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citações de:

A Obra de arte na era de


sua reprodutibilidade
técnica
(1935)
Walter Benjamin

Maria Eduarda Zarour


tópicos abordados:

1- reprodutibilidade técnica 10- o intérprete


2- autenticidade cinematográfico
3- destruição da aura 11- exposição perante as massas
4- ritual e política 12- exigência de ser filmado
5- valor de culto/exposição 13- pintor e cinegrafista
6- fotografia 14- recepção dos quadros
7- valor de eternidade 15- camundongo mickey
8- fotografia e cinema como 16- dadaísmo
arte 17- recepção tátil/ótica
9- cinema e teste 18- estética da guerra
1 reprodutibilidade técnica (introdução)
"Marx orientou suas investigações de forma a dar-lhes valor
de prognósticos. Remontou às relações fundamentais da
produção capitalista e, ao descrevê-las, previu o futuro do
capitalismo. Concluiu que se podia esperar desse sistema
não somente uma exploração crescente do proletariado,
mas também, em última análise, a criação de condições
para a sua própria supressão."

"Tendo em vista que a superestrutura se modifica mais


lentamente que a base econômica, as mudanças ocorridas
nas condições de produção precisaram mais de meio século
para refletir-se em todos os setores da cultura. Só hoje
podemos indicar de que forma isso se deu."
2autenticidade
"Em sua essência, a obra de arte sempre foi reprodutível. O
que os homens faziam sempre podia ser imitado por outros
homens. Essa imitação era praticada por discípulos, em seus
exercícios, pelos mestres, para a difusão das obras, e
finalmente por terceiros, meramente interessados no
lucro. Com a xilogravura, o desenho tornou-se pela
primeira vez tecnicamente reprodutível, muito antes que a
imprensa prestasse o mesmo serviço para a palavra escrita."

"Mesmo na reprodução mais perfeita, um elemento está


ausente: o aqui e agora da obra de arte, sua existência
única, no lugar em que ela se encontra. É nessa existência
única, e somente nela, que se desdobra a história da obra."
3 destruição da aura “CADA DIA FICA MAIS NÍTIDA A DIFERENÇA ENTRE A
“O modo pelo qual se organiza a percepção REPRODUÇÃO, COMO ELA NOS É OFERECIDA PELAS
humana, o meio em que ela se dá, não é apenas REVISTAS ILUSTRADAS E PELAS ATUALIDADES
condicionado naturalmente, mas também CINEMATOGRÁFICAS, E A IMAGEM”
historicamente.”

“... o que é aura? é uma figura singular, composta de elementos espaciais, por mais
perto que ela esteja. Observar, em repouso, uma tarde de verão, uma cadeia de
montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, significa
respirar a aura dessas montanhas, desse galho. Graças a essa definição, é fácil
identificar os fatores sociais específicos que condicionam o declínio atual da aura. Ela
deriva de duas circunstâncias, estreitamente ligadas à crescente difusão e
intensidade
dos movimentos de massas. Fazer as coisas ‘ficarem mais próximas' é uma
preocupação tão apaixonada das massas modernas como sua tendência a superar o
caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade."
4 ritual e política “no momento em que o
critério da autenticidade deixa de
se aplicar à produção artística,
toda a função social da arte se
transforma. Em vez de fundar-se
no ritual, ela passa a fundar-se
em outras práxis: a política"

“Cada dia fica mais irresistível a


necessidade de possuir o objeto, de
tão perto quanto possível, na
imagem, ou antes, na sua cópia, na
sua reprodução, como ela nos é
oferecida pelas revistas ilustradas e
pelas atualidades cinematográficas,
e a imagem. Nesta, a unidade e
durabilidade se associam tão
intimamente como na reprodução, a
transitoriedade e a repetibilidade.”
5 valor de culto/exposição “A exponibilidade de uma obra de
arte cresceu em tal escala, com os
“O valor de culto, como tal, quase obriga a manter
vários métodos de sua
secretas as obras de arte: certas estátuas divinas
reprodutibilidade técnica, que a
somente são acessíveis ao sumo sacerdote, na cella,
mudança de ênfase de um pólo
certas madonas permanecem cobertas quase o ano
para outro corresponde a uma
inteiro, certas esculturas em catedrais da Idade
mudança qualitativa comparável à
Média são invisíveis, do solo, para o observador.”
que ocorreu na pré-história.’’
6 fotografia
“As instruções que o
observador recebe dos jornais
ilustrados através de legenda
tornarão, em seguida, ainda mais
“quando o homem se retira da fotografia, o valor de
precisas e imperiosas no cinema,
exposição supera pela primeira vez o valor de culto.”
em que a compreensão de cada
imagem é condicionada pela
sequência de todas as imagens
anteriores.”

