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Contabilidade Financeira II

– Licenciatura em Gestão/Economia

Ideias fundamentais a reter:

- Ativos tangíveis
- Ativos intangíveis
- Propriedades de investimento
- Depreciação/amortização

EXERCÍCIO 1 (adaptado de Borges et al., 2009: 229)

A empresa Espinela, SA tem por atividade o comércio, reparação e pintura de


automóveis. Durante os exercícios de N e N+1 realizou, entre outras, as seguintes
operações:

1/3/N- aquisição a pronto pagamento de um computador portátil por €2.000 (acrescido


de IVA dedutível à taxa de 23%), depreciável à taxa de 25%. Pagamento através de
cheque.

15/5/N+1 – a empresa vendeu a um empregado, a pronto pagamento, o computador


portátil adquirido em 1/3/N. A empresa teve uma mais-valia de €100.

30/5/N+1 – aquisição a crédito ao fornecedor Pinta, uma estufa de pintura de automóveis


por €150.000 (acrescido de IVA dedutível de 23%). Os gastos com a instalação da estufa,
efetuada pela empresa Insalex, totalizaram €10.000 (acrescido de IVA dedutível à taxa
de 23%). Estima-se uma vida útil de 8 anos.

18/06/N+1 – a empresa comprou, para posterior venda, 10 veículos automóveis pelo


valor de €200.000 (sujeito a IVA dedutível à taxa de 23%) ao fornecedor Mitoyjapan.

20/7/N+1 – a empresa passou a utilizar um dos veículos adquiridos a 18/06/N+1, para


o serviço de distribuição de peças.

Pedido: Registo das operações ocorridas com a empresa Espinela, SA, incluindo a
depreciação ocorrida em N e N+1 (para os casos omissos, e se necessitar, admita uma
taxa de depreciação de 25%).

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EXERCÍCIO 2 (adaptado de Borges et al., 2009: 232)

Em junho de N, a Lolite, SA importou uma máquina Trodos 459/SX, para o setor fabril,
mas apenas em fevereiro N+1 esteve apta a entrar em funcionamento. Encargos
envolvidos nesta aquisição:

Em N
Preço da fatura nº 2348/N €55.350 (IVA incluído à taxa de 23%
Despesas de desalfandegamento €250 + IVA a 23%
Despesas de transporte €150 + IVA a 23%

Em N+1
Despesas de instalação €200 + IVA a 23%
Despesas de manutenção e conservação €750 + IVA a 23%

Sabe-se ainda que a taxa de depreciação da máquina é de 12,5%.

Em Abril de N+4 substituiu-se a máquina Trodos 459/SX pela Trodos 8900/CX,


tecnicamente mais avançada:

Valor de troca da Trodos 459/SX: €21.000 + IVA a 23%

Valor de fatura da nova máquina: €69.600 + IVA a 23%.

Pedidos:

1- Registo dos eventos relativos a N.


2- Registo dos eventos relativos a N+1.
3- Registo do evento troca da máquina (Abril de N+4).

EXERCÍCIO 3 (adaptado de Silva et al., 2011:210)

A empresa Beta, do setor bioquímico, empreendeu em 1/01/N um projeto de


investigação e desenvolvimento devendo, no final, obter um novo produto para o
tratamento de pragas em castanheiros.

O primeiro ano foi dedicado à investigação visando compreender melhor o processo de


formação das pragas, tendo a empresa suportado despesas de investigação no valor de
€100.000.

No final de N+1, a empresa começou o desenvolvimento do produto contra as pragas


nos castanheiros, com despesas totais no montante de €300.000. Durante os primeiros 18
meses desta fase, a probabilidade de obter o produto não era suficientemente forte para
que se pudesse reconhecer como um ativo.

Por fim, em julho de N+2, verificou-se que as condições de contabilização de um ativo


intangível estavam reunidas.

Pedido: Proceda ao registo contabilístico dos eventos enunciados. Justifique.

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EXERCÍCIO 4 (adaptado de Almeida et al., 2010: 106)

Em 2015, a empresa BABA, Lda. incorreu em custos com hospedagem e manutenção do


seu website no valor de €10.000. No intuito de reduzir os dispêndios anuais com este item
e considerando indispensável a continuação de um sítio na internet ativo,
particularmente por ser um canal de vendas e de comunicação privilegiado com os seus
clientes, decidiu desenvolver um novo website, concebido com recursos da própria
entidade.

