo exerce um forte efeito inibidor por retroação negativa sobre o hipotálamo e adeno-hipófise.
A concomitante libertação de inibina pelo corpo amarelo reforça este efeito inibidor. A diminuição dos níveis plasmáticos de
gonadotrofinas inibe a maturação de folículos adicionais e evita novos picos de LH que poderiam provocar a ovulação de oócitos
II adicionais.
Nos ciclos em que não há fecundação do óvulo, o estímulo (gonadotrofinas) para a manutenção do corpo amarelo termina e
ocorre a degeneração do corpo amarelo. Disto resulta um marcado declínio dos níveis plasmáticos de estrogénios e
progesterona.
(1)
Estrogénios: designação genérica das hormonas esteróides relacionadas com o controle da ovulação e desenvolvimento das
11
características femininas; os três principais estrogénios são: estrona, estradiol e estriol.
11
Concentração no plasma
Ø A variação cíclica dos níveis de
gonadotrofinas regula os
Correlação entre gonadotrofinas da adeno-hipófise e hormonas acontecimentos no ciclo do ovário.
do ovário com as alterações estruturais no ovário e no útero.
Reprodução feminina
Estrato funcional
Estrato basal
Dias 1 5 10 15 20 25 28
Menstrual Proliferação Secretora
O ciclo uterino ou menstrual são as alterações cíclicas no endométrio uterino em correlação com as alterações cíclicas nos
níveis plasmáticos das hormonas dos ovários reguladas pelas gonadotrofinas da adeno-hipófise.
1. Dias 1-5: fase menstrual. Degeneração do estrato funcional do endométrio, altura em que as hormonas do ovário estão
nos seus níveis plasmáticos mais baixos e os níveis de gonadotrofinas começam a aumentar. O estrato funcional
hipertrofiado e dependente dos níveis de hormonas dos ovários, desliga-se do estrato basal num processo acompanhado
de hemorragia que dura 3-5 dias. Por volta do dia 5, os folículos nos ovários reiniciam a produção de estrogénios.
2. Dias 6-14: fase de proliferação (pré-ovulação). Há reconstrução do estrato funcional do endométrio, que inclui
aumento das glândulas exócrinas e do número de artérias espirais; o endométrio espessa e torna-se muito vascularizado.
Os estrogénios induzem a síntese de recetores de progesterona nas células endometriais preparando-as para a interação
com a progesterona. O aumento dos níveis de estrogénios torna o muco cervical menos viscoso, o que facilita a passagem
dos espermatozoides para o útero. A ovulação, que dura menos do que 5 min., ocorre no final da fase de proliferação do
endométrio.
3. Dias 15-28: fase secretora. Fase temporalmente mais constante, durante a qual há preparação do endométrio para a
implantação de um embrião. O aumento dos níveis plasmáticos de progesterona do corpo amarelo provoca uma
elaboração das artérias espirais e a conversão do estrato funcional numa mucosa secretora. As glândulas expandem-se,
enrolam-se e iniciam a secreção de glicogénio para a cavidade uterina. Os nutrientes destas glândulas alimentam o
embrião até estar totalmente implantado no endométrio. A progesterona torna o muco cervical novamente mais viscoso,
o que contribui para evitar a entrada de esperma e patogénicos, tornando o útero menos exposto ao ambiente externo na
eventualidade de um embrião iniciar a sua implantação no endométrio.