“Não é por acaso que o retrato


era o principal tema das
fotografias. O refúgio
derradeiro do valor de culto
foi o culto da saudade,
consagrada aos amores
ausentes e defuntos.”
7valor de eternidade “O filme acabado não é produzido de
um jato só, e sim montado a partir de
inúmeras imagens isoladas e de
“O filme é uma forma cujo caráter artístico é em
sequências de imagens entre as
grande parte determinado por sua
quais o montador exerce seu direito
reprodutibilidade. (…) Com o cinema, a obra de arte
de escolha - imagens, aliás, que
adquiriu um atributo decisivo, que os gregos ou não
poderiam, desde o início da filmagem,
aceitariam ou considerariam o menos essencial de
ter sido corrigidas, sem qualquer
todos: a perfectibilidade.”
restrição.”
8 fotografia e cinema como arte
"Comentando a transposição
"Considerado assim, o cinematógrafo se tornaria um meio
cinematográfica [...],
de expressão absolutamente excepcional, em sua
Werfel observa que é
atmosfera deveria apenas mover personagens do
tendência estéril de copiar
pensamento mais superior, nos momentos mais perfeitos e
o mundo exterior [...], que
mais misteriosos de seu percurso" - Séverin-Mars
têm impedido o cinema de
incorporar-se ao domínio da
"Seu sentido está na sua arte".
faculdade característica de
exprimir, por meios naturais e
com uma incomparável força de
persuasão, a dimensão do
fantástico, do miraculoso e do
sobrenatural."
9 cinema e teste
"À noite, as mesmas massas enchem
os cinemas para assistirem à
vintança que o intérprete executa
em nome delas, na medida em que o
ator não somente afirma diante do
aparelho sua humanidade, como
coloca esse aparelho a serviço do
seu próprio triunfo"

É esta a especifidade do
cinema: ele torna mostrável "A intervenção de um grêmio de técnicos é com
a execução do teste, na efeito típico do desempenho esportivo e, em
geral, da execução de um teste. É uma
medida em que transforma
intervenção desse tipo que determina, em
num teste essa
grande parte, o processo de produção
"mostrabilidade" cinematográfica."
10 o intérprete cinematográfico
"O ator de cinema sente-se exilado. Exilado
não somente do palco, mas de si mesmo.
Com um obscuro mal-estar, ele sente o
vazio inexplicável resultante do fato de que
seu corpo perde a substância , volatiliza-se,
é privado de sua realidade, de sua vida, de
sua voz e até dos ruídos que ele produz ao
deslocar-se, para transformar-se numa
imagem muda que estremece na tela e
depois desaparece em silêncio".

"Para um lugar em que ela [a arte]


possa ser vista pela massa.
Naturalmente, o intérprete tem
plena consciência desse fato, em
todos os momentos. Ele sabe,
quando está distante da câmera,
que sua relação é em última
instância com a massa. É ela que
vai controla-lo"
11 exposição perante as massas
A transformação do ator tem como
"O rádio e o cinema não modificam
objetivo tornar "mostrativa"
apenas a função do rádio e do
determinadas ações de modo a
intérprete profissional, mas
controlar e compreender
também a função de quem
representa a si mesmo diante
desses dois veículos de
comunicação"
12 exigência de ser filmado
''Nestas circunstâncias, a indústria
tem todo interesse em estimular
a participação das massas através
de concepções ilusórias''