Em 30 de maio de 2016, os gastos incorridos com a fase de pesquisa deste item


ascenderam a €2.000, assumindo-se que, a partir desta data, o projeto entraria em fase
de testes e desenvolvimento propriamente dito. Até 31 de dezembro de 2016, os diversos
dispêndios incorridos internamente na fase de desenvolvimento e diretamente
atribuíveis ao desenvolvimento do projeto, conforme dados apurados pela contabilidade
de gestão da sociedade, totalizaram a quantia de €7.000.

Pretende-se:

1- Com base nas informações fornecidas, a determinação da existência de um


eventual ativo gerado internamente e o seu reconhecimento contabilístico até ao
período findo de 31 de dezembro de 2016.

2- Assumindo que se trata de um ativo intangível, que registo contabilístico há a


proceder em 2017 se:

a. Vida útil estimada é de 3 anos.


b. Vida útil estimada é indefinida.

EXERCÍCIO 5 (adaptado de Rodrigues et al., 2010:530)


A PROPRIK, Lda. é uma sociedade comercial que exerce a sua atividade na zona
industrial do Sirubu de Baixo. Quando se instalou, no início de setembro de N-8, a
entidade adquiriu dois armazéns contíguos: um para servir de suporte ao
desenvolvimento da sua atividade e o outro para arrendamento a terceiros. O preço de
compra de cada um dos armazéns foi de €145.000, tendo a empresa pago €10.000 com o
registo comercial e o IMT dos dois armazéns. O preço de aquisição desses armazéns não
envolvia o terreno sobre o qual tinham sido construídos os armazéns, pois o vendedor
dispunha de um direito de superfície resultante de um contrato celebrado com o seu
primo BILOS FÈRÉS, proprietário do dito terreno.

A PROPRIK, Lda. adota o modelo do custo para o armazém afeto à sua atividade,
depreciando-o com base no método da linha reta. O armazém arrendado tem sido
mensurado segundo o modelo do justo valor, socorrendo-se, para o efeito, de um
avaliador profissionalmente qualificado e independente. O período de vida útil
estimado de ambos os armazéns é de 24 anos.

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Contabilidade Financeira II
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A atividade da PROPRIK, Lda. tem registado um forte crescimento nos últimos anos, de
tal modo que o armazém onde desenvolve a atividade tem sido manifestamente
insuficiente para as atuais necessidades da empresa. Assim, a sociedade opôs-se à
renovação do contrato de arrendamento do outro armazém e, com a antecedência
mínima prevista na lei, informou o arrendatário dessa decisão. O contrato caducou no
final do mês de abril de N e, logo no início de maio, o armazém foi afetado à atividade
comercial da PROPRIK, Lda.

A evolução do justo valor de cada um dos armazéns foi a seguinte:

31/12/N-2 31/12/N-1 1/05/N 31/12/N


€120.000 €130.000 €124.000 €120.000

Pedido: Apresentar, fundamentadamente, os registos contabilísticos dos factos


patrimoniais ocorridos em N-8, N-1, e N, quanto ao armazém arrendado, à luz do SNC.

EXERCÍCIO 6 (adaptado de Rodrigues et al., 2010:537)


A CONSTRUTORA BOB, SA é uma sociedade que se dedica à construção e venda de
imóveis. Um armazém que estava a ser construído para posterior arrendamento foi, um
ano após a conclusão da construção, afeto à atividade da sociedade, para
armazenamento de materiais de construção. O custo da fabricação do armazém
ascendeu a €75.000, tendo ficado concluído em outubro de N-1.

Pedidos: Registos contabilísticos do reconhecimento inicial e mensuração subsequente


do armazém, em N e N-1, admitindo que:

1. A entidade adota para a mensuração subsequente das suas propriedades de


investimento o modelo do justo valor, tendo sido a evolução do justo valor do
armazém o seguinte:
a. Outubro de N-1 = €90.000
b. Dezembro de N-1 = €95.000
c. Setembro de N = €102.000
d. Dezembro de N = €105.000

2. A entidade adota para a mensuração subsequente das suas propriedades de


investimento o modelo de custo, tendo estimado em 35 anos o período de vida
útil do armazém.

EXERCÍCIO 7 (adaptado de Borges et al., 2011: 324)

A sociedade Cornalina, SA está a atravessar uma fase de reestruturação dos seus


negócios, tendo a Administração contratado uma empresa de consultadoria com o
objetivo de inventariar e atuar em várias áreas da empresa. O relatório dos consultores
definiu as prioridades do negócio e elaborou um conjunto de recomendações para
viabilizar a empresa.