Se a fertilização não ocorrer, a diminuição dos níveis plasmáticos de LH deixa de suportar a existência do corpo amarelo e,
a sua degeneração provoca queda acentuada dos níveis plasmáticos de estrogénios e progesterona. Na ausência de níveis
adequados de progesterona, as artérias espirais colapsam e, ficando privadas de oxigénio e nutrientes, as restantes células
do estrato funcional morrem, iniciando-se o fluxo menstrual por volta do dia 28. O ciclo menstrual recomeça no primeiro
dia de fluxo menstrual
12
Fertilização e Implantação
4-células Mórula
Zigoto (2 dias)
Reprodução feminina
Esperma Cavidade
Blastocisto
Fertilização (7 dias)
Óvulo Ovário
(oócito II)
Cavidade
Útero
Óvulação Trofoblasto
Endométrio
Cavidade uterina
Colo do útero
(cérvix)
Uma implantação bem sucedida do embrião no endométrio demora cerca de 5 dias e está, geralmente, terminada
12 dias após a ovulação. A manutenção do corpo amarelo e continuada produção de progesterona e estrogénios
que mantém a hipertrofia do estrato funcional do endométrio é assegurada pela gonadotrofina coriónica humana
(hCG – hormona semelhante à LH) libertada pelas células do trofoblasto. A hCG substitui o controlo hipotálamo –
adeno-hipófise-ovários durante este período crítico. A membrana extraembrionária (córion), que se desenvolve a
partir do trofoblasto após a implantação, dá continuidade a este estímulo hormonal que mantém o espessamento
do endométrio durante esta fase inicial do desenvolvimento embrionário. Os níveis plasmáticos de CG aumentam
até ao final do segundo mês de gestação (ver figura seguinte); depois os níveis de CG diminuem acentuadamente
até atingirem um nível baixo no final de quarto mês, persistindo este nível até ao final da gravidez. Entre o
segundo e terceiro mês de gestação, a placenta assume a função de produção de estrogénios e progesterona até
ao final da gravidez. O corpo amarelo degenera e os ovários ficam inativos até ao parto. Atualmente, todos os
testes de gravidez usam anticorpos que detetam hCG na urina ou no plasma.
Inicialmente, o embrião obtém os nutrientes pela digestáo das células do endométrio, mas em meados do
segundo mês de gestação a placenta, que entretanto se desenvolveu, passa a fornecer nutrientes e oxigénio ao
embrião e a remover os produtos do seu metabolismo, através do sistema circulatória da progenitora. A placenta
torna-se um órgão totalmente funcional na sua função nutritiva, respiratória, excretora e endócrina em meados
do terceiro mês de gravidez.
Durante a gravidez, os níveis de estrogénios e progesterona continuam a aumentar e estimulam o crescimento e
maior diferenciação das glândulas mamárias, preparando-as para o aleitamento do bebé. A placenta produz
outras hormonas: lactogénio da placenta, tirotrofina coriónica e relaxina com importantes efeitos na progenitora.
13
Fertilização e Implantação
Ø A gonadotrofina coriónica (CG) interrompe o eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
Reprodução feminina
LH Pára
1078 U N I T 5 Continuity
FSH oscilação
bryonic mesoderm
phoblast (Figure 28.
The chorion develop
relativa no plasma
Human chorionic
gonadotropin especially elaborate
Placenta blood (Figure 28.7c).
Soon the mesode
• Placentation
A pílula combinada (estradiol+progesterona) inibe a ovulação e aumenta o espessamento da mucosa uterina, 7. What is the com
8. What endomet
! Describe placenta formation, and list placental functions.
em particular no colo do útero, fechando o canal cervical. to form the pla
9. Generally speak
Placentation (plas0en-ta!shun) refers to the formation of a
functional?
placenta (“flat cake”), a temporary organ that originates from
both embryonic and maternal (endometrial) tissues. Cells For answers, see Append
from the original inner cell mass give rise to a layer of extraem-
14
Efeitos das Hormonas da Placenta - Parto
Reprodução feminina
Cordão umbilical
Placenta
Útero Púbis
Cérvix
Vagina
Sacrum
Útero
Placenta
Períneo Cordão
umbilical
15
Efeitos das Hormonas da Placenta - Parto
3
Retroação +
Neuro-hipófise mãe
Reprodução feminina
1
Feto
Glucocorticoides adrenais
Início do parto
Aparentemente, é o feto que determina o momento do nascimento.
1. No final da gravidez, há aumento da produção de glucocorticoides (cortisol) pelo córtex adrenal do feto, que
estimulam células endócrinas da placenta a aumentar ainda mais a produção de estrogénios que vão: i) induzir a
expressão de maior número de recetores membranares para a oxitocina nas células do miométrio uterino; ii)
antagonizar a ação relaxante da progesterona nas células do miométrio; em consequência, há início de contrações
irregulares do miométrio. Adicionalmente, os pulmões do feto aumentam a produção de uma proteína
surfactante (SP-A) que despoleta resposta inflamatória no cérvix vaginal, que estimula o seu amaciamento e
preparação para o parto.