Nos dias de hoje, a participação e diversidade nas telas de cinema e televisão está em
crescente aumento, o que pode ser assemelhado ao fenômeno do aumento de escritores
na virada do século 19 com a expansão da impressa (que expunha leitores ao contato mais
massivo e cotidiano com a escrita), fato que dissipou a antiga relação, quase feudal, de
autor e leitor e apontou para uma integração entre os dois, o leitor a qualquer momento
pode virar escritor, o que altera profundamente como a escrita é vista e incorporada no
corpo social. O autor afirma que esse fenômeno é replicado no âmbito do cinema,
principalmente no cinema russo -onde à época, era comum não-atores tomarem parte em
filmes se auto representando- e que o fenômeno só não é expandido no ocidente devido ao
caráter industrial das produções romper com as aspirações do homem comum de se ver
nas telas, e neste sentido as mídias auto visuais concretizam esse desejo através de
mistificações do espectador para capitalizar em cima disto, é o caso da compra de
produtos influenciada pelo marketing, o ato/fato do consumidor se identificar com aquele
produto e com aquela marca por elas representarem algo.
13 pintor e cinegrafista
Para explicar tal montagem e técnica,
o autor compara o cinegrafista ao
pintor, explicando que ao passo que o
pintor oferece um ponto de vista de
A filmagem de um filme é incumbida com observação à imagem, o cinegrafista
seus elementos técnicos de forma busca penetrar na mesma rasgar o
irremediável, e assim só não seria se o véu que se estende entre objeto, arte e
olhar do telespectador fosse o mesmo da observador.
lente da câmera, ainda assim tal fato
concreta a irrelevância da batida ‘'No estúdio o aparelho impregna tão profundamente
comparação entre cinema/TV vs teatro, já o real que o que aparece como realidade 'pura' sem
que no teatro esse ponto de observação o corpo estranho da máquina, é de fato o resultado
existe e faz a manutenção do caráter de um procedimento puramente técnico, isto é, a
fantasmagórico do ofício arte, fato que só imagem é filmada por uma câmara disposta num
acontece no cinema de segunda mão, ângulo especial e montada com outras da mesma
através da pós-produção e de sua espécie. A realidade, aparentemente depurada de
montagem. qualquer intervenção técnica, acaba se revelando
artificial, e a visão da realidade imediata não é mais
que a visão de uma flor azul no jardim da técnica.''
14 recepção dos quadros
“Os pintores queriam que seus quadros
fossem vistos por uma pessoa, ou poucas. A
contemplação simultânea de quadros por um
grande público, que se iniciou no século XIX,
é um sintoma precoce da crise da pintura,
que não foi determinada apenas pelo
advento da fotografia, mas
independentemente dela, através do apelo
dirigido às massas pela obra de arte.” “O decisivo, aqui, é que no
cinema, mais que
em qualquer outra arte, as
“Na realidade, a pintura não pode ser objeto reações do
indivíduo, cuja soma
de uma recepção coletiva, como foi sempre o
constitui a reação coletiva
caso da arquitetura, como antes foi o caso do público são
da epopéia, e como hoje é o caso do condicionadas, desde o
cinema.” início,
pelo caráter coletivo dessa
reação.”
15 camundongo mickey
“(...) pela criação de personagens do sonho
coletivo, como o camundongo Mickey, que hoje
percorre o mundo inteiro.”

“A enorme quantidade de episódios grotescos


atualmente consumidos no cinema constituem
um índice impressionante dos perigos que
ameaçam a humanidade, resultantes das
repressões que a civilização traz consigo.”

“Os filmes grotescos, dos Estados Unidos, e os


filmes da Disney, produzem uma explosão
terapêutica do inconsciente.”
16 dadaísmo “Sua impulsão profunda só agora pode ser
identificada: o dadaísmo tentou produzir
através da pintura (ou da literatura) os
“ Os dadaístas estavam menos efeitos que o público procura hoje no
interessados em assegurar a utilização cinema.”
mercantil de suas obras de arte que em
torná-las impróprias para qualquer “O dadaísmo colocou de novo em
utilização contemplativa. Tentavam atingir circulação a fórmula básica da
esse objetivo, entre outros métodos, pela percepção onírica, que descreve ao
desvalorização sistemática do seu mesmo tempo o lado tátil da percepção
material.” artística: tudo o que é percebido e tem
caráter sensível é algo que nos atinge.
Com isso, favoreceu a demanda pelo
cinema, cujo valor de distração é
“O comportamento social provocado pelo fundamentalmente de ordem tátil, isto é,
dadaísmo foi o escândalo. Na realidade, as baseia-se na mudança de lugares e
manifestações dadaístas asseguravam uma ângulos, que golpeiam
distração intensa, transformando a obra de arte intermitentemente o espectador. O
dadaísmo ainda mantinha, por assim
no centro de um escândalo. Essa obra de arte
dizer, o choque físico embalado no
tinha que satisfazer uma exigência básica:
choque moral; o cinema o libertou desse
suscitar a indignação pública.” invólucro.”
17 recepção tátil/ótica
"Afirma-se que as massas procuram na obra de arte
distração, enquanto o conhecedor aborda com
recolhimento. Para as massas, a obra de arte seria objeto
de diversão, e para o conhecedor, objeto de devoção.
Vejamos mais de perto essa crítica. A distração e o
recolhimento representam um contraste que pode ser
assim formulado: quem se recolhe diante de uma obra de
arte mergulha dentro dela e nela se dissolve, como
ocorreu com um pintor chinês, segundo a lenda, ao
terminar seu quadro. A massa distraída, pelo contrário,
faz a obra de arte mergulhar em si, envolve-a com o
ritmo de suas vagas, absorve-a em seu fluxo. "

