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Curso Científico-Humanístico de

Ciências e Tecnologias
A formação dos gâmetas implica
a ocorrência de meiose e
designa-se por gametogénese.

Os gâmetas são as células


reprodutoras, contendo n
cromossomas (23) - haploides.

Os gâmetas são produzidos nas


gónadas, e são as únicas
células com n cromossomas.

Da união dos gâmetas resulta o


zigoto, contendo 2n
cromossomas (46) – diploide.

O ciclo de vida do Homem é


diplonte, em que a fase haplonte
se resume à formação dos
gâmetas.
35%

60%

5%

15 milhões de
espermatozoides
por mL
Os testículos têm como funções a produção de gâmetas (espermatozoides) e de
testosterona. São compostos por túbulos seminíferos, muito enrolados e
compactados, que ocupam reduzidas dimensões.
Os túbulos seminíferos alojam as
células da linha germinativa (em
diversos estádios de diferenciação)
e as células de Sertoli (nutrem,
protegem e fornecem suporte às
células da linha germinativa).

Nos espaços
intersticiais
dos túbulos
seminíferos
localizam-se
as células de
Leydig,
responsáveis
pela
produção de
testosterona.
FASE DE MULTIPLICAÇÃO FASE DE DIFERENCIAÇÃO OU ESPERMIOGÉNESE
As espermatogónias que se Os espermatídios deslocam-se para o lúmen dos
encontram na periferia dos túbulos túbulos seminíferos, depois de formados. Na
seminíferos dividem-se por mitose a proximidade do centro dos túbulos, sofrem a etapa
partir da puberdade, formando novas final da espermatogénese, denominada
espermatogónias. Estas células são FASE DE CRESCIMENTO espermiogénese.
diploides e contêm 23 pares de Ocorre o aumento do
cromossomas (46). Metade das volume celular, dando
espermatogónias continua a dividir- origem a espermatócitos I,
se por mitose, enquanto que as que contêm elevadas
restantes passam para a fase de quantidades de substâncias
crescimento. de reserva.

FASE DE MATURAÇÃO
O espermatócito I (com 46 cromossomas) sofre a divisão I da meiose, originando dois espermatócitos II com 23 cromossomas
(cada cromossoma com dois cromatídios). De seguida, cada espermatócito II sofre a segunda divisão meiótica, originando dois
espermatídios contendo cada um 23 cromossomas, mas formados por um cromatídio apenas. A partir de cada espermatócito I
formam-se quatro espermatídios geneticamente diferentes, pois, durante a divisão I da meiose, pode ocorrer recombinação do
material genético (fenómenos de crossing-over), e ocorre migração aleatória dos cromossomas homólogos, e durante a divisão II
Fase Fase Formação Fase de
golgiana acrossómica do flagelo maturação

Durante esta etapa, o espermatídio:


- perde grande parte do citoplasma, que é fagocitado pelas células de Sertoli.;
- reagrupa o complexo de Golgi, formando o acrossoma, que contém enzimas
hidrolíticas e rodeia parcialmente o núcleo;
- os centríolos migram para o polo oposto ao acrossoma e um deles forma o flagelo;
- forma a peça intermédia, com várias mitocôndrias dispostas em hélice.
1
2 5

3 6

12

4
7
11
1 – Canal deferente; 7 – Célula de Sertoli;
10
2 – Epidídimo; 8 – Espermatogónia;
3 – Lobo testicular; 9 – Espermatócito I; 9
4 – Túbulo seminífero; 10 – Espermatócito II
5 – Célula de Leydig; 11 – Espermatídeo;
6 – Lúmen do tubo 12 – Espermatozoide. 8
seminífero;
Cabeça do
epidídimo
(A)

Corpo do
Canal deferente

epidídimo
(B)

Cauda do
epidídimo
(C)
A regulação do ciclo sexual
masculino resulta da interação
entre o complexo hipotálamo-
hipófise e os testículos.
Neste sistema intervêm as
seguintes hormonas:
• GnRH (hormona libertadora de
gonadotropinas: neuro-hormona
produzida pelos neurónios do
hipotálamo);
• LH (hormona luteoestimulina:
hormona produzida pela hipófise
anterior);
• FSH (hormona
foliculoestimulina: hormona
produzida pela hipófise anterior);
• Testosterona: hormona
produzida pelas células de
Leydig ou intersticiais dos
testículos.
Os níveis de testosterona no
sangue regulam os níveis das
hormonas envolvidas na
regulação hormonal no homem,
por feedback negativo, à
exceção dos níveis da hormona
FSH.
O excesso de produção da
hormona FSH é inibida pelo
elevado teor da hormona
inibina, produzida pelas células
de Sertoli, sobre a hipófise
anterior.
Ainda existem algumas dúvidas
sobre a existência de feedback
da inibina sobre o hipotálamo.
Diminuição da
Inibição Diminuição da
secreção de Diminuição da Inibição das
da produção de
Hormona de produção de Células de
hipófise testosterona
Libertação luteoestimulina Leydig, nos
pela pelas Células
Gonadotrópica (LH) pela hipófise testículos
GnRH de Leydig
(GnRH) pelo
hipotálamo
Deteção a nível do Nível de
hipotálamo testosterona
no sangue
baixa