2. À medida que o momento do parto se aproxima, duas outras hormonas cooperam para converter as contrações
uterinas irregulares em contrações de parto mais fortes e regulares. Inicialmente, o feto liberta oxitocina que
induz as células da placenta a produzir e libertar prostaglandinas. Ambas as hormonas são potentes estimuladores
da contração do miométrio que nesta altura tem mais recetores de oxitocina (sensível à presença da oxitocina e
ao seu aumento). As contrações uterinas mais fortes causam dor e ansiedade na mãe que, em conjunto com
neurónios que medem o grau de contração do miométrio, constituem sinais para a neuro-hipófise libertar mais
oxitocina que, por sua vez, vai aumentar a força e o ritmo de contração do miométrio.
3. Com o hipotálamo envolvido, há início de um ciclo de retroação positiva entre o aumento da força de contração
do miométrio e mais libertação de oxitocina pela neuro-hipófise, permitindo as contrações uterinas que levam à
expulsão do feto pela vagina. Este processo é ajudado pelo facto de, em simultâneo, a proteína fetal que funciona
como adesivo para os tecidos fetais e maternos da placenta (fibronectina fetal), ser transformada num
lubrificante imediatamente antes do trabalho de parto ter iniciado.
16
Lactação – Oxitocina e Prolactina
Estrogénios
Até final gravidez
Placenta Progesterona
Reprodução feminina
Lactogénio
Estimulação de
Hormona libertadora
mecanorrecetores no Hipotálamo de prolactina
mamilo
Neuro-hipófise Adeno-hipófise
Oxitocina Prolactina
Contração de células
musculares nas
Retroação +
17
Efeitos das Hormonas do Ovário
Hipotálamo
Reprodução feminina
Feminização
GnRH
Capilares
1
Cérebro
Adenohipófise
Estrogénios
FSH LH
2
Sexuais secundários
Progesterona
3
Sexuais primários
18
Efeito Organizador do Comportamento
Efeitos no Sexo Feminino Tratamento 3
Efeitos no desenvolvimento
Castrar recém-nascido
Tratamento 1 Tratamento 2
Castrar recém-nascido
Castrar adulto
Testosterona
Administração de
estrogénios Administração de
estrogénios (adulto) Administração de
estrogénios (adulto)
Comportamento
masculino
19
Efeito Organizador do Comportamento
Efeitos no Sexo Masculino Tratamento 3
Efeitos no desenvolvimento
Administração de Administração de
testosterona Administração de
testosterona
testosterona
20
Hormonas envolvidas na Reprodução
Hipotálamo-hipófise-gónadas
Estrogénios
Nos órgãos de reprodução:
Estimula o crescimento e maturação dos órgãos de reprodução e dos seios durante a puberdade e sua manutenção e
função no adulto.
Estimula a gametogénese e ovulação através da indução da expressão de recetores para gonadotrofinas nas células
foliculares.
Estimula a fase proliferativa do ciclo uterino.
Estimula a produção de muco aquoso no colo uterino e a atividade dos cílios uterinos.
Estimula os espermatozoides no trato reprodutor.
Durante a gravidez, estimula o crescimento do útero e alargamento da genitália externa e glândulas mamárias.
Características sexuais secundárias:
Crescimento ósseo em comprimento e feminização do esqueleto, especialmente na pélvis. Hidratação da pele e
padrão feminino de tecido adiposo. Durante a gravidez, atua em conjunto com a relaxina (hormona da placenta) para
o amaciamento e relaxamento dos ligamentos pélvicos e sínfise púbica.
Efeitos metabólicos:
Geralmente anabólica. Estimula a reabsorção de sódio nos túbulos renais e, consequentemente, inibe a diurese (anti-
diurética). Aumenta os níveis plasmáticos de HDL (reduz LDL), tendo efeito protetor do sistema cardiovascular.
Efeitos neurais:
Em conjunto com androgénios adrenais (DHEA – dihidroepiandrosterona), parcialmente responsável pela libido
feminina.
21
Hipotálamo-hipófise-gónadas
Hormonas envolvidas na Reprodução
22
Hipotálamo-hipófise-gónadas
23
• Hill, R.W., Wyse, G.A., and Anderson, M. (2012). Animal Physiology, 3rd Ed.,
Bibliografia
24