Divergência óptica
- Obra de arte para conhecedor vs Obra de arte para massa.
- As massas procuram uma distração, curiosidades.
- Os conhecedores buscam recolhimento, devoção.
18 estética da guerra "Sua auto alienação atingiu o ponto que
lhe permite viver sua própria destruição
A estética de guerra está ligada à capacidade dos aparelhos de reprodução de
como um prazer estético de primeira
criar uma perspectiva que o próprio olho humano não consegue chegar. ordem"
É interessante para uma campanha política, por exemplo, que haja uma estética de
revolução e que faça propaganda das mudanças que aquele partido ou político irá
trazer.
A estética da guerra é sempre a que gera mais engajamento e consumo por parte
das massas.

Estética de Guerra: Diferentes visões

A Guerra é bela vs A Guerra é horrorosa

A Guerra pode ser considerada bela em sua estética, pois conjuga uma
sintonia de tiros de canhões, fuzis, pausa entre as batalhas e o perfume
da decomposição. A Guerra pode ser bela por conta da arquitetura
desenvolvida, dos grandes tanques, dos esquadrões aéreos, da formação
tática em formas geométricas e da batalha campal estratégica.
A Guerra é horrorosa por motivos óbvios, as famílias sofrem, há muitas
perdas de vida, muito sangue, inocentes sofrendo consequências terríveis
e traumas para o resto das vidas dos soldados e de uma sociedade como um
todo.
perguntas
1) “Tendo em vista que a superestrutura se modifica mais lentamente que a base econômica, as mudanças ocorridas nas
condições de produção precisam mais de meio século para refletir-se em todos os setores da cultura. Só hoje podemos indicar de
que forma isso se deu”. A partir da leitura e compreensão do texto, diga de que forma isso se deu.

2) Qual o impacto que a industrialização da xilogravura gerou no meio artístico?

3) “Embora esse fenômeno não seja exclusivo da obra de arte, podendo ocorrer, por exemplo, numa paisagem, que aparece num
filme aos olhos do espectador, ele afeta a obra de arte em um núcleo especialmente sensível que não existe um objeto da
natureza: a autenticidade. O que seria essa autenticidade?

4) O que seria essa tal “destruição da aura” segundo Walter Benjamin?

5) Por que a tradição é algo tão importante para a construção da aura nas obras de arte?

6) Por que o cinema falado fez a indústria cinematográfica crescer ainda mais?

7)Como Walter Benjamin descreve o valor de culto em seu texto?

8)Qual das obras de arte seria a mais perfectível na concepção de Benjamin? Por quê?

9)De acordo com Walter Benjamin, qual seria o verdadeiro sentido do cinema?
perguntas
10.Levando em consideração essa necessidade quase inerente a existência humana pós moderna, a industria usa disto em que
meios?

11.Por que a presença dos elementos técnicos de um filme durante a sua trama seria prejudicial a visão do espectador?

12.De que forma a mídia de massa influencia da democracia?

13. Explique e exemplifique a diferença entre a abordagem sobre a arte dos pontos de vista da massa e de um intelectual.

14. Explique a relação contraditória do cinema em relação à cultura para as massas e à cultura erudita, enquanto este meio de
comunicação apresenta a recepção tátil e a recepção ótica.

15.Explique de que modo a guerra pode ser vista em sua dualidade, sendo bela e horrorosa simultaneamente.
respostas
1) Essas indicações devem apresentar certas conjecturas. Tais conjecturas referem-se, diretamente, a teses sobre as tendências
evolutivas da arte, dentro das atuais condições de produção, ignorando os conceitos tradicionais e destacando a formação de dados
através de uma via mais fascista.

2) A prática do desenho se torna algo concreto, refletindo essencialmente na transformação da imprensa. Junto a xilografia, surge a
litografia e a técnica de reprodução atinge um novo patamar. De uma forma mais direta, precisa e refletindo o cotidiano da
população, foi permitido a inserção das artes gráficas no mercado, o que mudou, de vez, o meio artístico.