Estímulo:
nível de testosterona no
sangue alto
Equilíbrio: nível normal de testosterona
Estímulo:
nível de testosterona no
sangue baixo
Nível de testosterona
no sangue aumenta
Deteção a nível do
hipotálamo

Estimulação da secreção
Aumento da Estimulação Aumento da
Estimulação de Hormona de Libertação
produção de das Células produção de
da hipófise Gonadotrópica (GnRH)
testosterona de Leydig, luteoestimulina
pela GnRH pelo hipotálamo Ativ. 5
pelas Células nos testículos (LH) pela hipófise
de Leydig Pág. 20
O mecanismo de controlo hormonal dos níveis de testosterona ocorre por
RETROAÇÃO NEGATIVA.
Ao manterem-se contantes os níveis de testosterona ao longo da vida, sendo esta
hormona necessária à espermatogénese, tanto esta como os caracteres sexuais
secundários se mantêm ao longo da vida do indivíduo.
Qualquer perturbação interna ou externa pode influenciar o funcionamento do
hipotálamo e, portanto, o controlo hormonal do ciclo sexual masculino.
Notícia de 2019 - O ator Ângelo Rodrigues terá injectado testosterona e foi
hospitalizado nos cuidados intensivos. Teve uma paragem cardíaca, foi obrigado
a fazer hemodiálise, …

Um jovem saudável precisa de tomar testosterona?


Não, dizem os médicos em uníssono.
Quais os riscos desta hormona?
MUITOS, incluindo o de VIDA!
trompa de
Falópio ou
oviduto

ou
cérvix
Órgãos
internos

Órgãos externos
FASE DE MULTIPLICAÇÃO
Durante os 2.º e 3.º meses de
desenvolvimento embrionário, as
oogónias (diploides) migram para os
ovários e aumentam
significativamente o seu número,
por mitose.

FASE DE CRESCIMENTO
As oogónias aumentam de tamanho
devido à síntese e acumulação de
substâncias de reserva,
transformando-se em oócitos I
(diploides). Ainda durante a vida
intrauterina, os oócitos I iniciam a
meiose, ficando bloqueados em
prófase I até à puberdade. Muitos Antes do nascimento
oócitos I acabam, entretanto, por
degenerar (atresia folicular).

FASE DE MATURAÇÃO
Desde a puberdade até à menopausa ocorre, ciclicamente, a maturação de alguns oócitos I mas, em geral, apenas um deles
conclui a maturação, degenerando os restantes. O oócito I bloqueado em prófase I termina a primeira divisão da meiose e
origina um oócito II e uma célula mais pequena chamada 1.º glóbulo polar (haploides). O oócito II inicia a segunda divisão da
meiose mas fica bloqueado em metáfase II. Este oócito II bloqueado em metáfase II é libertado para o oviduto durante a
ovulação. No caso de ocorrer fecundação, o oócito II bloqueado em metáfase II termina a segunda divisão da meiose,
originando um óvulo e uma célula mais pequena chamada 2.º glóbulo polar (haploides). O 1.º e o 2.º glóbulos polares acabam
por degenerar. O óvulo é, pois, uma célula de dimensões relativamente elevadas, com citoplasma abundante e rica em
substâncias nutritivas que asseguram a alimentação do embrião nos primeiros dias de gestação.
Aquando da puberdade, os
CICLO OVÁRICO:
conjunto de
acontecimentos que
compreendem a
evolução de folículos
ováricos, a libertação
de um oócito II e a
degeneração das
estruturas foliculares.