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A Administração da Cornalina, SA resolveu pôr em prática as recomendações dos


consultores em outubro de N, pelo que ocorreram as operações decorrentes das
seguintes opções tomadas no último trimestre de N:

1- A sucursal que a empresa tinha em Braga foi encerrada e o edifício onde a mesma
funcionava foi arrendado à sociedade Giga, Lda. Nesta data os dados do imóvel eram os
seguintes:

Perdas por
Valor de Ano de Justo valor
Vida útil imparidade
aquisição aquisição em Out/N
acumuladas
Terreno €150.000 - N-8 - €180.000
Edifício €380.000 20 anos N-8 €25.000 €300.000

A empresa utiliza o método da linha reta no cálculo das quotas de depreciação e


considerou um valor residual nulo para o imóvel.

2- A empresa possuiu um departamento de investigação tendo, em setembro de N, pago


através de cheque um montante de €7.500.000 (sendo €5.000 honorários de
investigadores e €2.500 de trabalhos especializados contratados no exterior) em
experiências laboratoriais conducentes a melhorias do produto K. No início de outubro
de N, fruto da pesquisa até então feita, a empresa decidiu apostar no desenvolvimento
de um produto que, segundo os técnicos, produzirá benefícios económicos futuros
válidos. Entre outubro e dezembro de N a empresa suportou e pagou através de
transferências bancárias €18.000 de encargos com o desenvolvimento deste novo
produto (sendo €9.000 de honorários de um investigador, €2.000 de eletricidade, €3.000
de utensílios de desgaste rápido e €4.000 de trabalhos especializados ao exterior).

3- Compra a crédito de uma patente por €30.000 que permitirá fabricar o produto W.
Com esta aquisição a empresa esperar vir a obter benefícios económicos futuros.

Pedido: Proceda aos registos contabilísticos a efetuar no terceiro trimestre de N


(incluindo as depreciações/amortizações de N).

EXERCÍCIO 8 (adaptado de Silva et al., 2011:125)

A empresa Belas, Lda. possui um edifício de escritórios arrendado a diversas entidades,


adquirido em 1/01/N, pelo valor de €750.000, sendo a sua vida útil estimada em 25 anos.
Em 31/12/N, o justo valor do edifício era de €800.000.

Questão: Qual o(s) registo(s) contabilístico(s) associado(s) a este edifício no ano de 200N,
se a entidade adotar:
a) O modelo de justo valor?

b) O modelo de custo?

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EXERCÍCIO 9 (adaptado de Rodrigues et al., 2010: 429)

A sociedade Justeza, SA possui um edifício onde estão instalados os seus serviços


administrativos. No final do terceiro período (N+2, após a depreciação do período),
obteve-se a seguinte informação:
- a quantia escriturada do edifício é de €1.260.000, a qual foi obtida a partir de um custo
de aquisição suportado há 3 anos de €1.800.000;
- A empresa procedeu, no início de N+3, à adoção do modelo de revalorização para a
mensuração dos imóveis;
- as depreciações têm vindo a ser calculadas segundo o método da linha reta;
- o justo valor do ativo, determinado por um avaliador independente, ascende a
€2.100.000, e o seu valor de uso é de €2.200.000.
Admita que a empresa vendeu o edifício no início do período N+5, tendo recebido a
respetiva importância em cheque por €1.250.000.

Pedidos:
1 – Registo contabilístico da revalorização do edifício em N+3.
2 - Registo da depreciação do ano N+4
3 – Registo da operação de venda no período N+5.

EXERCÍCIO 10 (adaptado de Rodrigues et al., 2010: 432)

A sociedade Rebola, Lda adquiriu um equipamento industrial por €150.000 no ano N, o


qual tem vindo a ser depreciado linearmente, sendo a sua vida útil de 15 anos. Em
2/2/N+10, a empresa resolveu adotar o modelo de revalorização para a mensuração do
equipamento, tendo-se apurado que, nesta data, o seu justo valor está estimado em
€60.000.

Pedidos: Lançamentos relativos à revalorização do equipamento e ao cálculo da


depreciação do período N+10, ignorando quaisquer efeitos nos impostos diferidos,
pressupondo que a empresa adotou no tratamento das depreciações acumuladas à data
da revalorização o método do:
a) Valor corrente de mercado;
b) Custo de reposição depreciado.

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