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TECNOLOGIAS DE PROCESSOS
Tema:
Balanço Energético
Discente:
Zeferino Gravata
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Docente:
Msc. Eng. Américo Msopela
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1.INTRODUÇÃO
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2.BALANÇO DE ENERGÉTICO
Como toda espécie de balanço, o balanço de energia deve ser aplicado em uma determinada
região, que denominamos “sistema”. Lembre-se, um sistema é considerado aberto, quando a
massa atravessa suas fronteiras, e fechado em caso contrário.
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Exemplo:
Com frequência as modalidades de energia são confundidas e, portanto, serão discutidas a seguir.
W = ∫Fdl
Onde:
F = força
dl = deslocamento infinitesimal
Como deslocamentos infinitesimais não são facilmente mensuráveis e nem toda força pode ser
transformada (na prática) em trabalho, a solução desta expressão só ocorre em casos ideais ou com
condições próximas à idealidade.
A energia de um sistema devido à sua velocidade em relação à vizinhança (ou referência) é chamada
ENERGIA CINÉTICA (K).
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K=½m v
K=½F v
1ˆvK =
Onde: m = massa
v = velocidade
K= energia cinética por unidade de massa
P = mgh
Onde:
m = massa
g= aceleração da gravidade
Nem todas as modalidades de energia são facilmente mensuráveis e visíveis. ENERGIA INTERNA e
ENTALPIA são exemplos de modalidades de energia que não são directamente observáveis. A
ENERGIA INTERNA (U) é a representação do conteúdo balanceado das energias originárias
das ligações químicas, das interacções atómicas e subatómicas e das forças moleculares. Como
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estas energias individualmente e balanceadas, não são mensuráveis a energia interna é obtida a
partir de expressões matemáticas como a entalpia, por exemplo.
Uma expressão para a energia interna pode ser obtida a partir da definição matemática que afirma que a
energia interna é uma função ponto ou função de estado representada por uma diferencial exata da
temperatura e do volume específico (para uma substância pura).
Onde:
T = temperatura
( ) ( )
Assim:
Integrando:
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∫
A ENTALPIA (H) é conceitualmente semelhante à Energia Interna. Como foi mencionado anteriormente
é através da Entalpia que a energia interna é determinada.
H = U + pV
Onde:
H = entalpia
U = energia interna
p = pressão
V = volume
De forma semelhante à energia interna, a entalpia também não pode ser medida absolutamente, mas sim
em relação a um estado de referência.
Tanto a entalpia como a energia interna são funções ponto ou de estado, ou seja, seus valores dependem
apenas do estado do material (Temperatura, pressão, fase, composição), independentemente de como o
estado foi atingido (caminho).
No diagrama p x T, anterior, estão ilustrados dois estados (1 e 2) atingidos através de dois caminhos
distintos. Se o sistema for conduzido do ponto 1 até o ponto 2 e depois, novamente, ao ponto 1, teremos
uma variação nula de entalpia. “Em um processo cíclico a variação de entalpia é nula”:
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3.BALANÇO ENERGÉTICO DAS CALDEIRAS
O balanço térmico de um gerador de vapor, de igual modo para qualquer grupo térmico, se
caracteriza pela igualdade entre o calor produzido e o calor gasto.
A soma de todos estes
calores resulta no que se chama de calor disponível. Porém, para efeitos práticos,
como os calores: físico do combustível introduzido na fornalha, o calor do ar frio que
entra no aquecedor de ar assim como o ar que entra na fornalha não são de
grandes valores em comparação com o PCI do combustível, pode se assumir sem
erro considerável que o calor disponível é igual ao PCI, Baskákov (1985).
Considerando todas as particularidades acima referidas, a equação de balanço
térmico de uma caldeira terá a forma:
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Q6 Perdas de calor com a escória que se evacua do grupo das caldeiras.
Com base na Expressão (4.41), o rendimento das caldeiras pode ser calculado
subtraindo do PCI as perdas acima referidas, como se pode ver abaixo:
Com base na Expressão (4.41), o rendimento das caldeiras pode ser calculado
subtraindo do PCI as perdas acima referidas, como se pode ver abaixo:
Ou ainda:
Não obstante ao facto do algoritmo acima apresentado para balanço energético das caldeiras ter
abrangência reconhecida, importa, com efeito, referir que as caldeiras que usam como
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combustível o bagaço, possuem um modelo matemático próprio de cálculo, o qual será seguido
para o presente trabalho, e é o modelo proposto por Hugot, E. (1969).
Hugot, E. (1969) refere que o calor específico médio dos produtos de combustão entre 0oC e a
temperatura dos gases nos canais da chaminé varia pouco dado que a própria temperatura de
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expulsão é limitada, com vista a assegurar a protecção contra a corrosão devida a condensação dos
gases.
Tomando em consideração o exposto acima, podem-se escrever as equações de cálculo dos calores
sensíveis em kJ / kg de bagaço para cada gás de combustão, de acordo com as expressões de cálculo
das massas dos gases antes já analisadas, como se indica nas expressões a seguir:
[ ]
Onde:
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Fonte: Gas properties, software associado ao livro Thermodynamics an engineering aproach, 2ª
edição._ Yunus A. Çengel and Michael A. Boles / 1994 / Mc – graw Hill, Inc. (a pressão
atmosférica).
Para as caldeiras da AdX, os parâmetros operacionais médios referentes ao ano de
2004 são os seguintes:
w = 50.34%
s = 2.10%
α = 0.98
β = 0.99
t = 200 oC para caldeiras 1 e 2.
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4.CONCLUSÃO
O fundamento principal do balanço de energia está na primeira lei da termodinâmica, que afirma
que a variação do conteúdo energético de um sistema fechado é a diferença entre o calor
fornecido a este e o trabalho realizado pelo mesmo. Os estudos termodinâmicos são essenciais
para a consolidação dos Balanços de Massa e Energia.
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5.BIBLIOGRAFIA
Emile Hugot. Manual de engenharia açucareira. Vol. II, São Paulo : Editora
Mestre Jou, 1969.
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