CICLO UTERINO:
conjunto de
modificações cíclicas
que ocorrem no
endométrio uterino em
resposta a sinais
hormonais do ovário.
- 5.º ao 12.º dia: O desenvolvimento
dos folículos ováricos na fase
folicular faz aumentar a produção
de estrogénio enquanto a
produção de progesterona se
mantém baixa;
- 12.º ao 14.º dia: o grande aumento
de estrogénios sinaliza a
ocorrência iminente da ovulação;
- 15.º ao 28.º dia: desenvolve-se o
corpo lúteo, que produz
progesterona e estrogénio,
aumentando a sua concentração;
- 1.º ao 5.º dia: se não ocorrer
fecundação, o corpo lúteo
degenera e reduz-se a produção
de progesterona e estrogénio,
promovendo a destruição do
endométrio (menstruação).
- 5.º ao 12.º dia: A hipófise começa a produzir FSH e
LH, que atuam nos folículos, desenvolvendo-os e
estimulando-os a produzir estrogénio que, à medida
que a sua concentração aumenta, faz reduzir a
produção de FSH por feedback negativo;
- 12.º ao 14.º dia: o grande aumento da concentração
de estrogénios causa um grande aumento da
produção de LH (e FSH) pela hipófise, por feedback
positivo, que estimula a rotura do folículo e a
ovulação (libertação do oócito II);
- 15.º ao 26.º dia: as concentrações relativamente
elevadas de LH estimulam o desenvolvimento do
corpo lúteo, que produz progesterona e estrogénio,
promovendo o aumento e a manutenção da
espessura do endométrio;
- 26.º ao 28.º dia: se não ocorrer fecundação, o corpo
lúteo degenera e reduz-se a produção de
progesterona e estrogénio, promovendo a
destruição do endométrio (menstruação) e
estimulando a produção hipofisária de LH e FSH,
que atuam nos folículos, desenvolvendo-os.
- Na mulher as elevadas concentrações de
progesterona provocam a diminuição da
secreção da neuro-hormona GnRH e
consequentemente também das
hormonas LH e FSH (feedback negativo);
- Na ausência de secreção da hormona LH,
o corpo lúteo degenera, o que provoca a
diminuição das concentrações dos
estrogénios e progesterona, que quando
ficam muito baixas é um estimulo para o
hipotálamo recomeçar a libertação da
neuro-hormona GnRH e o ciclo na mulher
recomeçar, ocorrendo também a
menstruação.
- No caso de ocorrer fecundação, o
embrião segrega a hormona hCG
(gonadotropina coriónica), que substitui
a LH e que impede o corpo amarelo de
degenerar, continuando este a produzir Ativ. 6
os estrogénios e a progesterona e assim Pág.23
não ocorre a menstruação.
Diminuição da
secreção de Inibição Diminuição da Diminuição da
produção de Inibição
Hormona de da produção de
luteoestimulina (LH) e dos
Libertação hipófise estrogénio
de foliculoestimulina folículos
Gonadotrópica pela pelos folículos
(FSH) pela hipófise ováricos
(GnRH) pelo GnRH ováricos
hipotálamo
Deteção a nível do
hipotálamo Níveis de
estrogénio no
sangue baixam

Estímulo:
níveis de estrogénio Estímulo:
no sangue aumentam Equilíbrio: níveis normais de estrogénio níveis de
estrogénio no
sangue baixam

Níveis de estrogénio no
sangue aumentam
Deteção a nível do
hipotálamo
Aumento da
produção de Aumento da Estimulação da secreção
Estimulação produção de de Hormona de Libertação
estrogénio dos Estimulação
pelos folículos luteoestimulina (LH) e da hipófise Gonadotrópica (GnRH)
folículos de foliculoestimulina pelo hipotálamo
ováricos ováricos pela GnRH
(FSH) pela hipófise
Equilíbrio: níveis normais de estrogénio Estímulo:
níveis de estrogénio no sangue
aumentam para lá de um certo
limite

Deteção a nível do hipotálamo

Aumento da produção Estimulação da secreção


Estimulação de foliculoestimulina de Hormona de Libertação
dos Estimulação
OVULAÇÃO (FSH) e, principalmente, da hipófise Gonadotrópica (GnRH)
folículos de luteoestimulina (LH) pelo hipotálamo
ováricos pela GnRH
pela hipófise
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA

RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA
https://www.youtube.com/wat
ch?v=_5OvgQW6FG4
Fertilização
Com legendas em português
Ativ. 8
Pág.29
Embrião

Ativ. 9
Pág.32
Vídeo EV
Fecundação,
desenvolvimento
embrionário e
gestação
Animação
Circulação na
Placenta

Ativ. 10
Pág.34
Ativ. 11
Pág.36
A partir dos 3 tecidos
embrionários
(ectoderme,
mesoderme e
endoderme) ocorre
uma diferenciação
celular em tecidos,
órgãos e sistemas de
órgãos
Induzem a produção de
recetores da oxitocina
no miométrio e

A progesterona
inibe as
contrações
uterinas por isso
os níveis de
progesterona
descem uns dias
antes do parto,
para induzir as
contrações
uterinas. Vídeo
Nascimento de
um bébé dentro
do saco
amniótico

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