3) A autenticidade de algo é a quintessência de tudo o que foi transmitido pela tradição, desde a sua origem até o seu testemunho
histórico. Porém, em via que ele depende da materialidade da arte, o testemunho se perde na medida em que a obra se esquiva do
homem por meio da sua reprodução.

4) Para respondermos essa pergunta, precisaremos retomar o conceito de aura na era da reprodutibilidade técnica
segundo Walter Benjamin. Aura seria como se fosse a singularidade das obras de arte. Em seu texto, Benjamin
relata que essa aura está sendo destruída por conta do que ele chama de “... crescente difusão e intensidade dos
movimentos de massas”.

5) A questão da tradição foi muito bem colocada por Walter Benjamin quando o próprio cita duas tradições
diferentes sobre a mesma estátua de vênus: a da idade média e a dos gregos. Essas duas diferentes tradições
opostas uma a outra ajudaram a construção da chamada "unicidade" da obra, ou seja sua aura.
respostas
6. O cinema falado surgiu como uma grande novidade, e fez com que as pessoas voltassem a frequentar as salas de cinema mesmo
após a crise econômica. O fato da "fala" dentro dos longas metragens também contribuiu para uma internacionalização cada vez
maior da indústria cinematográfica e de outras indústrias envolvidas no processo de criação dos filmes.

7)O autor descreve o valor de culto algo que precisa existir, mas não necessariamente seja visto. No texto, ele utiliza como exemplo
artefatos da Igreja que eram apenas visto por pessoas específicas.

8)Na visão de Walter Benjamin, a produção audiovisual é a mais perfectível obra de arte, devido a possibilidade de corrigir e poder,
desse modo, aperfeiçoar a obra.

9)O autor defende que o sentido do cinema seria expressar, com grande força persuasiva, dimensões fantásticas, sobrenaturais e
miraculosas, possibilitando a exploração do imaginário do homem.

10)Segundo Walter Benjamin, toda a industria cultural usa deste fator psicológico para capitalizar em cima disto, as marcas não só
criam apenas produtos como fabricam ideais e valores forçando o homem a sentir a necessidade de se sentir representado pela
marca(ex:marcas de sabão no século 19 não criavam apenas sabão, mas também perpetuavam o ideal de limpeza estar ligado ao
homem branco europeu, logo este homem para se sentir mais civilizado (comprava X marca em detrimento de Y) .

11)Pois a possibilidade do indivíduo, de poder ver como que o processo funciona, tira toda a sua experiência imersiva, evitando que
ele se envolva com a trama.
respostas
12) Porque, ao imediatizar a atuação e discurso político, a exposição de massa atrofia o parlamento ao ponto que o transforma em
um show. Transformando o processo de seleção.

13) As massas recebem uma produção artística e fazem com que a obra mergulhe nela mesma, utilizando majoritariamente da
recepção ótica. Deste modo, as massas utilizam a grande maioria das obras artísticas como um meio de diversão, enquanto a
incorporam em sua rotina como uma atividade de lazer. Os intelectuais recebem as obras artísticas de um modo que estes
mergulham na obra, e a analisam de forma sensível, enquanto usufruem, em sua maioria, da recepção tátil.

14) A sétima arte é um meio comunicativo que apresenta uma dualidade em relação às duas formas de recepção apresentadas por
Benjamin, pois este formato de obras de arte pode ser utilizado para a cultura para as massas, mas também pode ser utilizado de
modo que favorece uma interpretação dos intelectuais, de modo que favoreça a recepção tátil.

15)A guerra pode ser vista como bela ou horrorosa, pois ela simultaneamente apresenta uma sintonia das máquinas criadas pelo
homem, enquanto apresenta visualmente o domínio do homem sobre a máquina, e é utilizada para meios políticos, enquanto uma
proposta de estética,mas também é horrível por sua natureza de perdas e tragédias para a humanidade como um todo.
referÊncias
arquivo drive dos trabalhos dos alunos:
https://drive.google.com/drive/folders/1TEfG8hQx2LVe9j9yebaKfOXd_MIxsLmt

BENJAMIN, Walter. "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica".


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4179833/mod_resource/content/1/A%20OBRA%20DE%20ARTE%20NA%20ERA%20DE
%20SUA%20REPRODUTIBILIDADE%20T%C3%89CNICA.pdf

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