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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia – DEEL


Licenciatura em Engenharia Eletrónica
Cadeira: Propagacao de Ondas e Antenas

Irradiação por Fios e Dipolo de


Comprimento Finito

Docente:
Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.
Processo de Radiação - Irradiação
por fios
 A função J(r’) representa a densidade
superficial de corrente em A/m^2 na
antena, esta função pode ser constante
ou variável com a distância “ r’ ” sobre a
antena.
 Vamos considerar que neste fio circule
uma corrente dada por I(t’)=Io[e^(jωt’)].
Vamos calcular a densidade de corrente
no fio e para isto vamos considerar a
função J(r') como sendo a função que
permite ter-se uma distribuição não
uniforme da corrente ao longo do fio.
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Processo de Radiação - Irradiação
por fios
 Para uma distribuição uniforme deve-se
considerar J(r') como sendo 1.
 Quando a corrente não variar com a
distância ao longo do fio, teremos J(r’t’).
 Normalmente considera-se distribuição
continua, triangular ou senoidal ao longo
do fio, assim J(r') não e unitario.
 Deste modo a densidade de corrente
será dada por :

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Processo de Radiação - Irradiação
por fios
 O potencial vetor magnético no ponto P sera dado por:

 A integral deve ser calculada no volume que


contém a corrente I(t ‘).
 Os campos eléctrico e magnético no instante “ t’ ”
no ponto P produzidos pela corrente I(t’) no
instante t podem ser calculados pelas formulas:

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Processo de Radiação - Irradiação
por fios
 Note - se que o tempo t’ esta atrasado em relação ao tempo t
devido a velocidade de propagação da onda não ser instantânea e
vale:

 Onde esta última igualdade vale somente para meios dielétricos.


Usando - se este fato pode-se por:

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Processo de Radiação - Irradiação
por fios
 Vamos chamar:  E assim pode - se por :

 E deste modo pode - se por :

 Onde a integral deve ser feita no volume que contem a função


J(r’) sendo R a distância de cada ponto do volume ao ponto onde
quer-se determinar o potencial.
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Dipolo de comprimento Finito

Vamos considerar agora um dipolo de


comprimento finito e vamos considerar
também que o raio deste dipolo r0 seja
bem menor que o comprimento do
mesmo ( r0 << l)

Na pratica isto é conseguido quando se


tiver : r0 < λ/ 40, Com esta hipótese a
corrente no dipolo poderá ser dada pela
seguinte equação:

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Dipolo de comprimento Finito

Esta equação está sujeita as


seguintes condições de contorno:

Onde IAD é a corrente no ponto de


alimentação do dipolo.

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Dipolo de comprimento Finito

Com as condições dadas é


possível se determinar os valores
das constantes A e B na fórmula
proposta da corrente no dipolo.

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Dipolo de comprimento Finito

A equação da corrente fica então:

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Dipolo de comprimento Finito

Esta equação pode ser posta na forma:

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Dipolo de comprimento Finito

De onde se nota que para:

Tem-se sempre:

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Dipolo de comprimento Finito

Distribuição de corrente na antena:


Toma-se como analogia o que se passa numa linha de transmissão
em circuito aberto e considera-se para a antena uma distribuição de
corrente sinusoidal, com um máximo I0 e com nulos de corrente nos
extremos.

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Dipolo de comprimento Finito

Deste modo vamos considerar que a corrente no dipolo seja dada por:

Assim na região de campo distante vamos pensar que o dipolo de comprimento


finito, seja formado por infinitos dipolos elementares de comprimento dz, cada um
carregando uma corrente dada por I(r’). Destemodo cada dipolo deste produzira um
campo distante dado por:

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Dipolo de comprimento Finito

Esta equação foi obtida fazendo-se as seguintes assunções na equação


do dipolo elementar:

Nesta equação:

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Dipolo de comprimento Finito

O campo total pode ser determinado fazendo-se a integral ao longo do


comprimento total da antena.

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Dipolo de comprimento Finito

Resolvendo - se a integral obtem- se:

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Dipolo de comprimento Finito

O vetor de Poyting médio valera:

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Dipolo de comprimento Finito

A potencia irradiada por um dipolo longo valera:

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Dipolo de comprimento Finito

A intensidade de radiação e a resistência de radiação podem ser


determinadas:

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Dipolo de comprimento Finito

A resistência de entrada da antena tambem depende da directividade


e do comprimento da antena, ou seja pode ser determinada a partir da
resistência de radiação.

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Dipolo de comprimento Finito
Intensidade de Radiação

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Dipolo de comprimento Finito - Potência
Radiada e Resistência de Radiação

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Dipolo de comprimento Finito
Directividade e Ganho

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Dipolo de comprimento Finito
Impedância de Entrada
A impedância da antena depende da frequência e do comprimento
da antena.

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Dipolo de comprimento Finito
Impedância de Entrada
A resistência de entrada e a reatância de entrada dependem da
resistência e da reatância da antena.

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Dipolo de comprimento Finito
Impedância de Entrada
A resistência de entrada e a reatância de entrada dependem da
resistência e da reatância da antena.

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Dipolo Infinitesimal

O dipolo é dito infinitesimal quando seu comprimento total “l” for


menor que λ/50.

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Dipolo Infinitesimal

Seja r0 o raio deste dipolo, onde r0<<l . Seja R a distância de qualquer


ponto do dipolo a um ponto afastado e r a distância do ponto (0,0,0) a este
mesmo ponto. Para este caso a densidade de corrente neste dipolo pode
ser expressa por:

Assim, supondo - se que a corrente I(t ) tenha o sentido do eixo z, o valor do vetor
potencial magnetico valerá :

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Dipolo Infinitesimal

Visto que:

Teremos:

Como:

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Dipolo Infinitesimal

Finalmente teremos:

Em coordenadas esféricas obtemos:

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Dipolo Infinitesimal

Os campos electromagnéticos podem ser determinados:

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Dipolo Infinitesimal

Na região que nos interessa a região de campo distante (r>10) os


campos valem:

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Dipolo Infinitesimal

O vetor de Poyting médio vale:

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Resistência de radiação do dipolo
infinitesimal
Resistência de radiação (Rr): Resistência fictícia que dissipa uma
potência igual à potência radiada pela antena.

Potência radiada pela antena = potência dissipada em Rr

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Resistência de radiação

Para o dipolo infinitesimal:

Deste modo

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Dipolo Infinitesimal

Exemplo: Calcular a resistência de radiação de um dipolo de 1 cm


operando na frequência de 300 MHz. Calcular a corrente necessária
para 1 W de potência radiada.

Conclusão: como Rr é pequena para o dipolo infinitesimal, a corrente tem que ser
alta. Isso mostra que o dipolo infinitesimal é um radiador pouco eficiente.
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