Você está na página 1de 9

Universidade do Minho

Escola de Economia e Gestão

Teorias Sistémicas
O racionalismo sistémico
Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão

O contexto histórico e científico

• A redescorberta da técnica através das novas inovações tecnológicas a seguir à II Guerra Mundial
• O novo paradigma: o racionalismo sistémico pela celebração da máquina -computador e o homem como
ser cognitivo (uma forma humana de processamento de informação que se alia à forma mecânica)

• A tentativa de apresentar a gestão como uma função racional dependente das novas tecnologias para
combater as suas “fraquezas” irracionais humanas

• A metáfora biológica (Ludwig Bertalanffy): a universalização dos princípios para reconhecer qualquer
sistema

• O sistema como uma caixa de pandora: dentro de um sistema existe sempre outros subsistemas
Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão As organizações como sistemas abertos

Inputs Processo Output

Acções Comparação
correctivas

Padrões de desempenho Conceito-chave do


sistema aberto:
A relação de
interdependência
As características dos sistemas Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão

Modelo de Katz e Kahn (1960)


• Dependência de recursos externos (inputs): energia, pessoas,
matérias-primas, conhecimento-informação
• A transformação dos inputs em outputs (produtos ou serviços,
colaborador@s qualificados, energia, informação, poluição,)
• A exportação dos outputs para a envolvente externa
• Ciclos de conhecimento que ultrapassam as fronteiras físicas
ou formais da organização e se voltam a repetir ciclicamente
em função da relação estabelecida entre sistema e ambiente
• A renovação como imprescindível à sobrevivência do sistema
versus entropia
• A importância do feedback como ação corretiva do
desempenho do sistema permitindo-lhe corrigir os desvios e
alcançar o equilíbrio
• A codificação interna como forma de registo e avaliação da
informação
• A estabilidade temporária no seu modo de funcionamento
• A progressiva maior diferenciação e elaboração
• Equifinalidade: chegar ao mesmo estado final a partir de
caminhos diversos
A tentativa de fechamento
para a garantia da manutenção… Universidade do Minho

(Niklas Luhmann) Escola de Economia e Gestão

• Os sistemas auto-poiéticos:

• a autorreferencialidade e fechamento
• A homogeneidade da cultura
• A manipulação da realidade externa que altera em função de uma experiencia
interna
• Instituições totais que procuram dominar os corpos e as mentes dos seus sujeitos
• a reprodução das operações através das redes de produção formais estabelecidas
• A preservação da identidade organizacional e a sua consistência e permanência
• A irrelevância do ator individual: o objetivo é a reprodução e a repetição
• A externalidade não entra no sistema mas pode deformar a “autopoiese” sem por
em causa o fechamento mas mudando o comportamento interno
Universidade do Minho

Tavistock Institute of Human Relations - 1946


Escola de Economia e Gestão

No site, podemos ler:


“The Tavistock Institute of Human Relations (TIHR) applies social science to contemporary issues and problems. It was
established as a not for profit organisation with charitable purpose in 1947.
•The Institute is engaged with evaluation and action research, organisational development and change consultancy,
executive coaching and professional development, all in service of supporting sustainable change and ongoing learning.
•The TIHR is dedicated to the study of human relations for the purpose of bettering working life and conditions for all
humans within their organisations, communities and broader societies and to the influence of environment in all its
aspects on the formation or development of human character or capacity; to conduct research and provide opportunities
for learning through experience for this purpose; to publish the results of such study and research; to train students in or
for any branches of the said study.
•The Institute has a history of working with organisations and sectors that are required to look at systemic questions to
achieve greater and more effective change. As a not-for-profit social science enterprise we continue to operate as a bridge
between policy and research in that our staff always ask the questions ‘so..?’ when faced with any data- what does the
data mean? And, how can we apply it and make sense of it in a way that will serve the purpose for which we work?
•The Institute works nationally and internationally to promote a learning culture in organisations and communities
through developing individuals, groups and organisations in their capacity to think through actions, to change and put into
practice new insights and in accompanying a process of change of quality of conversations and engagement.”

https://www.tavinstitute.org/who-we-are/
Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão As organizações como sistemas sociotécnicos
(Tavistock Institute of Human Relations - 1946)

• A articulação entre a tecnologia e a organização social

• O efeito perverso da introdução de tecnologias quando não houve uma preparação


prévia da organização social e a gestão não considerou os fatores humanos e
sociais.

• O estudo das minas de carvão e numa fábrica têxtil

• O trabalho deve ser sempre percebido como um sistema de atividades


interdependentes com uma unidade própria

• A equipa como centro de preocupação da gestão

• A valorização do trabalho semiautónomo das equipas versus trabalho segmentado


e individual controlado pelo exterior
As organizações como sistemas socio-técnicos
(Tavistock Institute of Human Relations - 1946) Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão

• A organização semi-autónoma como válida para qualquer forma de trabalho

independentemente das tecnologias

• A regulação interna é mais eficaz do que a regulação externa por supervisores

• As funções podem ser redundantes mas não as pessoas que as executam: reclassificação

profissional e polivalência

• As pessoas completam as máquinas

• A variedade versus estandardização como forma de responder às necessidades externas


Universidade do Minho
Escola de Economia e Gestão

Reflexão sobre as TS

• O receio de uma reapropriação mecanicista

• O olhar atento ao factor externo e redefinição das fronteiras das organizações

como sempre permeáveis e evolutivas

• A preocupação com os sistemas de compreensão e linguísticos da organização

• A valorização da percepção na redefinição da relação entre o sistema e seu

ambiente

• A complexidade da vida organizacional

Você também pode gostar